É colunista do 'Estadão' e analista de assuntos internacionais. Escreve uma vez por semana.

Opinião|A ameaça nuclear de Putin; leia a coluna de Lourival Sant’Anna


Tudo depende agora de como a Otan responderá ao eventual emprego de armas nucleares

Por Lourival Sant'Anna

A discussão sobre os meios de conter Vladimir Putin ganhou novos contornos depois da ameaça do presidente russo de usar armas nucleares sob pretexto de garantir a “integridade territorial” de seu país. Não porque a chantagem seja nova, mas porque veio acompanhada de preparativos para a anexação de quatro províncias da Ucrânia ocupadas pelos militares russos.

Repetindo o roteiro seguido na Crimeia e em partes de Donetsk e Luhansk, a administração militar russa impôs a realização de referendos sobre integrar-se à Rússia. A “consulta” é feita sob coação dos militares, que chegam a bater na porta de moradores para colher seu voto verbal. O resultado é uma previsível e fraudulenta vitória do “sim”.

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Putin unifica lados políticos com Guerra na Ucrânia Foto: Mikhail Klimentyev / AFP

O próximo passo é a anexação ao território russo das províncias de Kherson e Zaporizhzia, ao sul, e das partes recém-conquistadas de Donetsk e Luhansk, ao leste. A comunidade internacional não reconhecerá essas anexações.

Mas elas bastarão para Putin alegar que a contraofensiva para recuperar os territórios ucranianos viola a soberania russa. E assim recorrer ao arsenal nuclear, embora a doutrina aceita entre as potências nucleares é a de que esse tipo de arma só pode ser empregado para se defender de um ataque nuclear.

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Putin encara a derrota na Ucrânia como ameaça existencial. As premissas são as mesmas que o levaram à invasão: a simulação de uma ameaça externa para justificar sua perpetuação no poder como único líder capaz de proteger a Rússia.

Imagens da invasão da Ucrânia pela Rússia

1 | 32

Desespero

2 | 32

Natali Sevriukova reage, ao lado de sua casa, em região que foi atingida por um míssil, em Kiev, na Ucrânia

Foto: Emilio Morenatti/AP Photo
3 | 32

Pessoas se escondem em abrigo anti-bomba em Kiev, na Ucrânia

Foto: Sergei Chuzavkov/AFP
4 | 32

Militar ucraniano é visto em uma janela residencial danificada no subúrbio de Kiev, na Ucrânia

Foto: Daniel Leal/AFP
5 | 32

Pessoas realizam protesto contra a invação da Rússia à Ucrânia, em Taipei, em Taiwan

Foto: Ritchie B. Tongo EFE/EPA
6 | 32

Um soldado do exército ucraniano inspeciona fragmentos de uma aeronave abatida, em Kiev, na Ucrânia

Foto: Vadim Zamirovsky/AP Photo
7 | 32

Imagem mostra prédio de escola que, de acordo com locais, foi danificado por bombardeio, na região de Donetsk, na Ucrânia

Foto: Alexander Ermochenko/REUTERS
8 | 32

Pessoas descansam no metrô de Kiev, na Ucrânia, usando-o como "abrigo" anti-bomba

Foto: Emilio Morenatti/AP Photo
9 | 32

Soldados ucranianos tomando posição sob uma ponte, em Kiev, na Ucrânia

Foto: Emilio Morenatti/AP Photo
10 | 32

Pessoas fungindo dos conflitos entre Ucrânia e Rússia recebem bebidas quentes na fronteira ucraniana com a Polônia

Foto: Czarek Sokolowski/AP Photo
11 | 32

Consequências de uma noite de bombardeios em Kiev, na Ucrânia

Foto: Sergey Dolzhenko/EFE/EPA
12 | 32

Imagem mostra mísseis do exército russo, em Kharkiv, na Ucrânia

Foto: Maksim Levin/Reuters
13 | 32

Pessoas descansam no chão de uma estação de metrô, em Kiev

Foto: Irakli Gedenidze/Reuters
14 | 32

Mulher ferida do lado de fora de um hospital na Ucrânia

Foto: Aris Messinis/AFP
15 | 32

Veículos militares em Kiev, na Ucrânia

Foto: Daniel Leal/AFP - 24/02/2022
16 | 32

Mulher reage à situação na Ucrânia enquanto aguarda um trem partir, em Kiev, na Ucrânia

Foto: Emilio Morenatti/AP Photo
17 | 32

Bombeiros lutam contra incêndio, em Chuguiv, na Ucrânia

Foto: Aris Messinis/AFP
18 | 32

Pessoas se abraçando do lado de fora de estação de metrô em Kiev, na Ucrânia

Foto: Daniel Leal/AFP
19 | 32

Radar danificado em instalação militar ucraniana;

Foto: Sergei Grits/AP Photo
20 | 32

Fumaça e chamas em Kiev, na Ucrânia

Foto: Efrem Lukatsky/AP Photo
21 | 32

Tráfego intenso em Kiev, na Ucrânia

Foto: Sergey Dolzhenko/EFE/EPA
22 | 32

Mulher anda enquanto foge da Ucrânia para a Hungria

Foto: Bernadett Szabo/Reuters
23 | 32

Pessoas fazendo fila em farmácia em Kiev, na Ucrânia

Foto: Genya Savilov/AFP
24 | 32

Mulher e criança em Sievierodonetsk, região de Luhansk, na Ucrânia

Foto: Vadim Ghirda/AP Photo
25 | 32

Pessoas ao lado de fragmentos de equipamentos militares, em Kharkiv, na Ucrânia

Foto: Andrew Marienko/AP Photo
26 | 32

Pessoas em estação de metrô de Kiev, na Ucrânia

Foto: Daniel Leal/AFP
27 | 32

Fumaça em aeroporto militar em Chuguyev, próximo de Kharkiv, na Ucrânia

Foto: Aris Messinis/AFP
28 | 32

Pessoas em fila de ônibus, no centro de Kiev, na Ucrânia

Foto: Emile Ducke/The New York Times)
29 | 32

Pessoa segura uma placa com a frase "Pare, Putin", em Riga, na Letônia

Foto: Toms Kalnins/EFE/EPA
30 | 32

Patrulha armada em Kiev, na Ucrânia

Foto: Stringer/EFE/EPA
31 | 32

Caminhões incendiados na Ucrânia

Foto: Evgeniy Maloletka/AP Photo
32 | 32

Pessoas ao lado do corpo de parente morto na Ucrânia;

Foto: Aris Messinis/AFP

Ele é acusado de tantos crimes que, se deixar o poder, corre o risco de terminar a vida na prisão.

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A mobilização de até 300 mil soldados russos não surtirá resultados, porque eles estarão ainda menos treinados e motivados que seus precursores. O caminho da Rússia está mapeado. Tudo depende agora de como a Otan responderá ao eventual emprego de armas nucleares. Ao que tudo indica, serão armas táticas, de potência limitada a um raio pequeno, mas com as mesmas consequências calamitosas da radiação.

O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, disse que a organização “não se envolverá no mesmo tipo de retórica nuclear imprudente e perigosa que o presidente Putin”. Mas acrescentou: “Fomos claros em nossas comunicações com a Rússia sobre as consequências sem precedentes, sobre o fato de que a guerra nuclear não pode ser vencida pela Rússia.”

Significa que a Otan usará todos os meios de que dispõe para que os crimes de guerra de Putin não compensem. As etapas serão: prover a Ucrânia com mais armas e treinamento; se não for suficiente, enfrentar os russos numa guerra convencional; finalmente, em caso extremo, recorrer ao arsenal nuclear.

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* COLUNISTA DO ‘ESTADÃO’ E ANALISTA DE ASSUNTOS INTERNACIONAIS

A discussão sobre os meios de conter Vladimir Putin ganhou novos contornos depois da ameaça do presidente russo de usar armas nucleares sob pretexto de garantir a “integridade territorial” de seu país. Não porque a chantagem seja nova, mas porque veio acompanhada de preparativos para a anexação de quatro províncias da Ucrânia ocupadas pelos militares russos.

Repetindo o roteiro seguido na Crimeia e em partes de Donetsk e Luhansk, a administração militar russa impôs a realização de referendos sobre integrar-se à Rússia. A “consulta” é feita sob coação dos militares, que chegam a bater na porta de moradores para colher seu voto verbal. O resultado é uma previsível e fraudulenta vitória do “sim”.

Putin unifica lados políticos com Guerra na Ucrânia Foto: Mikhail Klimentyev / AFP

O próximo passo é a anexação ao território russo das províncias de Kherson e Zaporizhzia, ao sul, e das partes recém-conquistadas de Donetsk e Luhansk, ao leste. A comunidade internacional não reconhecerá essas anexações.

Mas elas bastarão para Putin alegar que a contraofensiva para recuperar os territórios ucranianos viola a soberania russa. E assim recorrer ao arsenal nuclear, embora a doutrina aceita entre as potências nucleares é a de que esse tipo de arma só pode ser empregado para se defender de um ataque nuclear.

Putin encara a derrota na Ucrânia como ameaça existencial. As premissas são as mesmas que o levaram à invasão: a simulação de uma ameaça externa para justificar sua perpetuação no poder como único líder capaz de proteger a Rússia.

Imagens da invasão da Ucrânia pela Rússia

1 | 32

Desespero

2 | 32

Natali Sevriukova reage, ao lado de sua casa, em região que foi atingida por um míssil, em Kiev, na Ucrânia

Foto: Emilio Morenatti/AP Photo
3 | 32

Pessoas se escondem em abrigo anti-bomba em Kiev, na Ucrânia

Foto: Sergei Chuzavkov/AFP
4 | 32

Militar ucraniano é visto em uma janela residencial danificada no subúrbio de Kiev, na Ucrânia

Foto: Daniel Leal/AFP
5 | 32

Pessoas realizam protesto contra a invação da Rússia à Ucrânia, em Taipei, em Taiwan

Foto: Ritchie B. Tongo EFE/EPA
6 | 32

Um soldado do exército ucraniano inspeciona fragmentos de uma aeronave abatida, em Kiev, na Ucrânia

Foto: Vadim Zamirovsky/AP Photo
7 | 32

Imagem mostra prédio de escola que, de acordo com locais, foi danificado por bombardeio, na região de Donetsk, na Ucrânia

Foto: Alexander Ermochenko/REUTERS
8 | 32

Pessoas descansam no metrô de Kiev, na Ucrânia, usando-o como "abrigo" anti-bomba

Foto: Emilio Morenatti/AP Photo
9 | 32

Soldados ucranianos tomando posição sob uma ponte, em Kiev, na Ucrânia

Foto: Emilio Morenatti/AP Photo
10 | 32

Pessoas fungindo dos conflitos entre Ucrânia e Rússia recebem bebidas quentes na fronteira ucraniana com a Polônia

Foto: Czarek Sokolowski/AP Photo
11 | 32

Consequências de uma noite de bombardeios em Kiev, na Ucrânia

Foto: Sergey Dolzhenko/EFE/EPA
12 | 32

Imagem mostra mísseis do exército russo, em Kharkiv, na Ucrânia

Foto: Maksim Levin/Reuters
13 | 32

Pessoas descansam no chão de uma estação de metrô, em Kiev

Foto: Irakli Gedenidze/Reuters
14 | 32

Mulher ferida do lado de fora de um hospital na Ucrânia

Foto: Aris Messinis/AFP
15 | 32

Veículos militares em Kiev, na Ucrânia

Foto: Daniel Leal/AFP - 24/02/2022
16 | 32

Mulher reage à situação na Ucrânia enquanto aguarda um trem partir, em Kiev, na Ucrânia

Foto: Emilio Morenatti/AP Photo
17 | 32

Bombeiros lutam contra incêndio, em Chuguiv, na Ucrânia

Foto: Aris Messinis/AFP
18 | 32

Pessoas se abraçando do lado de fora de estação de metrô em Kiev, na Ucrânia

Foto: Daniel Leal/AFP
19 | 32

Radar danificado em instalação militar ucraniana;

Foto: Sergei Grits/AP Photo
20 | 32

Fumaça e chamas em Kiev, na Ucrânia

Foto: Efrem Lukatsky/AP Photo
21 | 32

Tráfego intenso em Kiev, na Ucrânia

Foto: Sergey Dolzhenko/EFE/EPA
22 | 32

Mulher anda enquanto foge da Ucrânia para a Hungria

Foto: Bernadett Szabo/Reuters
23 | 32

Pessoas fazendo fila em farmácia em Kiev, na Ucrânia

Foto: Genya Savilov/AFP
24 | 32

Mulher e criança em Sievierodonetsk, região de Luhansk, na Ucrânia

Foto: Vadim Ghirda/AP Photo
25 | 32

Pessoas ao lado de fragmentos de equipamentos militares, em Kharkiv, na Ucrânia

Foto: Andrew Marienko/AP Photo
26 | 32

Pessoas em estação de metrô de Kiev, na Ucrânia

Foto: Daniel Leal/AFP
27 | 32

Fumaça em aeroporto militar em Chuguyev, próximo de Kharkiv, na Ucrânia

Foto: Aris Messinis/AFP
28 | 32

Pessoas em fila de ônibus, no centro de Kiev, na Ucrânia

Foto: Emile Ducke/The New York Times)
29 | 32

Pessoa segura uma placa com a frase "Pare, Putin", em Riga, na Letônia

Foto: Toms Kalnins/EFE/EPA
30 | 32

Patrulha armada em Kiev, na Ucrânia

Foto: Stringer/EFE/EPA
31 | 32

Caminhões incendiados na Ucrânia

Foto: Evgeniy Maloletka/AP Photo
32 | 32

Pessoas ao lado do corpo de parente morto na Ucrânia;

Foto: Aris Messinis/AFP

Ele é acusado de tantos crimes que, se deixar o poder, corre o risco de terminar a vida na prisão.

A mobilização de até 300 mil soldados russos não surtirá resultados, porque eles estarão ainda menos treinados e motivados que seus precursores. O caminho da Rússia está mapeado. Tudo depende agora de como a Otan responderá ao eventual emprego de armas nucleares. Ao que tudo indica, serão armas táticas, de potência limitada a um raio pequeno, mas com as mesmas consequências calamitosas da radiação.

O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, disse que a organização “não se envolverá no mesmo tipo de retórica nuclear imprudente e perigosa que o presidente Putin”. Mas acrescentou: “Fomos claros em nossas comunicações com a Rússia sobre as consequências sem precedentes, sobre o fato de que a guerra nuclear não pode ser vencida pela Rússia.”

Significa que a Otan usará todos os meios de que dispõe para que os crimes de guerra de Putin não compensem. As etapas serão: prover a Ucrânia com mais armas e treinamento; se não for suficiente, enfrentar os russos numa guerra convencional; finalmente, em caso extremo, recorrer ao arsenal nuclear.

* COLUNISTA DO ‘ESTADÃO’ E ANALISTA DE ASSUNTOS INTERNACIONAIS

A discussão sobre os meios de conter Vladimir Putin ganhou novos contornos depois da ameaça do presidente russo de usar armas nucleares sob pretexto de garantir a “integridade territorial” de seu país. Não porque a chantagem seja nova, mas porque veio acompanhada de preparativos para a anexação de quatro províncias da Ucrânia ocupadas pelos militares russos.

Repetindo o roteiro seguido na Crimeia e em partes de Donetsk e Luhansk, a administração militar russa impôs a realização de referendos sobre integrar-se à Rússia. A “consulta” é feita sob coação dos militares, que chegam a bater na porta de moradores para colher seu voto verbal. O resultado é uma previsível e fraudulenta vitória do “sim”.

Putin unifica lados políticos com Guerra na Ucrânia Foto: Mikhail Klimentyev / AFP

O próximo passo é a anexação ao território russo das províncias de Kherson e Zaporizhzia, ao sul, e das partes recém-conquistadas de Donetsk e Luhansk, ao leste. A comunidade internacional não reconhecerá essas anexações.

Mas elas bastarão para Putin alegar que a contraofensiva para recuperar os territórios ucranianos viola a soberania russa. E assim recorrer ao arsenal nuclear, embora a doutrina aceita entre as potências nucleares é a de que esse tipo de arma só pode ser empregado para se defender de um ataque nuclear.

Putin encara a derrota na Ucrânia como ameaça existencial. As premissas são as mesmas que o levaram à invasão: a simulação de uma ameaça externa para justificar sua perpetuação no poder como único líder capaz de proteger a Rússia.

Imagens da invasão da Ucrânia pela Rússia

1 | 32

Desespero

2 | 32

Natali Sevriukova reage, ao lado de sua casa, em região que foi atingida por um míssil, em Kiev, na Ucrânia

Foto: Emilio Morenatti/AP Photo
3 | 32

Pessoas se escondem em abrigo anti-bomba em Kiev, na Ucrânia

Foto: Sergei Chuzavkov/AFP
4 | 32

Militar ucraniano é visto em uma janela residencial danificada no subúrbio de Kiev, na Ucrânia

Foto: Daniel Leal/AFP
5 | 32

Pessoas realizam protesto contra a invação da Rússia à Ucrânia, em Taipei, em Taiwan

Foto: Ritchie B. Tongo EFE/EPA
6 | 32

Um soldado do exército ucraniano inspeciona fragmentos de uma aeronave abatida, em Kiev, na Ucrânia

Foto: Vadim Zamirovsky/AP Photo
7 | 32

Imagem mostra prédio de escola que, de acordo com locais, foi danificado por bombardeio, na região de Donetsk, na Ucrânia

Foto: Alexander Ermochenko/REUTERS
8 | 32

Pessoas descansam no metrô de Kiev, na Ucrânia, usando-o como "abrigo" anti-bomba

Foto: Emilio Morenatti/AP Photo
9 | 32

Soldados ucranianos tomando posição sob uma ponte, em Kiev, na Ucrânia

Foto: Emilio Morenatti/AP Photo
10 | 32

Pessoas fungindo dos conflitos entre Ucrânia e Rússia recebem bebidas quentes na fronteira ucraniana com a Polônia

Foto: Czarek Sokolowski/AP Photo
11 | 32

Consequências de uma noite de bombardeios em Kiev, na Ucrânia

Foto: Sergey Dolzhenko/EFE/EPA
12 | 32

Imagem mostra mísseis do exército russo, em Kharkiv, na Ucrânia

Foto: Maksim Levin/Reuters
13 | 32

Pessoas descansam no chão de uma estação de metrô, em Kiev

Foto: Irakli Gedenidze/Reuters
14 | 32

Mulher ferida do lado de fora de um hospital na Ucrânia

Foto: Aris Messinis/AFP
15 | 32

Veículos militares em Kiev, na Ucrânia

Foto: Daniel Leal/AFP - 24/02/2022
16 | 32

Mulher reage à situação na Ucrânia enquanto aguarda um trem partir, em Kiev, na Ucrânia

Foto: Emilio Morenatti/AP Photo
17 | 32

Bombeiros lutam contra incêndio, em Chuguiv, na Ucrânia

Foto: Aris Messinis/AFP
18 | 32

Pessoas se abraçando do lado de fora de estação de metrô em Kiev, na Ucrânia

Foto: Daniel Leal/AFP
19 | 32

Radar danificado em instalação militar ucraniana;

Foto: Sergei Grits/AP Photo
20 | 32

Fumaça e chamas em Kiev, na Ucrânia

Foto: Efrem Lukatsky/AP Photo
21 | 32

Tráfego intenso em Kiev, na Ucrânia

Foto: Sergey Dolzhenko/EFE/EPA
22 | 32

Mulher anda enquanto foge da Ucrânia para a Hungria

Foto: Bernadett Szabo/Reuters
23 | 32

Pessoas fazendo fila em farmácia em Kiev, na Ucrânia

Foto: Genya Savilov/AFP
24 | 32

Mulher e criança em Sievierodonetsk, região de Luhansk, na Ucrânia

Foto: Vadim Ghirda/AP Photo
25 | 32

Pessoas ao lado de fragmentos de equipamentos militares, em Kharkiv, na Ucrânia

Foto: Andrew Marienko/AP Photo
26 | 32

Pessoas em estação de metrô de Kiev, na Ucrânia

Foto: Daniel Leal/AFP
27 | 32

Fumaça em aeroporto militar em Chuguyev, próximo de Kharkiv, na Ucrânia

Foto: Aris Messinis/AFP
28 | 32

Pessoas em fila de ônibus, no centro de Kiev, na Ucrânia

Foto: Emile Ducke/The New York Times)
29 | 32

Pessoa segura uma placa com a frase "Pare, Putin", em Riga, na Letônia

Foto: Toms Kalnins/EFE/EPA
30 | 32

Patrulha armada em Kiev, na Ucrânia

Foto: Stringer/EFE/EPA
31 | 32

Caminhões incendiados na Ucrânia

Foto: Evgeniy Maloletka/AP Photo
32 | 32

Pessoas ao lado do corpo de parente morto na Ucrânia;

Foto: Aris Messinis/AFP

Ele é acusado de tantos crimes que, se deixar o poder, corre o risco de terminar a vida na prisão.

A mobilização de até 300 mil soldados russos não surtirá resultados, porque eles estarão ainda menos treinados e motivados que seus precursores. O caminho da Rússia está mapeado. Tudo depende agora de como a Otan responderá ao eventual emprego de armas nucleares. Ao que tudo indica, serão armas táticas, de potência limitada a um raio pequeno, mas com as mesmas consequências calamitosas da radiação.

O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, disse que a organização “não se envolverá no mesmo tipo de retórica nuclear imprudente e perigosa que o presidente Putin”. Mas acrescentou: “Fomos claros em nossas comunicações com a Rússia sobre as consequências sem precedentes, sobre o fato de que a guerra nuclear não pode ser vencida pela Rússia.”

Significa que a Otan usará todos os meios de que dispõe para que os crimes de guerra de Putin não compensem. As etapas serão: prover a Ucrânia com mais armas e treinamento; se não for suficiente, enfrentar os russos numa guerra convencional; finalmente, em caso extremo, recorrer ao arsenal nuclear.

* COLUNISTA DO ‘ESTADÃO’ E ANALISTA DE ASSUNTOS INTERNACIONAIS

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