Lula critica ONU e diz que organização ‘não tem coragem’ de criar Estado palestino


Em evento nos Estados Unidos, presidente brasileiro ainda afirmou que Nações Unidas poderiam ter evitado guerra na Ucrânia e defendeu entrada de mais países no Conselho de Segurança

Por Victor Ohana e Sofia Aguiar
Atualização:

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou na noite desta segunda-feira, 23, que a Organização das Nações Unidas (ONU) “não tem coragem” de criar um Estado palestino e que poderia ter evitado a guerra da Rússia com a Ucrânia. A declaração ocorreu durante um evento da iniciativa Goalkeepers, da Fundação Bill e Melinda Gates, nos Estados Unidos, onde Lula foi recebido como ganhador de um prêmio pela “Luta Contra a Fome e a Pobreza”.

“O mundo está desgovernado. Ninguém respeita ninguém”, declarou. “E a ONU, que, quando foi criada, teve força para criar o Estado de Israel, a ONU hoje não coragem de criar o Estado palestino.”

O presidente brasileiro prosseguiu: “A ONU não tem força para decidir. Não precisaria ter tido a guerra da Rússia com a Ucrânia. Não precisaria ter tido o genocídio na Faixa de Gaza. Não precisaria ter a invasão da Líbia, não precisaria ter a guerra do Iraque.”

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Desde o início da guerra em Gaza, Lula já fez diversas declarações em defesa de um Estado palestino, junto de críticas a Israel que provocaram uma crise diplomática entre Brasília e Tel Aviv. Há cerca de sete meses, o País está sem embaixador em Israel desde que Lula equiparou a operação de Israel em Gaza ao Holocausto. Em junho, na cúpula do G7, Lula condenou o que chamou de “violação cotidiana do direito humanitário”. Já em julho, na rede social X, , o mandatário afirmou hoje que o governo israelense sabota a possibilidade de se chegar a um cessar-fogo e a um processo de paz no Oriente Médio.

Mais países no Conselho de Segurança

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No evento, Lula ainda voltou a defender a participação de mais países no Conselho de Segurança da ONU e classificou o tema como uma “briga”.

“Como é que a gente vai cuidar do planeta Terra se as decisões que são tomadas nos encontros não são cumpridas?”, indagou, destacando o descumprimento do Protocolo de Kyoto, do Tratado de Copenhague e do Acordo de Paris.

Lula participou de um evento da iniciativa Goalkeepers, da Fundação Bill e Melinda Gates, nos EUA. Foto: Roy Rochlin/Getty Images via AFP
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“Nada é cumprido, porque não tem governança. Porque não tem autoridade governamental mundial, e é preciso ter”, declarou. “Então, a nossa briga é que o mundo não pode continuar com cinco países sendo membros do Conselho de Segurança da ONU, não pode”, disse.

Em seguida, Lula defendeu a entrada de países dos continentes africano, sul-americano e asiático para que haja uma “instância mais plural e representativa”. “Ninguém mais respeita uma decisão da ONU. Então, os pobres não têm essa representação”, afirmou. Logo depois, Lula disse que o tema será discutido no G20.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou na noite desta segunda-feira, 23, que a Organização das Nações Unidas (ONU) “não tem coragem” de criar um Estado palestino e que poderia ter evitado a guerra da Rússia com a Ucrânia. A declaração ocorreu durante um evento da iniciativa Goalkeepers, da Fundação Bill e Melinda Gates, nos Estados Unidos, onde Lula foi recebido como ganhador de um prêmio pela “Luta Contra a Fome e a Pobreza”.

“O mundo está desgovernado. Ninguém respeita ninguém”, declarou. “E a ONU, que, quando foi criada, teve força para criar o Estado de Israel, a ONU hoje não coragem de criar o Estado palestino.”

O presidente brasileiro prosseguiu: “A ONU não tem força para decidir. Não precisaria ter tido a guerra da Rússia com a Ucrânia. Não precisaria ter tido o genocídio na Faixa de Gaza. Não precisaria ter a invasão da Líbia, não precisaria ter a guerra do Iraque.”

Desde o início da guerra em Gaza, Lula já fez diversas declarações em defesa de um Estado palestino, junto de críticas a Israel que provocaram uma crise diplomática entre Brasília e Tel Aviv. Há cerca de sete meses, o País está sem embaixador em Israel desde que Lula equiparou a operação de Israel em Gaza ao Holocausto. Em junho, na cúpula do G7, Lula condenou o que chamou de “violação cotidiana do direito humanitário”. Já em julho, na rede social X, , o mandatário afirmou hoje que o governo israelense sabota a possibilidade de se chegar a um cessar-fogo e a um processo de paz no Oriente Médio.

Mais países no Conselho de Segurança

No evento, Lula ainda voltou a defender a participação de mais países no Conselho de Segurança da ONU e classificou o tema como uma “briga”.

“Como é que a gente vai cuidar do planeta Terra se as decisões que são tomadas nos encontros não são cumpridas?”, indagou, destacando o descumprimento do Protocolo de Kyoto, do Tratado de Copenhague e do Acordo de Paris.

Lula participou de um evento da iniciativa Goalkeepers, da Fundação Bill e Melinda Gates, nos EUA. Foto: Roy Rochlin/Getty Images via AFP

“Nada é cumprido, porque não tem governança. Porque não tem autoridade governamental mundial, e é preciso ter”, declarou. “Então, a nossa briga é que o mundo não pode continuar com cinco países sendo membros do Conselho de Segurança da ONU, não pode”, disse.

Em seguida, Lula defendeu a entrada de países dos continentes africano, sul-americano e asiático para que haja uma “instância mais plural e representativa”. “Ninguém mais respeita uma decisão da ONU. Então, os pobres não têm essa representação”, afirmou. Logo depois, Lula disse que o tema será discutido no G20.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou na noite desta segunda-feira, 23, que a Organização das Nações Unidas (ONU) “não tem coragem” de criar um Estado palestino e que poderia ter evitado a guerra da Rússia com a Ucrânia. A declaração ocorreu durante um evento da iniciativa Goalkeepers, da Fundação Bill e Melinda Gates, nos Estados Unidos, onde Lula foi recebido como ganhador de um prêmio pela “Luta Contra a Fome e a Pobreza”.

“O mundo está desgovernado. Ninguém respeita ninguém”, declarou. “E a ONU, que, quando foi criada, teve força para criar o Estado de Israel, a ONU hoje não coragem de criar o Estado palestino.”

O presidente brasileiro prosseguiu: “A ONU não tem força para decidir. Não precisaria ter tido a guerra da Rússia com a Ucrânia. Não precisaria ter tido o genocídio na Faixa de Gaza. Não precisaria ter a invasão da Líbia, não precisaria ter a guerra do Iraque.”

Desde o início da guerra em Gaza, Lula já fez diversas declarações em defesa de um Estado palestino, junto de críticas a Israel que provocaram uma crise diplomática entre Brasília e Tel Aviv. Há cerca de sete meses, o País está sem embaixador em Israel desde que Lula equiparou a operação de Israel em Gaza ao Holocausto. Em junho, na cúpula do G7, Lula condenou o que chamou de “violação cotidiana do direito humanitário”. Já em julho, na rede social X, , o mandatário afirmou hoje que o governo israelense sabota a possibilidade de se chegar a um cessar-fogo e a um processo de paz no Oriente Médio.

Mais países no Conselho de Segurança

No evento, Lula ainda voltou a defender a participação de mais países no Conselho de Segurança da ONU e classificou o tema como uma “briga”.

“Como é que a gente vai cuidar do planeta Terra se as decisões que são tomadas nos encontros não são cumpridas?”, indagou, destacando o descumprimento do Protocolo de Kyoto, do Tratado de Copenhague e do Acordo de Paris.

Lula participou de um evento da iniciativa Goalkeepers, da Fundação Bill e Melinda Gates, nos EUA. Foto: Roy Rochlin/Getty Images via AFP

“Nada é cumprido, porque não tem governança. Porque não tem autoridade governamental mundial, e é preciso ter”, declarou. “Então, a nossa briga é que o mundo não pode continuar com cinco países sendo membros do Conselho de Segurança da ONU, não pode”, disse.

Em seguida, Lula defendeu a entrada de países dos continentes africano, sul-americano e asiático para que haja uma “instância mais plural e representativa”. “Ninguém mais respeita uma decisão da ONU. Então, os pobres não têm essa representação”, afirmou. Logo depois, Lula disse que o tema será discutido no G20.

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