Lula diz que Milei ‘perdeu’ ao ausentar-se do Mercosul e fez reunião ‘antipovo’ com Bolsonaro


Petista classifica decisão do presidente argentino como uma bobagem imensa e diz que Argentina precisa do bloco

Por Felipe Frazão
Atualização:

ENVIADO ESPECIAL A ASSUNÇÃO - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta segunda-feira, dia 8, que o presidente da Argentina, Javier Milei, perdeu tempo no Brasil ao participar de um congresso conservador promovido por bolsonaristas, no fim de semana. Lula afirmou que o ato político é “antipovo, antidemocrático e desagradável”. O presidente também criticou a ausência de Milei na Cúpula do Mercosul, concluída em Assunção, no Paraguai. Segundo Lula, “quem perde é quem não veio”.

Lula criticou ausência de Milei no encontro do Mercosul  Foto: Daniel Duarte/AFP

“É uma bobagem imensa o presidente de um país como a Argentina não participar da reunião do Mercosul. É triste para a Argentina. Nós estamos trabalhando o fortalecimento do Mercosul com a Argentina, porque sabemos da importância para o sucesso do Mercosul. Se o presidente participa ou não, não interessa. O que interessa é que o povo de Argentina precisa do Mercosul”, afirmou o petista, no Palácio de López, sede da Presidência do Paraguai, pouco antes de decolar à Bolívia.

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Apesar a ausência de Milei, a delegação argentina marcou a reunião de líderes com propostas de reforma no bloco, que incluem uma revisão de gastos, do funcionamento de instituições internas e regras, além de pedir a flexibilização da forma de negociar acordos comerciais.

A chanceler Diana Mondino, chefe da comitiva, defendeu um “choque de adrenalina” e disse que o Mercosul não pode mais ser “pequeno, medroso, protecionista e estagnado”. Lula, por sua vez, criticou o “ultraliberalismo” e o “nacionalismo arcaico”, em indireta à Casa Rosada.

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As propostas da Argentina criaram dificuldades para aprovação do comunicado final. Também se chocaram com as que defende o Brasil. Lula chegou a responder afirmando que a proposta era uma “pseudo-reforma” e reagiu à blitze ideológica do governo Milei. “Apagar a palavra gênero de documentos só agrava a violência cotidiana sofrida por mulheres e meninas”, disse o petista.

O presidente também falou pela primeira vez sobre o evento conservador estrelado por Milei ao lado do ex-presidente Jair Bolsonaro, o principal nome da oposição no Brasil. Milei foi a Santa Catarina no fim de semana, em viagem de cunho ideológico, e ignorou o petista, um ato interpretado como provocativo no Palácio do Planalto. A relação entre ambos foi marcada por ofensas. Lula exige desculpas que Milei rejeita pedir.

“Sinceramente, é o tipo de reunião que não me interessa. Um presidente da República perder tempo fazendo uma coisa de extrema direita tão desagradável, tão antisocial, tão antipovo e antidemocrática. Eu não sei o que as pessoas ganham participando disso”, disse Lula.

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O Itamaraty mandou sinais de que poderia retaliar a Argentina diplomaticamente, caso Milei voltasse a ofendê-lo em solo brasileiro. Ao fim, Milei não fez nenhuma menção direta a Lula. Repetiu seu conhecido discurso contra o “socialismo”, afirmou que existe violação da liberdade de expressão no Brasil e que Bolsonaro sofre opressão judicial. Ele atacou governos de esquerda aliados do petista e a organização Foro de São Paulo, integrada pelo PT.

Após a cúpula, Lula reuniu-se reservadamente com o presidente do Paraguai, Santiago Peña, afritrião do Mercosul, e com o presidente do Panamá, Raúl Mulino, convidado especial.

O paraguaio pretendia aproximar Lula e Milei, dentro de seu projeto de pragmatismo na diplomacia e pacificação no Mercosul, mas reconheceu que falhou em convencer o colega.

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“Não consegui que Milei viesse. Temos que respeitar os processos de cada país. Mas o processo de integração não se detém”, afirmou Peña ao ser questionado pelo Estadão sobre consequências da briga entre o petista e o libertário.

Lula disse que considera o Paraguai um “irmão mais novo” e destacou o bom relacionamento com Peña. Segundo ele, um dos principais temas da relação bilateral está equacionado: a renegociação do anexo C do tratado de Itaipu Binacional, prevista após 50 anos e a quitação do financiamento da obra da hidrelétrica.

O acordo foi fechado em maio pelos governos, para atualizar as condições de comercialização de energia e definição de valores da tarifa. Haverá uma queda no preço que passará a cobrir apenas custos operacionais, mas o Paraguai vai poder vender seu excedente no mercado livre dentro do Brasil.

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“Itaipu não tem mais problema. Agora só tem que produzir a energia que o povo precisa”, afirmou Lula.

‘Golpe’ na Bolívia e recursos minerais

O presidente Lula decolou para Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia, às 17h49. Ele afirmou que pretende fazer a visita ao presidente Luis Arce a fim de apoiar o desenvolvimento e a industrialização da Bolívia.

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O petista quer debater sobre o interesse do Brasil na exploração dos recursos minerais do país andino - entre eles os minerais críticos, o lítio e o gás natural.

O petista celebrou que a quartelada em La Paz, há 12 dias, fracassou. Lula repete a denúncia feita por Luis Arce e afirma que a intentona militar foi uma tentativa de golpe de Estado - versão contestada por opositores e ex-aliados do boliviano, como o ex-presidente Evo Morales.

Arce e Evo disputam a preferência do Movimento ao Socialismo para saber quem será o candidato presidencial em 2025. Lula é amigo de ambos, mas disse que não sabe se terá algum encontro com Evo durante a viagem a Santa Cruz. Ele destacou que tem canal aberto para telefonemas com o líder cocalero.

“Precisamos discutir como vamos utilizar todo o potencial mineral da Bolívia”, afirmou o petista. “Quero dizer que o Brasil está jundo. Estou muito feliz que o golpe não deu certo na Bolívia e com a manutenção do presidente Arce. Vamos aguardar que o processo eleitoral defina quem vai ser o presidente da República.”

Aliança na França e Reino Unido

Lula também se disse “muito feliz” com o resultado das eleições parlamentares na França e no Reino Unido, que deram vitórias a partidos progressistas.

O presidente afirmou que nem os trabalhistas imaginavam uma vitória “com tanta força”, de maioria “avassaladora”, para voltar ao poder em Londres, após 14 anos de governos conservadores. “É um avanço importante”, afirmou Lula.

Já na França, Lula classificou como “uma coisa maravilhosa” o resultado das urnas. O acordo estratégico eleitoral entre o presidente Emmanuel Macron e a esquerda, a fim de derrotar o grupo político de Marine Le Pen, da direita radical. Ele disse esperar um acordo entre os centritas de Macron e os líderes da esquerda para governar.

“Espero que meu amigo Macron, meu amigo (Jean-Luc) Mélenchon e meu amigo (François) Hollande e tantos outros se coloquem de acordo para montar um governo que possa atender aos interesses do povo francês”, afirmou Lula.

Contra todas as expectativas, o bloco de esquerda, a Nova Frente Popular, que engloba socialistas, comunistas, verdes e esquerdistas radicais, obteve 182 assentos na Assembleia Nacional, seguida pela coalizão Juntos, do presidente Emmanuel Macron, com 166 cadeiras, e pelo antes favorito Reagrupamento Nacional (RN), da direita radical, com 143 deputados.

“O que aconteceu na França é uma coisa maravilhosa que representa a democracia. Quando parecia que tudo estava confuso e dando errado, eis que o povo se manifesta e vem para rua e diz ‘nós queremos que setores democráticos continuem governando a França. A gente não quer extrema direita, não quer fascista, nazista. A gente quer democracia’. Então estou muito feliz”, relatou o petista.

ENVIADO ESPECIAL A ASSUNÇÃO - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta segunda-feira, dia 8, que o presidente da Argentina, Javier Milei, perdeu tempo no Brasil ao participar de um congresso conservador promovido por bolsonaristas, no fim de semana. Lula afirmou que o ato político é “antipovo, antidemocrático e desagradável”. O presidente também criticou a ausência de Milei na Cúpula do Mercosul, concluída em Assunção, no Paraguai. Segundo Lula, “quem perde é quem não veio”.

Lula criticou ausência de Milei no encontro do Mercosul  Foto: Daniel Duarte/AFP

“É uma bobagem imensa o presidente de um país como a Argentina não participar da reunião do Mercosul. É triste para a Argentina. Nós estamos trabalhando o fortalecimento do Mercosul com a Argentina, porque sabemos da importância para o sucesso do Mercosul. Se o presidente participa ou não, não interessa. O que interessa é que o povo de Argentina precisa do Mercosul”, afirmou o petista, no Palácio de López, sede da Presidência do Paraguai, pouco antes de decolar à Bolívia.

Apesar a ausência de Milei, a delegação argentina marcou a reunião de líderes com propostas de reforma no bloco, que incluem uma revisão de gastos, do funcionamento de instituições internas e regras, além de pedir a flexibilização da forma de negociar acordos comerciais.

A chanceler Diana Mondino, chefe da comitiva, defendeu um “choque de adrenalina” e disse que o Mercosul não pode mais ser “pequeno, medroso, protecionista e estagnado”. Lula, por sua vez, criticou o “ultraliberalismo” e o “nacionalismo arcaico”, em indireta à Casa Rosada.

As propostas da Argentina criaram dificuldades para aprovação do comunicado final. Também se chocaram com as que defende o Brasil. Lula chegou a responder afirmando que a proposta era uma “pseudo-reforma” e reagiu à blitze ideológica do governo Milei. “Apagar a palavra gênero de documentos só agrava a violência cotidiana sofrida por mulheres e meninas”, disse o petista.

O presidente também falou pela primeira vez sobre o evento conservador estrelado por Milei ao lado do ex-presidente Jair Bolsonaro, o principal nome da oposição no Brasil. Milei foi a Santa Catarina no fim de semana, em viagem de cunho ideológico, e ignorou o petista, um ato interpretado como provocativo no Palácio do Planalto. A relação entre ambos foi marcada por ofensas. Lula exige desculpas que Milei rejeita pedir.

“Sinceramente, é o tipo de reunião que não me interessa. Um presidente da República perder tempo fazendo uma coisa de extrema direita tão desagradável, tão antisocial, tão antipovo e antidemocrática. Eu não sei o que as pessoas ganham participando disso”, disse Lula.

O Itamaraty mandou sinais de que poderia retaliar a Argentina diplomaticamente, caso Milei voltasse a ofendê-lo em solo brasileiro. Ao fim, Milei não fez nenhuma menção direta a Lula. Repetiu seu conhecido discurso contra o “socialismo”, afirmou que existe violação da liberdade de expressão no Brasil e que Bolsonaro sofre opressão judicial. Ele atacou governos de esquerda aliados do petista e a organização Foro de São Paulo, integrada pelo PT.

Após a cúpula, Lula reuniu-se reservadamente com o presidente do Paraguai, Santiago Peña, afritrião do Mercosul, e com o presidente do Panamá, Raúl Mulino, convidado especial.

O paraguaio pretendia aproximar Lula e Milei, dentro de seu projeto de pragmatismo na diplomacia e pacificação no Mercosul, mas reconheceu que falhou em convencer o colega.

“Não consegui que Milei viesse. Temos que respeitar os processos de cada país. Mas o processo de integração não se detém”, afirmou Peña ao ser questionado pelo Estadão sobre consequências da briga entre o petista e o libertário.

Lula disse que considera o Paraguai um “irmão mais novo” e destacou o bom relacionamento com Peña. Segundo ele, um dos principais temas da relação bilateral está equacionado: a renegociação do anexo C do tratado de Itaipu Binacional, prevista após 50 anos e a quitação do financiamento da obra da hidrelétrica.

O acordo foi fechado em maio pelos governos, para atualizar as condições de comercialização de energia e definição de valores da tarifa. Haverá uma queda no preço que passará a cobrir apenas custos operacionais, mas o Paraguai vai poder vender seu excedente no mercado livre dentro do Brasil.

“Itaipu não tem mais problema. Agora só tem que produzir a energia que o povo precisa”, afirmou Lula.

‘Golpe’ na Bolívia e recursos minerais

O presidente Lula decolou para Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia, às 17h49. Ele afirmou que pretende fazer a visita ao presidente Luis Arce a fim de apoiar o desenvolvimento e a industrialização da Bolívia.

O petista quer debater sobre o interesse do Brasil na exploração dos recursos minerais do país andino - entre eles os minerais críticos, o lítio e o gás natural.

O petista celebrou que a quartelada em La Paz, há 12 dias, fracassou. Lula repete a denúncia feita por Luis Arce e afirma que a intentona militar foi uma tentativa de golpe de Estado - versão contestada por opositores e ex-aliados do boliviano, como o ex-presidente Evo Morales.

Arce e Evo disputam a preferência do Movimento ao Socialismo para saber quem será o candidato presidencial em 2025. Lula é amigo de ambos, mas disse que não sabe se terá algum encontro com Evo durante a viagem a Santa Cruz. Ele destacou que tem canal aberto para telefonemas com o líder cocalero.

“Precisamos discutir como vamos utilizar todo o potencial mineral da Bolívia”, afirmou o petista. “Quero dizer que o Brasil está jundo. Estou muito feliz que o golpe não deu certo na Bolívia e com a manutenção do presidente Arce. Vamos aguardar que o processo eleitoral defina quem vai ser o presidente da República.”

Aliança na França e Reino Unido

Lula também se disse “muito feliz” com o resultado das eleições parlamentares na França e no Reino Unido, que deram vitórias a partidos progressistas.

O presidente afirmou que nem os trabalhistas imaginavam uma vitória “com tanta força”, de maioria “avassaladora”, para voltar ao poder em Londres, após 14 anos de governos conservadores. “É um avanço importante”, afirmou Lula.

Já na França, Lula classificou como “uma coisa maravilhosa” o resultado das urnas. O acordo estratégico eleitoral entre o presidente Emmanuel Macron e a esquerda, a fim de derrotar o grupo político de Marine Le Pen, da direita radical. Ele disse esperar um acordo entre os centritas de Macron e os líderes da esquerda para governar.

“Espero que meu amigo Macron, meu amigo (Jean-Luc) Mélenchon e meu amigo (François) Hollande e tantos outros se coloquem de acordo para montar um governo que possa atender aos interesses do povo francês”, afirmou Lula.

Contra todas as expectativas, o bloco de esquerda, a Nova Frente Popular, que engloba socialistas, comunistas, verdes e esquerdistas radicais, obteve 182 assentos na Assembleia Nacional, seguida pela coalizão Juntos, do presidente Emmanuel Macron, com 166 cadeiras, e pelo antes favorito Reagrupamento Nacional (RN), da direita radical, com 143 deputados.

“O que aconteceu na França é uma coisa maravilhosa que representa a democracia. Quando parecia que tudo estava confuso e dando errado, eis que o povo se manifesta e vem para rua e diz ‘nós queremos que setores democráticos continuem governando a França. A gente não quer extrema direita, não quer fascista, nazista. A gente quer democracia’. Então estou muito feliz”, relatou o petista.

ENVIADO ESPECIAL A ASSUNÇÃO - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta segunda-feira, dia 8, que o presidente da Argentina, Javier Milei, perdeu tempo no Brasil ao participar de um congresso conservador promovido por bolsonaristas, no fim de semana. Lula afirmou que o ato político é “antipovo, antidemocrático e desagradável”. O presidente também criticou a ausência de Milei na Cúpula do Mercosul, concluída em Assunção, no Paraguai. Segundo Lula, “quem perde é quem não veio”.

Lula criticou ausência de Milei no encontro do Mercosul  Foto: Daniel Duarte/AFP

“É uma bobagem imensa o presidente de um país como a Argentina não participar da reunião do Mercosul. É triste para a Argentina. Nós estamos trabalhando o fortalecimento do Mercosul com a Argentina, porque sabemos da importância para o sucesso do Mercosul. Se o presidente participa ou não, não interessa. O que interessa é que o povo de Argentina precisa do Mercosul”, afirmou o petista, no Palácio de López, sede da Presidência do Paraguai, pouco antes de decolar à Bolívia.

Apesar a ausência de Milei, a delegação argentina marcou a reunião de líderes com propostas de reforma no bloco, que incluem uma revisão de gastos, do funcionamento de instituições internas e regras, além de pedir a flexibilização da forma de negociar acordos comerciais.

A chanceler Diana Mondino, chefe da comitiva, defendeu um “choque de adrenalina” e disse que o Mercosul não pode mais ser “pequeno, medroso, protecionista e estagnado”. Lula, por sua vez, criticou o “ultraliberalismo” e o “nacionalismo arcaico”, em indireta à Casa Rosada.

As propostas da Argentina criaram dificuldades para aprovação do comunicado final. Também se chocaram com as que defende o Brasil. Lula chegou a responder afirmando que a proposta era uma “pseudo-reforma” e reagiu à blitze ideológica do governo Milei. “Apagar a palavra gênero de documentos só agrava a violência cotidiana sofrida por mulheres e meninas”, disse o petista.

O presidente também falou pela primeira vez sobre o evento conservador estrelado por Milei ao lado do ex-presidente Jair Bolsonaro, o principal nome da oposição no Brasil. Milei foi a Santa Catarina no fim de semana, em viagem de cunho ideológico, e ignorou o petista, um ato interpretado como provocativo no Palácio do Planalto. A relação entre ambos foi marcada por ofensas. Lula exige desculpas que Milei rejeita pedir.

“Sinceramente, é o tipo de reunião que não me interessa. Um presidente da República perder tempo fazendo uma coisa de extrema direita tão desagradável, tão antisocial, tão antipovo e antidemocrática. Eu não sei o que as pessoas ganham participando disso”, disse Lula.

O Itamaraty mandou sinais de que poderia retaliar a Argentina diplomaticamente, caso Milei voltasse a ofendê-lo em solo brasileiro. Ao fim, Milei não fez nenhuma menção direta a Lula. Repetiu seu conhecido discurso contra o “socialismo”, afirmou que existe violação da liberdade de expressão no Brasil e que Bolsonaro sofre opressão judicial. Ele atacou governos de esquerda aliados do petista e a organização Foro de São Paulo, integrada pelo PT.

Após a cúpula, Lula reuniu-se reservadamente com o presidente do Paraguai, Santiago Peña, afritrião do Mercosul, e com o presidente do Panamá, Raúl Mulino, convidado especial.

O paraguaio pretendia aproximar Lula e Milei, dentro de seu projeto de pragmatismo na diplomacia e pacificação no Mercosul, mas reconheceu que falhou em convencer o colega.

“Não consegui que Milei viesse. Temos que respeitar os processos de cada país. Mas o processo de integração não se detém”, afirmou Peña ao ser questionado pelo Estadão sobre consequências da briga entre o petista e o libertário.

Lula disse que considera o Paraguai um “irmão mais novo” e destacou o bom relacionamento com Peña. Segundo ele, um dos principais temas da relação bilateral está equacionado: a renegociação do anexo C do tratado de Itaipu Binacional, prevista após 50 anos e a quitação do financiamento da obra da hidrelétrica.

O acordo foi fechado em maio pelos governos, para atualizar as condições de comercialização de energia e definição de valores da tarifa. Haverá uma queda no preço que passará a cobrir apenas custos operacionais, mas o Paraguai vai poder vender seu excedente no mercado livre dentro do Brasil.

“Itaipu não tem mais problema. Agora só tem que produzir a energia que o povo precisa”, afirmou Lula.

‘Golpe’ na Bolívia e recursos minerais

O presidente Lula decolou para Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia, às 17h49. Ele afirmou que pretende fazer a visita ao presidente Luis Arce a fim de apoiar o desenvolvimento e a industrialização da Bolívia.

O petista quer debater sobre o interesse do Brasil na exploração dos recursos minerais do país andino - entre eles os minerais críticos, o lítio e o gás natural.

O petista celebrou que a quartelada em La Paz, há 12 dias, fracassou. Lula repete a denúncia feita por Luis Arce e afirma que a intentona militar foi uma tentativa de golpe de Estado - versão contestada por opositores e ex-aliados do boliviano, como o ex-presidente Evo Morales.

Arce e Evo disputam a preferência do Movimento ao Socialismo para saber quem será o candidato presidencial em 2025. Lula é amigo de ambos, mas disse que não sabe se terá algum encontro com Evo durante a viagem a Santa Cruz. Ele destacou que tem canal aberto para telefonemas com o líder cocalero.

“Precisamos discutir como vamos utilizar todo o potencial mineral da Bolívia”, afirmou o petista. “Quero dizer que o Brasil está jundo. Estou muito feliz que o golpe não deu certo na Bolívia e com a manutenção do presidente Arce. Vamos aguardar que o processo eleitoral defina quem vai ser o presidente da República.”

Aliança na França e Reino Unido

Lula também se disse “muito feliz” com o resultado das eleições parlamentares na França e no Reino Unido, que deram vitórias a partidos progressistas.

O presidente afirmou que nem os trabalhistas imaginavam uma vitória “com tanta força”, de maioria “avassaladora”, para voltar ao poder em Londres, após 14 anos de governos conservadores. “É um avanço importante”, afirmou Lula.

Já na França, Lula classificou como “uma coisa maravilhosa” o resultado das urnas. O acordo estratégico eleitoral entre o presidente Emmanuel Macron e a esquerda, a fim de derrotar o grupo político de Marine Le Pen, da direita radical. Ele disse esperar um acordo entre os centritas de Macron e os líderes da esquerda para governar.

“Espero que meu amigo Macron, meu amigo (Jean-Luc) Mélenchon e meu amigo (François) Hollande e tantos outros se coloquem de acordo para montar um governo que possa atender aos interesses do povo francês”, afirmou Lula.

Contra todas as expectativas, o bloco de esquerda, a Nova Frente Popular, que engloba socialistas, comunistas, verdes e esquerdistas radicais, obteve 182 assentos na Assembleia Nacional, seguida pela coalizão Juntos, do presidente Emmanuel Macron, com 166 cadeiras, e pelo antes favorito Reagrupamento Nacional (RN), da direita radical, com 143 deputados.

“O que aconteceu na França é uma coisa maravilhosa que representa a democracia. Quando parecia que tudo estava confuso e dando errado, eis que o povo se manifesta e vem para rua e diz ‘nós queremos que setores democráticos continuem governando a França. A gente não quer extrema direita, não quer fascista, nazista. A gente quer democracia’. Então estou muito feliz”, relatou o petista.

ENVIADO ESPECIAL A ASSUNÇÃO - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta segunda-feira, dia 8, que o presidente da Argentina, Javier Milei, perdeu tempo no Brasil ao participar de um congresso conservador promovido por bolsonaristas, no fim de semana. Lula afirmou que o ato político é “antipovo, antidemocrático e desagradável”. O presidente também criticou a ausência de Milei na Cúpula do Mercosul, concluída em Assunção, no Paraguai. Segundo Lula, “quem perde é quem não veio”.

Lula criticou ausência de Milei no encontro do Mercosul  Foto: Daniel Duarte/AFP

“É uma bobagem imensa o presidente de um país como a Argentina não participar da reunião do Mercosul. É triste para a Argentina. Nós estamos trabalhando o fortalecimento do Mercosul com a Argentina, porque sabemos da importância para o sucesso do Mercosul. Se o presidente participa ou não, não interessa. O que interessa é que o povo de Argentina precisa do Mercosul”, afirmou o petista, no Palácio de López, sede da Presidência do Paraguai, pouco antes de decolar à Bolívia.

Apesar a ausência de Milei, a delegação argentina marcou a reunião de líderes com propostas de reforma no bloco, que incluem uma revisão de gastos, do funcionamento de instituições internas e regras, além de pedir a flexibilização da forma de negociar acordos comerciais.

A chanceler Diana Mondino, chefe da comitiva, defendeu um “choque de adrenalina” e disse que o Mercosul não pode mais ser “pequeno, medroso, protecionista e estagnado”. Lula, por sua vez, criticou o “ultraliberalismo” e o “nacionalismo arcaico”, em indireta à Casa Rosada.

As propostas da Argentina criaram dificuldades para aprovação do comunicado final. Também se chocaram com as que defende o Brasil. Lula chegou a responder afirmando que a proposta era uma “pseudo-reforma” e reagiu à blitze ideológica do governo Milei. “Apagar a palavra gênero de documentos só agrava a violência cotidiana sofrida por mulheres e meninas”, disse o petista.

O presidente também falou pela primeira vez sobre o evento conservador estrelado por Milei ao lado do ex-presidente Jair Bolsonaro, o principal nome da oposição no Brasil. Milei foi a Santa Catarina no fim de semana, em viagem de cunho ideológico, e ignorou o petista, um ato interpretado como provocativo no Palácio do Planalto. A relação entre ambos foi marcada por ofensas. Lula exige desculpas que Milei rejeita pedir.

“Sinceramente, é o tipo de reunião que não me interessa. Um presidente da República perder tempo fazendo uma coisa de extrema direita tão desagradável, tão antisocial, tão antipovo e antidemocrática. Eu não sei o que as pessoas ganham participando disso”, disse Lula.

O Itamaraty mandou sinais de que poderia retaliar a Argentina diplomaticamente, caso Milei voltasse a ofendê-lo em solo brasileiro. Ao fim, Milei não fez nenhuma menção direta a Lula. Repetiu seu conhecido discurso contra o “socialismo”, afirmou que existe violação da liberdade de expressão no Brasil e que Bolsonaro sofre opressão judicial. Ele atacou governos de esquerda aliados do petista e a organização Foro de São Paulo, integrada pelo PT.

Após a cúpula, Lula reuniu-se reservadamente com o presidente do Paraguai, Santiago Peña, afritrião do Mercosul, e com o presidente do Panamá, Raúl Mulino, convidado especial.

O paraguaio pretendia aproximar Lula e Milei, dentro de seu projeto de pragmatismo na diplomacia e pacificação no Mercosul, mas reconheceu que falhou em convencer o colega.

“Não consegui que Milei viesse. Temos que respeitar os processos de cada país. Mas o processo de integração não se detém”, afirmou Peña ao ser questionado pelo Estadão sobre consequências da briga entre o petista e o libertário.

Lula disse que considera o Paraguai um “irmão mais novo” e destacou o bom relacionamento com Peña. Segundo ele, um dos principais temas da relação bilateral está equacionado: a renegociação do anexo C do tratado de Itaipu Binacional, prevista após 50 anos e a quitação do financiamento da obra da hidrelétrica.

O acordo foi fechado em maio pelos governos, para atualizar as condições de comercialização de energia e definição de valores da tarifa. Haverá uma queda no preço que passará a cobrir apenas custos operacionais, mas o Paraguai vai poder vender seu excedente no mercado livre dentro do Brasil.

“Itaipu não tem mais problema. Agora só tem que produzir a energia que o povo precisa”, afirmou Lula.

‘Golpe’ na Bolívia e recursos minerais

O presidente Lula decolou para Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia, às 17h49. Ele afirmou que pretende fazer a visita ao presidente Luis Arce a fim de apoiar o desenvolvimento e a industrialização da Bolívia.

O petista quer debater sobre o interesse do Brasil na exploração dos recursos minerais do país andino - entre eles os minerais críticos, o lítio e o gás natural.

O petista celebrou que a quartelada em La Paz, há 12 dias, fracassou. Lula repete a denúncia feita por Luis Arce e afirma que a intentona militar foi uma tentativa de golpe de Estado - versão contestada por opositores e ex-aliados do boliviano, como o ex-presidente Evo Morales.

Arce e Evo disputam a preferência do Movimento ao Socialismo para saber quem será o candidato presidencial em 2025. Lula é amigo de ambos, mas disse que não sabe se terá algum encontro com Evo durante a viagem a Santa Cruz. Ele destacou que tem canal aberto para telefonemas com o líder cocalero.

“Precisamos discutir como vamos utilizar todo o potencial mineral da Bolívia”, afirmou o petista. “Quero dizer que o Brasil está jundo. Estou muito feliz que o golpe não deu certo na Bolívia e com a manutenção do presidente Arce. Vamos aguardar que o processo eleitoral defina quem vai ser o presidente da República.”

Aliança na França e Reino Unido

Lula também se disse “muito feliz” com o resultado das eleições parlamentares na França e no Reino Unido, que deram vitórias a partidos progressistas.

O presidente afirmou que nem os trabalhistas imaginavam uma vitória “com tanta força”, de maioria “avassaladora”, para voltar ao poder em Londres, após 14 anos de governos conservadores. “É um avanço importante”, afirmou Lula.

Já na França, Lula classificou como “uma coisa maravilhosa” o resultado das urnas. O acordo estratégico eleitoral entre o presidente Emmanuel Macron e a esquerda, a fim de derrotar o grupo político de Marine Le Pen, da direita radical. Ele disse esperar um acordo entre os centritas de Macron e os líderes da esquerda para governar.

“Espero que meu amigo Macron, meu amigo (Jean-Luc) Mélenchon e meu amigo (François) Hollande e tantos outros se coloquem de acordo para montar um governo que possa atender aos interesses do povo francês”, afirmou Lula.

Contra todas as expectativas, o bloco de esquerda, a Nova Frente Popular, que engloba socialistas, comunistas, verdes e esquerdistas radicais, obteve 182 assentos na Assembleia Nacional, seguida pela coalizão Juntos, do presidente Emmanuel Macron, com 166 cadeiras, e pelo antes favorito Reagrupamento Nacional (RN), da direita radical, com 143 deputados.

“O que aconteceu na França é uma coisa maravilhosa que representa a democracia. Quando parecia que tudo estava confuso e dando errado, eis que o povo se manifesta e vem para rua e diz ‘nós queremos que setores democráticos continuem governando a França. A gente não quer extrema direita, não quer fascista, nazista. A gente quer democracia’. Então estou muito feliz”, relatou o petista.

ENVIADO ESPECIAL A ASSUNÇÃO - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta segunda-feira, dia 8, que o presidente da Argentina, Javier Milei, perdeu tempo no Brasil ao participar de um congresso conservador promovido por bolsonaristas, no fim de semana. Lula afirmou que o ato político é “antipovo, antidemocrático e desagradável”. O presidente também criticou a ausência de Milei na Cúpula do Mercosul, concluída em Assunção, no Paraguai. Segundo Lula, “quem perde é quem não veio”.

Lula criticou ausência de Milei no encontro do Mercosul  Foto: Daniel Duarte/AFP

“É uma bobagem imensa o presidente de um país como a Argentina não participar da reunião do Mercosul. É triste para a Argentina. Nós estamos trabalhando o fortalecimento do Mercosul com a Argentina, porque sabemos da importância para o sucesso do Mercosul. Se o presidente participa ou não, não interessa. O que interessa é que o povo de Argentina precisa do Mercosul”, afirmou o petista, no Palácio de López, sede da Presidência do Paraguai, pouco antes de decolar à Bolívia.

Apesar a ausência de Milei, a delegação argentina marcou a reunião de líderes com propostas de reforma no bloco, que incluem uma revisão de gastos, do funcionamento de instituições internas e regras, além de pedir a flexibilização da forma de negociar acordos comerciais.

A chanceler Diana Mondino, chefe da comitiva, defendeu um “choque de adrenalina” e disse que o Mercosul não pode mais ser “pequeno, medroso, protecionista e estagnado”. Lula, por sua vez, criticou o “ultraliberalismo” e o “nacionalismo arcaico”, em indireta à Casa Rosada.

As propostas da Argentina criaram dificuldades para aprovação do comunicado final. Também se chocaram com as que defende o Brasil. Lula chegou a responder afirmando que a proposta era uma “pseudo-reforma” e reagiu à blitze ideológica do governo Milei. “Apagar a palavra gênero de documentos só agrava a violência cotidiana sofrida por mulheres e meninas”, disse o petista.

O presidente também falou pela primeira vez sobre o evento conservador estrelado por Milei ao lado do ex-presidente Jair Bolsonaro, o principal nome da oposição no Brasil. Milei foi a Santa Catarina no fim de semana, em viagem de cunho ideológico, e ignorou o petista, um ato interpretado como provocativo no Palácio do Planalto. A relação entre ambos foi marcada por ofensas. Lula exige desculpas que Milei rejeita pedir.

“Sinceramente, é o tipo de reunião que não me interessa. Um presidente da República perder tempo fazendo uma coisa de extrema direita tão desagradável, tão antisocial, tão antipovo e antidemocrática. Eu não sei o que as pessoas ganham participando disso”, disse Lula.

O Itamaraty mandou sinais de que poderia retaliar a Argentina diplomaticamente, caso Milei voltasse a ofendê-lo em solo brasileiro. Ao fim, Milei não fez nenhuma menção direta a Lula. Repetiu seu conhecido discurso contra o “socialismo”, afirmou que existe violação da liberdade de expressão no Brasil e que Bolsonaro sofre opressão judicial. Ele atacou governos de esquerda aliados do petista e a organização Foro de São Paulo, integrada pelo PT.

Após a cúpula, Lula reuniu-se reservadamente com o presidente do Paraguai, Santiago Peña, afritrião do Mercosul, e com o presidente do Panamá, Raúl Mulino, convidado especial.

O paraguaio pretendia aproximar Lula e Milei, dentro de seu projeto de pragmatismo na diplomacia e pacificação no Mercosul, mas reconheceu que falhou em convencer o colega.

“Não consegui que Milei viesse. Temos que respeitar os processos de cada país. Mas o processo de integração não se detém”, afirmou Peña ao ser questionado pelo Estadão sobre consequências da briga entre o petista e o libertário.

Lula disse que considera o Paraguai um “irmão mais novo” e destacou o bom relacionamento com Peña. Segundo ele, um dos principais temas da relação bilateral está equacionado: a renegociação do anexo C do tratado de Itaipu Binacional, prevista após 50 anos e a quitação do financiamento da obra da hidrelétrica.

O acordo foi fechado em maio pelos governos, para atualizar as condições de comercialização de energia e definição de valores da tarifa. Haverá uma queda no preço que passará a cobrir apenas custos operacionais, mas o Paraguai vai poder vender seu excedente no mercado livre dentro do Brasil.

“Itaipu não tem mais problema. Agora só tem que produzir a energia que o povo precisa”, afirmou Lula.

‘Golpe’ na Bolívia e recursos minerais

O presidente Lula decolou para Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia, às 17h49. Ele afirmou que pretende fazer a visita ao presidente Luis Arce a fim de apoiar o desenvolvimento e a industrialização da Bolívia.

O petista quer debater sobre o interesse do Brasil na exploração dos recursos minerais do país andino - entre eles os minerais críticos, o lítio e o gás natural.

O petista celebrou que a quartelada em La Paz, há 12 dias, fracassou. Lula repete a denúncia feita por Luis Arce e afirma que a intentona militar foi uma tentativa de golpe de Estado - versão contestada por opositores e ex-aliados do boliviano, como o ex-presidente Evo Morales.

Arce e Evo disputam a preferência do Movimento ao Socialismo para saber quem será o candidato presidencial em 2025. Lula é amigo de ambos, mas disse que não sabe se terá algum encontro com Evo durante a viagem a Santa Cruz. Ele destacou que tem canal aberto para telefonemas com o líder cocalero.

“Precisamos discutir como vamos utilizar todo o potencial mineral da Bolívia”, afirmou o petista. “Quero dizer que o Brasil está jundo. Estou muito feliz que o golpe não deu certo na Bolívia e com a manutenção do presidente Arce. Vamos aguardar que o processo eleitoral defina quem vai ser o presidente da República.”

Aliança na França e Reino Unido

Lula também se disse “muito feliz” com o resultado das eleições parlamentares na França e no Reino Unido, que deram vitórias a partidos progressistas.

O presidente afirmou que nem os trabalhistas imaginavam uma vitória “com tanta força”, de maioria “avassaladora”, para voltar ao poder em Londres, após 14 anos de governos conservadores. “É um avanço importante”, afirmou Lula.

Já na França, Lula classificou como “uma coisa maravilhosa” o resultado das urnas. O acordo estratégico eleitoral entre o presidente Emmanuel Macron e a esquerda, a fim de derrotar o grupo político de Marine Le Pen, da direita radical. Ele disse esperar um acordo entre os centritas de Macron e os líderes da esquerda para governar.

“Espero que meu amigo Macron, meu amigo (Jean-Luc) Mélenchon e meu amigo (François) Hollande e tantos outros se coloquem de acordo para montar um governo que possa atender aos interesses do povo francês”, afirmou Lula.

Contra todas as expectativas, o bloco de esquerda, a Nova Frente Popular, que engloba socialistas, comunistas, verdes e esquerdistas radicais, obteve 182 assentos na Assembleia Nacional, seguida pela coalizão Juntos, do presidente Emmanuel Macron, com 166 cadeiras, e pelo antes favorito Reagrupamento Nacional (RN), da direita radical, com 143 deputados.

“O que aconteceu na França é uma coisa maravilhosa que representa a democracia. Quando parecia que tudo estava confuso e dando errado, eis que o povo se manifesta e vem para rua e diz ‘nós queremos que setores democráticos continuem governando a França. A gente não quer extrema direita, não quer fascista, nazista. A gente quer democracia’. Então estou muito feliz”, relatou o petista.

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