Lula diz querer fechar acordo entre UE e Mercosul antes da posse de Milei na Argentina


Presidente diz ter conversado com Ursula von der Leyen para acelerar o fechamento do acordo até dia 7 de dezembro, durante a presidência do Brasil no bloco sul-americano

Por Redação
Atualização:

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), confirmou nesta terça-feira, 21, seus planos de tentar fechar o acordo Mercosul e União Europeia até o dia 7 de dezembro, durante a presidência do Brasil no bloco sul-americano e antes da posse de Javier Milei como novo presidente da Argentina. O presidente eleito no último domingo, 19, considera o Mercosul o “estorvo” para o comércio argentino e defende intervenção mínima estatal no comércio internacional.

Durante sua live semanal de terça, Lula disse ter conversado com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, na segunda-feira para tratar do assunto. “Ontem, eu liguei para a Ursula von der Leyen para dizer que estou querendo negociar o acordo com o Mercosul ainda na minha presidência (do bloco). Passei todos os pontos nervosos pra ela, e ela ficou de me dar uma resposta”, disse.

Lula também acrescentou que deixou o chanceler Mauro Vieira encarregado de conversar com o responsável pelo gabinete de von der Leyen para “ver quais são os pontos mais problemáticos” e pode apresentar uma resposta até o COP-28, a ser realizada em 30 de novembro em Dubai.

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva Foto: EVARISTO SA / AFP

Na mesma transmissão, o presidente falou sobre “conversar com todos os países e não só com os amigos”, mas não citou o presidente recém-eleito do país vizinho.

Antes mesmo do segundo turno da eleição argentina, a expectativa de analistas e observadores do Mercosul era de uma conclusão do acordo com a UE. “Antes da posse do Milei, vai haver uma reunião do Mercosul no dia 8 de dezembro e eu sou um dos que acredita que o acordo com a UE vai ser assinado”, disse o embaixador Rubens Barbosa à última edição do vodcast Dois Pontos, do Estadão. “O acordo está negociado e caminha para ser assinado. E a Argentina vai aceitar.”

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O colunista do Estadão Silvio Cascione escreveu recentemente que também é do interesse dos europeus agilizar o processo, já que no ano que vem haverá eleições para o Parlamento do bloco.

O Brasil ocupa a presidência do Mercosul até o dia 7 de dezembro e tentar correr para aprovar o acordo com o bloco europeu dentro deste prazo. Já os europeus, que antes não demonstravam pressa, busca aproveitar o governo de Lula para finalizar o acordo este ano, já que temem que as negociações esfriem em 2024, quando haverá eleições para o Parlamento Europeu.

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Durante a corrida presidencial argentina, o presidente Lula evitou declarar apoio aberto a algum dos candidatos. Mas nos últimos dias de campanha, ele afirmou também em uma live semanal que o novo presidente argentino teria de ser alguém que “goste do Mercosul”.

No último debate presidencial, em que as relações com o Brasil e a China viraram um momento de bate boca entre os dois candidatos, Milei chamou o Mercosul de “estorvo”. O libertário não é contra o livre-comércio entre os blocos especificamente, já que defende o liberalismo econômico. Mas se coloca contra o Mercosul e Lula pessoalmente por razões políticas.

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O presidente eleito da Argentina já chamou o petista de “corrupto” e, questionado em entrevista, respondeu que não se encontraria com Lula. Ontem Lula informou que não vai participar da posse do argentino, enquanto o ex-presidente Jair Bolsonaro foi o primeiro a ser convidado. Durante a campanha, Milei recebeu apoio de Bolsonaro e seu filho Eduardo, que foi a Buenos Aires no primeiro turno.

Milei também acusou o petista de interferir nas eleições, depois que marqueteiros brasileiros ligados ao PT foram a Buenos Aires para reforçar a campanha de Sergio Massa. Antes, em agosto, depois das eleições primárias, Massa veio a Brasília como ministro da Economia e saiu com uma promessa de financiamento no Banco de Desenvolvimento da América Latina e Caribe (CAF) como revelou o Estadão.

O presidente eleito da Argentina, Javier Milei Foto: Luis ROBAYO/AFP
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As negociações do acordo Mercosul-UE se arrastam há mais de vinte anos e enfrentaram resistências de ambos os lados. Os governos europeus, pressionados pelo setor agrícola, cobram compromissos ambientais dos sul-americanos. O governo Lula expressa reservas e tem dito que não abre mão das compras governamentais.

O impasse é que, pelo acordo, prestadores estrangeiros de bens e serviços poderão participar de licitações públicas aqui no Brasil. O governo, no entanto, considera que essas compras são uma ferramenta de fomento da economia local e quer preservar o direito de priorizar os brasileiros. Sem isso, já disse Lula, “não tem acordo”.

Lula se manifestou sobre o resultado da eleição argentina sem citar Milei diretamente. Ele parabenizou o povo e as instituições argentinas pela condução do processo eleitoral e desejou sorte e êxito ao novo governo, mas não citou o nome de Milei.

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“A democracia é a voz do povo, e ela deve ser sempre respeitada. Meus parabéns às instituições argentinas pela condução do processo eleitoral e ao povo argentino que participou da jornada eleitoral de forma ordeira e pacífica”, escreveu o presidente em uma publicação no X, antigo Twitter.

“Desejo boa sorte e êxito ao novo governo. A Argentina é um grande país e merece todo o nosso respeito. O Brasil sempre estará à disposição para trabalhar junto com nossos irmãos argentinos”.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), confirmou nesta terça-feira, 21, seus planos de tentar fechar o acordo Mercosul e União Europeia até o dia 7 de dezembro, durante a presidência do Brasil no bloco sul-americano e antes da posse de Javier Milei como novo presidente da Argentina. O presidente eleito no último domingo, 19, considera o Mercosul o “estorvo” para o comércio argentino e defende intervenção mínima estatal no comércio internacional.

Durante sua live semanal de terça, Lula disse ter conversado com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, na segunda-feira para tratar do assunto. “Ontem, eu liguei para a Ursula von der Leyen para dizer que estou querendo negociar o acordo com o Mercosul ainda na minha presidência (do bloco). Passei todos os pontos nervosos pra ela, e ela ficou de me dar uma resposta”, disse.

Lula também acrescentou que deixou o chanceler Mauro Vieira encarregado de conversar com o responsável pelo gabinete de von der Leyen para “ver quais são os pontos mais problemáticos” e pode apresentar uma resposta até o COP-28, a ser realizada em 30 de novembro em Dubai.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva Foto: EVARISTO SA / AFP

Na mesma transmissão, o presidente falou sobre “conversar com todos os países e não só com os amigos”, mas não citou o presidente recém-eleito do país vizinho.

Antes mesmo do segundo turno da eleição argentina, a expectativa de analistas e observadores do Mercosul era de uma conclusão do acordo com a UE. “Antes da posse do Milei, vai haver uma reunião do Mercosul no dia 8 de dezembro e eu sou um dos que acredita que o acordo com a UE vai ser assinado”, disse o embaixador Rubens Barbosa à última edição do vodcast Dois Pontos, do Estadão. “O acordo está negociado e caminha para ser assinado. E a Argentina vai aceitar.”

O colunista do Estadão Silvio Cascione escreveu recentemente que também é do interesse dos europeus agilizar o processo, já que no ano que vem haverá eleições para o Parlamento do bloco.

O Brasil ocupa a presidência do Mercosul até o dia 7 de dezembro e tentar correr para aprovar o acordo com o bloco europeu dentro deste prazo. Já os europeus, que antes não demonstravam pressa, busca aproveitar o governo de Lula para finalizar o acordo este ano, já que temem que as negociações esfriem em 2024, quando haverá eleições para o Parlamento Europeu.

Durante a corrida presidencial argentina, o presidente Lula evitou declarar apoio aberto a algum dos candidatos. Mas nos últimos dias de campanha, ele afirmou também em uma live semanal que o novo presidente argentino teria de ser alguém que “goste do Mercosul”.

No último debate presidencial, em que as relações com o Brasil e a China viraram um momento de bate boca entre os dois candidatos, Milei chamou o Mercosul de “estorvo”. O libertário não é contra o livre-comércio entre os blocos especificamente, já que defende o liberalismo econômico. Mas se coloca contra o Mercosul e Lula pessoalmente por razões políticas.

O presidente eleito da Argentina já chamou o petista de “corrupto” e, questionado em entrevista, respondeu que não se encontraria com Lula. Ontem Lula informou que não vai participar da posse do argentino, enquanto o ex-presidente Jair Bolsonaro foi o primeiro a ser convidado. Durante a campanha, Milei recebeu apoio de Bolsonaro e seu filho Eduardo, que foi a Buenos Aires no primeiro turno.

Milei também acusou o petista de interferir nas eleições, depois que marqueteiros brasileiros ligados ao PT foram a Buenos Aires para reforçar a campanha de Sergio Massa. Antes, em agosto, depois das eleições primárias, Massa veio a Brasília como ministro da Economia e saiu com uma promessa de financiamento no Banco de Desenvolvimento da América Latina e Caribe (CAF) como revelou o Estadão.

O presidente eleito da Argentina, Javier Milei Foto: Luis ROBAYO/AFP

As negociações do acordo Mercosul-UE se arrastam há mais de vinte anos e enfrentaram resistências de ambos os lados. Os governos europeus, pressionados pelo setor agrícola, cobram compromissos ambientais dos sul-americanos. O governo Lula expressa reservas e tem dito que não abre mão das compras governamentais.

O impasse é que, pelo acordo, prestadores estrangeiros de bens e serviços poderão participar de licitações públicas aqui no Brasil. O governo, no entanto, considera que essas compras são uma ferramenta de fomento da economia local e quer preservar o direito de priorizar os brasileiros. Sem isso, já disse Lula, “não tem acordo”.

Lula se manifestou sobre o resultado da eleição argentina sem citar Milei diretamente. Ele parabenizou o povo e as instituições argentinas pela condução do processo eleitoral e desejou sorte e êxito ao novo governo, mas não citou o nome de Milei.

“A democracia é a voz do povo, e ela deve ser sempre respeitada. Meus parabéns às instituições argentinas pela condução do processo eleitoral e ao povo argentino que participou da jornada eleitoral de forma ordeira e pacífica”, escreveu o presidente em uma publicação no X, antigo Twitter.

“Desejo boa sorte e êxito ao novo governo. A Argentina é um grande país e merece todo o nosso respeito. O Brasil sempre estará à disposição para trabalhar junto com nossos irmãos argentinos”.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), confirmou nesta terça-feira, 21, seus planos de tentar fechar o acordo Mercosul e União Europeia até o dia 7 de dezembro, durante a presidência do Brasil no bloco sul-americano e antes da posse de Javier Milei como novo presidente da Argentina. O presidente eleito no último domingo, 19, considera o Mercosul o “estorvo” para o comércio argentino e defende intervenção mínima estatal no comércio internacional.

Durante sua live semanal de terça, Lula disse ter conversado com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, na segunda-feira para tratar do assunto. “Ontem, eu liguei para a Ursula von der Leyen para dizer que estou querendo negociar o acordo com o Mercosul ainda na minha presidência (do bloco). Passei todos os pontos nervosos pra ela, e ela ficou de me dar uma resposta”, disse.

Lula também acrescentou que deixou o chanceler Mauro Vieira encarregado de conversar com o responsável pelo gabinete de von der Leyen para “ver quais são os pontos mais problemáticos” e pode apresentar uma resposta até o COP-28, a ser realizada em 30 de novembro em Dubai.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva Foto: EVARISTO SA / AFP

Na mesma transmissão, o presidente falou sobre “conversar com todos os países e não só com os amigos”, mas não citou o presidente recém-eleito do país vizinho.

Antes mesmo do segundo turno da eleição argentina, a expectativa de analistas e observadores do Mercosul era de uma conclusão do acordo com a UE. “Antes da posse do Milei, vai haver uma reunião do Mercosul no dia 8 de dezembro e eu sou um dos que acredita que o acordo com a UE vai ser assinado”, disse o embaixador Rubens Barbosa à última edição do vodcast Dois Pontos, do Estadão. “O acordo está negociado e caminha para ser assinado. E a Argentina vai aceitar.”

O colunista do Estadão Silvio Cascione escreveu recentemente que também é do interesse dos europeus agilizar o processo, já que no ano que vem haverá eleições para o Parlamento do bloco.

O Brasil ocupa a presidência do Mercosul até o dia 7 de dezembro e tentar correr para aprovar o acordo com o bloco europeu dentro deste prazo. Já os europeus, que antes não demonstravam pressa, busca aproveitar o governo de Lula para finalizar o acordo este ano, já que temem que as negociações esfriem em 2024, quando haverá eleições para o Parlamento Europeu.

Durante a corrida presidencial argentina, o presidente Lula evitou declarar apoio aberto a algum dos candidatos. Mas nos últimos dias de campanha, ele afirmou também em uma live semanal que o novo presidente argentino teria de ser alguém que “goste do Mercosul”.

No último debate presidencial, em que as relações com o Brasil e a China viraram um momento de bate boca entre os dois candidatos, Milei chamou o Mercosul de “estorvo”. O libertário não é contra o livre-comércio entre os blocos especificamente, já que defende o liberalismo econômico. Mas se coloca contra o Mercosul e Lula pessoalmente por razões políticas.

O presidente eleito da Argentina já chamou o petista de “corrupto” e, questionado em entrevista, respondeu que não se encontraria com Lula. Ontem Lula informou que não vai participar da posse do argentino, enquanto o ex-presidente Jair Bolsonaro foi o primeiro a ser convidado. Durante a campanha, Milei recebeu apoio de Bolsonaro e seu filho Eduardo, que foi a Buenos Aires no primeiro turno.

Milei também acusou o petista de interferir nas eleições, depois que marqueteiros brasileiros ligados ao PT foram a Buenos Aires para reforçar a campanha de Sergio Massa. Antes, em agosto, depois das eleições primárias, Massa veio a Brasília como ministro da Economia e saiu com uma promessa de financiamento no Banco de Desenvolvimento da América Latina e Caribe (CAF) como revelou o Estadão.

O presidente eleito da Argentina, Javier Milei Foto: Luis ROBAYO/AFP

As negociações do acordo Mercosul-UE se arrastam há mais de vinte anos e enfrentaram resistências de ambos os lados. Os governos europeus, pressionados pelo setor agrícola, cobram compromissos ambientais dos sul-americanos. O governo Lula expressa reservas e tem dito que não abre mão das compras governamentais.

O impasse é que, pelo acordo, prestadores estrangeiros de bens e serviços poderão participar de licitações públicas aqui no Brasil. O governo, no entanto, considera que essas compras são uma ferramenta de fomento da economia local e quer preservar o direito de priorizar os brasileiros. Sem isso, já disse Lula, “não tem acordo”.

Lula se manifestou sobre o resultado da eleição argentina sem citar Milei diretamente. Ele parabenizou o povo e as instituições argentinas pela condução do processo eleitoral e desejou sorte e êxito ao novo governo, mas não citou o nome de Milei.

“A democracia é a voz do povo, e ela deve ser sempre respeitada. Meus parabéns às instituições argentinas pela condução do processo eleitoral e ao povo argentino que participou da jornada eleitoral de forma ordeira e pacífica”, escreveu o presidente em uma publicação no X, antigo Twitter.

“Desejo boa sorte e êxito ao novo governo. A Argentina é um grande país e merece todo o nosso respeito. O Brasil sempre estará à disposição para trabalhar junto com nossos irmãos argentinos”.

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