Kim Jong-un fala em aumentar arsenal nuclear e ameaça usá-lo em caso de interferência externa


Líder da Coreia do Norte discursou durante desfile militar em Pyongyang e disse que armas nucleares não devem ser apenas elementos de dissuasão

Por Choe Sang-Hun
Atualização:

THE NEW YORK TIMES - O líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, prometeu expandir seu arsenal nuclear “na velocidade mais rápida possível” e ameaçou usá-lo, durante um desfile militar noturno nesta segunda-feira, 25, quando Pyongyang exibiu uma grande variedade de mísseis e outras armas, incluindo seu mais novo míssil balístico intercontinental, informou a mídia estatal norte-coreana.

Em tom desafiador, Kim pareceu tentar aumentar a aposta contra os esforços internacionais paralisados para reduzir sua ambição nuclear. A crescente ameaça bélica da Coreia do Norte provavelmente será uma das questões diplomáticas mais urgentes discutidas entre o presidente americano, Joe Biden, e o presidente eleito da Coreia do Sul, Yoon Suk-yeol, em encontro que deve ocorrer no mês que vem.

Yoon, que assume o cargo em 10 de maio, disse que alinhará a política da Coreia do Sul sobre a Coreia do Norte mais próxima à de Washington, revigorando a aplicação de sanções ao Norte. Ele deve se encontrar com Biden em Seul após sua posse e antes de Biden viajar para o Japão para participar de um fórum regional de segurança.

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Kim Jong-un acompanha desfile de aniversário dos 90 anos do exército norte-coreano ao lado de autoridades militares. Foto: KCNA via REUTERS

“As forças nucleares, o símbolo de nossa força nacional e o núcleo de nosso poder militar, devem ser fortalecidas em termos de qualidade e escala”, disse Kim em um discurso que fez durante o grande desfile em Pyongyang.

Kim disse que, embora a Coreia do Norte tenha construído suas armas nucleares como forma de dissuasão, “nossas armas nucleares nunca podem ser confinadas à única missão de dissuasão de guerra”.

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“Se alguma força tentar violar os interesses fundamentais de nosso Estado, nossas forças nucleares terão que cumprir decisivamente sua inesperada segunda missão”, disse ele.

Nas últimas semanas, a Coreia do Norte levantou a possibilidade de usar armas nucleares caso a guerra estoure na Península Coreana. Durante sua campanha eleitoral, Yoon disse que a Coreia do Sul consideraria “ataques preventivos” contra as forças nucleares do Norte se o Sul estivesse sob ameaça nuclear.

Formação de veículos blindados durante o desfile militar realizado em Pyongyang. Foto: KCNA via REUTERS
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Desde então, a Coreia do Norte alertou que poderia usar armas nucleares durante um conflito. Este mês, a Coreia do Norte relatou um teste bem-sucedido de um novo míssil que, segundo ela, aumentaria significativamente suas capacidades nucleares táticas de curto alcance. Tais capacidades - somadas ao cenário internacional, de invasão pela Rússia (uma potência nuclear), da Ucrânia (um Estado não nuclear) - aumentaram os temores sul-coreanos sobre o programa nuclear de Kim.

Kim organizou dezenas de desfiles militares desde que assumiu o poder, há uma década, usando os eventos para elevar o moral de seu povo, que há muito sofre com sanções internacionais, e para exibir seu arsenal nuclear, que é sua maior conquista como líder. Os desfiles são monitorados de perto por analistas e funcionários externos, porque Kim costuma usá-los para exibir suas novas armas.

Em exibição durante o desfile na noite de segunda-feira estava o Hwasong-17, o mais novo e maior míssil balístico intercontinental do país, de acordo com fotos divulgadas pela mídia norte-coreana. Kim apareceu em seu uniforme branco de marechal militar enfeitado com botões dourados e dragonas.

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Míssil balístico intercontinental Hwasong-17 é exibido durante desfile militar na Coreia do Norte. Foto: KCNA via REUTERS

“É incomum que Kim Jong-un faça um discurso durante um desfile com seu uniforme de marechal”, disse Cheong Seong-chang, diretor do Centro de Estudos Norte-coreanos do Instituto Sejong, um think tank de pesquisa na Coreia do Sul. “Isso sinaliza uma postura extremamente linha-dura que ele provavelmente adotará em relação ao novo governo sul-coreano de Yoon Suk-yeol, que expressou uma postura agressiva em relação ao Norte”.

Durante seu discurso, Kim exortou seu povo a se preparar para um confronto com seus inimigos externos “por um longo período de tempo”. O desfile também contou com jatos militares voando em formação, colunas organizadas de soldados marchando ou a cavalo, bem como uma série de novas armas que a Coreia do Norte vem desenvolvendo ou testando nos últimos anos, incluindo mísseis balísticos lançados por submarinos. e mísseis hipersônicos.

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A Coreia do Norte realizou uma série de testes de mísseis nos últimos meses, incluindo um teste de um míssil balístico intercontinental em 24 de março. O país disse ter lançado o Hwasong-17 no teste de março, mas oficiais da Coreia do Sul suspeitam que a arma utilizada tenha sido o Hwasong-15, um modelo mais antigo, por causa de falhas técnicas no Hwasong-17.

Ao lado da esposa Ri Sol-ju, Kim acena para militares durante desfile em Pyongyang. Foto: KCNA via REUTERS

Seul e Washington esperavam trazer Kim de volta à mesa de negociações, mas o desfile militar foi uma forte indicação de que a diplomacia não acontecerá rapidamente, disseram analistas.

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Os recentes testes de mísseis da Coreia do Norte e outras atividades relacionadas a armas fazem parte de um esforço de Kim para avançar suas capacidades nucleares e pressionar Washington a retornar à mesa de negociações com alívio de sanções e outras concessões, dizem analistas. A guerra na Ucrânia também criou um ambiente favorável para Kim impulsionar os programas de armas do Norte, já que a Rússia e a China provavelmente bloqueariam qualquer tentativa dos EUA de impor novas sanções ao Conselho de Segurança da ONU.

THE NEW YORK TIMES - O líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, prometeu expandir seu arsenal nuclear “na velocidade mais rápida possível” e ameaçou usá-lo, durante um desfile militar noturno nesta segunda-feira, 25, quando Pyongyang exibiu uma grande variedade de mísseis e outras armas, incluindo seu mais novo míssil balístico intercontinental, informou a mídia estatal norte-coreana.

Em tom desafiador, Kim pareceu tentar aumentar a aposta contra os esforços internacionais paralisados para reduzir sua ambição nuclear. A crescente ameaça bélica da Coreia do Norte provavelmente será uma das questões diplomáticas mais urgentes discutidas entre o presidente americano, Joe Biden, e o presidente eleito da Coreia do Sul, Yoon Suk-yeol, em encontro que deve ocorrer no mês que vem.

Yoon, que assume o cargo em 10 de maio, disse que alinhará a política da Coreia do Sul sobre a Coreia do Norte mais próxima à de Washington, revigorando a aplicação de sanções ao Norte. Ele deve se encontrar com Biden em Seul após sua posse e antes de Biden viajar para o Japão para participar de um fórum regional de segurança.

Kim Jong-un acompanha desfile de aniversário dos 90 anos do exército norte-coreano ao lado de autoridades militares. Foto: KCNA via REUTERS

“As forças nucleares, o símbolo de nossa força nacional e o núcleo de nosso poder militar, devem ser fortalecidas em termos de qualidade e escala”, disse Kim em um discurso que fez durante o grande desfile em Pyongyang.

Kim disse que, embora a Coreia do Norte tenha construído suas armas nucleares como forma de dissuasão, “nossas armas nucleares nunca podem ser confinadas à única missão de dissuasão de guerra”.

“Se alguma força tentar violar os interesses fundamentais de nosso Estado, nossas forças nucleares terão que cumprir decisivamente sua inesperada segunda missão”, disse ele.

Nas últimas semanas, a Coreia do Norte levantou a possibilidade de usar armas nucleares caso a guerra estoure na Península Coreana. Durante sua campanha eleitoral, Yoon disse que a Coreia do Sul consideraria “ataques preventivos” contra as forças nucleares do Norte se o Sul estivesse sob ameaça nuclear.

Formação de veículos blindados durante o desfile militar realizado em Pyongyang. Foto: KCNA via REUTERS

Desde então, a Coreia do Norte alertou que poderia usar armas nucleares durante um conflito. Este mês, a Coreia do Norte relatou um teste bem-sucedido de um novo míssil que, segundo ela, aumentaria significativamente suas capacidades nucleares táticas de curto alcance. Tais capacidades - somadas ao cenário internacional, de invasão pela Rússia (uma potência nuclear), da Ucrânia (um Estado não nuclear) - aumentaram os temores sul-coreanos sobre o programa nuclear de Kim.

Kim organizou dezenas de desfiles militares desde que assumiu o poder, há uma década, usando os eventos para elevar o moral de seu povo, que há muito sofre com sanções internacionais, e para exibir seu arsenal nuclear, que é sua maior conquista como líder. Os desfiles são monitorados de perto por analistas e funcionários externos, porque Kim costuma usá-los para exibir suas novas armas.

Em exibição durante o desfile na noite de segunda-feira estava o Hwasong-17, o mais novo e maior míssil balístico intercontinental do país, de acordo com fotos divulgadas pela mídia norte-coreana. Kim apareceu em seu uniforme branco de marechal militar enfeitado com botões dourados e dragonas.

Míssil balístico intercontinental Hwasong-17 é exibido durante desfile militar na Coreia do Norte. Foto: KCNA via REUTERS

“É incomum que Kim Jong-un faça um discurso durante um desfile com seu uniforme de marechal”, disse Cheong Seong-chang, diretor do Centro de Estudos Norte-coreanos do Instituto Sejong, um think tank de pesquisa na Coreia do Sul. “Isso sinaliza uma postura extremamente linha-dura que ele provavelmente adotará em relação ao novo governo sul-coreano de Yoon Suk-yeol, que expressou uma postura agressiva em relação ao Norte”.

Durante seu discurso, Kim exortou seu povo a se preparar para um confronto com seus inimigos externos “por um longo período de tempo”. O desfile também contou com jatos militares voando em formação, colunas organizadas de soldados marchando ou a cavalo, bem como uma série de novas armas que a Coreia do Norte vem desenvolvendo ou testando nos últimos anos, incluindo mísseis balísticos lançados por submarinos. e mísseis hipersônicos.

A Coreia do Norte realizou uma série de testes de mísseis nos últimos meses, incluindo um teste de um míssil balístico intercontinental em 24 de março. O país disse ter lançado o Hwasong-17 no teste de março, mas oficiais da Coreia do Sul suspeitam que a arma utilizada tenha sido o Hwasong-15, um modelo mais antigo, por causa de falhas técnicas no Hwasong-17.

Ao lado da esposa Ri Sol-ju, Kim acena para militares durante desfile em Pyongyang. Foto: KCNA via REUTERS

Seul e Washington esperavam trazer Kim de volta à mesa de negociações, mas o desfile militar foi uma forte indicação de que a diplomacia não acontecerá rapidamente, disseram analistas.

Os recentes testes de mísseis da Coreia do Norte e outras atividades relacionadas a armas fazem parte de um esforço de Kim para avançar suas capacidades nucleares e pressionar Washington a retornar à mesa de negociações com alívio de sanções e outras concessões, dizem analistas. A guerra na Ucrânia também criou um ambiente favorável para Kim impulsionar os programas de armas do Norte, já que a Rússia e a China provavelmente bloqueariam qualquer tentativa dos EUA de impor novas sanções ao Conselho de Segurança da ONU.

THE NEW YORK TIMES - O líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, prometeu expandir seu arsenal nuclear “na velocidade mais rápida possível” e ameaçou usá-lo, durante um desfile militar noturno nesta segunda-feira, 25, quando Pyongyang exibiu uma grande variedade de mísseis e outras armas, incluindo seu mais novo míssil balístico intercontinental, informou a mídia estatal norte-coreana.

Em tom desafiador, Kim pareceu tentar aumentar a aposta contra os esforços internacionais paralisados para reduzir sua ambição nuclear. A crescente ameaça bélica da Coreia do Norte provavelmente será uma das questões diplomáticas mais urgentes discutidas entre o presidente americano, Joe Biden, e o presidente eleito da Coreia do Sul, Yoon Suk-yeol, em encontro que deve ocorrer no mês que vem.

Yoon, que assume o cargo em 10 de maio, disse que alinhará a política da Coreia do Sul sobre a Coreia do Norte mais próxima à de Washington, revigorando a aplicação de sanções ao Norte. Ele deve se encontrar com Biden em Seul após sua posse e antes de Biden viajar para o Japão para participar de um fórum regional de segurança.

Kim Jong-un acompanha desfile de aniversário dos 90 anos do exército norte-coreano ao lado de autoridades militares. Foto: KCNA via REUTERS

“As forças nucleares, o símbolo de nossa força nacional e o núcleo de nosso poder militar, devem ser fortalecidas em termos de qualidade e escala”, disse Kim em um discurso que fez durante o grande desfile em Pyongyang.

Kim disse que, embora a Coreia do Norte tenha construído suas armas nucleares como forma de dissuasão, “nossas armas nucleares nunca podem ser confinadas à única missão de dissuasão de guerra”.

“Se alguma força tentar violar os interesses fundamentais de nosso Estado, nossas forças nucleares terão que cumprir decisivamente sua inesperada segunda missão”, disse ele.

Nas últimas semanas, a Coreia do Norte levantou a possibilidade de usar armas nucleares caso a guerra estoure na Península Coreana. Durante sua campanha eleitoral, Yoon disse que a Coreia do Sul consideraria “ataques preventivos” contra as forças nucleares do Norte se o Sul estivesse sob ameaça nuclear.

Formação de veículos blindados durante o desfile militar realizado em Pyongyang. Foto: KCNA via REUTERS

Desde então, a Coreia do Norte alertou que poderia usar armas nucleares durante um conflito. Este mês, a Coreia do Norte relatou um teste bem-sucedido de um novo míssil que, segundo ela, aumentaria significativamente suas capacidades nucleares táticas de curto alcance. Tais capacidades - somadas ao cenário internacional, de invasão pela Rússia (uma potência nuclear), da Ucrânia (um Estado não nuclear) - aumentaram os temores sul-coreanos sobre o programa nuclear de Kim.

Kim organizou dezenas de desfiles militares desde que assumiu o poder, há uma década, usando os eventos para elevar o moral de seu povo, que há muito sofre com sanções internacionais, e para exibir seu arsenal nuclear, que é sua maior conquista como líder. Os desfiles são monitorados de perto por analistas e funcionários externos, porque Kim costuma usá-los para exibir suas novas armas.

Em exibição durante o desfile na noite de segunda-feira estava o Hwasong-17, o mais novo e maior míssil balístico intercontinental do país, de acordo com fotos divulgadas pela mídia norte-coreana. Kim apareceu em seu uniforme branco de marechal militar enfeitado com botões dourados e dragonas.

Míssil balístico intercontinental Hwasong-17 é exibido durante desfile militar na Coreia do Norte. Foto: KCNA via REUTERS

“É incomum que Kim Jong-un faça um discurso durante um desfile com seu uniforme de marechal”, disse Cheong Seong-chang, diretor do Centro de Estudos Norte-coreanos do Instituto Sejong, um think tank de pesquisa na Coreia do Sul. “Isso sinaliza uma postura extremamente linha-dura que ele provavelmente adotará em relação ao novo governo sul-coreano de Yoon Suk-yeol, que expressou uma postura agressiva em relação ao Norte”.

Durante seu discurso, Kim exortou seu povo a se preparar para um confronto com seus inimigos externos “por um longo período de tempo”. O desfile também contou com jatos militares voando em formação, colunas organizadas de soldados marchando ou a cavalo, bem como uma série de novas armas que a Coreia do Norte vem desenvolvendo ou testando nos últimos anos, incluindo mísseis balísticos lançados por submarinos. e mísseis hipersônicos.

A Coreia do Norte realizou uma série de testes de mísseis nos últimos meses, incluindo um teste de um míssil balístico intercontinental em 24 de março. O país disse ter lançado o Hwasong-17 no teste de março, mas oficiais da Coreia do Sul suspeitam que a arma utilizada tenha sido o Hwasong-15, um modelo mais antigo, por causa de falhas técnicas no Hwasong-17.

Ao lado da esposa Ri Sol-ju, Kim acena para militares durante desfile em Pyongyang. Foto: KCNA via REUTERS

Seul e Washington esperavam trazer Kim de volta à mesa de negociações, mas o desfile militar foi uma forte indicação de que a diplomacia não acontecerá rapidamente, disseram analistas.

Os recentes testes de mísseis da Coreia do Norte e outras atividades relacionadas a armas fazem parte de um esforço de Kim para avançar suas capacidades nucleares e pressionar Washington a retornar à mesa de negociações com alívio de sanções e outras concessões, dizem analistas. A guerra na Ucrânia também criou um ambiente favorável para Kim impulsionar os programas de armas do Norte, já que a Rússia e a China provavelmente bloqueariam qualquer tentativa dos EUA de impor novas sanções ao Conselho de Segurança da ONU.

THE NEW YORK TIMES - O líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, prometeu expandir seu arsenal nuclear “na velocidade mais rápida possível” e ameaçou usá-lo, durante um desfile militar noturno nesta segunda-feira, 25, quando Pyongyang exibiu uma grande variedade de mísseis e outras armas, incluindo seu mais novo míssil balístico intercontinental, informou a mídia estatal norte-coreana.

Em tom desafiador, Kim pareceu tentar aumentar a aposta contra os esforços internacionais paralisados para reduzir sua ambição nuclear. A crescente ameaça bélica da Coreia do Norte provavelmente será uma das questões diplomáticas mais urgentes discutidas entre o presidente americano, Joe Biden, e o presidente eleito da Coreia do Sul, Yoon Suk-yeol, em encontro que deve ocorrer no mês que vem.

Yoon, que assume o cargo em 10 de maio, disse que alinhará a política da Coreia do Sul sobre a Coreia do Norte mais próxima à de Washington, revigorando a aplicação de sanções ao Norte. Ele deve se encontrar com Biden em Seul após sua posse e antes de Biden viajar para o Japão para participar de um fórum regional de segurança.

Kim Jong-un acompanha desfile de aniversário dos 90 anos do exército norte-coreano ao lado de autoridades militares. Foto: KCNA via REUTERS

“As forças nucleares, o símbolo de nossa força nacional e o núcleo de nosso poder militar, devem ser fortalecidas em termos de qualidade e escala”, disse Kim em um discurso que fez durante o grande desfile em Pyongyang.

Kim disse que, embora a Coreia do Norte tenha construído suas armas nucleares como forma de dissuasão, “nossas armas nucleares nunca podem ser confinadas à única missão de dissuasão de guerra”.

“Se alguma força tentar violar os interesses fundamentais de nosso Estado, nossas forças nucleares terão que cumprir decisivamente sua inesperada segunda missão”, disse ele.

Nas últimas semanas, a Coreia do Norte levantou a possibilidade de usar armas nucleares caso a guerra estoure na Península Coreana. Durante sua campanha eleitoral, Yoon disse que a Coreia do Sul consideraria “ataques preventivos” contra as forças nucleares do Norte se o Sul estivesse sob ameaça nuclear.

Formação de veículos blindados durante o desfile militar realizado em Pyongyang. Foto: KCNA via REUTERS

Desde então, a Coreia do Norte alertou que poderia usar armas nucleares durante um conflito. Este mês, a Coreia do Norte relatou um teste bem-sucedido de um novo míssil que, segundo ela, aumentaria significativamente suas capacidades nucleares táticas de curto alcance. Tais capacidades - somadas ao cenário internacional, de invasão pela Rússia (uma potência nuclear), da Ucrânia (um Estado não nuclear) - aumentaram os temores sul-coreanos sobre o programa nuclear de Kim.

Kim organizou dezenas de desfiles militares desde que assumiu o poder, há uma década, usando os eventos para elevar o moral de seu povo, que há muito sofre com sanções internacionais, e para exibir seu arsenal nuclear, que é sua maior conquista como líder. Os desfiles são monitorados de perto por analistas e funcionários externos, porque Kim costuma usá-los para exibir suas novas armas.

Em exibição durante o desfile na noite de segunda-feira estava o Hwasong-17, o mais novo e maior míssil balístico intercontinental do país, de acordo com fotos divulgadas pela mídia norte-coreana. Kim apareceu em seu uniforme branco de marechal militar enfeitado com botões dourados e dragonas.

Míssil balístico intercontinental Hwasong-17 é exibido durante desfile militar na Coreia do Norte. Foto: KCNA via REUTERS

“É incomum que Kim Jong-un faça um discurso durante um desfile com seu uniforme de marechal”, disse Cheong Seong-chang, diretor do Centro de Estudos Norte-coreanos do Instituto Sejong, um think tank de pesquisa na Coreia do Sul. “Isso sinaliza uma postura extremamente linha-dura que ele provavelmente adotará em relação ao novo governo sul-coreano de Yoon Suk-yeol, que expressou uma postura agressiva em relação ao Norte”.

Durante seu discurso, Kim exortou seu povo a se preparar para um confronto com seus inimigos externos “por um longo período de tempo”. O desfile também contou com jatos militares voando em formação, colunas organizadas de soldados marchando ou a cavalo, bem como uma série de novas armas que a Coreia do Norte vem desenvolvendo ou testando nos últimos anos, incluindo mísseis balísticos lançados por submarinos. e mísseis hipersônicos.

A Coreia do Norte realizou uma série de testes de mísseis nos últimos meses, incluindo um teste de um míssil balístico intercontinental em 24 de março. O país disse ter lançado o Hwasong-17 no teste de março, mas oficiais da Coreia do Sul suspeitam que a arma utilizada tenha sido o Hwasong-15, um modelo mais antigo, por causa de falhas técnicas no Hwasong-17.

Ao lado da esposa Ri Sol-ju, Kim acena para militares durante desfile em Pyongyang. Foto: KCNA via REUTERS

Seul e Washington esperavam trazer Kim de volta à mesa de negociações, mas o desfile militar foi uma forte indicação de que a diplomacia não acontecerá rapidamente, disseram analistas.

Os recentes testes de mísseis da Coreia do Norte e outras atividades relacionadas a armas fazem parte de um esforço de Kim para avançar suas capacidades nucleares e pressionar Washington a retornar à mesa de negociações com alívio de sanções e outras concessões, dizem analistas. A guerra na Ucrânia também criou um ambiente favorável para Kim impulsionar os programas de armas do Norte, já que a Rússia e a China provavelmente bloqueariam qualquer tentativa dos EUA de impor novas sanções ao Conselho de Segurança da ONU.

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