Líder opositora na Venezuela rebate fala sobre eleição e acusa Lula de validar abusos de Maduro


Brasileiro colocou comportamento da oposição em dúvida e sugeriu que candidatos impedidos de concorrer não deveriam ‘ficar chorando’

Por Redação
Atualização:

CARACAS - A política María Corina Machado, líder de oposição à ditadura de Nicolás Maduro na Venezuela, rebateu às falas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a quem acusou de validar abusos do regime chavista. Ao falar sobre as eleições no país, o brasileiro colocou em dúvida o comportamento dos opositores e sugeriu que candidatos impedidos de concorrer não deveriam “ficar chorando”. Corina Machado está inelegível por 15 anos.

“Eu chorando, presidente Lula? Você está dizendo isso porque sou mulher? Você não me conhece. Luto para fazer valer o direito de milhões de venezuelanos que votaram em mim nas primárias e dos milhões que têm o direito de fazê-lo numa eleição presidencial livre em que derrotarei Maduro”, escreveu no X (antigo Twitter), com um vídeo da fala do petista compartilhada abaixo.

“Você está validando os abusos de um autocrata que viola a Constituição e o Acordo de Barbados que afirma apoiar. A única verdade é que Maduro tem medo de me confrontar porque sabe que o povo venezuelano está hoje na rua comigo”, acrescentou.

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Líder da oposição na Venezuela María Corina Machado dá entrevista em Caracas, 9 de fevereiro de 2024.  Foto: REUTERS/Gaby Oraa

Mais cedo, Lula se disse feliz com a convocação da próxima eleição na Venezuela e apontou para a oposição. O Conselho Nacional Eleitoral marcou o pelito para 28 de julho, data de aniversário de Hugo Chaves, mas não mencionou a candidatura de María Corina Machado, a principal líder da oposição, que está impedida de concorrer.

Depois do anúncio, Lula colocou em dúvida o comportamento dos opositores ao regime, fazendo comparações com a política brasileira. “Eu fui impedido de concorrer às eleições de 2018, ao invés de ficar chorando, eu indiquei outro candidato que disputou as eleições”, disse em referência ao agora ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

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Em 2018, Lula havia sido condenado a 12 anos de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro em processo no âmbito da Operação Lava Jato. Em 2021, o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), anulou todas as condenações impostas pela Justiça Federal do Paraná a Lula. Com as decisões, Lula recuperou os direitos políticos e se tornou elegível.

No caso da Venezuela, María Corina Machado, denuncia perseguição da ditadura de Maduro. No ano passado, oposição e regime fecharam o chamado acordo de Barbados, que prevê eleições com garantias de participação e observadores internacionais, em 2024. Com a promessa de um pleito livre e justo a oposição elegeu Corina Machado nas primárias com mais de 90% dos votos, apesar do seu impedimento.

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Em janeiro, o Supremo Tribunal de Justiça da Venezuela (TSJ), ocupado por juízes ligados ao chavismo, confirmou que Machado está inabilitada para exercer cargos públicos por 15 anos. O tribunal afirmou no processo que ela “foi partícipe da trama de corrupção orquestrada pelo usurpador Juan Guaidó”, em referência ao opositor que se autoproclamou presidente do país em 2019, quando liderava o Legislativo do país.

A equipe da líder opositora descarta, por enquanto, que ela vá desistir de sua pretensão de disputar a presidência, embora na prática não possa se inscrever. Sem María Corina Machado, a oposição corre contra o cronograma apertado das eleições para decidir quem inscrever na disputa. O prazo para formalizar candidaturas será de quatro dias e começa em duas semanas./Com AFP

CARACAS - A política María Corina Machado, líder de oposição à ditadura de Nicolás Maduro na Venezuela, rebateu às falas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a quem acusou de validar abusos do regime chavista. Ao falar sobre as eleições no país, o brasileiro colocou em dúvida o comportamento dos opositores e sugeriu que candidatos impedidos de concorrer não deveriam “ficar chorando”. Corina Machado está inelegível por 15 anos.

“Eu chorando, presidente Lula? Você está dizendo isso porque sou mulher? Você não me conhece. Luto para fazer valer o direito de milhões de venezuelanos que votaram em mim nas primárias e dos milhões que têm o direito de fazê-lo numa eleição presidencial livre em que derrotarei Maduro”, escreveu no X (antigo Twitter), com um vídeo da fala do petista compartilhada abaixo.

“Você está validando os abusos de um autocrata que viola a Constituição e o Acordo de Barbados que afirma apoiar. A única verdade é que Maduro tem medo de me confrontar porque sabe que o povo venezuelano está hoje na rua comigo”, acrescentou.

Líder da oposição na Venezuela María Corina Machado dá entrevista em Caracas, 9 de fevereiro de 2024.  Foto: REUTERS/Gaby Oraa

Mais cedo, Lula se disse feliz com a convocação da próxima eleição na Venezuela e apontou para a oposição. O Conselho Nacional Eleitoral marcou o pelito para 28 de julho, data de aniversário de Hugo Chaves, mas não mencionou a candidatura de María Corina Machado, a principal líder da oposição, que está impedida de concorrer.

Depois do anúncio, Lula colocou em dúvida o comportamento dos opositores ao regime, fazendo comparações com a política brasileira. “Eu fui impedido de concorrer às eleições de 2018, ao invés de ficar chorando, eu indiquei outro candidato que disputou as eleições”, disse em referência ao agora ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

Em 2018, Lula havia sido condenado a 12 anos de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro em processo no âmbito da Operação Lava Jato. Em 2021, o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), anulou todas as condenações impostas pela Justiça Federal do Paraná a Lula. Com as decisões, Lula recuperou os direitos políticos e se tornou elegível.

No caso da Venezuela, María Corina Machado, denuncia perseguição da ditadura de Maduro. No ano passado, oposição e regime fecharam o chamado acordo de Barbados, que prevê eleições com garantias de participação e observadores internacionais, em 2024. Com a promessa de um pleito livre e justo a oposição elegeu Corina Machado nas primárias com mais de 90% dos votos, apesar do seu impedimento.

Em janeiro, o Supremo Tribunal de Justiça da Venezuela (TSJ), ocupado por juízes ligados ao chavismo, confirmou que Machado está inabilitada para exercer cargos públicos por 15 anos. O tribunal afirmou no processo que ela “foi partícipe da trama de corrupção orquestrada pelo usurpador Juan Guaidó”, em referência ao opositor que se autoproclamou presidente do país em 2019, quando liderava o Legislativo do país.

A equipe da líder opositora descarta, por enquanto, que ela vá desistir de sua pretensão de disputar a presidência, embora na prática não possa se inscrever. Sem María Corina Machado, a oposição corre contra o cronograma apertado das eleições para decidir quem inscrever na disputa. O prazo para formalizar candidaturas será de quatro dias e começa em duas semanas./Com AFP

CARACAS - A política María Corina Machado, líder de oposição à ditadura de Nicolás Maduro na Venezuela, rebateu às falas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a quem acusou de validar abusos do regime chavista. Ao falar sobre as eleições no país, o brasileiro colocou em dúvida o comportamento dos opositores e sugeriu que candidatos impedidos de concorrer não deveriam “ficar chorando”. Corina Machado está inelegível por 15 anos.

“Eu chorando, presidente Lula? Você está dizendo isso porque sou mulher? Você não me conhece. Luto para fazer valer o direito de milhões de venezuelanos que votaram em mim nas primárias e dos milhões que têm o direito de fazê-lo numa eleição presidencial livre em que derrotarei Maduro”, escreveu no X (antigo Twitter), com um vídeo da fala do petista compartilhada abaixo.

“Você está validando os abusos de um autocrata que viola a Constituição e o Acordo de Barbados que afirma apoiar. A única verdade é que Maduro tem medo de me confrontar porque sabe que o povo venezuelano está hoje na rua comigo”, acrescentou.

Líder da oposição na Venezuela María Corina Machado dá entrevista em Caracas, 9 de fevereiro de 2024.  Foto: REUTERS/Gaby Oraa

Mais cedo, Lula se disse feliz com a convocação da próxima eleição na Venezuela e apontou para a oposição. O Conselho Nacional Eleitoral marcou o pelito para 28 de julho, data de aniversário de Hugo Chaves, mas não mencionou a candidatura de María Corina Machado, a principal líder da oposição, que está impedida de concorrer.

Depois do anúncio, Lula colocou em dúvida o comportamento dos opositores ao regime, fazendo comparações com a política brasileira. “Eu fui impedido de concorrer às eleições de 2018, ao invés de ficar chorando, eu indiquei outro candidato que disputou as eleições”, disse em referência ao agora ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

Em 2018, Lula havia sido condenado a 12 anos de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro em processo no âmbito da Operação Lava Jato. Em 2021, o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), anulou todas as condenações impostas pela Justiça Federal do Paraná a Lula. Com as decisões, Lula recuperou os direitos políticos e se tornou elegível.

No caso da Venezuela, María Corina Machado, denuncia perseguição da ditadura de Maduro. No ano passado, oposição e regime fecharam o chamado acordo de Barbados, que prevê eleições com garantias de participação e observadores internacionais, em 2024. Com a promessa de um pleito livre e justo a oposição elegeu Corina Machado nas primárias com mais de 90% dos votos, apesar do seu impedimento.

Em janeiro, o Supremo Tribunal de Justiça da Venezuela (TSJ), ocupado por juízes ligados ao chavismo, confirmou que Machado está inabilitada para exercer cargos públicos por 15 anos. O tribunal afirmou no processo que ela “foi partícipe da trama de corrupção orquestrada pelo usurpador Juan Guaidó”, em referência ao opositor que se autoproclamou presidente do país em 2019, quando liderava o Legislativo do país.

A equipe da líder opositora descarta, por enquanto, que ela vá desistir de sua pretensão de disputar a presidência, embora na prática não possa se inscrever. Sem María Corina Machado, a oposição corre contra o cronograma apertado das eleições para decidir quem inscrever na disputa. O prazo para formalizar candidaturas será de quatro dias e começa em duas semanas./Com AFP

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