Lula se reúne com ditador cubano e discute revisão de dívida da ditadura comunista com o Brasil


Durante visita a Paris, presidente também se encontra com delegação do Haiti em meio a pressão para retomada de missão de paz no país

Por Felipe Frazão
Atualização:

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez uma reunião com o ditador de Cuba, Miguel Díaz-Canel, nesta quinta-feira, dia 22, no hotel Intercontinental Le Grand, em Paris. O presidente também recebeu a delegação do Haiti, em um dia de agendas bilaterais, durante a visita à França.

Fontes que acompanharam a conversa com o líder cubano afirmaram que o governo brasileiro vai revisar a dívida da ditadura castrista com o Brasil, para calcular o exato valor devido por obras de infraestrutura financiadas em governos passados, como o Porto de Mariel. As reuniões ocorreram no âmbito da cúpula do Novo Pacto Financeiro Global, organizada pelo presidente da França, Emmanuel Macron.

Cuba tem débitos junto ao País, assim como a Venezuela, com quem o governo Lula instituiu uma mesa de diálogo sobre o montante de U$ 1,2 bilhão – o ditador Nicolás Maduro deseja contestar parte do valor.

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Lula e o presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, durante reunião em Paris  Foto: ALEJANDRO AZCUY / AFP

O presidente do Brasil e o ditador cubano não trataram de projetos novos, segundo integrantes do Palácio do Planalto. Na reaproximação, os dois países nomearam embaixadores para elevar a representação diplomática em Havana e Brasília.

A Apex-Brasil, a agência de promoção de exportações, prepara uma missão empresarial na ilha durante a Feira do Livro da capital cubana, em 2024, na qual o Brasil será homenageado.

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Haiti

Em encontro reservado, o primeiro-ministro do Haiti, Ariel Henry, pediu ao Brasil que participe de iniciativas de socorro à ilha. O país precisa de duplo apoio, seja segurança e combate à pobreza e carências.

Segundo pessoas que participaram da conversa, o Haiti tem preferência por uma interface via Nações Unidas. O país vive novo período de instabilidade institucional, agravado pela execução do presidente Jovenel Moise.

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O governo brasileiro já havia negado aos Estados Unidos envolver-se em nova empreitada militar no país centro-americano. A Casa Branca chegou a pedir que o Brasil liderasse novamente uma operação de paz em Porto Príncipe.

No entanto, o governo já se comprometeu a fazer ajuda por meio de cooperação técnica entre os Estados.

O presidente da França, Emmanuel Macron, ao lado da mulher, Brigitte, recebe em Paris o presidente Lula e a primeira-dama, Janja  Foto: YOAN VALAT/ EFE
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O governo do Haiti ficou de elaborar e enviar ao Brasil uma lista de demandas e prioridades para que o Brasil coopere, seja isoladamente, seja no âmbito do Conselho de Segurança da ONU.

O encontro entre Lula e Henry foi uma forma de jogar luz sobre as carências do país e um conflito interno duradouro, que recebe menos atenção internacional, mas há demanda de reconstrução do país e fluxo de imigrantes para os EUA, Canadá e Brasil.

O governo brasileiro se dispôs a organizar missões e manter uma cooperação técnica em diversas áreas, como saúde por exemplo.

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Brics

Lula também recebeu no hotel em Paris o presidente sul-africano Cyril Ramaphosa. O país é parceiro do Brasil, Rússia, Índia e China no bloco BRICS. Eles conversaram sobre os esforços de mediação da guerra na Ucrânia.

A África do Sul e outros seis países africanos organizaram uma missão pra ouvir tanto a Rússia quando a Ucrânia, incluindo presidentes de alguns deles, como Ramaphosa.

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Diplomatas brasileiros ouviram dele que o caminho para mediação de paz ainda é longo e que tanto Rússia quando Ucrânia demonstram pouca disposição em negociar agora. A posição é similar à que Lula tem manifestado.

O governante sul-africano sinalizou que a cúpula do Brics está confirmada para ocorrer em agosto em Joanesburgo, a despeito de especulações de que pudesse ser transferida para a China. A mudança ocorreria por causa da segurança e para evitar constrangimentos ao presidente da Rússia, Vladimir Putin, alvo de um mandado de prisão do Tribunal Penal Internacional, do qual a África do Sul faz parte.

Outros seis países pediram reuniões bilaterais com Lula, mas elas não foram confirmadas ainda. Um deles é um Egito. Nesta quinta-feira, Lula também conversou com o presidente da COP 28, Sultan Al Jaber, indicado pelos Emirados Árabes Unidos.

Agenda

A agenda de Lula prevê nesta sexta-feira, dia 23, a participação efetiva no Novo Pacto Financeiro Global e uma reunião de trabalho de duas horas no Palácio Eliseu com Macron.

Lula receberá o presidente da República do Congo, Denis Sassou-Nguesso. Além disso, conversará com a prefeita de Paris, Anne Hidalgo, com o presidente do Naval Group, Pierre-Eric Pommellet, com Jean-Luc Mélenchon, presidente de honra da France Insoumise na Assembleia Nacional.

O presidente termina o dia em jantar a convite do príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman al Saud. O controverso autocrata saudita é acusado de mandar matar o jornalista Jamal Khashoggi, no consulado do país.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez uma reunião com o ditador de Cuba, Miguel Díaz-Canel, nesta quinta-feira, dia 22, no hotel Intercontinental Le Grand, em Paris. O presidente também recebeu a delegação do Haiti, em um dia de agendas bilaterais, durante a visita à França.

Fontes que acompanharam a conversa com o líder cubano afirmaram que o governo brasileiro vai revisar a dívida da ditadura castrista com o Brasil, para calcular o exato valor devido por obras de infraestrutura financiadas em governos passados, como o Porto de Mariel. As reuniões ocorreram no âmbito da cúpula do Novo Pacto Financeiro Global, organizada pelo presidente da França, Emmanuel Macron.

Cuba tem débitos junto ao País, assim como a Venezuela, com quem o governo Lula instituiu uma mesa de diálogo sobre o montante de U$ 1,2 bilhão – o ditador Nicolás Maduro deseja contestar parte do valor.

Lula e o presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, durante reunião em Paris  Foto: ALEJANDRO AZCUY / AFP

O presidente do Brasil e o ditador cubano não trataram de projetos novos, segundo integrantes do Palácio do Planalto. Na reaproximação, os dois países nomearam embaixadores para elevar a representação diplomática em Havana e Brasília.

A Apex-Brasil, a agência de promoção de exportações, prepara uma missão empresarial na ilha durante a Feira do Livro da capital cubana, em 2024, na qual o Brasil será homenageado.

Haiti

Em encontro reservado, o primeiro-ministro do Haiti, Ariel Henry, pediu ao Brasil que participe de iniciativas de socorro à ilha. O país precisa de duplo apoio, seja segurança e combate à pobreza e carências.

Segundo pessoas que participaram da conversa, o Haiti tem preferência por uma interface via Nações Unidas. O país vive novo período de instabilidade institucional, agravado pela execução do presidente Jovenel Moise.

O governo brasileiro já havia negado aos Estados Unidos envolver-se em nova empreitada militar no país centro-americano. A Casa Branca chegou a pedir que o Brasil liderasse novamente uma operação de paz em Porto Príncipe.

No entanto, o governo já se comprometeu a fazer ajuda por meio de cooperação técnica entre os Estados.

O presidente da França, Emmanuel Macron, ao lado da mulher, Brigitte, recebe em Paris o presidente Lula e a primeira-dama, Janja  Foto: YOAN VALAT/ EFE

O governo do Haiti ficou de elaborar e enviar ao Brasil uma lista de demandas e prioridades para que o Brasil coopere, seja isoladamente, seja no âmbito do Conselho de Segurança da ONU.

O encontro entre Lula e Henry foi uma forma de jogar luz sobre as carências do país e um conflito interno duradouro, que recebe menos atenção internacional, mas há demanda de reconstrução do país e fluxo de imigrantes para os EUA, Canadá e Brasil.

O governo brasileiro se dispôs a organizar missões e manter uma cooperação técnica em diversas áreas, como saúde por exemplo.

Brics

Lula também recebeu no hotel em Paris o presidente sul-africano Cyril Ramaphosa. O país é parceiro do Brasil, Rússia, Índia e China no bloco BRICS. Eles conversaram sobre os esforços de mediação da guerra na Ucrânia.

A África do Sul e outros seis países africanos organizaram uma missão pra ouvir tanto a Rússia quando a Ucrânia, incluindo presidentes de alguns deles, como Ramaphosa.

Diplomatas brasileiros ouviram dele que o caminho para mediação de paz ainda é longo e que tanto Rússia quando Ucrânia demonstram pouca disposição em negociar agora. A posição é similar à que Lula tem manifestado.

O governante sul-africano sinalizou que a cúpula do Brics está confirmada para ocorrer em agosto em Joanesburgo, a despeito de especulações de que pudesse ser transferida para a China. A mudança ocorreria por causa da segurança e para evitar constrangimentos ao presidente da Rússia, Vladimir Putin, alvo de um mandado de prisão do Tribunal Penal Internacional, do qual a África do Sul faz parte.

Outros seis países pediram reuniões bilaterais com Lula, mas elas não foram confirmadas ainda. Um deles é um Egito. Nesta quinta-feira, Lula também conversou com o presidente da COP 28, Sultan Al Jaber, indicado pelos Emirados Árabes Unidos.

Agenda

A agenda de Lula prevê nesta sexta-feira, dia 23, a participação efetiva no Novo Pacto Financeiro Global e uma reunião de trabalho de duas horas no Palácio Eliseu com Macron.

Lula receberá o presidente da República do Congo, Denis Sassou-Nguesso. Além disso, conversará com a prefeita de Paris, Anne Hidalgo, com o presidente do Naval Group, Pierre-Eric Pommellet, com Jean-Luc Mélenchon, presidente de honra da France Insoumise na Assembleia Nacional.

O presidente termina o dia em jantar a convite do príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman al Saud. O controverso autocrata saudita é acusado de mandar matar o jornalista Jamal Khashoggi, no consulado do país.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez uma reunião com o ditador de Cuba, Miguel Díaz-Canel, nesta quinta-feira, dia 22, no hotel Intercontinental Le Grand, em Paris. O presidente também recebeu a delegação do Haiti, em um dia de agendas bilaterais, durante a visita à França.

Fontes que acompanharam a conversa com o líder cubano afirmaram que o governo brasileiro vai revisar a dívida da ditadura castrista com o Brasil, para calcular o exato valor devido por obras de infraestrutura financiadas em governos passados, como o Porto de Mariel. As reuniões ocorreram no âmbito da cúpula do Novo Pacto Financeiro Global, organizada pelo presidente da França, Emmanuel Macron.

Cuba tem débitos junto ao País, assim como a Venezuela, com quem o governo Lula instituiu uma mesa de diálogo sobre o montante de U$ 1,2 bilhão – o ditador Nicolás Maduro deseja contestar parte do valor.

Lula e o presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, durante reunião em Paris  Foto: ALEJANDRO AZCUY / AFP

O presidente do Brasil e o ditador cubano não trataram de projetos novos, segundo integrantes do Palácio do Planalto. Na reaproximação, os dois países nomearam embaixadores para elevar a representação diplomática em Havana e Brasília.

A Apex-Brasil, a agência de promoção de exportações, prepara uma missão empresarial na ilha durante a Feira do Livro da capital cubana, em 2024, na qual o Brasil será homenageado.

Haiti

Em encontro reservado, o primeiro-ministro do Haiti, Ariel Henry, pediu ao Brasil que participe de iniciativas de socorro à ilha. O país precisa de duplo apoio, seja segurança e combate à pobreza e carências.

Segundo pessoas que participaram da conversa, o Haiti tem preferência por uma interface via Nações Unidas. O país vive novo período de instabilidade institucional, agravado pela execução do presidente Jovenel Moise.

O governo brasileiro já havia negado aos Estados Unidos envolver-se em nova empreitada militar no país centro-americano. A Casa Branca chegou a pedir que o Brasil liderasse novamente uma operação de paz em Porto Príncipe.

No entanto, o governo já se comprometeu a fazer ajuda por meio de cooperação técnica entre os Estados.

O presidente da França, Emmanuel Macron, ao lado da mulher, Brigitte, recebe em Paris o presidente Lula e a primeira-dama, Janja  Foto: YOAN VALAT/ EFE

O governo do Haiti ficou de elaborar e enviar ao Brasil uma lista de demandas e prioridades para que o Brasil coopere, seja isoladamente, seja no âmbito do Conselho de Segurança da ONU.

O encontro entre Lula e Henry foi uma forma de jogar luz sobre as carências do país e um conflito interno duradouro, que recebe menos atenção internacional, mas há demanda de reconstrução do país e fluxo de imigrantes para os EUA, Canadá e Brasil.

O governo brasileiro se dispôs a organizar missões e manter uma cooperação técnica em diversas áreas, como saúde por exemplo.

Brics

Lula também recebeu no hotel em Paris o presidente sul-africano Cyril Ramaphosa. O país é parceiro do Brasil, Rússia, Índia e China no bloco BRICS. Eles conversaram sobre os esforços de mediação da guerra na Ucrânia.

A África do Sul e outros seis países africanos organizaram uma missão pra ouvir tanto a Rússia quando a Ucrânia, incluindo presidentes de alguns deles, como Ramaphosa.

Diplomatas brasileiros ouviram dele que o caminho para mediação de paz ainda é longo e que tanto Rússia quando Ucrânia demonstram pouca disposição em negociar agora. A posição é similar à que Lula tem manifestado.

O governante sul-africano sinalizou que a cúpula do Brics está confirmada para ocorrer em agosto em Joanesburgo, a despeito de especulações de que pudesse ser transferida para a China. A mudança ocorreria por causa da segurança e para evitar constrangimentos ao presidente da Rússia, Vladimir Putin, alvo de um mandado de prisão do Tribunal Penal Internacional, do qual a África do Sul faz parte.

Outros seis países pediram reuniões bilaterais com Lula, mas elas não foram confirmadas ainda. Um deles é um Egito. Nesta quinta-feira, Lula também conversou com o presidente da COP 28, Sultan Al Jaber, indicado pelos Emirados Árabes Unidos.

Agenda

A agenda de Lula prevê nesta sexta-feira, dia 23, a participação efetiva no Novo Pacto Financeiro Global e uma reunião de trabalho de duas horas no Palácio Eliseu com Macron.

Lula receberá o presidente da República do Congo, Denis Sassou-Nguesso. Além disso, conversará com a prefeita de Paris, Anne Hidalgo, com o presidente do Naval Group, Pierre-Eric Pommellet, com Jean-Luc Mélenchon, presidente de honra da France Insoumise na Assembleia Nacional.

O presidente termina o dia em jantar a convite do príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman al Saud. O controverso autocrata saudita é acusado de mandar matar o jornalista Jamal Khashoggi, no consulado do país.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez uma reunião com o ditador de Cuba, Miguel Díaz-Canel, nesta quinta-feira, dia 22, no hotel Intercontinental Le Grand, em Paris. O presidente também recebeu a delegação do Haiti, em um dia de agendas bilaterais, durante a visita à França.

Fontes que acompanharam a conversa com o líder cubano afirmaram que o governo brasileiro vai revisar a dívida da ditadura castrista com o Brasil, para calcular o exato valor devido por obras de infraestrutura financiadas em governos passados, como o Porto de Mariel. As reuniões ocorreram no âmbito da cúpula do Novo Pacto Financeiro Global, organizada pelo presidente da França, Emmanuel Macron.

Cuba tem débitos junto ao País, assim como a Venezuela, com quem o governo Lula instituiu uma mesa de diálogo sobre o montante de U$ 1,2 bilhão – o ditador Nicolás Maduro deseja contestar parte do valor.

Lula e o presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, durante reunião em Paris  Foto: ALEJANDRO AZCUY / AFP

O presidente do Brasil e o ditador cubano não trataram de projetos novos, segundo integrantes do Palácio do Planalto. Na reaproximação, os dois países nomearam embaixadores para elevar a representação diplomática em Havana e Brasília.

A Apex-Brasil, a agência de promoção de exportações, prepara uma missão empresarial na ilha durante a Feira do Livro da capital cubana, em 2024, na qual o Brasil será homenageado.

Haiti

Em encontro reservado, o primeiro-ministro do Haiti, Ariel Henry, pediu ao Brasil que participe de iniciativas de socorro à ilha. O país precisa de duplo apoio, seja segurança e combate à pobreza e carências.

Segundo pessoas que participaram da conversa, o Haiti tem preferência por uma interface via Nações Unidas. O país vive novo período de instabilidade institucional, agravado pela execução do presidente Jovenel Moise.

O governo brasileiro já havia negado aos Estados Unidos envolver-se em nova empreitada militar no país centro-americano. A Casa Branca chegou a pedir que o Brasil liderasse novamente uma operação de paz em Porto Príncipe.

No entanto, o governo já se comprometeu a fazer ajuda por meio de cooperação técnica entre os Estados.

O presidente da França, Emmanuel Macron, ao lado da mulher, Brigitte, recebe em Paris o presidente Lula e a primeira-dama, Janja  Foto: YOAN VALAT/ EFE

O governo do Haiti ficou de elaborar e enviar ao Brasil uma lista de demandas e prioridades para que o Brasil coopere, seja isoladamente, seja no âmbito do Conselho de Segurança da ONU.

O encontro entre Lula e Henry foi uma forma de jogar luz sobre as carências do país e um conflito interno duradouro, que recebe menos atenção internacional, mas há demanda de reconstrução do país e fluxo de imigrantes para os EUA, Canadá e Brasil.

O governo brasileiro se dispôs a organizar missões e manter uma cooperação técnica em diversas áreas, como saúde por exemplo.

Brics

Lula também recebeu no hotel em Paris o presidente sul-africano Cyril Ramaphosa. O país é parceiro do Brasil, Rússia, Índia e China no bloco BRICS. Eles conversaram sobre os esforços de mediação da guerra na Ucrânia.

A África do Sul e outros seis países africanos organizaram uma missão pra ouvir tanto a Rússia quando a Ucrânia, incluindo presidentes de alguns deles, como Ramaphosa.

Diplomatas brasileiros ouviram dele que o caminho para mediação de paz ainda é longo e que tanto Rússia quando Ucrânia demonstram pouca disposição em negociar agora. A posição é similar à que Lula tem manifestado.

O governante sul-africano sinalizou que a cúpula do Brics está confirmada para ocorrer em agosto em Joanesburgo, a despeito de especulações de que pudesse ser transferida para a China. A mudança ocorreria por causa da segurança e para evitar constrangimentos ao presidente da Rússia, Vladimir Putin, alvo de um mandado de prisão do Tribunal Penal Internacional, do qual a África do Sul faz parte.

Outros seis países pediram reuniões bilaterais com Lula, mas elas não foram confirmadas ainda. Um deles é um Egito. Nesta quinta-feira, Lula também conversou com o presidente da COP 28, Sultan Al Jaber, indicado pelos Emirados Árabes Unidos.

Agenda

A agenda de Lula prevê nesta sexta-feira, dia 23, a participação efetiva no Novo Pacto Financeiro Global e uma reunião de trabalho de duas horas no Palácio Eliseu com Macron.

Lula receberá o presidente da República do Congo, Denis Sassou-Nguesso. Além disso, conversará com a prefeita de Paris, Anne Hidalgo, com o presidente do Naval Group, Pierre-Eric Pommellet, com Jean-Luc Mélenchon, presidente de honra da France Insoumise na Assembleia Nacional.

O presidente termina o dia em jantar a convite do príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman al Saud. O controverso autocrata saudita é acusado de mandar matar o jornalista Jamal Khashoggi, no consulado do país.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez uma reunião com o ditador de Cuba, Miguel Díaz-Canel, nesta quinta-feira, dia 22, no hotel Intercontinental Le Grand, em Paris. O presidente também recebeu a delegação do Haiti, em um dia de agendas bilaterais, durante a visita à França.

Fontes que acompanharam a conversa com o líder cubano afirmaram que o governo brasileiro vai revisar a dívida da ditadura castrista com o Brasil, para calcular o exato valor devido por obras de infraestrutura financiadas em governos passados, como o Porto de Mariel. As reuniões ocorreram no âmbito da cúpula do Novo Pacto Financeiro Global, organizada pelo presidente da França, Emmanuel Macron.

Cuba tem débitos junto ao País, assim como a Venezuela, com quem o governo Lula instituiu uma mesa de diálogo sobre o montante de U$ 1,2 bilhão – o ditador Nicolás Maduro deseja contestar parte do valor.

Lula e o presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, durante reunião em Paris  Foto: ALEJANDRO AZCUY / AFP

O presidente do Brasil e o ditador cubano não trataram de projetos novos, segundo integrantes do Palácio do Planalto. Na reaproximação, os dois países nomearam embaixadores para elevar a representação diplomática em Havana e Brasília.

A Apex-Brasil, a agência de promoção de exportações, prepara uma missão empresarial na ilha durante a Feira do Livro da capital cubana, em 2024, na qual o Brasil será homenageado.

Haiti

Em encontro reservado, o primeiro-ministro do Haiti, Ariel Henry, pediu ao Brasil que participe de iniciativas de socorro à ilha. O país precisa de duplo apoio, seja segurança e combate à pobreza e carências.

Segundo pessoas que participaram da conversa, o Haiti tem preferência por uma interface via Nações Unidas. O país vive novo período de instabilidade institucional, agravado pela execução do presidente Jovenel Moise.

O governo brasileiro já havia negado aos Estados Unidos envolver-se em nova empreitada militar no país centro-americano. A Casa Branca chegou a pedir que o Brasil liderasse novamente uma operação de paz em Porto Príncipe.

No entanto, o governo já se comprometeu a fazer ajuda por meio de cooperação técnica entre os Estados.

O presidente da França, Emmanuel Macron, ao lado da mulher, Brigitte, recebe em Paris o presidente Lula e a primeira-dama, Janja  Foto: YOAN VALAT/ EFE

O governo do Haiti ficou de elaborar e enviar ao Brasil uma lista de demandas e prioridades para que o Brasil coopere, seja isoladamente, seja no âmbito do Conselho de Segurança da ONU.

O encontro entre Lula e Henry foi uma forma de jogar luz sobre as carências do país e um conflito interno duradouro, que recebe menos atenção internacional, mas há demanda de reconstrução do país e fluxo de imigrantes para os EUA, Canadá e Brasil.

O governo brasileiro se dispôs a organizar missões e manter uma cooperação técnica em diversas áreas, como saúde por exemplo.

Brics

Lula também recebeu no hotel em Paris o presidente sul-africano Cyril Ramaphosa. O país é parceiro do Brasil, Rússia, Índia e China no bloco BRICS. Eles conversaram sobre os esforços de mediação da guerra na Ucrânia.

A África do Sul e outros seis países africanos organizaram uma missão pra ouvir tanto a Rússia quando a Ucrânia, incluindo presidentes de alguns deles, como Ramaphosa.

Diplomatas brasileiros ouviram dele que o caminho para mediação de paz ainda é longo e que tanto Rússia quando Ucrânia demonstram pouca disposição em negociar agora. A posição é similar à que Lula tem manifestado.

O governante sul-africano sinalizou que a cúpula do Brics está confirmada para ocorrer em agosto em Joanesburgo, a despeito de especulações de que pudesse ser transferida para a China. A mudança ocorreria por causa da segurança e para evitar constrangimentos ao presidente da Rússia, Vladimir Putin, alvo de um mandado de prisão do Tribunal Penal Internacional, do qual a África do Sul faz parte.

Outros seis países pediram reuniões bilaterais com Lula, mas elas não foram confirmadas ainda. Um deles é um Egito. Nesta quinta-feira, Lula também conversou com o presidente da COP 28, Sultan Al Jaber, indicado pelos Emirados Árabes Unidos.

Agenda

A agenda de Lula prevê nesta sexta-feira, dia 23, a participação efetiva no Novo Pacto Financeiro Global e uma reunião de trabalho de duas horas no Palácio Eliseu com Macron.

Lula receberá o presidente da República do Congo, Denis Sassou-Nguesso. Além disso, conversará com a prefeita de Paris, Anne Hidalgo, com o presidente do Naval Group, Pierre-Eric Pommellet, com Jean-Luc Mélenchon, presidente de honra da France Insoumise na Assembleia Nacional.

O presidente termina o dia em jantar a convite do príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman al Saud. O controverso autocrata saudita é acusado de mandar matar o jornalista Jamal Khashoggi, no consulado do país.

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