O gabinete do presidente da França, Emmanuel Macron, anunciou um novo governo nesta segunda-feira, 23, depois que o gabinete anterior entrou em colapso após a saída do ex-primeiro-ministro Michel Barnier em uma votação histórica motivada pela briga pelo orçamento do país.
O novo governo, formado pelo recém-nomeado primeiro-ministro François Bayrou, inclui membros da equipe conservadora que já estava na equipe e novas figuras com posições mais centristas ou de esquerda.
A missão mais urgente de Bayrou é aprovar um orçamento para 2025. O novo governo assume o cargo após meses de impasse político, crise e pressão dos mercados financeiros para reduzir a dívida colossal da França.
Impasse
Macron prometeu permanecer no cargo até o fim de seu mandato em 2027, mas tem tido dificuldades para governar desde que as eleições antecipadas em julho não deixaram nenhum partido com maioria na Assembleia Nacional. Desde sua nomeação há 10 dias, Bayrou tem conversado com líderes políticos de vários partidos em busca do equilíbrio certo para o novo governo.
Saiba mais
O ex-primeiro-ministro Michel Barnier renunciou no inicio de dezembro após a aprovação de um voto de desconfiança motivado por disputas orçamentárias na Assembleia Nacional, deixando a França sem um governo funcional. A líder do partido de extrema direita Reagrupamento Nacional, Marine Le Pen, desempenhou um papel fundamental na queda de Barnier ao unir as forças com a esquerda para aprovar a moção de desconfiança.
Bayrou precisará do apoio de legisladores moderados da direita e da esquerda para manter seu governo vivo.
Gabinete
Dois ex-primeiros-ministros também se juntam ao gabinete: Manuel Valls será ministro para Assuntos Ultramarino e Elisabeth Borne será ministra da Educação.
Já o banqueiro Eric Lombard será ministro das Finanças e Bruno Retailleau, de extrema direita, continua como ministro do Interior. Sebastien Lecornu, que esteve na vanguarda do apoio militar da França à Ucrânia em meio a guerra contra a Rússia, continua como ministro da Defesa, enquanto o ministro das Relações Exteriores Jean-Noel Barrot, que viajou extensivamente pelo Oriente Médio nas últimas semanas, também mantém seu posto./com AP