Lula e papa convergem em proposta de paz na Ucrânia, diz Domenico de Masi


O presidente brasileiro ressaltou a importância de países como Brasil e Índia não enviarem armas para nenhum dos lados da guerra a fim de preservar capacidade de negociação

Por Felipe Frazão
Atualização:

ENVIADO ESPECIAL A ROMA E AO VATICANO - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu nesta terça-feira, 20, em Roma com o sociólogo e escritor Domenico De Masi, na primeira agenda de uma visita à Europa que inclui encontros com críticos à sua prisão durante sua condenação por corrupção na Operação Lava Jato. De Masi, um pensador alinhado à esquerda italiana e criador da teoria do ‘ócio criativo’, visitou o petista no cárcere em Curitiba na ocasião.

Ao deixar o encontro no hotel de luxo onde Lula se hospedou, De Masi defendeu a proposta de Lula de mediação da guerra na Ucrânia, que deve ser tema do do encontro do presidente com o papa Francisco, nesta quarta-feira, dia 21, no Vaticano. A tentativa de Lula de intermediar um acordo tem enfrentado do ceticismo do governo ucraniano e de alguns países europeus e os Estados Unidos por não exigir a retirada russa da Ucrânia e, nos bastidores, é considerada simpática a Moscou.

“Lula me falou da sua ideia e de paz e da importância da colocação de alguns países em relação ao conflito, como Índia e Brasil, de não se alinharem ao envio de armas para Ucrânia. É uma posição mais fácil para esses países gerirem ações de mediação. Lula está alinhado à ideia do papa, tem o mesmo ideal em relação à paz”, afirmou De Masi.

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O presidente Lula se encontrou com o sociólogo e escritor Domenico De Masi, na primeira agenda de uma visita à Europa Foto: ricardo stuckert/PR

Segundo sociólogo, Lula defendeu a decisão de não enviar equipamentos militares para a Ucrânia, mesmo após pedidos do governo Volodmir Zelenski. A ideia é que países do Sul Global e não alinhados, a exemplo também da Índia, possam preservar laços com os dois lados e uma posição favorável a negociações de paz.

Essa posição, no entanto, se choca frontalmente com o apoio que países da União Europeia dão à defesa da Ucrânia, seja com ajuda financeira ou bélica, como a própria Itália. Nos bastidores, diplomatas italianos afirmam que na Europa Brasil e Índia são interpretados como apoiadores da Rússia.

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O italiano também comentou o encontro de última hora de Lula com a primeira-ministra de direita Giorgia Meloni. Ele pontuou que na Itália e no Brasil há diferenças de organização e unidade entre os campos da direita e da esquerda - e disse esperar que a esquerda se organize em seu país.

Segundo De Masi, não restam dúvidas das firmes posições de esquerda e de direita sustentadas por Lula e Meloni, sobretudo na economia, mas embora cada um tenha suas ideias diferente, “há muitas coisas em comum” que tratar.

ENVIADO ESPECIAL A ROMA E AO VATICANO - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu nesta terça-feira, 20, em Roma com o sociólogo e escritor Domenico De Masi, na primeira agenda de uma visita à Europa que inclui encontros com críticos à sua prisão durante sua condenação por corrupção na Operação Lava Jato. De Masi, um pensador alinhado à esquerda italiana e criador da teoria do ‘ócio criativo’, visitou o petista no cárcere em Curitiba na ocasião.

Ao deixar o encontro no hotel de luxo onde Lula se hospedou, De Masi defendeu a proposta de Lula de mediação da guerra na Ucrânia, que deve ser tema do do encontro do presidente com o papa Francisco, nesta quarta-feira, dia 21, no Vaticano. A tentativa de Lula de intermediar um acordo tem enfrentado do ceticismo do governo ucraniano e de alguns países europeus e os Estados Unidos por não exigir a retirada russa da Ucrânia e, nos bastidores, é considerada simpática a Moscou.

“Lula me falou da sua ideia e de paz e da importância da colocação de alguns países em relação ao conflito, como Índia e Brasil, de não se alinharem ao envio de armas para Ucrânia. É uma posição mais fácil para esses países gerirem ações de mediação. Lula está alinhado à ideia do papa, tem o mesmo ideal em relação à paz”, afirmou De Masi.

O presidente Lula se encontrou com o sociólogo e escritor Domenico De Masi, na primeira agenda de uma visita à Europa Foto: ricardo stuckert/PR

Segundo sociólogo, Lula defendeu a decisão de não enviar equipamentos militares para a Ucrânia, mesmo após pedidos do governo Volodmir Zelenski. A ideia é que países do Sul Global e não alinhados, a exemplo também da Índia, possam preservar laços com os dois lados e uma posição favorável a negociações de paz.

Essa posição, no entanto, se choca frontalmente com o apoio que países da União Europeia dão à defesa da Ucrânia, seja com ajuda financeira ou bélica, como a própria Itália. Nos bastidores, diplomatas italianos afirmam que na Europa Brasil e Índia são interpretados como apoiadores da Rússia.

O italiano também comentou o encontro de última hora de Lula com a primeira-ministra de direita Giorgia Meloni. Ele pontuou que na Itália e no Brasil há diferenças de organização e unidade entre os campos da direita e da esquerda - e disse esperar que a esquerda se organize em seu país.

Segundo De Masi, não restam dúvidas das firmes posições de esquerda e de direita sustentadas por Lula e Meloni, sobretudo na economia, mas embora cada um tenha suas ideias diferente, “há muitas coisas em comum” que tratar.

ENVIADO ESPECIAL A ROMA E AO VATICANO - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu nesta terça-feira, 20, em Roma com o sociólogo e escritor Domenico De Masi, na primeira agenda de uma visita à Europa que inclui encontros com críticos à sua prisão durante sua condenação por corrupção na Operação Lava Jato. De Masi, um pensador alinhado à esquerda italiana e criador da teoria do ‘ócio criativo’, visitou o petista no cárcere em Curitiba na ocasião.

Ao deixar o encontro no hotel de luxo onde Lula se hospedou, De Masi defendeu a proposta de Lula de mediação da guerra na Ucrânia, que deve ser tema do do encontro do presidente com o papa Francisco, nesta quarta-feira, dia 21, no Vaticano. A tentativa de Lula de intermediar um acordo tem enfrentado do ceticismo do governo ucraniano e de alguns países europeus e os Estados Unidos por não exigir a retirada russa da Ucrânia e, nos bastidores, é considerada simpática a Moscou.

“Lula me falou da sua ideia e de paz e da importância da colocação de alguns países em relação ao conflito, como Índia e Brasil, de não se alinharem ao envio de armas para Ucrânia. É uma posição mais fácil para esses países gerirem ações de mediação. Lula está alinhado à ideia do papa, tem o mesmo ideal em relação à paz”, afirmou De Masi.

O presidente Lula se encontrou com o sociólogo e escritor Domenico De Masi, na primeira agenda de uma visita à Europa Foto: ricardo stuckert/PR

Segundo sociólogo, Lula defendeu a decisão de não enviar equipamentos militares para a Ucrânia, mesmo após pedidos do governo Volodmir Zelenski. A ideia é que países do Sul Global e não alinhados, a exemplo também da Índia, possam preservar laços com os dois lados e uma posição favorável a negociações de paz.

Essa posição, no entanto, se choca frontalmente com o apoio que países da União Europeia dão à defesa da Ucrânia, seja com ajuda financeira ou bélica, como a própria Itália. Nos bastidores, diplomatas italianos afirmam que na Europa Brasil e Índia são interpretados como apoiadores da Rússia.

O italiano também comentou o encontro de última hora de Lula com a primeira-ministra de direita Giorgia Meloni. Ele pontuou que na Itália e no Brasil há diferenças de organização e unidade entre os campos da direita e da esquerda - e disse esperar que a esquerda se organize em seu país.

Segundo De Masi, não restam dúvidas das firmes posições de esquerda e de direita sustentadas por Lula e Meloni, sobretudo na economia, mas embora cada um tenha suas ideias diferente, “há muitas coisas em comum” que tratar.

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