Lula mantém presença de embaixadora na posse de Maduro após repressão a protestos da oposição


Embaixadora estará presente na festividade, seguindo instrução de Brasília, segundo integrantes do Palácio do Planalto, apesar de repressão nas ruas

Por Felipe Frazão
Atualização:

BRASÍLIA - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva manteve a decisão de enviar a embaixadora brasileira em Caracas, Glivânia Maria de Oliveira, à cerimônia de posse do ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, nesta sexta-feira, dia 10. A embaixadora estará presente na festividade, seguindo instrução de Brasília, segundo integrantes do Palácio do Planalto.

Até a véspera, a presença da diplomata era reavaliada, conforme interlocutores da Presidência e do Itamaraty, por causa de novos episódios de repressão ocorridos durante manifestações de opositores. A líder da oposição María Corina Machado teria sido detida temporariamente e solta após algumas horas, segundo denunciaram seus apoiadores, o que o regime chavista nega.

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Na manhã desta sexta, as forças de segurança da Venezuela determinaram o fechamento da fronteira com a Colômbia, no Estado de Táchira, principal passagem entre os países. Não houve, por enquanto, restrição similar em Pacaraima (RR), principal ponto de trânsito terrestre entre a Venezuela e o Brasil.

A Superintendência da Polícia Federal em Roraima afirmou que monitora a fronteira e acompanha os desdobramentos da situação na Venezuela, e lembrou que o país vizinho já impôs fechamentos antes. “Observou-se uma leve redução no fluxo migratório, sem alterações significativas”, disse a PF em Roraima.

Opositor venezuelano protesta contra Maduro em Buenos Aires Foto: Natacha Pisarenko/AP
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Aumento da tensão

Os desdobramentos em todo o país vizinho vem sendo monitoramos pela diplomacia brasileira. Outros governos de esquerda que também mantiveram algum contato de alto nível com Maduro no ano passado, em prol da normalização política, também autorizaram a ida de diplomatas, caso do México e da Colômbia. Mas a cerimônia tende a ser esvaziada de chefes de Estado e de governo.

O petista distanciou-se de Maduro após a eleição de julho de 2024, por não ter reconhecido uma reeleição com indícios de fraude e resultado anunciado sem lastro documental.

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Lula descartou ir a Caracas e foi desaconselhado a enviar representates de alto nível, como um ministro de Estado ou vice-presidente Geraldo Alckmin. Mas deu aval à presença da embaixadora, a primeira indicada para retomar laços formais com a Venezuela.

A ideia do governo Lula foi enviar a Caracas o recado de que contesta a legitimidade do pleito e vai manter relações políticas frias, embora a presença de Glivânia seja um sinal de que reconheça quem detém o poder “de fato”.

O governo era pressionado por integrantes do Congresso a cancelar a presença dela, e por instituições de direitos humanos a dar recados duros ao regime chavista contra violações. Integrantes do PT, partido de Lula, também viajaram à capital venezuelana para assistir à posse do chavista. O partido celebrou a reeleição de Maduro, embora o governo a questione.

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Entre outros, estão em Caracas dirigentes e lideranças petistas como Valter Pomar, Mônica Valente (secretária executiva do Foro de São Paulo), Camila Moreno e Vera Lúcia Barbosa, a Lucinha do MST. Eles participam de reunião do grupo de trabalho do Foro de São Paulo e de um “Festival Mundial Antifascista”.

Aliados do presidente dizem que é necessário procurar manter um canal de diálogo mínimo com o regime, para defender interesses do País e de brasileiros.

BRASÍLIA - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva manteve a decisão de enviar a embaixadora brasileira em Caracas, Glivânia Maria de Oliveira, à cerimônia de posse do ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, nesta sexta-feira, dia 10. A embaixadora estará presente na festividade, seguindo instrução de Brasília, segundo integrantes do Palácio do Planalto.

Até a véspera, a presença da diplomata era reavaliada, conforme interlocutores da Presidência e do Itamaraty, por causa de novos episódios de repressão ocorridos durante manifestações de opositores. A líder da oposição María Corina Machado teria sido detida temporariamente e solta após algumas horas, segundo denunciaram seus apoiadores, o que o regime chavista nega.

Na manhã desta sexta, as forças de segurança da Venezuela determinaram o fechamento da fronteira com a Colômbia, no Estado de Táchira, principal passagem entre os países. Não houve, por enquanto, restrição similar em Pacaraima (RR), principal ponto de trânsito terrestre entre a Venezuela e o Brasil.

A Superintendência da Polícia Federal em Roraima afirmou que monitora a fronteira e acompanha os desdobramentos da situação na Venezuela, e lembrou que o país vizinho já impôs fechamentos antes. “Observou-se uma leve redução no fluxo migratório, sem alterações significativas”, disse a PF em Roraima.

Opositor venezuelano protesta contra Maduro em Buenos Aires Foto: Natacha Pisarenko/AP

Aumento da tensão

Os desdobramentos em todo o país vizinho vem sendo monitoramos pela diplomacia brasileira. Outros governos de esquerda que também mantiveram algum contato de alto nível com Maduro no ano passado, em prol da normalização política, também autorizaram a ida de diplomatas, caso do México e da Colômbia. Mas a cerimônia tende a ser esvaziada de chefes de Estado e de governo.

O petista distanciou-se de Maduro após a eleição de julho de 2024, por não ter reconhecido uma reeleição com indícios de fraude e resultado anunciado sem lastro documental.

Lula descartou ir a Caracas e foi desaconselhado a enviar representates de alto nível, como um ministro de Estado ou vice-presidente Geraldo Alckmin. Mas deu aval à presença da embaixadora, a primeira indicada para retomar laços formais com a Venezuela.

A ideia do governo Lula foi enviar a Caracas o recado de que contesta a legitimidade do pleito e vai manter relações políticas frias, embora a presença de Glivânia seja um sinal de que reconheça quem detém o poder “de fato”.

O governo era pressionado por integrantes do Congresso a cancelar a presença dela, e por instituições de direitos humanos a dar recados duros ao regime chavista contra violações. Integrantes do PT, partido de Lula, também viajaram à capital venezuelana para assistir à posse do chavista. O partido celebrou a reeleição de Maduro, embora o governo a questione.

Entre outros, estão em Caracas dirigentes e lideranças petistas como Valter Pomar, Mônica Valente (secretária executiva do Foro de São Paulo), Camila Moreno e Vera Lúcia Barbosa, a Lucinha do MST. Eles participam de reunião do grupo de trabalho do Foro de São Paulo e de um “Festival Mundial Antifascista”.

Aliados do presidente dizem que é necessário procurar manter um canal de diálogo mínimo com o regime, para defender interesses do País e de brasileiros.

BRASÍLIA - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva manteve a decisão de enviar a embaixadora brasileira em Caracas, Glivânia Maria de Oliveira, à cerimônia de posse do ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, nesta sexta-feira, dia 10. A embaixadora estará presente na festividade, seguindo instrução de Brasília, segundo integrantes do Palácio do Planalto.

Até a véspera, a presença da diplomata era reavaliada, conforme interlocutores da Presidência e do Itamaraty, por causa de novos episódios de repressão ocorridos durante manifestações de opositores. A líder da oposição María Corina Machado teria sido detida temporariamente e solta após algumas horas, segundo denunciaram seus apoiadores, o que o regime chavista nega.

Na manhã desta sexta, as forças de segurança da Venezuela determinaram o fechamento da fronteira com a Colômbia, no Estado de Táchira, principal passagem entre os países. Não houve, por enquanto, restrição similar em Pacaraima (RR), principal ponto de trânsito terrestre entre a Venezuela e o Brasil.

A Superintendência da Polícia Federal em Roraima afirmou que monitora a fronteira e acompanha os desdobramentos da situação na Venezuela, e lembrou que o país vizinho já impôs fechamentos antes. “Observou-se uma leve redução no fluxo migratório, sem alterações significativas”, disse a PF em Roraima.

Opositor venezuelano protesta contra Maduro em Buenos Aires Foto: Natacha Pisarenko/AP

Aumento da tensão

Os desdobramentos em todo o país vizinho vem sendo monitoramos pela diplomacia brasileira. Outros governos de esquerda que também mantiveram algum contato de alto nível com Maduro no ano passado, em prol da normalização política, também autorizaram a ida de diplomatas, caso do México e da Colômbia. Mas a cerimônia tende a ser esvaziada de chefes de Estado e de governo.

O petista distanciou-se de Maduro após a eleição de julho de 2024, por não ter reconhecido uma reeleição com indícios de fraude e resultado anunciado sem lastro documental.

Lula descartou ir a Caracas e foi desaconselhado a enviar representates de alto nível, como um ministro de Estado ou vice-presidente Geraldo Alckmin. Mas deu aval à presença da embaixadora, a primeira indicada para retomar laços formais com a Venezuela.

A ideia do governo Lula foi enviar a Caracas o recado de que contesta a legitimidade do pleito e vai manter relações políticas frias, embora a presença de Glivânia seja um sinal de que reconheça quem detém o poder “de fato”.

O governo era pressionado por integrantes do Congresso a cancelar a presença dela, e por instituições de direitos humanos a dar recados duros ao regime chavista contra violações. Integrantes do PT, partido de Lula, também viajaram à capital venezuelana para assistir à posse do chavista. O partido celebrou a reeleição de Maduro, embora o governo a questione.

Entre outros, estão em Caracas dirigentes e lideranças petistas como Valter Pomar, Mônica Valente (secretária executiva do Foro de São Paulo), Camila Moreno e Vera Lúcia Barbosa, a Lucinha do MST. Eles participam de reunião do grupo de trabalho do Foro de São Paulo e de um “Festival Mundial Antifascista”.

Aliados do presidente dizem que é necessário procurar manter um canal de diálogo mínimo com o regime, para defender interesses do País e de brasileiros.

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