Lula quer ‘parceria estratégica de muitos anos’ com a China durante visita de Xi Jinping ao Brasil


Líder chinês viaja ao Rio em novembro para participar da Cúpula de Líderes do G-20 e antes deve encontrar com petista em Lima, no Peru

Por Felipe Frazão
Atualização:

BRASÍLIA - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta sexta-feira, dia 21, que deseja construir uma “parceria estratégica de muitos anos” com o presidente da China, Xi Jinping, durante a visita dele ao Brasil, em novembro. “Queremos construir uma parceria estratégica com os chineses, uma coisa de muitos anos”, disse Lula em entrevista à Rádio Meio, do Piauí.

O líder chinês virá ao País para participar da Cúpula de Líderes do G-20, nos dias 18 e 19 de novembro, no Rio. Logo em seguida, realizará uma série de reuniões com Lula e autoridades brasileiras, numa visita de Estado, que deve ocorrer em Brasília.

Xi Jinping recebe Lula em visita de Estado do presidente brasileiro feita em abril do ano passado; eles vão se encontrar de novo no Brics, na Rússia, na APEC, no Peru, e no G-20, no Rio Foto: Ricardo Stuckert/Presidência da República
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Os detalhes da viagem estão sendo preparados entre as chancelarias brasileira e chinesa. Há uma extensa pauta e interesses dos dois lados, que vão além do agronegócio e passam por itens de Defesa, aviação e exploração espacial, além de investimentos em energia e indústria automobilística.

O Brasil quer exportar à China ao menos 20 jatos modelo E195-E2 da Embraer, de médio porte e uso comercial, já certificado para rotas internas operadas por companhias chinesas. Os países pretendem lançar um novo satélite geoestacionário conjunto, o CBERS-5, com maior capacidade de captação de imagens para produção de dados meteorológicos.

Nos últimos dias, a China manifestou interesse formal em comprar 49% da estatal Avibrás - a empresa passa por recuperação judicial e é a fabricante dos sistemas de mísseis e foguetes Astros, um projeto estratégico do Exército Brasileiro. A parceria seria por meio da estatal chinesa Norinco e vem sendo discutida com Lula e o Ministério da Defesa.

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Os países celebram 50 anos de relações diplomáticas em 2024. No ano passado, Lula realizou uma extensa visita à China, em abril. A parceria estratégica global foi firmada há 30 anos e passa por temas como combate à pobreza, desenvolvimento social e inovação científica e tecnológica, proteção ambiental, enfrentamento à mudança do clima, economia de baixo carbono e economia digital.

Desde então, integrantes do governo brasileiro debatem os prós e contras de aderir ou não à nova Rota da Seda, o megaprojeto de infraestrutura lançado há 11 anos pelo governo Xi Jinping. A ofensiva já reune cerca de 150 países e sofre oposição dos Estados Unidos e da Europa, que também reagiu com projeto de parceria global.

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A China persegue a adesão do Brasil e neste ano sugeriu unir a nova Rota da Seda ao novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), mas há resistências por parte de integrantes da diplomacia, embora o projeto, oficialmente conhecido como Cinturão e Rota (Belt and Road) tenha simpatia de membros do Palácio do Planalto.

Neste mês, o vice-presidente, Geraldo Alckmin, liderou uma missão a Pequim com ministros e representantes de 21 Ministérios e agências governamentais, além de delegação empresarial. Ele esteve com Xi Jinping e co-presidiu a sessão plenária da Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação (Cosban).

APEC em Lima

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A série de reuniões com Xi Jinping será realizada imediatamente após a Cúpula do G-20. Antes o líder chinês estará na capital do Peru. Na quarta-feira, dia 19, o chanceler Mauro Vieira afirmou que o presidente Lula foi convidado pelo governo peruano a comparecer, entre 10 e 16 de novembro, à semana de líderes da APEC, o fórum de cooperação econômica Ásia-Pacífico, em Lima.

Segundo o ministro, as prioridades da organização peruana são a promoção de uma zona de livre comércio Ásia-Pacífico, a transição da economia informal para a economia formal e o hidrogênio verde. A região da Ásia-Pacífico é destino de 43% das exportações brasileiras.

Recorde comercial

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Desde 2009, a China é o principal parceiro comercial do Brasil. O comércio bilateral alcançou US$ 157 bilhões em 2023, um recorde histórico.

“Temos com a China o nosso maior superávit, de US$ 51 bilhões, que é, sozinho, mais da metade do superávit global brasileiro. O Brasil é o país que recebe mais investimentos chineses na América Latina, com 48% do total na região, com estoque acumulado de quase US$ 72 bilhões entre 2007 e 2022″, disse o ministro.

Além de da APEC, em Lima, e do G-20, no Rio, Lula e Xi Jinping também devem se encontrar na Cúpula do Brics, entre 22 e 24 de outubro, na Rússia. Outra possibilidade é a Assembleia Geral das Nações Unidas, em setembro, quando Lula pretende promover encontros paralelos do G-20.

BRASÍLIA - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta sexta-feira, dia 21, que deseja construir uma “parceria estratégica de muitos anos” com o presidente da China, Xi Jinping, durante a visita dele ao Brasil, em novembro. “Queremos construir uma parceria estratégica com os chineses, uma coisa de muitos anos”, disse Lula em entrevista à Rádio Meio, do Piauí.

O líder chinês virá ao País para participar da Cúpula de Líderes do G-20, nos dias 18 e 19 de novembro, no Rio. Logo em seguida, realizará uma série de reuniões com Lula e autoridades brasileiras, numa visita de Estado, que deve ocorrer em Brasília.

Xi Jinping recebe Lula em visita de Estado do presidente brasileiro feita em abril do ano passado; eles vão se encontrar de novo no Brics, na Rússia, na APEC, no Peru, e no G-20, no Rio Foto: Ricardo Stuckert/Presidência da República

Os detalhes da viagem estão sendo preparados entre as chancelarias brasileira e chinesa. Há uma extensa pauta e interesses dos dois lados, que vão além do agronegócio e passam por itens de Defesa, aviação e exploração espacial, além de investimentos em energia e indústria automobilística.

O Brasil quer exportar à China ao menos 20 jatos modelo E195-E2 da Embraer, de médio porte e uso comercial, já certificado para rotas internas operadas por companhias chinesas. Os países pretendem lançar um novo satélite geoestacionário conjunto, o CBERS-5, com maior capacidade de captação de imagens para produção de dados meteorológicos.

Nos últimos dias, a China manifestou interesse formal em comprar 49% da estatal Avibrás - a empresa passa por recuperação judicial e é a fabricante dos sistemas de mísseis e foguetes Astros, um projeto estratégico do Exército Brasileiro. A parceria seria por meio da estatal chinesa Norinco e vem sendo discutida com Lula e o Ministério da Defesa.

Os países celebram 50 anos de relações diplomáticas em 2024. No ano passado, Lula realizou uma extensa visita à China, em abril. A parceria estratégica global foi firmada há 30 anos e passa por temas como combate à pobreza, desenvolvimento social e inovação científica e tecnológica, proteção ambiental, enfrentamento à mudança do clima, economia de baixo carbono e economia digital.

Desde então, integrantes do governo brasileiro debatem os prós e contras de aderir ou não à nova Rota da Seda, o megaprojeto de infraestrutura lançado há 11 anos pelo governo Xi Jinping. A ofensiva já reune cerca de 150 países e sofre oposição dos Estados Unidos e da Europa, que também reagiu com projeto de parceria global.

A China persegue a adesão do Brasil e neste ano sugeriu unir a nova Rota da Seda ao novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), mas há resistências por parte de integrantes da diplomacia, embora o projeto, oficialmente conhecido como Cinturão e Rota (Belt and Road) tenha simpatia de membros do Palácio do Planalto.

Neste mês, o vice-presidente, Geraldo Alckmin, liderou uma missão a Pequim com ministros e representantes de 21 Ministérios e agências governamentais, além de delegação empresarial. Ele esteve com Xi Jinping e co-presidiu a sessão plenária da Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação (Cosban).

APEC em Lima

A série de reuniões com Xi Jinping será realizada imediatamente após a Cúpula do G-20. Antes o líder chinês estará na capital do Peru. Na quarta-feira, dia 19, o chanceler Mauro Vieira afirmou que o presidente Lula foi convidado pelo governo peruano a comparecer, entre 10 e 16 de novembro, à semana de líderes da APEC, o fórum de cooperação econômica Ásia-Pacífico, em Lima.

Segundo o ministro, as prioridades da organização peruana são a promoção de uma zona de livre comércio Ásia-Pacífico, a transição da economia informal para a economia formal e o hidrogênio verde. A região da Ásia-Pacífico é destino de 43% das exportações brasileiras.

Recorde comercial

Desde 2009, a China é o principal parceiro comercial do Brasil. O comércio bilateral alcançou US$ 157 bilhões em 2023, um recorde histórico.

“Temos com a China o nosso maior superávit, de US$ 51 bilhões, que é, sozinho, mais da metade do superávit global brasileiro. O Brasil é o país que recebe mais investimentos chineses na América Latina, com 48% do total na região, com estoque acumulado de quase US$ 72 bilhões entre 2007 e 2022″, disse o ministro.

Além de da APEC, em Lima, e do G-20, no Rio, Lula e Xi Jinping também devem se encontrar na Cúpula do Brics, entre 22 e 24 de outubro, na Rússia. Outra possibilidade é a Assembleia Geral das Nações Unidas, em setembro, quando Lula pretende promover encontros paralelos do G-20.

BRASÍLIA - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta sexta-feira, dia 21, que deseja construir uma “parceria estratégica de muitos anos” com o presidente da China, Xi Jinping, durante a visita dele ao Brasil, em novembro. “Queremos construir uma parceria estratégica com os chineses, uma coisa de muitos anos”, disse Lula em entrevista à Rádio Meio, do Piauí.

O líder chinês virá ao País para participar da Cúpula de Líderes do G-20, nos dias 18 e 19 de novembro, no Rio. Logo em seguida, realizará uma série de reuniões com Lula e autoridades brasileiras, numa visita de Estado, que deve ocorrer em Brasília.

Xi Jinping recebe Lula em visita de Estado do presidente brasileiro feita em abril do ano passado; eles vão se encontrar de novo no Brics, na Rússia, na APEC, no Peru, e no G-20, no Rio Foto: Ricardo Stuckert/Presidência da República

Os detalhes da viagem estão sendo preparados entre as chancelarias brasileira e chinesa. Há uma extensa pauta e interesses dos dois lados, que vão além do agronegócio e passam por itens de Defesa, aviação e exploração espacial, além de investimentos em energia e indústria automobilística.

O Brasil quer exportar à China ao menos 20 jatos modelo E195-E2 da Embraer, de médio porte e uso comercial, já certificado para rotas internas operadas por companhias chinesas. Os países pretendem lançar um novo satélite geoestacionário conjunto, o CBERS-5, com maior capacidade de captação de imagens para produção de dados meteorológicos.

Nos últimos dias, a China manifestou interesse formal em comprar 49% da estatal Avibrás - a empresa passa por recuperação judicial e é a fabricante dos sistemas de mísseis e foguetes Astros, um projeto estratégico do Exército Brasileiro. A parceria seria por meio da estatal chinesa Norinco e vem sendo discutida com Lula e o Ministério da Defesa.

Os países celebram 50 anos de relações diplomáticas em 2024. No ano passado, Lula realizou uma extensa visita à China, em abril. A parceria estratégica global foi firmada há 30 anos e passa por temas como combate à pobreza, desenvolvimento social e inovação científica e tecnológica, proteção ambiental, enfrentamento à mudança do clima, economia de baixo carbono e economia digital.

Desde então, integrantes do governo brasileiro debatem os prós e contras de aderir ou não à nova Rota da Seda, o megaprojeto de infraestrutura lançado há 11 anos pelo governo Xi Jinping. A ofensiva já reune cerca de 150 países e sofre oposição dos Estados Unidos e da Europa, que também reagiu com projeto de parceria global.

A China persegue a adesão do Brasil e neste ano sugeriu unir a nova Rota da Seda ao novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), mas há resistências por parte de integrantes da diplomacia, embora o projeto, oficialmente conhecido como Cinturão e Rota (Belt and Road) tenha simpatia de membros do Palácio do Planalto.

Neste mês, o vice-presidente, Geraldo Alckmin, liderou uma missão a Pequim com ministros e representantes de 21 Ministérios e agências governamentais, além de delegação empresarial. Ele esteve com Xi Jinping e co-presidiu a sessão plenária da Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação (Cosban).

APEC em Lima

A série de reuniões com Xi Jinping será realizada imediatamente após a Cúpula do G-20. Antes o líder chinês estará na capital do Peru. Na quarta-feira, dia 19, o chanceler Mauro Vieira afirmou que o presidente Lula foi convidado pelo governo peruano a comparecer, entre 10 e 16 de novembro, à semana de líderes da APEC, o fórum de cooperação econômica Ásia-Pacífico, em Lima.

Segundo o ministro, as prioridades da organização peruana são a promoção de uma zona de livre comércio Ásia-Pacífico, a transição da economia informal para a economia formal e o hidrogênio verde. A região da Ásia-Pacífico é destino de 43% das exportações brasileiras.

Recorde comercial

Desde 2009, a China é o principal parceiro comercial do Brasil. O comércio bilateral alcançou US$ 157 bilhões em 2023, um recorde histórico.

“Temos com a China o nosso maior superávit, de US$ 51 bilhões, que é, sozinho, mais da metade do superávit global brasileiro. O Brasil é o país que recebe mais investimentos chineses na América Latina, com 48% do total na região, com estoque acumulado de quase US$ 72 bilhões entre 2007 e 2022″, disse o ministro.

Além de da APEC, em Lima, e do G-20, no Rio, Lula e Xi Jinping também devem se encontrar na Cúpula do Brics, entre 22 e 24 de outubro, na Rússia. Outra possibilidade é a Assembleia Geral das Nações Unidas, em setembro, quando Lula pretende promover encontros paralelos do G-20.

BRASÍLIA - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta sexta-feira, dia 21, que deseja construir uma “parceria estratégica de muitos anos” com o presidente da China, Xi Jinping, durante a visita dele ao Brasil, em novembro. “Queremos construir uma parceria estratégica com os chineses, uma coisa de muitos anos”, disse Lula em entrevista à Rádio Meio, do Piauí.

O líder chinês virá ao País para participar da Cúpula de Líderes do G-20, nos dias 18 e 19 de novembro, no Rio. Logo em seguida, realizará uma série de reuniões com Lula e autoridades brasileiras, numa visita de Estado, que deve ocorrer em Brasília.

Xi Jinping recebe Lula em visita de Estado do presidente brasileiro feita em abril do ano passado; eles vão se encontrar de novo no Brics, na Rússia, na APEC, no Peru, e no G-20, no Rio Foto: Ricardo Stuckert/Presidência da República

Os detalhes da viagem estão sendo preparados entre as chancelarias brasileira e chinesa. Há uma extensa pauta e interesses dos dois lados, que vão além do agronegócio e passam por itens de Defesa, aviação e exploração espacial, além de investimentos em energia e indústria automobilística.

O Brasil quer exportar à China ao menos 20 jatos modelo E195-E2 da Embraer, de médio porte e uso comercial, já certificado para rotas internas operadas por companhias chinesas. Os países pretendem lançar um novo satélite geoestacionário conjunto, o CBERS-5, com maior capacidade de captação de imagens para produção de dados meteorológicos.

Nos últimos dias, a China manifestou interesse formal em comprar 49% da estatal Avibrás - a empresa passa por recuperação judicial e é a fabricante dos sistemas de mísseis e foguetes Astros, um projeto estratégico do Exército Brasileiro. A parceria seria por meio da estatal chinesa Norinco e vem sendo discutida com Lula e o Ministério da Defesa.

Os países celebram 50 anos de relações diplomáticas em 2024. No ano passado, Lula realizou uma extensa visita à China, em abril. A parceria estratégica global foi firmada há 30 anos e passa por temas como combate à pobreza, desenvolvimento social e inovação científica e tecnológica, proteção ambiental, enfrentamento à mudança do clima, economia de baixo carbono e economia digital.

Desde então, integrantes do governo brasileiro debatem os prós e contras de aderir ou não à nova Rota da Seda, o megaprojeto de infraestrutura lançado há 11 anos pelo governo Xi Jinping. A ofensiva já reune cerca de 150 países e sofre oposição dos Estados Unidos e da Europa, que também reagiu com projeto de parceria global.

A China persegue a adesão do Brasil e neste ano sugeriu unir a nova Rota da Seda ao novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), mas há resistências por parte de integrantes da diplomacia, embora o projeto, oficialmente conhecido como Cinturão e Rota (Belt and Road) tenha simpatia de membros do Palácio do Planalto.

Neste mês, o vice-presidente, Geraldo Alckmin, liderou uma missão a Pequim com ministros e representantes de 21 Ministérios e agências governamentais, além de delegação empresarial. Ele esteve com Xi Jinping e co-presidiu a sessão plenária da Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação (Cosban).

APEC em Lima

A série de reuniões com Xi Jinping será realizada imediatamente após a Cúpula do G-20. Antes o líder chinês estará na capital do Peru. Na quarta-feira, dia 19, o chanceler Mauro Vieira afirmou que o presidente Lula foi convidado pelo governo peruano a comparecer, entre 10 e 16 de novembro, à semana de líderes da APEC, o fórum de cooperação econômica Ásia-Pacífico, em Lima.

Segundo o ministro, as prioridades da organização peruana são a promoção de uma zona de livre comércio Ásia-Pacífico, a transição da economia informal para a economia formal e o hidrogênio verde. A região da Ásia-Pacífico é destino de 43% das exportações brasileiras.

Recorde comercial

Desde 2009, a China é o principal parceiro comercial do Brasil. O comércio bilateral alcançou US$ 157 bilhões em 2023, um recorde histórico.

“Temos com a China o nosso maior superávit, de US$ 51 bilhões, que é, sozinho, mais da metade do superávit global brasileiro. O Brasil é o país que recebe mais investimentos chineses na América Latina, com 48% do total na região, com estoque acumulado de quase US$ 72 bilhões entre 2007 e 2022″, disse o ministro.

Além de da APEC, em Lima, e do G-20, no Rio, Lula e Xi Jinping também devem se encontrar na Cúpula do Brics, entre 22 e 24 de outubro, na Rússia. Outra possibilidade é a Assembleia Geral das Nações Unidas, em setembro, quando Lula pretende promover encontros paralelos do G-20.

BRASÍLIA - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta sexta-feira, dia 21, que deseja construir uma “parceria estratégica de muitos anos” com o presidente da China, Xi Jinping, durante a visita dele ao Brasil, em novembro. “Queremos construir uma parceria estratégica com os chineses, uma coisa de muitos anos”, disse Lula em entrevista à Rádio Meio, do Piauí.

O líder chinês virá ao País para participar da Cúpula de Líderes do G-20, nos dias 18 e 19 de novembro, no Rio. Logo em seguida, realizará uma série de reuniões com Lula e autoridades brasileiras, numa visita de Estado, que deve ocorrer em Brasília.

Xi Jinping recebe Lula em visita de Estado do presidente brasileiro feita em abril do ano passado; eles vão se encontrar de novo no Brics, na Rússia, na APEC, no Peru, e no G-20, no Rio Foto: Ricardo Stuckert/Presidência da República

Os detalhes da viagem estão sendo preparados entre as chancelarias brasileira e chinesa. Há uma extensa pauta e interesses dos dois lados, que vão além do agronegócio e passam por itens de Defesa, aviação e exploração espacial, além de investimentos em energia e indústria automobilística.

O Brasil quer exportar à China ao menos 20 jatos modelo E195-E2 da Embraer, de médio porte e uso comercial, já certificado para rotas internas operadas por companhias chinesas. Os países pretendem lançar um novo satélite geoestacionário conjunto, o CBERS-5, com maior capacidade de captação de imagens para produção de dados meteorológicos.

Nos últimos dias, a China manifestou interesse formal em comprar 49% da estatal Avibrás - a empresa passa por recuperação judicial e é a fabricante dos sistemas de mísseis e foguetes Astros, um projeto estratégico do Exército Brasileiro. A parceria seria por meio da estatal chinesa Norinco e vem sendo discutida com Lula e o Ministério da Defesa.

Os países celebram 50 anos de relações diplomáticas em 2024. No ano passado, Lula realizou uma extensa visita à China, em abril. A parceria estratégica global foi firmada há 30 anos e passa por temas como combate à pobreza, desenvolvimento social e inovação científica e tecnológica, proteção ambiental, enfrentamento à mudança do clima, economia de baixo carbono e economia digital.

Desde então, integrantes do governo brasileiro debatem os prós e contras de aderir ou não à nova Rota da Seda, o megaprojeto de infraestrutura lançado há 11 anos pelo governo Xi Jinping. A ofensiva já reune cerca de 150 países e sofre oposição dos Estados Unidos e da Europa, que também reagiu com projeto de parceria global.

A China persegue a adesão do Brasil e neste ano sugeriu unir a nova Rota da Seda ao novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), mas há resistências por parte de integrantes da diplomacia, embora o projeto, oficialmente conhecido como Cinturão e Rota (Belt and Road) tenha simpatia de membros do Palácio do Planalto.

Neste mês, o vice-presidente, Geraldo Alckmin, liderou uma missão a Pequim com ministros e representantes de 21 Ministérios e agências governamentais, além de delegação empresarial. Ele esteve com Xi Jinping e co-presidiu a sessão plenária da Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação (Cosban).

APEC em Lima

A série de reuniões com Xi Jinping será realizada imediatamente após a Cúpula do G-20. Antes o líder chinês estará na capital do Peru. Na quarta-feira, dia 19, o chanceler Mauro Vieira afirmou que o presidente Lula foi convidado pelo governo peruano a comparecer, entre 10 e 16 de novembro, à semana de líderes da APEC, o fórum de cooperação econômica Ásia-Pacífico, em Lima.

Segundo o ministro, as prioridades da organização peruana são a promoção de uma zona de livre comércio Ásia-Pacífico, a transição da economia informal para a economia formal e o hidrogênio verde. A região da Ásia-Pacífico é destino de 43% das exportações brasileiras.

Recorde comercial

Desde 2009, a China é o principal parceiro comercial do Brasil. O comércio bilateral alcançou US$ 157 bilhões em 2023, um recorde histórico.

“Temos com a China o nosso maior superávit, de US$ 51 bilhões, que é, sozinho, mais da metade do superávit global brasileiro. O Brasil é o país que recebe mais investimentos chineses na América Latina, com 48% do total na região, com estoque acumulado de quase US$ 72 bilhões entre 2007 e 2022″, disse o ministro.

Além de da APEC, em Lima, e do G-20, no Rio, Lula e Xi Jinping também devem se encontrar na Cúpula do Brics, entre 22 e 24 de outubro, na Rússia. Outra possibilidade é a Assembleia Geral das Nações Unidas, em setembro, quando Lula pretende promover encontros paralelos do G-20.

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