Chefe do Grupo Wagner planejava capturar líderes militares russos, diz jornal


Segundo o The Wall Street Journal, Ievgeni Prigozhin planejava capturar o ministro da Defesa, Sergei Shoigu, e o general do Exército, Valeri Gerasimov, mas planos foram descobertos

Por Redação
Atualização:

MOSCOU - O líder do grupo mercenário Wagner, Ievgeni Prigozhin, planejava capturar as lideranças militares da Rússia como parte do motim do último sábado, segundo publicou nesta quarta-feira, 28, o The Wall Street Journal com base em informações de autoridades ocidentais. Ele ainda teria alterado seus planos depois que a agência de inteligência russa tomou conhecimento da conspiração e optou por lançar o motim mais cedo.

De acordo com o jornal americano, Prigozhin planejava a captura do ministro da Defesa, Sergei Shoigu, e do general do Exército, Valeri Gerasimov, chefe do Estado-Maior da Rússia, durante uma visita planejada pelos dois a uma região ao sul que faz fronteira com a Ucrânia. Porém, a FSB, o Serviço Federal de Segurança russo, teria descoberto o plano dois dias antes de sua execução.

Foi somente depois que seu plano foi descoberto que Prigozhin decidiu, no último minuto, lançar sua marcha em direção a Moscou, de acordo com as fontes ouvidas pelo jornal.

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O líder mercenário Ievgeni Prigozhin em captura de vídeo  Foto: Prigozhin Press Service via AP

À mídia estatal russa, o comandante da Guarda Nacional da Rússia, general Viktor Zolotov, afirmou que as autoridades russas sabiam das intenções de Prigozhin. “Informações específicas sobre os preparativos para uma rebelião que começaria entre 22 e 25 de junho vazaram do acampamento de Prigozhin”, disse na terça-feira.

Ainda de acordo com o WSJ, as agências de inteligência ocidentais também descobriram os planos do líder Wagner com base em interceptações de comunicações eletrônicas e imagens de satélite. Autoridades ocidentais disseram acreditar que a trama original tinha muita chance de sucesso, mas falhou depois que a conspiração vazou, forçando Prigozhin a improvisar um plano alternativo.

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Fontes de dentro dessas agências de inteligência disseram que o chefe mercenário acreditava que uma parte das Forças Armadas russas se juntaria ao motim e se voltaria contra seus comandantes. Os planos incluiriam uma grande quantidade de munição, combustível e equipamentos, incluindo tanques, blindados e defesas aéreas.

Após saber que seus planos teriam vazado, Prigozhin foi forçado a agir mais cedo em sua rebelião e conseguiu capturar a cidade de Rostov-on-Don, no sul da Rússia. Segundo as inteligências ocidentais, a facilidade com que a cidade foi tomada sugere participação de alto-escalão do Exército.

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De acordo com o jornal, autoridades acreditam que Prigozhin chegou a comunicar seus planos ao general Sergei Surovikin, comandante da força aeroespacial russa, mas não sabem se ele transmitiu essas informações à FSB.

As revelações do jornal ocorrem horas depois que o The New York Times publicou que Surovikin sabia previamente dos planos do chefe mercenário e possivelmente o ajudou, o que levantou novos questionamentos sobre a possibilidade de participação de membros do alto-escalão militar na rebelião. Se verdadeira, a ação joga ainda mais drama ao presidente Vladimir Putin, que nunca enfrentou uma ameaça tão grande em seus 23 anos no poder.

O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, chamou a reportagem do Times de um exemplo “de várias especulações, fofocas sobre esses eventos”, e insistiu nesta quarta que o exército e o povo da Rússia se uniram em torno de Putin. Mas o jornal observou que o porta-voz não negou as informações.

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Surovikin é um líder militar respeitado na Rússia, que ajudou a fortalecer as defesas nas linhas de batalha após a contraofensiva da Ucrânia no ano passado, de acordo com analistas. Ele foi substituído como o principal comandante em janeiro, mas manteve influência na condução das operações de guerra e continua popular entre as tropas.

Prigozhin em Belarus

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Prigozhin chegou na última terça-feira em Belarus, como parte do acordo entre o líder Wagner e o Kremlin que encerrou a rebelião na Rússia.

“Vejo que Prigozhin já está viajando de avião. Sim, efetivamente, hoje está em Belarus”, declarou o presidente do país, Alexander Lukashenko, em uma declaração ambígua à agência oficial de notícias Belta.

O líder do Grupo Wagner estava desaparecido desde o anúncio do fim de sua rebelião no sábado à noite, depois de 24 horas de caos nas quais seus homens tomaram bases militares e marcharam do sudoeste da Rússia em direção a Moscou, antes de desistir repentinamente.

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Embora as repercussões da rebelião deste ex-aliado de Vladimir Putin sejam incertas, o Kremlin nega que o presidente russo tenha saído enfraquecido da crise.

A ida do mercenário para Belarus ocorre após o acordo em que o Kremlin prometeu não processar Prigozhin e seus homens em troca do fim do levante. Isso aconteceu apesar de Putin ter prometido punir os responsáveis pela rebelião, a quem chamou de “traidores”.

Como parte do acordo, na terça-feira, a FSB disse que havia encerrado a investigação criminal sobre a revolta da semana passada, sem acusações contra Prigozhin ou qualquer outro participante, embora cerca de uma dúzia de soldados russos tenham sido mortos em confrontos./Com informações do NYT e AP

MOSCOU - O líder do grupo mercenário Wagner, Ievgeni Prigozhin, planejava capturar as lideranças militares da Rússia como parte do motim do último sábado, segundo publicou nesta quarta-feira, 28, o The Wall Street Journal com base em informações de autoridades ocidentais. Ele ainda teria alterado seus planos depois que a agência de inteligência russa tomou conhecimento da conspiração e optou por lançar o motim mais cedo.

De acordo com o jornal americano, Prigozhin planejava a captura do ministro da Defesa, Sergei Shoigu, e do general do Exército, Valeri Gerasimov, chefe do Estado-Maior da Rússia, durante uma visita planejada pelos dois a uma região ao sul que faz fronteira com a Ucrânia. Porém, a FSB, o Serviço Federal de Segurança russo, teria descoberto o plano dois dias antes de sua execução.

Foi somente depois que seu plano foi descoberto que Prigozhin decidiu, no último minuto, lançar sua marcha em direção a Moscou, de acordo com as fontes ouvidas pelo jornal.

O líder mercenário Ievgeni Prigozhin em captura de vídeo  Foto: Prigozhin Press Service via AP

À mídia estatal russa, o comandante da Guarda Nacional da Rússia, general Viktor Zolotov, afirmou que as autoridades russas sabiam das intenções de Prigozhin. “Informações específicas sobre os preparativos para uma rebelião que começaria entre 22 e 25 de junho vazaram do acampamento de Prigozhin”, disse na terça-feira.

Ainda de acordo com o WSJ, as agências de inteligência ocidentais também descobriram os planos do líder Wagner com base em interceptações de comunicações eletrônicas e imagens de satélite. Autoridades ocidentais disseram acreditar que a trama original tinha muita chance de sucesso, mas falhou depois que a conspiração vazou, forçando Prigozhin a improvisar um plano alternativo.

Fontes de dentro dessas agências de inteligência disseram que o chefe mercenário acreditava que uma parte das Forças Armadas russas se juntaria ao motim e se voltaria contra seus comandantes. Os planos incluiriam uma grande quantidade de munição, combustível e equipamentos, incluindo tanques, blindados e defesas aéreas.

Após saber que seus planos teriam vazado, Prigozhin foi forçado a agir mais cedo em sua rebelião e conseguiu capturar a cidade de Rostov-on-Don, no sul da Rússia. Segundo as inteligências ocidentais, a facilidade com que a cidade foi tomada sugere participação de alto-escalão do Exército.

De acordo com o jornal, autoridades acreditam que Prigozhin chegou a comunicar seus planos ao general Sergei Surovikin, comandante da força aeroespacial russa, mas não sabem se ele transmitiu essas informações à FSB.

As revelações do jornal ocorrem horas depois que o The New York Times publicou que Surovikin sabia previamente dos planos do chefe mercenário e possivelmente o ajudou, o que levantou novos questionamentos sobre a possibilidade de participação de membros do alto-escalão militar na rebelião. Se verdadeira, a ação joga ainda mais drama ao presidente Vladimir Putin, que nunca enfrentou uma ameaça tão grande em seus 23 anos no poder.

O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, chamou a reportagem do Times de um exemplo “de várias especulações, fofocas sobre esses eventos”, e insistiu nesta quarta que o exército e o povo da Rússia se uniram em torno de Putin. Mas o jornal observou que o porta-voz não negou as informações.

Surovikin é um líder militar respeitado na Rússia, que ajudou a fortalecer as defesas nas linhas de batalha após a contraofensiva da Ucrânia no ano passado, de acordo com analistas. Ele foi substituído como o principal comandante em janeiro, mas manteve influência na condução das operações de guerra e continua popular entre as tropas.

Prigozhin em Belarus

Prigozhin chegou na última terça-feira em Belarus, como parte do acordo entre o líder Wagner e o Kremlin que encerrou a rebelião na Rússia.

“Vejo que Prigozhin já está viajando de avião. Sim, efetivamente, hoje está em Belarus”, declarou o presidente do país, Alexander Lukashenko, em uma declaração ambígua à agência oficial de notícias Belta.

O líder do Grupo Wagner estava desaparecido desde o anúncio do fim de sua rebelião no sábado à noite, depois de 24 horas de caos nas quais seus homens tomaram bases militares e marcharam do sudoeste da Rússia em direção a Moscou, antes de desistir repentinamente.

Embora as repercussões da rebelião deste ex-aliado de Vladimir Putin sejam incertas, o Kremlin nega que o presidente russo tenha saído enfraquecido da crise.

A ida do mercenário para Belarus ocorre após o acordo em que o Kremlin prometeu não processar Prigozhin e seus homens em troca do fim do levante. Isso aconteceu apesar de Putin ter prometido punir os responsáveis pela rebelião, a quem chamou de “traidores”.

Como parte do acordo, na terça-feira, a FSB disse que havia encerrado a investigação criminal sobre a revolta da semana passada, sem acusações contra Prigozhin ou qualquer outro participante, embora cerca de uma dúzia de soldados russos tenham sido mortos em confrontos./Com informações do NYT e AP

MOSCOU - O líder do grupo mercenário Wagner, Ievgeni Prigozhin, planejava capturar as lideranças militares da Rússia como parte do motim do último sábado, segundo publicou nesta quarta-feira, 28, o The Wall Street Journal com base em informações de autoridades ocidentais. Ele ainda teria alterado seus planos depois que a agência de inteligência russa tomou conhecimento da conspiração e optou por lançar o motim mais cedo.

De acordo com o jornal americano, Prigozhin planejava a captura do ministro da Defesa, Sergei Shoigu, e do general do Exército, Valeri Gerasimov, chefe do Estado-Maior da Rússia, durante uma visita planejada pelos dois a uma região ao sul que faz fronteira com a Ucrânia. Porém, a FSB, o Serviço Federal de Segurança russo, teria descoberto o plano dois dias antes de sua execução.

Foi somente depois que seu plano foi descoberto que Prigozhin decidiu, no último minuto, lançar sua marcha em direção a Moscou, de acordo com as fontes ouvidas pelo jornal.

O líder mercenário Ievgeni Prigozhin em captura de vídeo  Foto: Prigozhin Press Service via AP

À mídia estatal russa, o comandante da Guarda Nacional da Rússia, general Viktor Zolotov, afirmou que as autoridades russas sabiam das intenções de Prigozhin. “Informações específicas sobre os preparativos para uma rebelião que começaria entre 22 e 25 de junho vazaram do acampamento de Prigozhin”, disse na terça-feira.

Ainda de acordo com o WSJ, as agências de inteligência ocidentais também descobriram os planos do líder Wagner com base em interceptações de comunicações eletrônicas e imagens de satélite. Autoridades ocidentais disseram acreditar que a trama original tinha muita chance de sucesso, mas falhou depois que a conspiração vazou, forçando Prigozhin a improvisar um plano alternativo.

Fontes de dentro dessas agências de inteligência disseram que o chefe mercenário acreditava que uma parte das Forças Armadas russas se juntaria ao motim e se voltaria contra seus comandantes. Os planos incluiriam uma grande quantidade de munição, combustível e equipamentos, incluindo tanques, blindados e defesas aéreas.

Após saber que seus planos teriam vazado, Prigozhin foi forçado a agir mais cedo em sua rebelião e conseguiu capturar a cidade de Rostov-on-Don, no sul da Rússia. Segundo as inteligências ocidentais, a facilidade com que a cidade foi tomada sugere participação de alto-escalão do Exército.

De acordo com o jornal, autoridades acreditam que Prigozhin chegou a comunicar seus planos ao general Sergei Surovikin, comandante da força aeroespacial russa, mas não sabem se ele transmitiu essas informações à FSB.

As revelações do jornal ocorrem horas depois que o The New York Times publicou que Surovikin sabia previamente dos planos do chefe mercenário e possivelmente o ajudou, o que levantou novos questionamentos sobre a possibilidade de participação de membros do alto-escalão militar na rebelião. Se verdadeira, a ação joga ainda mais drama ao presidente Vladimir Putin, que nunca enfrentou uma ameaça tão grande em seus 23 anos no poder.

O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, chamou a reportagem do Times de um exemplo “de várias especulações, fofocas sobre esses eventos”, e insistiu nesta quarta que o exército e o povo da Rússia se uniram em torno de Putin. Mas o jornal observou que o porta-voz não negou as informações.

Surovikin é um líder militar respeitado na Rússia, que ajudou a fortalecer as defesas nas linhas de batalha após a contraofensiva da Ucrânia no ano passado, de acordo com analistas. Ele foi substituído como o principal comandante em janeiro, mas manteve influência na condução das operações de guerra e continua popular entre as tropas.

Prigozhin em Belarus

Prigozhin chegou na última terça-feira em Belarus, como parte do acordo entre o líder Wagner e o Kremlin que encerrou a rebelião na Rússia.

“Vejo que Prigozhin já está viajando de avião. Sim, efetivamente, hoje está em Belarus”, declarou o presidente do país, Alexander Lukashenko, em uma declaração ambígua à agência oficial de notícias Belta.

O líder do Grupo Wagner estava desaparecido desde o anúncio do fim de sua rebelião no sábado à noite, depois de 24 horas de caos nas quais seus homens tomaram bases militares e marcharam do sudoeste da Rússia em direção a Moscou, antes de desistir repentinamente.

Embora as repercussões da rebelião deste ex-aliado de Vladimir Putin sejam incertas, o Kremlin nega que o presidente russo tenha saído enfraquecido da crise.

A ida do mercenário para Belarus ocorre após o acordo em que o Kremlin prometeu não processar Prigozhin e seus homens em troca do fim do levante. Isso aconteceu apesar de Putin ter prometido punir os responsáveis pela rebelião, a quem chamou de “traidores”.

Como parte do acordo, na terça-feira, a FSB disse que havia encerrado a investigação criminal sobre a revolta da semana passada, sem acusações contra Prigozhin ou qualquer outro participante, embora cerca de uma dúzia de soldados russos tenham sido mortos em confrontos./Com informações do NYT e AP

MOSCOU - O líder do grupo mercenário Wagner, Ievgeni Prigozhin, planejava capturar as lideranças militares da Rússia como parte do motim do último sábado, segundo publicou nesta quarta-feira, 28, o The Wall Street Journal com base em informações de autoridades ocidentais. Ele ainda teria alterado seus planos depois que a agência de inteligência russa tomou conhecimento da conspiração e optou por lançar o motim mais cedo.

De acordo com o jornal americano, Prigozhin planejava a captura do ministro da Defesa, Sergei Shoigu, e do general do Exército, Valeri Gerasimov, chefe do Estado-Maior da Rússia, durante uma visita planejada pelos dois a uma região ao sul que faz fronteira com a Ucrânia. Porém, a FSB, o Serviço Federal de Segurança russo, teria descoberto o plano dois dias antes de sua execução.

Foi somente depois que seu plano foi descoberto que Prigozhin decidiu, no último minuto, lançar sua marcha em direção a Moscou, de acordo com as fontes ouvidas pelo jornal.

O líder mercenário Ievgeni Prigozhin em captura de vídeo  Foto: Prigozhin Press Service via AP

À mídia estatal russa, o comandante da Guarda Nacional da Rússia, general Viktor Zolotov, afirmou que as autoridades russas sabiam das intenções de Prigozhin. “Informações específicas sobre os preparativos para uma rebelião que começaria entre 22 e 25 de junho vazaram do acampamento de Prigozhin”, disse na terça-feira.

Ainda de acordo com o WSJ, as agências de inteligência ocidentais também descobriram os planos do líder Wagner com base em interceptações de comunicações eletrônicas e imagens de satélite. Autoridades ocidentais disseram acreditar que a trama original tinha muita chance de sucesso, mas falhou depois que a conspiração vazou, forçando Prigozhin a improvisar um plano alternativo.

Fontes de dentro dessas agências de inteligência disseram que o chefe mercenário acreditava que uma parte das Forças Armadas russas se juntaria ao motim e se voltaria contra seus comandantes. Os planos incluiriam uma grande quantidade de munição, combustível e equipamentos, incluindo tanques, blindados e defesas aéreas.

Após saber que seus planos teriam vazado, Prigozhin foi forçado a agir mais cedo em sua rebelião e conseguiu capturar a cidade de Rostov-on-Don, no sul da Rússia. Segundo as inteligências ocidentais, a facilidade com que a cidade foi tomada sugere participação de alto-escalão do Exército.

De acordo com o jornal, autoridades acreditam que Prigozhin chegou a comunicar seus planos ao general Sergei Surovikin, comandante da força aeroespacial russa, mas não sabem se ele transmitiu essas informações à FSB.

As revelações do jornal ocorrem horas depois que o The New York Times publicou que Surovikin sabia previamente dos planos do chefe mercenário e possivelmente o ajudou, o que levantou novos questionamentos sobre a possibilidade de participação de membros do alto-escalão militar na rebelião. Se verdadeira, a ação joga ainda mais drama ao presidente Vladimir Putin, que nunca enfrentou uma ameaça tão grande em seus 23 anos no poder.

O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, chamou a reportagem do Times de um exemplo “de várias especulações, fofocas sobre esses eventos”, e insistiu nesta quarta que o exército e o povo da Rússia se uniram em torno de Putin. Mas o jornal observou que o porta-voz não negou as informações.

Surovikin é um líder militar respeitado na Rússia, que ajudou a fortalecer as defesas nas linhas de batalha após a contraofensiva da Ucrânia no ano passado, de acordo com analistas. Ele foi substituído como o principal comandante em janeiro, mas manteve influência na condução das operações de guerra e continua popular entre as tropas.

Prigozhin em Belarus

Prigozhin chegou na última terça-feira em Belarus, como parte do acordo entre o líder Wagner e o Kremlin que encerrou a rebelião na Rússia.

“Vejo que Prigozhin já está viajando de avião. Sim, efetivamente, hoje está em Belarus”, declarou o presidente do país, Alexander Lukashenko, em uma declaração ambígua à agência oficial de notícias Belta.

O líder do Grupo Wagner estava desaparecido desde o anúncio do fim de sua rebelião no sábado à noite, depois de 24 horas de caos nas quais seus homens tomaram bases militares e marcharam do sudoeste da Rússia em direção a Moscou, antes de desistir repentinamente.

Embora as repercussões da rebelião deste ex-aliado de Vladimir Putin sejam incertas, o Kremlin nega que o presidente russo tenha saído enfraquecido da crise.

A ida do mercenário para Belarus ocorre após o acordo em que o Kremlin prometeu não processar Prigozhin e seus homens em troca do fim do levante. Isso aconteceu apesar de Putin ter prometido punir os responsáveis pela rebelião, a quem chamou de “traidores”.

Como parte do acordo, na terça-feira, a FSB disse que havia encerrado a investigação criminal sobre a revolta da semana passada, sem acusações contra Prigozhin ou qualquer outro participante, embora cerca de uma dúzia de soldados russos tenham sido mortos em confrontos./Com informações do NYT e AP

MOSCOU - O líder do grupo mercenário Wagner, Ievgeni Prigozhin, planejava capturar as lideranças militares da Rússia como parte do motim do último sábado, segundo publicou nesta quarta-feira, 28, o The Wall Street Journal com base em informações de autoridades ocidentais. Ele ainda teria alterado seus planos depois que a agência de inteligência russa tomou conhecimento da conspiração e optou por lançar o motim mais cedo.

De acordo com o jornal americano, Prigozhin planejava a captura do ministro da Defesa, Sergei Shoigu, e do general do Exército, Valeri Gerasimov, chefe do Estado-Maior da Rússia, durante uma visita planejada pelos dois a uma região ao sul que faz fronteira com a Ucrânia. Porém, a FSB, o Serviço Federal de Segurança russo, teria descoberto o plano dois dias antes de sua execução.

Foi somente depois que seu plano foi descoberto que Prigozhin decidiu, no último minuto, lançar sua marcha em direção a Moscou, de acordo com as fontes ouvidas pelo jornal.

O líder mercenário Ievgeni Prigozhin em captura de vídeo  Foto: Prigozhin Press Service via AP

À mídia estatal russa, o comandante da Guarda Nacional da Rússia, general Viktor Zolotov, afirmou que as autoridades russas sabiam das intenções de Prigozhin. “Informações específicas sobre os preparativos para uma rebelião que começaria entre 22 e 25 de junho vazaram do acampamento de Prigozhin”, disse na terça-feira.

Ainda de acordo com o WSJ, as agências de inteligência ocidentais também descobriram os planos do líder Wagner com base em interceptações de comunicações eletrônicas e imagens de satélite. Autoridades ocidentais disseram acreditar que a trama original tinha muita chance de sucesso, mas falhou depois que a conspiração vazou, forçando Prigozhin a improvisar um plano alternativo.

Fontes de dentro dessas agências de inteligência disseram que o chefe mercenário acreditava que uma parte das Forças Armadas russas se juntaria ao motim e se voltaria contra seus comandantes. Os planos incluiriam uma grande quantidade de munição, combustível e equipamentos, incluindo tanques, blindados e defesas aéreas.

Após saber que seus planos teriam vazado, Prigozhin foi forçado a agir mais cedo em sua rebelião e conseguiu capturar a cidade de Rostov-on-Don, no sul da Rússia. Segundo as inteligências ocidentais, a facilidade com que a cidade foi tomada sugere participação de alto-escalão do Exército.

De acordo com o jornal, autoridades acreditam que Prigozhin chegou a comunicar seus planos ao general Sergei Surovikin, comandante da força aeroespacial russa, mas não sabem se ele transmitiu essas informações à FSB.

As revelações do jornal ocorrem horas depois que o The New York Times publicou que Surovikin sabia previamente dos planos do chefe mercenário e possivelmente o ajudou, o que levantou novos questionamentos sobre a possibilidade de participação de membros do alto-escalão militar na rebelião. Se verdadeira, a ação joga ainda mais drama ao presidente Vladimir Putin, que nunca enfrentou uma ameaça tão grande em seus 23 anos no poder.

O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, chamou a reportagem do Times de um exemplo “de várias especulações, fofocas sobre esses eventos”, e insistiu nesta quarta que o exército e o povo da Rússia se uniram em torno de Putin. Mas o jornal observou que o porta-voz não negou as informações.

Surovikin é um líder militar respeitado na Rússia, que ajudou a fortalecer as defesas nas linhas de batalha após a contraofensiva da Ucrânia no ano passado, de acordo com analistas. Ele foi substituído como o principal comandante em janeiro, mas manteve influência na condução das operações de guerra e continua popular entre as tropas.

Prigozhin em Belarus

Prigozhin chegou na última terça-feira em Belarus, como parte do acordo entre o líder Wagner e o Kremlin que encerrou a rebelião na Rússia.

“Vejo que Prigozhin já está viajando de avião. Sim, efetivamente, hoje está em Belarus”, declarou o presidente do país, Alexander Lukashenko, em uma declaração ambígua à agência oficial de notícias Belta.

O líder do Grupo Wagner estava desaparecido desde o anúncio do fim de sua rebelião no sábado à noite, depois de 24 horas de caos nas quais seus homens tomaram bases militares e marcharam do sudoeste da Rússia em direção a Moscou, antes de desistir repentinamente.

Embora as repercussões da rebelião deste ex-aliado de Vladimir Putin sejam incertas, o Kremlin nega que o presidente russo tenha saído enfraquecido da crise.

A ida do mercenário para Belarus ocorre após o acordo em que o Kremlin prometeu não processar Prigozhin e seus homens em troca do fim do levante. Isso aconteceu apesar de Putin ter prometido punir os responsáveis pela rebelião, a quem chamou de “traidores”.

Como parte do acordo, na terça-feira, a FSB disse que havia encerrado a investigação criminal sobre a revolta da semana passada, sem acusações contra Prigozhin ou qualquer outro participante, embora cerca de uma dúzia de soldados russos tenham sido mortos em confrontos./Com informações do NYT e AP

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