Líder da Catalunha pede novo referendo de independência após noite de violência


Quim Torra reivindicou também uma Constituição catalã para 2020; protestos ocorrem desde segunda-feira, depois que líderes do movimento separatista foram condenados à prisão

Por Redação

BARCELONA - O líder de governo da Catalunha, Quim Torra, afirmou nesta quinta-feira, 17, que outro referendo sobre a independência da região deveria ser feito em até dois anos. A declaração representa um novo desafio ao governo espanhol após manifestações pró-separatistas.

Segundo os organizadores, os protestos de hoje reuniram 22 mil pessoas nas ruas de Barcelona. Na última quarta, 16, cerca de 100 pessoas ficaram feridas em confrontos com a polícia. Foi o terceiro dia de manifestações desde a condenação de nove líderes catalães a períodos longos de prisão pela Suprema Corte da Espanha. Eles foram condenados após a tentativa de independência fracassada em 2017. 

O líder regional da Catalunha, Quim Torra, chega ao Parlamento Catalão. No discurso, ele defendeu os movimentos pró-separatistas e afirmou que “de jeito nenhum” algum tribunal o impedirá de adotar medidas para a independência. Foto: Josep Lago / AFP
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Na madrugada, carros e latões de lixo foram incendiados em Barcelona, capital catalã. A polícia diz que prendeu 12 pessoas na cidade durante alguns dos piores episódios de violência vistos na Espanha nos últimos anos, que provocaram ondas de choque na política nacional.

O Ministério do Interior disse que enviará reforços, já que há novos protestos programados para a próxima sexta-feira, 18. Sindicatos convocaram uma greve e há expectativa de chegada de mais manifestantes a Barcelona, uma das principais cidades turísticas da Europa.

Na madrugada de quinta-feira, Quim Torra fez um pronunciamento em rede regional de televisão, pedindo serenidade aos manifestantes e o fim dos atos de vandalismo para que a violência não prejudique a imagem dos independentistas. Ao discursar no Parlamento Catalão, ele instou o movimento a levar adiante os protestos, afirmando que “de jeito nenhum” algum tribunal o impedirá de adotar medidas para a independência.

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Os protestos pró-independência da Catalunha se intensificaram após a condenação de nove líderes de movimentos separatistas. Cerca de 100 pessoas ficaram feridas na última quarta-feira, 17. Foto: Jon Nazca / Reuters

“Se todos os partidos e grupos o tornarem possível, temos que ser capazes de finalizar este mandato legislativo validando a independência”, disse Torra, acrescentando que as penas anunciadas na segunda-feira não impedirão os separatistas de realizar um novo referendo. “Voltaremos às urnas novamente pela autodeterminação”, declarou.

Torra pediu que uma Constituição seja elaborada para a Catalunha na primavera de 2020 (entre março e junho), o que pode abrir caminho para uma votação antes de a legislatura se encerrar, em dezembro de 2021.

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Os principais partidos da Espanha vêm se recusando continuamente a realizar um referendo de independência da Catalunha. Por outro lado, os socialistas governistas dizem estar abertos a um diálogo sobre outras questões.

O Tribunal Constitucional alertou autoridades catalãs na última quarta, sobre as consequências legais caso violem a lei e busquem a independência regional.

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Do lado da oposição ao movimento separatista, o secretário-geral da coalizão Unidas Podemos, Pablo Iglesias, disse que apoiará o governo em medidas destinadas a desinflamar a situação e criticou as propostas feitas pelos opositores. O Vox, partido de extrema direita que elegeu seus primeiros deputados nas últimas eleições,  exigiu que o governo da Espanha declare estado de exceção devido à "gravidade excepcional" dos fatos ocorridos na Catalunha.  / REUTERS e EFE

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Julgados pela organização de um referendo de separação e pela proclamação da independência da Catalunha, nove líderes do movimento foram condenados nesta segunda-feira. As penas variam entre 9 e 13 anos.

BARCELONA - O líder de governo da Catalunha, Quim Torra, afirmou nesta quinta-feira, 17, que outro referendo sobre a independência da região deveria ser feito em até dois anos. A declaração representa um novo desafio ao governo espanhol após manifestações pró-separatistas.

Segundo os organizadores, os protestos de hoje reuniram 22 mil pessoas nas ruas de Barcelona. Na última quarta, 16, cerca de 100 pessoas ficaram feridas em confrontos com a polícia. Foi o terceiro dia de manifestações desde a condenação de nove líderes catalães a períodos longos de prisão pela Suprema Corte da Espanha. Eles foram condenados após a tentativa de independência fracassada em 2017. 

O líder regional da Catalunha, Quim Torra, chega ao Parlamento Catalão. No discurso, ele defendeu os movimentos pró-separatistas e afirmou que “de jeito nenhum” algum tribunal o impedirá de adotar medidas para a independência. Foto: Josep Lago / AFP

Na madrugada, carros e latões de lixo foram incendiados em Barcelona, capital catalã. A polícia diz que prendeu 12 pessoas na cidade durante alguns dos piores episódios de violência vistos na Espanha nos últimos anos, que provocaram ondas de choque na política nacional.

O Ministério do Interior disse que enviará reforços, já que há novos protestos programados para a próxima sexta-feira, 18. Sindicatos convocaram uma greve e há expectativa de chegada de mais manifestantes a Barcelona, uma das principais cidades turísticas da Europa.

Na madrugada de quinta-feira, Quim Torra fez um pronunciamento em rede regional de televisão, pedindo serenidade aos manifestantes e o fim dos atos de vandalismo para que a violência não prejudique a imagem dos independentistas. Ao discursar no Parlamento Catalão, ele instou o movimento a levar adiante os protestos, afirmando que “de jeito nenhum” algum tribunal o impedirá de adotar medidas para a independência.

Os protestos pró-independência da Catalunha se intensificaram após a condenação de nove líderes de movimentos separatistas. Cerca de 100 pessoas ficaram feridas na última quarta-feira, 17. Foto: Jon Nazca / Reuters

“Se todos os partidos e grupos o tornarem possível, temos que ser capazes de finalizar este mandato legislativo validando a independência”, disse Torra, acrescentando que as penas anunciadas na segunda-feira não impedirão os separatistas de realizar um novo referendo. “Voltaremos às urnas novamente pela autodeterminação”, declarou.

Torra pediu que uma Constituição seja elaborada para a Catalunha na primavera de 2020 (entre março e junho), o que pode abrir caminho para uma votação antes de a legislatura se encerrar, em dezembro de 2021.

Os principais partidos da Espanha vêm se recusando continuamente a realizar um referendo de independência da Catalunha. Por outro lado, os socialistas governistas dizem estar abertos a um diálogo sobre outras questões.

O Tribunal Constitucional alertou autoridades catalãs na última quarta, sobre as consequências legais caso violem a lei e busquem a independência regional.

Do lado da oposição ao movimento separatista, o secretário-geral da coalizão Unidas Podemos, Pablo Iglesias, disse que apoiará o governo em medidas destinadas a desinflamar a situação e criticou as propostas feitas pelos opositores. O Vox, partido de extrema direita que elegeu seus primeiros deputados nas últimas eleições,  exigiu que o governo da Espanha declare estado de exceção devido à "gravidade excepcional" dos fatos ocorridos na Catalunha.  / REUTERS e EFE

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Julgados pela organização de um referendo de separação e pela proclamação da independência da Catalunha, nove líderes do movimento foram condenados nesta segunda-feira. As penas variam entre 9 e 13 anos.

BARCELONA - O líder de governo da Catalunha, Quim Torra, afirmou nesta quinta-feira, 17, que outro referendo sobre a independência da região deveria ser feito em até dois anos. A declaração representa um novo desafio ao governo espanhol após manifestações pró-separatistas.

Segundo os organizadores, os protestos de hoje reuniram 22 mil pessoas nas ruas de Barcelona. Na última quarta, 16, cerca de 100 pessoas ficaram feridas em confrontos com a polícia. Foi o terceiro dia de manifestações desde a condenação de nove líderes catalães a períodos longos de prisão pela Suprema Corte da Espanha. Eles foram condenados após a tentativa de independência fracassada em 2017. 

O líder regional da Catalunha, Quim Torra, chega ao Parlamento Catalão. No discurso, ele defendeu os movimentos pró-separatistas e afirmou que “de jeito nenhum” algum tribunal o impedirá de adotar medidas para a independência. Foto: Josep Lago / AFP

Na madrugada, carros e latões de lixo foram incendiados em Barcelona, capital catalã. A polícia diz que prendeu 12 pessoas na cidade durante alguns dos piores episódios de violência vistos na Espanha nos últimos anos, que provocaram ondas de choque na política nacional.

O Ministério do Interior disse que enviará reforços, já que há novos protestos programados para a próxima sexta-feira, 18. Sindicatos convocaram uma greve e há expectativa de chegada de mais manifestantes a Barcelona, uma das principais cidades turísticas da Europa.

Na madrugada de quinta-feira, Quim Torra fez um pronunciamento em rede regional de televisão, pedindo serenidade aos manifestantes e o fim dos atos de vandalismo para que a violência não prejudique a imagem dos independentistas. Ao discursar no Parlamento Catalão, ele instou o movimento a levar adiante os protestos, afirmando que “de jeito nenhum” algum tribunal o impedirá de adotar medidas para a independência.

Os protestos pró-independência da Catalunha se intensificaram após a condenação de nove líderes de movimentos separatistas. Cerca de 100 pessoas ficaram feridas na última quarta-feira, 17. Foto: Jon Nazca / Reuters

“Se todos os partidos e grupos o tornarem possível, temos que ser capazes de finalizar este mandato legislativo validando a independência”, disse Torra, acrescentando que as penas anunciadas na segunda-feira não impedirão os separatistas de realizar um novo referendo. “Voltaremos às urnas novamente pela autodeterminação”, declarou.

Torra pediu que uma Constituição seja elaborada para a Catalunha na primavera de 2020 (entre março e junho), o que pode abrir caminho para uma votação antes de a legislatura se encerrar, em dezembro de 2021.

Os principais partidos da Espanha vêm se recusando continuamente a realizar um referendo de independência da Catalunha. Por outro lado, os socialistas governistas dizem estar abertos a um diálogo sobre outras questões.

O Tribunal Constitucional alertou autoridades catalãs na última quarta, sobre as consequências legais caso violem a lei e busquem a independência regional.

Do lado da oposição ao movimento separatista, o secretário-geral da coalizão Unidas Podemos, Pablo Iglesias, disse que apoiará o governo em medidas destinadas a desinflamar a situação e criticou as propostas feitas pelos opositores. O Vox, partido de extrema direita que elegeu seus primeiros deputados nas últimas eleições,  exigiu que o governo da Espanha declare estado de exceção devido à "gravidade excepcional" dos fatos ocorridos na Catalunha.  / REUTERS e EFE

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