Kosovo acusa Sérvia de estar por trás de ataque em vila e diz que país age como a Rússia


Sérvia nega envolvimento em confronto que deixou quatro mortos no norte do Kosovo; EUA afirmam que tropas sérvias se acumulam na fronteira entre os dois países

Por Redação

A ministra de Relações Exteriores do Kosovo, Donika Gërvalla-Schwarz, afirmou ao jornal britânico The Guardian que a Sérvia está por trás do ataque feito por cerca de 30 homens sérvios em um vilarejo no norte do território kosovar, que resultou em quatro mortos no dia 24 de setembro. O incidente aumentou as tensões entre o Kosovo e a Sérvia e, segundo as autoridades dos Estados Unidos, foi seguido de um acúmulo militar sérvio na fronteira entre os dois territórios.

Analistas descrevem o incidente como o mais grave entre os dois países desde o fim da Guerra do Kosovo, entre o fim de 1998 e início de 1999, que deixou mais de 10 mil pessoas mortas. O Kosovo declarou independência em 2008, mas a Sérvia não reconhece seu status.

A Sérvia nega está por trás do ataque no território kosovar e chama as alegações dos EUA de mentirosas. Nesta terça-feira, 3, o país prendeu um sérvio identificado como Milan Radoicic, que admitiu ser o organizador do ataque no norte do Kosovo. As autoridades sérvias o acusam de agir por conta própria, mas não é o suficiente para dissipar suspeitas do Kosovo. Radoic é conhecido por ter laços estreitos com o partido progressista da Sérvia, do presidente Aleksandar Vucic.

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Imagem mostra policiais do Kosovo realizando prisão de um sérvio suspeito de ter participado do ataque no norte do país, em imagem do dia 26 de setembro. Tensões com a Sérvia escalaram após ataque Foto: Visar Kryeziu/AP

Os EUA afirmaram no dia 29 que havia um movimento “desestabilizador” de tropas sérvias na fronteira com o Kosovo. A observação americana foi seguida de um pronunciamento da Otan, que aprovou o envio de forças adicionais de manutenção de paz para Kosovo.

Desde que as tensões aumentaram, o Kosovo tem solicitado ações da União Europeia, bloco que a Sérvia pretende fazer parte, e da Otan. Em outra entrevista, para a emissora alemã Deutschlandfunk, Donika Gërvalla-Schwarz afirmou que as ações sérvias são semelhantes às russas antes da invasão na Ucrânia. “Nunca houve esse tipo de concentração de tropas nos últimos anos”, declarou. “O armamento que eles têm lá, os tanques, isso nos dá uma sensação ruim porque não sabemos como a comunidade internacional vai responder.”

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Segundo Gërvalla-Schwarz, as autoridades do Kosovo descobriram armas e equipamentos militares em vários lugares do norte do território, ao longo da fronteira com a Sérvia, que aumentam as suspeitas sobre a participação sérvia no ataque recente. “O objetivo desta agressão era ocupar o norte do Kosovo e impor uma divisão, que é um objetivo para o qual o governo da Sérvia trabalha continuamente, abertamente e em segredo, há anos”, disse.

“Enquanto estávamos envolvidos em Bruxelas no que se chama de diálogo de normalização, a Sérvia estava se preparando para uma invasão de nosso país. Só graças à nossa resposta policial, profissional e atempada é que o ataque terrorista não teve sucesso”, acrescentou a ministra ao Guardian.

Sérvia diz que não pretende invadir Kosovo

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O presidente sérvio, Aleksandar Vucic, disse ao jornal Financial Times no sábado que não tinha intenção de ordenar que as forças militares de seu país cruzassem a fronteira para o Kosovo porque isso não “seria benéfico para Belgrado”, que aspira a entrada na União Europeia. Ao negar o acúmulo de tropas, ele também disse que o número de militares sérvios perto das fronteiras diminuiu ao longo dos anos e que continuaria a retirá-las.

Apesar das alegações, a relação na fronteira é delicada. O Ocidente fracassou em todas as tentativas de normalizar as relações entre as duas nações e, segundo analistas, a negociação entre ambas chegou a um impasse. A Sérvia insiste em proteger seus sérvios étnicos, que representam cerca de 5% da população de 1,8 milhão de habitantes do Kosovo e estão concentrados principalmente no norte do país. O Governo kosovar, por seu lado, não consegue pôr em prática um acordo provisório que concede maior autonomia aos sérvios que vivem no norte do Kosovo.

Ao The Guardian, o membro sênior de política do Conselho Europeu de Relações Exteriores, Engjellushe Morina, disse que a negociação expôs muitas dificuldades nas relações entre Sérvia e Kosovo e integração do norte do Kosovo. “As tentativas de tentar resolver (os impasses entre Sérvia e Kosovo) estão muito focadas nos direitos das minorias, quando o problema é puramente territorial”, declarou Morina. “A Sérvia não quer deixar de controlar esta parte do Kosovo”.

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Segundo o chefe do Centro de Política de Segurança de Belgrado, Igor Bandovic, o incidente do dia 24 de setembro torna o diálogo ainda mais difícil. “As negociações entre a Sérvia e o Kosovo chegaram a um impasse”, declarou. /Com NYT e AP

A ministra de Relações Exteriores do Kosovo, Donika Gërvalla-Schwarz, afirmou ao jornal britânico The Guardian que a Sérvia está por trás do ataque feito por cerca de 30 homens sérvios em um vilarejo no norte do território kosovar, que resultou em quatro mortos no dia 24 de setembro. O incidente aumentou as tensões entre o Kosovo e a Sérvia e, segundo as autoridades dos Estados Unidos, foi seguido de um acúmulo militar sérvio na fronteira entre os dois territórios.

Analistas descrevem o incidente como o mais grave entre os dois países desde o fim da Guerra do Kosovo, entre o fim de 1998 e início de 1999, que deixou mais de 10 mil pessoas mortas. O Kosovo declarou independência em 2008, mas a Sérvia não reconhece seu status.

A Sérvia nega está por trás do ataque no território kosovar e chama as alegações dos EUA de mentirosas. Nesta terça-feira, 3, o país prendeu um sérvio identificado como Milan Radoicic, que admitiu ser o organizador do ataque no norte do Kosovo. As autoridades sérvias o acusam de agir por conta própria, mas não é o suficiente para dissipar suspeitas do Kosovo. Radoic é conhecido por ter laços estreitos com o partido progressista da Sérvia, do presidente Aleksandar Vucic.

Imagem mostra policiais do Kosovo realizando prisão de um sérvio suspeito de ter participado do ataque no norte do país, em imagem do dia 26 de setembro. Tensões com a Sérvia escalaram após ataque Foto: Visar Kryeziu/AP

Os EUA afirmaram no dia 29 que havia um movimento “desestabilizador” de tropas sérvias na fronteira com o Kosovo. A observação americana foi seguida de um pronunciamento da Otan, que aprovou o envio de forças adicionais de manutenção de paz para Kosovo.

Desde que as tensões aumentaram, o Kosovo tem solicitado ações da União Europeia, bloco que a Sérvia pretende fazer parte, e da Otan. Em outra entrevista, para a emissora alemã Deutschlandfunk, Donika Gërvalla-Schwarz afirmou que as ações sérvias são semelhantes às russas antes da invasão na Ucrânia. “Nunca houve esse tipo de concentração de tropas nos últimos anos”, declarou. “O armamento que eles têm lá, os tanques, isso nos dá uma sensação ruim porque não sabemos como a comunidade internacional vai responder.”

Segundo Gërvalla-Schwarz, as autoridades do Kosovo descobriram armas e equipamentos militares em vários lugares do norte do território, ao longo da fronteira com a Sérvia, que aumentam as suspeitas sobre a participação sérvia no ataque recente. “O objetivo desta agressão era ocupar o norte do Kosovo e impor uma divisão, que é um objetivo para o qual o governo da Sérvia trabalha continuamente, abertamente e em segredo, há anos”, disse.

“Enquanto estávamos envolvidos em Bruxelas no que se chama de diálogo de normalização, a Sérvia estava se preparando para uma invasão de nosso país. Só graças à nossa resposta policial, profissional e atempada é que o ataque terrorista não teve sucesso”, acrescentou a ministra ao Guardian.

Sérvia diz que não pretende invadir Kosovo

O presidente sérvio, Aleksandar Vucic, disse ao jornal Financial Times no sábado que não tinha intenção de ordenar que as forças militares de seu país cruzassem a fronteira para o Kosovo porque isso não “seria benéfico para Belgrado”, que aspira a entrada na União Europeia. Ao negar o acúmulo de tropas, ele também disse que o número de militares sérvios perto das fronteiras diminuiu ao longo dos anos e que continuaria a retirá-las.

Apesar das alegações, a relação na fronteira é delicada. O Ocidente fracassou em todas as tentativas de normalizar as relações entre as duas nações e, segundo analistas, a negociação entre ambas chegou a um impasse. A Sérvia insiste em proteger seus sérvios étnicos, que representam cerca de 5% da população de 1,8 milhão de habitantes do Kosovo e estão concentrados principalmente no norte do país. O Governo kosovar, por seu lado, não consegue pôr em prática um acordo provisório que concede maior autonomia aos sérvios que vivem no norte do Kosovo.

Ao The Guardian, o membro sênior de política do Conselho Europeu de Relações Exteriores, Engjellushe Morina, disse que a negociação expôs muitas dificuldades nas relações entre Sérvia e Kosovo e integração do norte do Kosovo. “As tentativas de tentar resolver (os impasses entre Sérvia e Kosovo) estão muito focadas nos direitos das minorias, quando o problema é puramente territorial”, declarou Morina. “A Sérvia não quer deixar de controlar esta parte do Kosovo”.

Segundo o chefe do Centro de Política de Segurança de Belgrado, Igor Bandovic, o incidente do dia 24 de setembro torna o diálogo ainda mais difícil. “As negociações entre a Sérvia e o Kosovo chegaram a um impasse”, declarou. /Com NYT e AP

A ministra de Relações Exteriores do Kosovo, Donika Gërvalla-Schwarz, afirmou ao jornal britânico The Guardian que a Sérvia está por trás do ataque feito por cerca de 30 homens sérvios em um vilarejo no norte do território kosovar, que resultou em quatro mortos no dia 24 de setembro. O incidente aumentou as tensões entre o Kosovo e a Sérvia e, segundo as autoridades dos Estados Unidos, foi seguido de um acúmulo militar sérvio na fronteira entre os dois territórios.

Analistas descrevem o incidente como o mais grave entre os dois países desde o fim da Guerra do Kosovo, entre o fim de 1998 e início de 1999, que deixou mais de 10 mil pessoas mortas. O Kosovo declarou independência em 2008, mas a Sérvia não reconhece seu status.

A Sérvia nega está por trás do ataque no território kosovar e chama as alegações dos EUA de mentirosas. Nesta terça-feira, 3, o país prendeu um sérvio identificado como Milan Radoicic, que admitiu ser o organizador do ataque no norte do Kosovo. As autoridades sérvias o acusam de agir por conta própria, mas não é o suficiente para dissipar suspeitas do Kosovo. Radoic é conhecido por ter laços estreitos com o partido progressista da Sérvia, do presidente Aleksandar Vucic.

Imagem mostra policiais do Kosovo realizando prisão de um sérvio suspeito de ter participado do ataque no norte do país, em imagem do dia 26 de setembro. Tensões com a Sérvia escalaram após ataque Foto: Visar Kryeziu/AP

Os EUA afirmaram no dia 29 que havia um movimento “desestabilizador” de tropas sérvias na fronteira com o Kosovo. A observação americana foi seguida de um pronunciamento da Otan, que aprovou o envio de forças adicionais de manutenção de paz para Kosovo.

Desde que as tensões aumentaram, o Kosovo tem solicitado ações da União Europeia, bloco que a Sérvia pretende fazer parte, e da Otan. Em outra entrevista, para a emissora alemã Deutschlandfunk, Donika Gërvalla-Schwarz afirmou que as ações sérvias são semelhantes às russas antes da invasão na Ucrânia. “Nunca houve esse tipo de concentração de tropas nos últimos anos”, declarou. “O armamento que eles têm lá, os tanques, isso nos dá uma sensação ruim porque não sabemos como a comunidade internacional vai responder.”

Segundo Gërvalla-Schwarz, as autoridades do Kosovo descobriram armas e equipamentos militares em vários lugares do norte do território, ao longo da fronteira com a Sérvia, que aumentam as suspeitas sobre a participação sérvia no ataque recente. “O objetivo desta agressão era ocupar o norte do Kosovo e impor uma divisão, que é um objetivo para o qual o governo da Sérvia trabalha continuamente, abertamente e em segredo, há anos”, disse.

“Enquanto estávamos envolvidos em Bruxelas no que se chama de diálogo de normalização, a Sérvia estava se preparando para uma invasão de nosso país. Só graças à nossa resposta policial, profissional e atempada é que o ataque terrorista não teve sucesso”, acrescentou a ministra ao Guardian.

Sérvia diz que não pretende invadir Kosovo

O presidente sérvio, Aleksandar Vucic, disse ao jornal Financial Times no sábado que não tinha intenção de ordenar que as forças militares de seu país cruzassem a fronteira para o Kosovo porque isso não “seria benéfico para Belgrado”, que aspira a entrada na União Europeia. Ao negar o acúmulo de tropas, ele também disse que o número de militares sérvios perto das fronteiras diminuiu ao longo dos anos e que continuaria a retirá-las.

Apesar das alegações, a relação na fronteira é delicada. O Ocidente fracassou em todas as tentativas de normalizar as relações entre as duas nações e, segundo analistas, a negociação entre ambas chegou a um impasse. A Sérvia insiste em proteger seus sérvios étnicos, que representam cerca de 5% da população de 1,8 milhão de habitantes do Kosovo e estão concentrados principalmente no norte do país. O Governo kosovar, por seu lado, não consegue pôr em prática um acordo provisório que concede maior autonomia aos sérvios que vivem no norte do Kosovo.

Ao The Guardian, o membro sênior de política do Conselho Europeu de Relações Exteriores, Engjellushe Morina, disse que a negociação expôs muitas dificuldades nas relações entre Sérvia e Kosovo e integração do norte do Kosovo. “As tentativas de tentar resolver (os impasses entre Sérvia e Kosovo) estão muito focadas nos direitos das minorias, quando o problema é puramente territorial”, declarou Morina. “A Sérvia não quer deixar de controlar esta parte do Kosovo”.

Segundo o chefe do Centro de Política de Segurança de Belgrado, Igor Bandovic, o incidente do dia 24 de setembro torna o diálogo ainda mais difícil. “As negociações entre a Sérvia e o Kosovo chegaram a um impasse”, declarou. /Com NYT e AP

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