Macron pede a Biden reforço de aliança em meio a tensões entre EUA e Europa


Em encontro na Casa Branca, líder francês falou da necessidade de ampliar os esforços pelo fim da guerra na Ucrânia e disse que ligará para Putin

Por Redação
Atualização:

O presidente francês, Emmanuel Macron, pediu ao americano Joe Biden o reforço da aliança entre França e Estados Unidos e afirmou que os dois países devem “voltar a ser irmãos de armas”, diante da guerra na Ucrânia e das “múltiplas crises”. O encontro entre os dois líderes ocorre em meio a uma tensão entre EUA e Europa, após a apresentação de um plano americano para fortalecimento da indústria de energia limpa, que foi encarado por países europeus como protecionista.

França e EUA “são os aliados mais fortes, porque essa amizade está enraízada ao longo dos séculos”, afirmou Macron, durante a visita de Estado a Washington. Biden elogiou, em francês, os valores de “liberdade, igualdade e fraternidade”, ao receber o francês na Casa Branca com grande pompa.

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“Os EUA não poderiam pedir um parceiro melhor para trabalhar do que a França”, disse Biden, enfatizando que a aliança com este país europeu continua sendo “essencial” para a estabilidade mundial.

Macron e Biden se reúnem em meio a tensões entre EUA e Europa  Foto: Ludovic MARIN / AFP

Em novembro, em uma reunião com a secretária americana do Tesouro, Janet L. Yellen, o ministro das Finanças francês, Bruno Le Maire, levantou objeções sobre o plano do governo Biden de fortalecer a indústria de energia limpa dos EUA por meio de subsídios e outros tratamentos preferenciais para as montadoras americanas que fabricam veículos elétricos. Le Maire deixou claro que a França via a política como um movimento protecionista que beneficiaria os EUA às custas da economia de seu país e de sua indústria automobilística.

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O plano “Made in America” do presidente Biden despertou o descontentamento em toda a Europa em um momento crítico, enquanto os EUA tentam manter seus aliados ocidentais alinhados contra a guerra da Rússia na Ucrânia. Os aliados europeus - essenciais no apoio a Biden nessa guerra - acusam os EUA de miná-los às custas das prioridades domésticas.

Essas frustrações obscureceram o esforço entre Europa e EUA para impedir o presidente Vladimir Putin de ter as receitas vindas do petróleo necessárias para alimentar sua guerra na Ucrânia.

Chamado a Putin

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O tema da guerra foi muito abordado entre Macron e Biden. O presidente francês disse que falará com Putin “nos próximos dias”, e manifestou sua esperança de que as negociações para pôr fim à guerra na Ucrânia “ainda sejam possíveis”.

Macron fez vários contatos com Putin. “Minha convicção e abordagem pragmática é dizer: tenho que entrar em contato com os atuais líderes e com quem está no comando do país”, afirmou. “Porque, se acreditamos na soberania nacional, não podemos optar por dizer que uma mudança de regime é uma pré-condição para começar as negociações”, acrescentou.

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O presidente francês expressou otimismo sobre o progresso da Ucrânia na resistência a Moscou, mas advertiu que ainda há uma longa e difícil guerra pela frente. “Obviamente, a Ucrânia está fazendo uma contraofensiva muito positiva (mas) é muito cedo para dizer que está ganhando a guerra”, completou. / AFP e NYT

O presidente francês, Emmanuel Macron, pediu ao americano Joe Biden o reforço da aliança entre França e Estados Unidos e afirmou que os dois países devem “voltar a ser irmãos de armas”, diante da guerra na Ucrânia e das “múltiplas crises”. O encontro entre os dois líderes ocorre em meio a uma tensão entre EUA e Europa, após a apresentação de um plano americano para fortalecimento da indústria de energia limpa, que foi encarado por países europeus como protecionista.

França e EUA “são os aliados mais fortes, porque essa amizade está enraízada ao longo dos séculos”, afirmou Macron, durante a visita de Estado a Washington. Biden elogiou, em francês, os valores de “liberdade, igualdade e fraternidade”, ao receber o francês na Casa Branca com grande pompa.

“Os EUA não poderiam pedir um parceiro melhor para trabalhar do que a França”, disse Biden, enfatizando que a aliança com este país europeu continua sendo “essencial” para a estabilidade mundial.

Macron e Biden se reúnem em meio a tensões entre EUA e Europa  Foto: Ludovic MARIN / AFP

Em novembro, em uma reunião com a secretária americana do Tesouro, Janet L. Yellen, o ministro das Finanças francês, Bruno Le Maire, levantou objeções sobre o plano do governo Biden de fortalecer a indústria de energia limpa dos EUA por meio de subsídios e outros tratamentos preferenciais para as montadoras americanas que fabricam veículos elétricos. Le Maire deixou claro que a França via a política como um movimento protecionista que beneficiaria os EUA às custas da economia de seu país e de sua indústria automobilística.

O plano “Made in America” do presidente Biden despertou o descontentamento em toda a Europa em um momento crítico, enquanto os EUA tentam manter seus aliados ocidentais alinhados contra a guerra da Rússia na Ucrânia. Os aliados europeus - essenciais no apoio a Biden nessa guerra - acusam os EUA de miná-los às custas das prioridades domésticas.

Essas frustrações obscureceram o esforço entre Europa e EUA para impedir o presidente Vladimir Putin de ter as receitas vindas do petróleo necessárias para alimentar sua guerra na Ucrânia.

Chamado a Putin

O tema da guerra foi muito abordado entre Macron e Biden. O presidente francês disse que falará com Putin “nos próximos dias”, e manifestou sua esperança de que as negociações para pôr fim à guerra na Ucrânia “ainda sejam possíveis”.

Macron fez vários contatos com Putin. “Minha convicção e abordagem pragmática é dizer: tenho que entrar em contato com os atuais líderes e com quem está no comando do país”, afirmou. “Porque, se acreditamos na soberania nacional, não podemos optar por dizer que uma mudança de regime é uma pré-condição para começar as negociações”, acrescentou.

O presidente francês expressou otimismo sobre o progresso da Ucrânia na resistência a Moscou, mas advertiu que ainda há uma longa e difícil guerra pela frente. “Obviamente, a Ucrânia está fazendo uma contraofensiva muito positiva (mas) é muito cedo para dizer que está ganhando a guerra”, completou. / AFP e NYT

O presidente francês, Emmanuel Macron, pediu ao americano Joe Biden o reforço da aliança entre França e Estados Unidos e afirmou que os dois países devem “voltar a ser irmãos de armas”, diante da guerra na Ucrânia e das “múltiplas crises”. O encontro entre os dois líderes ocorre em meio a uma tensão entre EUA e Europa, após a apresentação de um plano americano para fortalecimento da indústria de energia limpa, que foi encarado por países europeus como protecionista.

França e EUA “são os aliados mais fortes, porque essa amizade está enraízada ao longo dos séculos”, afirmou Macron, durante a visita de Estado a Washington. Biden elogiou, em francês, os valores de “liberdade, igualdade e fraternidade”, ao receber o francês na Casa Branca com grande pompa.

“Os EUA não poderiam pedir um parceiro melhor para trabalhar do que a França”, disse Biden, enfatizando que a aliança com este país europeu continua sendo “essencial” para a estabilidade mundial.

Macron e Biden se reúnem em meio a tensões entre EUA e Europa  Foto: Ludovic MARIN / AFP

Em novembro, em uma reunião com a secretária americana do Tesouro, Janet L. Yellen, o ministro das Finanças francês, Bruno Le Maire, levantou objeções sobre o plano do governo Biden de fortalecer a indústria de energia limpa dos EUA por meio de subsídios e outros tratamentos preferenciais para as montadoras americanas que fabricam veículos elétricos. Le Maire deixou claro que a França via a política como um movimento protecionista que beneficiaria os EUA às custas da economia de seu país e de sua indústria automobilística.

O plano “Made in America” do presidente Biden despertou o descontentamento em toda a Europa em um momento crítico, enquanto os EUA tentam manter seus aliados ocidentais alinhados contra a guerra da Rússia na Ucrânia. Os aliados europeus - essenciais no apoio a Biden nessa guerra - acusam os EUA de miná-los às custas das prioridades domésticas.

Essas frustrações obscureceram o esforço entre Europa e EUA para impedir o presidente Vladimir Putin de ter as receitas vindas do petróleo necessárias para alimentar sua guerra na Ucrânia.

Chamado a Putin

O tema da guerra foi muito abordado entre Macron e Biden. O presidente francês disse que falará com Putin “nos próximos dias”, e manifestou sua esperança de que as negociações para pôr fim à guerra na Ucrânia “ainda sejam possíveis”.

Macron fez vários contatos com Putin. “Minha convicção e abordagem pragmática é dizer: tenho que entrar em contato com os atuais líderes e com quem está no comando do país”, afirmou. “Porque, se acreditamos na soberania nacional, não podemos optar por dizer que uma mudança de regime é uma pré-condição para começar as negociações”, acrescentou.

O presidente francês expressou otimismo sobre o progresso da Ucrânia na resistência a Moscou, mas advertiu que ainda há uma longa e difícil guerra pela frente. “Obviamente, a Ucrânia está fazendo uma contraofensiva muito positiva (mas) é muito cedo para dizer que está ganhando a guerra”, completou. / AFP e NYT

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