SEUL - A imprensa estatal da Coreia do Norte informou nesta quinta-feira (data local, noite de quarta-feira no Brasil) que o líder do país, Kim Jong-un, supervisionou um teste de “míssil de cruzeiro estratégico de longo alcance” na véspera.
Esse foi o lançamento mais recente de uma série de testes de armas que aumentaram a tensão na península coreana e o temor de que Pyongyang realize seu primeiro teste nuclear desde 2017.
A Coreia do Norte disparou dois desses mísseis que voaram durante “10.234 segundos em um padrão oval” e “atingiram claramente os seus alvos no Mar do Leste (como as duas Coreias chamam o Mar do Japão) a 2 mil quilômetros de distância”, de acordo com a agência norte-coreana KCNA.
O líder da Coreia do Norte expressou satisfação com “as elevadas capacidades de reação das suas forças de combate nuclear”, que demonstraram “a sua grande prontidão para uma guerra real”, de acordo com a imprensa estatal de Pyongyang.
“O teste é um novo sinal de aviso claro e inequívoco aos nossos inimigos”, disse Kim.
Os lançamentos buscavam reforçar “a eficiência e o poder de combate” dos mísseis utilizados pelos militares norte-coreanos para utilização tática de armas nucleares e confirmar a operacionalidade do sistema, de acordo com a agência do regime.
As autoridades militares sul-coreanas não forneceram detalhes sobre o último lançamento norte-coreano.
De acordo com a agência de notícias sul-coreana Yonhap, o Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul detectou os disparos, mas, ao contrário dos testes dos dias anteriores, decidiu não comunicá-los por serem mísseis não-balísticos e, portanto, não violarem as resoluções do Conselho de Segurança da ONU.
O teste norte-coreano anterior ocorreu no domingo, um lançamento de dois mísseis balísticos de curto alcance que marcaram o sétimo teste de armas deste tipo em duas semanas.
A sucessão de testes da Coreia do Norte é uma medida que alega ser de “autodefesa” contra os Estados Unidos, informou a imprensa de Pyongyang após o teste anterior, e ocorreu no contexto de manobras conjuntas de Seul, Washington e Tóquio em águas da península coreana./EFE