Expressão do ponto de vista pessoal do autor sobre fatos ou temas com argumentos para convencer ou influenciar o leitor.
|A ameaça nuclear de Putin; leia a coluna de Lourival Sant’Anna
Tudo depende agora de como a Otan responderá ao eventual emprego de armas nucleares
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Por Lourival Sant'Anna
A discussão sobre os meios de conter Vladimir Putin ganhou novos contornos depois da ameaça do presidente russo de usar armas nucleares sob pretexto de garantir a “integridade territorial” de seu país. Não porque a chantagem seja nova, mas porque veio acompanhada de preparativos para a anexação de quatro províncias da Ucrânia ocupadas pelos militares russos.
Repetindo o roteiro seguido na Crimeia e em partes de Donetsk e Luhansk, a administração militar russa impôs a realização de referendos sobre integrar-se à Rússia. A “consulta” é feita sob coação dos militares, que chegam a bater na porta de moradores para colher seu voto verbal. O resultado é uma previsível e fraudulenta vitória do “sim”.
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O próximo passo é a anexação ao território russo das províncias de Kherson e Zaporizhzia, ao sul, e das partes recém-conquistadas de Donetsk e Luhansk, ao leste. A comunidade internacional não reconhecerá essas anexações.
Mas elas bastarão para Putin alegar que a contraofensiva para recuperar os territórios ucranianos viola a soberania russa. E assim recorrer ao arsenal nuclear, embora a doutrina aceita entre as potências nucleares é a de que esse tipo de arma só pode ser empregado para se defender de um ataque nuclear.
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Putin encara a derrota na Ucrânia como ameaça existencial. As premissas são as mesmas que o levaram à invasão: a simulação de uma ameaça externa para justificar sua perpetuação no poder como único líder capaz de proteger a Rússia.
Imagens da invasão da Ucrânia pela Rússia
Ele é acusado de tantos crimes que, se deixar o poder, corre o risco de terminar a vida na prisão.
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A mobilização de até 300 mil soldados russos não surtirá resultados, porque eles estarão ainda menos treinados e motivados que seus precursores. O caminho da Rússia está mapeado. Tudo depende agora de como a Otan responderá ao eventual emprego de armas nucleares. Ao que tudo indica, serão armas táticas, de potência limitada a um raio pequeno, mas com as mesmas consequências calamitosas da radiação.
O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, disse que a organização “não se envolverá no mesmo tipo de retórica nuclear imprudente e perigosa que o presidente Putin”. Mas acrescentou: “Fomos claros em nossas comunicações com a Rússia sobre as consequências sem precedentes, sobre o fato de que a guerra nuclear não pode ser vencida pela Rússia.”
Significa que a Otan usará todos os meios de que dispõe para que os crimes de guerra de Putin não compensem. As etapas serão: prover a Ucrânia com mais armas e treinamento; se não for suficiente, enfrentar os russos numa guerra convencional; finalmente, em caso extremo, recorrer ao arsenal nuclear.
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* COLUNISTA DO ‘ESTADÃO’ E ANALISTA DE ASSUNTOS INTERNACIONAIS
A discussão sobre os meios de conter Vladimir Putin ganhou novos contornos depois da ameaça do presidente russo de usar armas nucleares sob pretexto de garantir a “integridade territorial” de seu país. Não porque a chantagem seja nova, mas porque veio acompanhada de preparativos para a anexação de quatro províncias da Ucrânia ocupadas pelos militares russos.
Repetindo o roteiro seguido na Crimeia e em partes de Donetsk e Luhansk, a administração militar russa impôs a realização de referendos sobre integrar-se à Rússia. A “consulta” é feita sob coação dos militares, que chegam a bater na porta de moradores para colher seu voto verbal. O resultado é uma previsível e fraudulenta vitória do “sim”.
O próximo passo é a anexação ao território russo das províncias de Kherson e Zaporizhzia, ao sul, e das partes recém-conquistadas de Donetsk e Luhansk, ao leste. A comunidade internacional não reconhecerá essas anexações.
Mas elas bastarão para Putin alegar que a contraofensiva para recuperar os territórios ucranianos viola a soberania russa. E assim recorrer ao arsenal nuclear, embora a doutrina aceita entre as potências nucleares é a de que esse tipo de arma só pode ser empregado para se defender de um ataque nuclear.
Putin encara a derrota na Ucrânia como ameaça existencial. As premissas são as mesmas que o levaram à invasão: a simulação de uma ameaça externa para justificar sua perpetuação no poder como único líder capaz de proteger a Rússia.
Imagens da invasão da Ucrânia pela Rússia
Ele é acusado de tantos crimes que, se deixar o poder, corre o risco de terminar a vida na prisão.
A mobilização de até 300 mil soldados russos não surtirá resultados, porque eles estarão ainda menos treinados e motivados que seus precursores. O caminho da Rússia está mapeado. Tudo depende agora de como a Otan responderá ao eventual emprego de armas nucleares. Ao que tudo indica, serão armas táticas, de potência limitada a um raio pequeno, mas com as mesmas consequências calamitosas da radiação.
O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, disse que a organização “não se envolverá no mesmo tipo de retórica nuclear imprudente e perigosa que o presidente Putin”. Mas acrescentou: “Fomos claros em nossas comunicações com a Rússia sobre as consequências sem precedentes, sobre o fato de que a guerra nuclear não pode ser vencida pela Rússia.”
Significa que a Otan usará todos os meios de que dispõe para que os crimes de guerra de Putin não compensem. As etapas serão: prover a Ucrânia com mais armas e treinamento; se não for suficiente, enfrentar os russos numa guerra convencional; finalmente, em caso extremo, recorrer ao arsenal nuclear.
* COLUNISTA DO ‘ESTADÃO’ E ANALISTA DE ASSUNTOS INTERNACIONAIS
A discussão sobre os meios de conter Vladimir Putin ganhou novos contornos depois da ameaça do presidente russo de usar armas nucleares sob pretexto de garantir a “integridade territorial” de seu país. Não porque a chantagem seja nova, mas porque veio acompanhada de preparativos para a anexação de quatro províncias da Ucrânia ocupadas pelos militares russos.
Repetindo o roteiro seguido na Crimeia e em partes de Donetsk e Luhansk, a administração militar russa impôs a realização de referendos sobre integrar-se à Rússia. A “consulta” é feita sob coação dos militares, que chegam a bater na porta de moradores para colher seu voto verbal. O resultado é uma previsível e fraudulenta vitória do “sim”.
O próximo passo é a anexação ao território russo das províncias de Kherson e Zaporizhzia, ao sul, e das partes recém-conquistadas de Donetsk e Luhansk, ao leste. A comunidade internacional não reconhecerá essas anexações.
Mas elas bastarão para Putin alegar que a contraofensiva para recuperar os territórios ucranianos viola a soberania russa. E assim recorrer ao arsenal nuclear, embora a doutrina aceita entre as potências nucleares é a de que esse tipo de arma só pode ser empregado para se defender de um ataque nuclear.
Putin encara a derrota na Ucrânia como ameaça existencial. As premissas são as mesmas que o levaram à invasão: a simulação de uma ameaça externa para justificar sua perpetuação no poder como único líder capaz de proteger a Rússia.
Imagens da invasão da Ucrânia pela Rússia
Ele é acusado de tantos crimes que, se deixar o poder, corre o risco de terminar a vida na prisão.
A mobilização de até 300 mil soldados russos não surtirá resultados, porque eles estarão ainda menos treinados e motivados que seus precursores. O caminho da Rússia está mapeado. Tudo depende agora de como a Otan responderá ao eventual emprego de armas nucleares. Ao que tudo indica, serão armas táticas, de potência limitada a um raio pequeno, mas com as mesmas consequências calamitosas da radiação.
O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, disse que a organização “não se envolverá no mesmo tipo de retórica nuclear imprudente e perigosa que o presidente Putin”. Mas acrescentou: “Fomos claros em nossas comunicações com a Rússia sobre as consequências sem precedentes, sobre o fato de que a guerra nuclear não pode ser vencida pela Rússia.”
Significa que a Otan usará todos os meios de que dispõe para que os crimes de guerra de Putin não compensem. As etapas serão: prover a Ucrânia com mais armas e treinamento; se não for suficiente, enfrentar os russos numa guerra convencional; finalmente, em caso extremo, recorrer ao arsenal nuclear.
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Repetindo o roteiro seguido na Crimeia e em partes de Donetsk e Luhansk, a administração militar russa impôs a realização de referendos sobre integrar-se à Rússia. A “consulta” é feita sob coação dos militares, que chegam a bater na porta de moradores para colher seu voto verbal. O resultado é uma previsível e fraudulenta vitória do “sim”.
O próximo passo é a anexação ao território russo das províncias de Kherson e Zaporizhzia, ao sul, e das partes recém-conquistadas de Donetsk e Luhansk, ao leste. A comunidade internacional não reconhecerá essas anexações.
Mas elas bastarão para Putin alegar que a contraofensiva para recuperar os territórios ucranianos viola a soberania russa. E assim recorrer ao arsenal nuclear, embora a doutrina aceita entre as potências nucleares é a de que esse tipo de arma só pode ser empregado para se defender de um ataque nuclear.
Putin encara a derrota na Ucrânia como ameaça existencial. As premissas são as mesmas que o levaram à invasão: a simulação de uma ameaça externa para justificar sua perpetuação no poder como único líder capaz de proteger a Rússia.
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A mobilização de até 300 mil soldados russos não surtirá resultados, porque eles estarão ainda menos treinados e motivados que seus precursores. O caminho da Rússia está mapeado. Tudo depende agora de como a Otan responderá ao eventual emprego de armas nucleares. Ao que tudo indica, serão armas táticas, de potência limitada a um raio pequeno, mas com as mesmas consequências calamitosas da radiação.
O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, disse que a organização “não se envolverá no mesmo tipo de retórica nuclear imprudente e perigosa que o presidente Putin”. Mas acrescentou: “Fomos claros em nossas comunicações com a Rússia sobre as consequências sem precedentes, sobre o fato de que a guerra nuclear não pode ser vencida pela Rússia.”
Significa que a Otan usará todos os meios de que dispõe para que os crimes de guerra de Putin não compensem. As etapas serão: prover a Ucrânia com mais armas e treinamento; se não for suficiente, enfrentar os russos numa guerra convencional; finalmente, em caso extremo, recorrer ao arsenal nuclear.
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O próximo passo é a anexação ao território russo das províncias de Kherson e Zaporizhzia, ao sul, e das partes recém-conquistadas de Donetsk e Luhansk, ao leste. A comunidade internacional não reconhecerá essas anexações.
Mas elas bastarão para Putin alegar que a contraofensiva para recuperar os territórios ucranianos viola a soberania russa. E assim recorrer ao arsenal nuclear, embora a doutrina aceita entre as potências nucleares é a de que esse tipo de arma só pode ser empregado para se defender de um ataque nuclear.
Putin encara a derrota na Ucrânia como ameaça existencial. As premissas são as mesmas que o levaram à invasão: a simulação de uma ameaça externa para justificar sua perpetuação no poder como único líder capaz de proteger a Rússia.
Imagens da invasão da Ucrânia pela Rússia
Ele é acusado de tantos crimes que, se deixar o poder, corre o risco de terminar a vida na prisão.
A mobilização de até 300 mil soldados russos não surtirá resultados, porque eles estarão ainda menos treinados e motivados que seus precursores. O caminho da Rússia está mapeado. Tudo depende agora de como a Otan responderá ao eventual emprego de armas nucleares. Ao que tudo indica, serão armas táticas, de potência limitada a um raio pequeno, mas com as mesmas consequências calamitosas da radiação.
O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, disse que a organização “não se envolverá no mesmo tipo de retórica nuclear imprudente e perigosa que o presidente Putin”. Mas acrescentou: “Fomos claros em nossas comunicações com a Rússia sobre as consequências sem precedentes, sobre o fato de que a guerra nuclear não pode ser vencida pela Rússia.”
Significa que a Otan usará todos os meios de que dispõe para que os crimes de guerra de Putin não compensem. As etapas serão: prover a Ucrânia com mais armas e treinamento; se não for suficiente, enfrentar os russos numa guerra convencional; finalmente, em caso extremo, recorrer ao arsenal nuclear.
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