É colunista do 'Estadão' e analista de assuntos internacionais. Escreve uma vez por semana.

Opinião|Ataques de drones a Moscou podem complicar situação de Putin


Tirar a elite russa de sua zona de conforto aumentará as pressões sobre o presidente no desenrolar da guerra

Por Lourival Sant'Anna

O ataque com drones a um bairro residencial de Moscou, na terça-feira, introduz questões de ordem moral, legal, militar e política na resposta ucraniana à agressão russa. Ele compõe os preparativos da contraofensiva ucraniana.

O único ataque a um alvo civil contra a Rússia atingiu o bairro de Rublyovka, apelidado de “Beverly Hills de Moscou”, com seus condomínios fechados de casas suntuosas. Lá vivem o ex-presidente e atual vice-conselheiro de Segurança Nacional, Dmitri Medvedev, e o primeiro-ministro Mikhail Mishustin, além de oligarcas amigos de Putin. O complexo residencial do próprio ditador, Novo-Ogaryovo, fica próximo.

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Duas pessoas ficaram feridas e houve pequenos danos materiais, segundo o prefeito de Moscou, Sergei Sobyanin. Tecnicamente, é um ataque a alvo civil, o que viola as convenções internacionais. Por outro lado, é um alvo bastante específico, uma demonstração de capacidade de atingir a cleptocracia do regime.

Ataque ao Kremlin

Antes disso, no dia 6 de maio, a máquina de propaganda russa divulgou a imagem de um drone atingindo um mastro de bandeira na cúpula do Kremlin. Os demais ataques em território russo têm visado alvos militares, ainda que com efeitos colaterais sobre civis.

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Complexo residencial onde Putin mora não fica longe de áreas atacadas; na foto, Putin discursa em frente ao Kremlin, sede do governo Foto: Dmitry Astakhov, Sputnik, Kremlin Pool Photo via AP

Depois do ataque ao bairro moscovita, o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos EUA, almirante John Kirby, reiterou que o governo americano não apoia ataques em solo russo. No mesmo dia, o Pentágono anunciou novo pacote de ajuda à Ucrânia, no valor de US$ 300 milhões, que inclui munição para drones.

O chanceler britânico, James Cleverly, e o porta-voz do governo alemão, Steffen Hebestreit, disseram que os ucranianos estavam exercendo seu “legítimo direito à autodefesa”. O presidente francês, Emmanuel Macron, conclamou o Ocidente a oferecer “garantias de segurança tangíveis e críveis para a Ucrânia”, algo entre o que é assegurado a Israel e a adesão plena à Otan.

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Apoio intacto

Como se vê, o ataque não afetou o apoio dos principais aliados da Ucrânia. Se houver outros ataques contra alvos civis russos, parte da superioridade moral da Ucrânia se perderá. Mas esses ataques trazem ganhos políticos e militares que podem abreviar a guerra.

Em Paris e Amsterdã, no mês passado, deparei com muitos turistas russos se divertindo e consumindo, enquanto os filhos de famílias pobres da Rússia morrem aos milhares na guerra. Tirar a elite russa de sua zona de conforto aumentará as pressões sobre Putin.

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Além disso, esses ataques aumentam as demandas sobre os ativos militares russos, para proteger alvos política e socialmente sensíveis, no momento em que a Ucrânia prepara sua aguardada contraofensiva.

O ataque com drones a um bairro residencial de Moscou, na terça-feira, introduz questões de ordem moral, legal, militar e política na resposta ucraniana à agressão russa. Ele compõe os preparativos da contraofensiva ucraniana.

O único ataque a um alvo civil contra a Rússia atingiu o bairro de Rublyovka, apelidado de “Beverly Hills de Moscou”, com seus condomínios fechados de casas suntuosas. Lá vivem o ex-presidente e atual vice-conselheiro de Segurança Nacional, Dmitri Medvedev, e o primeiro-ministro Mikhail Mishustin, além de oligarcas amigos de Putin. O complexo residencial do próprio ditador, Novo-Ogaryovo, fica próximo.

Duas pessoas ficaram feridas e houve pequenos danos materiais, segundo o prefeito de Moscou, Sergei Sobyanin. Tecnicamente, é um ataque a alvo civil, o que viola as convenções internacionais. Por outro lado, é um alvo bastante específico, uma demonstração de capacidade de atingir a cleptocracia do regime.

Ataque ao Kremlin

Antes disso, no dia 6 de maio, a máquina de propaganda russa divulgou a imagem de um drone atingindo um mastro de bandeira na cúpula do Kremlin. Os demais ataques em território russo têm visado alvos militares, ainda que com efeitos colaterais sobre civis.

Complexo residencial onde Putin mora não fica longe de áreas atacadas; na foto, Putin discursa em frente ao Kremlin, sede do governo Foto: Dmitry Astakhov, Sputnik, Kremlin Pool Photo via AP

Depois do ataque ao bairro moscovita, o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos EUA, almirante John Kirby, reiterou que o governo americano não apoia ataques em solo russo. No mesmo dia, o Pentágono anunciou novo pacote de ajuda à Ucrânia, no valor de US$ 300 milhões, que inclui munição para drones.

O chanceler britânico, James Cleverly, e o porta-voz do governo alemão, Steffen Hebestreit, disseram que os ucranianos estavam exercendo seu “legítimo direito à autodefesa”. O presidente francês, Emmanuel Macron, conclamou o Ocidente a oferecer “garantias de segurança tangíveis e críveis para a Ucrânia”, algo entre o que é assegurado a Israel e a adesão plena à Otan.

Apoio intacto

Como se vê, o ataque não afetou o apoio dos principais aliados da Ucrânia. Se houver outros ataques contra alvos civis russos, parte da superioridade moral da Ucrânia se perderá. Mas esses ataques trazem ganhos políticos e militares que podem abreviar a guerra.

Em Paris e Amsterdã, no mês passado, deparei com muitos turistas russos se divertindo e consumindo, enquanto os filhos de famílias pobres da Rússia morrem aos milhares na guerra. Tirar a elite russa de sua zona de conforto aumentará as pressões sobre Putin.

Além disso, esses ataques aumentam as demandas sobre os ativos militares russos, para proteger alvos política e socialmente sensíveis, no momento em que a Ucrânia prepara sua aguardada contraofensiva.

O ataque com drones a um bairro residencial de Moscou, na terça-feira, introduz questões de ordem moral, legal, militar e política na resposta ucraniana à agressão russa. Ele compõe os preparativos da contraofensiva ucraniana.

O único ataque a um alvo civil contra a Rússia atingiu o bairro de Rublyovka, apelidado de “Beverly Hills de Moscou”, com seus condomínios fechados de casas suntuosas. Lá vivem o ex-presidente e atual vice-conselheiro de Segurança Nacional, Dmitri Medvedev, e o primeiro-ministro Mikhail Mishustin, além de oligarcas amigos de Putin. O complexo residencial do próprio ditador, Novo-Ogaryovo, fica próximo.

Duas pessoas ficaram feridas e houve pequenos danos materiais, segundo o prefeito de Moscou, Sergei Sobyanin. Tecnicamente, é um ataque a alvo civil, o que viola as convenções internacionais. Por outro lado, é um alvo bastante específico, uma demonstração de capacidade de atingir a cleptocracia do regime.

Ataque ao Kremlin

Antes disso, no dia 6 de maio, a máquina de propaganda russa divulgou a imagem de um drone atingindo um mastro de bandeira na cúpula do Kremlin. Os demais ataques em território russo têm visado alvos militares, ainda que com efeitos colaterais sobre civis.

Complexo residencial onde Putin mora não fica longe de áreas atacadas; na foto, Putin discursa em frente ao Kremlin, sede do governo Foto: Dmitry Astakhov, Sputnik, Kremlin Pool Photo via AP

Depois do ataque ao bairro moscovita, o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos EUA, almirante John Kirby, reiterou que o governo americano não apoia ataques em solo russo. No mesmo dia, o Pentágono anunciou novo pacote de ajuda à Ucrânia, no valor de US$ 300 milhões, que inclui munição para drones.

O chanceler britânico, James Cleverly, e o porta-voz do governo alemão, Steffen Hebestreit, disseram que os ucranianos estavam exercendo seu “legítimo direito à autodefesa”. O presidente francês, Emmanuel Macron, conclamou o Ocidente a oferecer “garantias de segurança tangíveis e críveis para a Ucrânia”, algo entre o que é assegurado a Israel e a adesão plena à Otan.

Apoio intacto

Como se vê, o ataque não afetou o apoio dos principais aliados da Ucrânia. Se houver outros ataques contra alvos civis russos, parte da superioridade moral da Ucrânia se perderá. Mas esses ataques trazem ganhos políticos e militares que podem abreviar a guerra.

Em Paris e Amsterdã, no mês passado, deparei com muitos turistas russos se divertindo e consumindo, enquanto os filhos de famílias pobres da Rússia morrem aos milhares na guerra. Tirar a elite russa de sua zona de conforto aumentará as pressões sobre Putin.

Além disso, esses ataques aumentam as demandas sobre os ativos militares russos, para proteger alvos política e socialmente sensíveis, no momento em que a Ucrânia prepara sua aguardada contraofensiva.

O ataque com drones a um bairro residencial de Moscou, na terça-feira, introduz questões de ordem moral, legal, militar e política na resposta ucraniana à agressão russa. Ele compõe os preparativos da contraofensiva ucraniana.

O único ataque a um alvo civil contra a Rússia atingiu o bairro de Rublyovka, apelidado de “Beverly Hills de Moscou”, com seus condomínios fechados de casas suntuosas. Lá vivem o ex-presidente e atual vice-conselheiro de Segurança Nacional, Dmitri Medvedev, e o primeiro-ministro Mikhail Mishustin, além de oligarcas amigos de Putin. O complexo residencial do próprio ditador, Novo-Ogaryovo, fica próximo.

Duas pessoas ficaram feridas e houve pequenos danos materiais, segundo o prefeito de Moscou, Sergei Sobyanin. Tecnicamente, é um ataque a alvo civil, o que viola as convenções internacionais. Por outro lado, é um alvo bastante específico, uma demonstração de capacidade de atingir a cleptocracia do regime.

Ataque ao Kremlin

Antes disso, no dia 6 de maio, a máquina de propaganda russa divulgou a imagem de um drone atingindo um mastro de bandeira na cúpula do Kremlin. Os demais ataques em território russo têm visado alvos militares, ainda que com efeitos colaterais sobre civis.

Complexo residencial onde Putin mora não fica longe de áreas atacadas; na foto, Putin discursa em frente ao Kremlin, sede do governo Foto: Dmitry Astakhov, Sputnik, Kremlin Pool Photo via AP

Depois do ataque ao bairro moscovita, o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos EUA, almirante John Kirby, reiterou que o governo americano não apoia ataques em solo russo. No mesmo dia, o Pentágono anunciou novo pacote de ajuda à Ucrânia, no valor de US$ 300 milhões, que inclui munição para drones.

O chanceler britânico, James Cleverly, e o porta-voz do governo alemão, Steffen Hebestreit, disseram que os ucranianos estavam exercendo seu “legítimo direito à autodefesa”. O presidente francês, Emmanuel Macron, conclamou o Ocidente a oferecer “garantias de segurança tangíveis e críveis para a Ucrânia”, algo entre o que é assegurado a Israel e a adesão plena à Otan.

Apoio intacto

Como se vê, o ataque não afetou o apoio dos principais aliados da Ucrânia. Se houver outros ataques contra alvos civis russos, parte da superioridade moral da Ucrânia se perderá. Mas esses ataques trazem ganhos políticos e militares que podem abreviar a guerra.

Em Paris e Amsterdã, no mês passado, deparei com muitos turistas russos se divertindo e consumindo, enquanto os filhos de famílias pobres da Rússia morrem aos milhares na guerra. Tirar a elite russa de sua zona de conforto aumentará as pressões sobre Putin.

Além disso, esses ataques aumentam as demandas sobre os ativos militares russos, para proteger alvos política e socialmente sensíveis, no momento em que a Ucrânia prepara sua aguardada contraofensiva.

O ataque com drones a um bairro residencial de Moscou, na terça-feira, introduz questões de ordem moral, legal, militar e política na resposta ucraniana à agressão russa. Ele compõe os preparativos da contraofensiva ucraniana.

O único ataque a um alvo civil contra a Rússia atingiu o bairro de Rublyovka, apelidado de “Beverly Hills de Moscou”, com seus condomínios fechados de casas suntuosas. Lá vivem o ex-presidente e atual vice-conselheiro de Segurança Nacional, Dmitri Medvedev, e o primeiro-ministro Mikhail Mishustin, além de oligarcas amigos de Putin. O complexo residencial do próprio ditador, Novo-Ogaryovo, fica próximo.

Duas pessoas ficaram feridas e houve pequenos danos materiais, segundo o prefeito de Moscou, Sergei Sobyanin. Tecnicamente, é um ataque a alvo civil, o que viola as convenções internacionais. Por outro lado, é um alvo bastante específico, uma demonstração de capacidade de atingir a cleptocracia do regime.

Ataque ao Kremlin

Antes disso, no dia 6 de maio, a máquina de propaganda russa divulgou a imagem de um drone atingindo um mastro de bandeira na cúpula do Kremlin. Os demais ataques em território russo têm visado alvos militares, ainda que com efeitos colaterais sobre civis.

Complexo residencial onde Putin mora não fica longe de áreas atacadas; na foto, Putin discursa em frente ao Kremlin, sede do governo Foto: Dmitry Astakhov, Sputnik, Kremlin Pool Photo via AP

Depois do ataque ao bairro moscovita, o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos EUA, almirante John Kirby, reiterou que o governo americano não apoia ataques em solo russo. No mesmo dia, o Pentágono anunciou novo pacote de ajuda à Ucrânia, no valor de US$ 300 milhões, que inclui munição para drones.

O chanceler britânico, James Cleverly, e o porta-voz do governo alemão, Steffen Hebestreit, disseram que os ucranianos estavam exercendo seu “legítimo direito à autodefesa”. O presidente francês, Emmanuel Macron, conclamou o Ocidente a oferecer “garantias de segurança tangíveis e críveis para a Ucrânia”, algo entre o que é assegurado a Israel e a adesão plena à Otan.

Apoio intacto

Como se vê, o ataque não afetou o apoio dos principais aliados da Ucrânia. Se houver outros ataques contra alvos civis russos, parte da superioridade moral da Ucrânia se perderá. Mas esses ataques trazem ganhos políticos e militares que podem abreviar a guerra.

Em Paris e Amsterdã, no mês passado, deparei com muitos turistas russos se divertindo e consumindo, enquanto os filhos de famílias pobres da Rússia morrem aos milhares na guerra. Tirar a elite russa de sua zona de conforto aumentará as pressões sobre Putin.

Além disso, esses ataques aumentam as demandas sobre os ativos militares russos, para proteger alvos política e socialmente sensíveis, no momento em que a Ucrânia prepara sua aguardada contraofensiva.

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