Lula encontra herdeiro do regime saudita e discute investimentos no Brasil


Regime é o mesmo que deu joias a Bolsonaro; depois de Riad, petista segue viagem pelo Oriente Médio com agendas em Doha e em Dubai, onde participará da COP28

Por Redação
Atualização:

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu com o príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman em Riad nesta terça-feira, 28. Nas redes sociais, o petista disse que falou sobre investimentos com o controvertido líder de fato do reino.

“Me reuni com Mohammed bin Salman, príncipe herdeiro e primeiro-ministro da Arábia Saudita”, disse no X (antigo Twitter). “Conversamos sobre investimentos sauditas no Brasil em diversos setores, e sobre o potencial de exportações brasileiras”, acrescentou.

Presidente Lula se reúne com príncipe herdeiro da Arábia Saudita Mohammed bin Salman Foto: Ricardo Stuckert/Presidência da República
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Em setembro, o presidente brasileiro se reuniu pela primeira vez com bin Salman na Índia, às margens da Cúpula do G-20. Na época, o governo brasileiro informou que Lula deu as boas vindas à Arábia Saudita como membro do BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), que aprovou ampliação este ano. Além do reino, Argentina, Egito, Emirados Árabes, Etiópia e Irã também foram convidados para integrar o bloco durante a cúpula de Joanesburgo.

O regime de Mohamed Bin Salman é o mesmo que deu as joias milionárias ao ex-presidente Jair Bolsonaro, como revelou o Estadão. A Arábia Saudita é uma ditadura teocrática controlada pela família do príncipe. A nível mundial, ele é acusado de envolvimento no assassinato do jornalista Jamal Khashoggi, morto dentro do consulado saudita em Istambul, na Turquia, e esquartejado, em 2018. Uma investigação americana concluiu que o assassinato foi aprovado pelo príncipe herdeiro, que nega envolvimento com o crime.

Apesar da acusação, os Estados Unidos trabalhavam em um acordo de segurança com a Arábia Saudita. Em troca, o reino deveria normalizar as relações com Israel a exemplo do que fizeram Emirados Árabes Unidos, Bahrein e depois o Marrocos por meio dos Acordos de Abraão. A aproximação, no entanto, entrou em modo de espera com a guerra na Faixa de Gaza.

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Agenda internacional

Essa é a primeira viagem internacional de Lula desde que ele passou por uma cirurgia no quadril, no final de setembro. Na quarta-feira, ainda na Arábia Saudita, o petista deve se reunir com empresários e participar de um seminário promovido pela Embraer. De lá, vai para Doha, no Catar, antes de seguir viagem para Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, onde participará da COP28, a Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima.

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Na volta, a agenda do presidente prevê uma parada na Alemanha, onde deve se reunir com o chanceler Olaf Scholz e com a presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu com o príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman em Riad nesta terça-feira, 28. Nas redes sociais, o petista disse que falou sobre investimentos com o controvertido líder de fato do reino.

“Me reuni com Mohammed bin Salman, príncipe herdeiro e primeiro-ministro da Arábia Saudita”, disse no X (antigo Twitter). “Conversamos sobre investimentos sauditas no Brasil em diversos setores, e sobre o potencial de exportações brasileiras”, acrescentou.

Presidente Lula se reúne com príncipe herdeiro da Arábia Saudita Mohammed bin Salman Foto: Ricardo Stuckert/Presidência da República

Em setembro, o presidente brasileiro se reuniu pela primeira vez com bin Salman na Índia, às margens da Cúpula do G-20. Na época, o governo brasileiro informou que Lula deu as boas vindas à Arábia Saudita como membro do BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), que aprovou ampliação este ano. Além do reino, Argentina, Egito, Emirados Árabes, Etiópia e Irã também foram convidados para integrar o bloco durante a cúpula de Joanesburgo.

O regime de Mohamed Bin Salman é o mesmo que deu as joias milionárias ao ex-presidente Jair Bolsonaro, como revelou o Estadão. A Arábia Saudita é uma ditadura teocrática controlada pela família do príncipe. A nível mundial, ele é acusado de envolvimento no assassinato do jornalista Jamal Khashoggi, morto dentro do consulado saudita em Istambul, na Turquia, e esquartejado, em 2018. Uma investigação americana concluiu que o assassinato foi aprovado pelo príncipe herdeiro, que nega envolvimento com o crime.

Apesar da acusação, os Estados Unidos trabalhavam em um acordo de segurança com a Arábia Saudita. Em troca, o reino deveria normalizar as relações com Israel a exemplo do que fizeram Emirados Árabes Unidos, Bahrein e depois o Marrocos por meio dos Acordos de Abraão. A aproximação, no entanto, entrou em modo de espera com a guerra na Faixa de Gaza.

Agenda internacional

Essa é a primeira viagem internacional de Lula desde que ele passou por uma cirurgia no quadril, no final de setembro. Na quarta-feira, ainda na Arábia Saudita, o petista deve se reunir com empresários e participar de um seminário promovido pela Embraer. De lá, vai para Doha, no Catar, antes de seguir viagem para Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, onde participará da COP28, a Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima.

Na volta, a agenda do presidente prevê uma parada na Alemanha, onde deve se reunir com o chanceler Olaf Scholz e com a presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu com o príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman em Riad nesta terça-feira, 28. Nas redes sociais, o petista disse que falou sobre investimentos com o controvertido líder de fato do reino.

“Me reuni com Mohammed bin Salman, príncipe herdeiro e primeiro-ministro da Arábia Saudita”, disse no X (antigo Twitter). “Conversamos sobre investimentos sauditas no Brasil em diversos setores, e sobre o potencial de exportações brasileiras”, acrescentou.

Presidente Lula se reúne com príncipe herdeiro da Arábia Saudita Mohammed bin Salman Foto: Ricardo Stuckert/Presidência da República

Em setembro, o presidente brasileiro se reuniu pela primeira vez com bin Salman na Índia, às margens da Cúpula do G-20. Na época, o governo brasileiro informou que Lula deu as boas vindas à Arábia Saudita como membro do BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), que aprovou ampliação este ano. Além do reino, Argentina, Egito, Emirados Árabes, Etiópia e Irã também foram convidados para integrar o bloco durante a cúpula de Joanesburgo.

O regime de Mohamed Bin Salman é o mesmo que deu as joias milionárias ao ex-presidente Jair Bolsonaro, como revelou o Estadão. A Arábia Saudita é uma ditadura teocrática controlada pela família do príncipe. A nível mundial, ele é acusado de envolvimento no assassinato do jornalista Jamal Khashoggi, morto dentro do consulado saudita em Istambul, na Turquia, e esquartejado, em 2018. Uma investigação americana concluiu que o assassinato foi aprovado pelo príncipe herdeiro, que nega envolvimento com o crime.

Apesar da acusação, os Estados Unidos trabalhavam em um acordo de segurança com a Arábia Saudita. Em troca, o reino deveria normalizar as relações com Israel a exemplo do que fizeram Emirados Árabes Unidos, Bahrein e depois o Marrocos por meio dos Acordos de Abraão. A aproximação, no entanto, entrou em modo de espera com a guerra na Faixa de Gaza.

Agenda internacional

Essa é a primeira viagem internacional de Lula desde que ele passou por uma cirurgia no quadril, no final de setembro. Na quarta-feira, ainda na Arábia Saudita, o petista deve se reunir com empresários e participar de um seminário promovido pela Embraer. De lá, vai para Doha, no Catar, antes de seguir viagem para Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, onde participará da COP28, a Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima.

Na volta, a agenda do presidente prevê uma parada na Alemanha, onde deve se reunir com o chanceler Olaf Scholz e com a presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen.

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