WASHINGTON - A líder da minoria democrata na Câmara dos Deputados dos EUA, Nancy Pelosi, criticou na quinta-feira o fato de o presidente Donald Trump ter incluído em seu Conselho de Segurança o nome de Steve Bannon, a quem qualificou como "supremacista branco" e um perigo para o país.
"É surpreendente que um supremacista branco, Bannon, seja membro permanente do Conselho de Segurança Nacional", disse Nancy em declarações contundentes durante uma entrevista coletiva no Capitólio.
A Casa Branca anunciou recentemente que Bannon, ex-diretor do site de extrema-direita Breitbart News e assessor político do novo presidente, passaria a fazer parte do Conselho de Segurança Nacional presidencial, responsável por tratar as crises no exterior.
O site promove ideologias racistas, antiimigrantes e misóginas com enfoques sensacionalistas e uma crítica contínua aos valores progressistas e às políticas dos democratas e dos republicanos mais moderados.
"O que torna os EUA menos seguros é ter este supremacista branco incluído de maneira permanente no Conselho de Segurança Nacional, enquanto o chefe do Estado-Maior e o diretor de inteligência nacional não são considerados membros permanentes", acrescentou Nancy, de 76 anos, uma das democratas de maior peso político no Congresso americano.
A decisão de Trump de remodelar a equipe de segurança nacional representa, além de uma nova entrada, a saída do chefe do Estado-Maior e do diretor de inteligência, que tradicionalmente faziam parte dessas reuniões.
A equipe de Donald Trump
Bannon terá um papel privilegiado em um fórum integrado normalmente pelo presidente, o vice-presidente e os secretários de Estado, do Tesouro, de Defesa, de Justiça e de Segurança Nacional, entre outros.
Nancy fez essas declarações depois que uma carta foi enviada por vários congressistas democratas a Trump para que retire Bannon do Conselho, sob o argumento de que ele "está politizando a segurança nacional" e "é completamente perigoso e moralmente reprovável". / EFE