Maduro anuncia plano para repatriar venezuelanos que deixaram o país


Estudos estimam que até 4 milhões tenham emigrado desde a Revolução Bolivariana; presidente restabeleceu relações com Panamá

Atualização:

CARACAS - O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou nesta quinta-feira, 26, um plano com o qual espera trazer de volta ao país os venezuelanos que emigraram nos últimos anos por causa da severa crise econômica e que agora queiram retornar.

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Durante um ato com políticos e empresários em Caracas, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, pediu a ministro para configurar mecanismo com a ajuda de quatro bancos públicos Foto: Miguel Gutiérrez/EFE
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"Eu quero que você me faça um plano especial para apoiar venezuelanos que tenham ido ao exterior, que tenham perdido tudo e queiram voltar para trabalhar e ter seu negócio, ter sua empresa", ordenou o presidente venezuelano ao ministro de Economia, Simón Zerpa.

+++ Sem dinheiro, venezuelanos percorrem 200 km a pé da fronteira até Boa Vista

Durante um ato com políticos e empresários em Caracas, o líder chavista pediu ao seu ministro para configurar este mecanismo com a ajuda de quatro bancos públicos.

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+++ Novo presidente cubano recebe Maduro em primeiro compromisso internacional

Maduro disse sentir tristeza pelas histórias que conhece "todos os dias" de venezuelanos que foram embora do país por causa da "campanha permanente dos veículos de meios de comunicação e das redes sociais" e que agora sofrem "humilhações" no exterior ou estão "passando fome".

"Decidem vender a casa, o apartamento, o carro e vão embora. Seis meses depois retornam arruinados", comentou.

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O presidente opinou ainda que, diante da crise, os cidadãos não deveriam deixar a Venezuela, mas "ficar, trabalhar e fazer da pátria a pátria mais bela e próspera que jamais se tenha conhecido no planeta Terra".

Diáspora

A Organização Internacional de Migração (OIM) estimou em 1,6 milhão o tamanho da diáspora venezuelana dos últimos anos e há estudos que falam até que 4 milhões de cidadãos tenham deixado o país desde que se instaurou a chamada Revolução Bolivariana, em 1999.

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Embora Maduro tenha negado que exista um "êxodo em massa" de venezuelanos, no mês passado disse esperar o retorno dos jovens que emigraram para "melhorar sua vida".

Panamá

O presidente da Venezuela anunciou também nesta quinta o restabelecimento das relações de seu país com o Panamá, que viviam uma crise há quase um mês após a imposição de sanções econômicas mútuas.

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"Conversei com o presidente do Panamá, Juan Carlos Valera e definimos três coisas: primeiro o retorno dos embaixadores do Panamá e da Venezuela às suas respectivas embaixadas", declarou Maduro.

Além disso, os dois presidentes combinaram a "retomada dos voos com todas as linhas aéreas" - que haviam sido suspensos pelas autoridades venezuelanas, deixando centenas de passageiros retidos - e a criação de uma comissão presidida pelos chanceleres dos dois países para lidar com os assuntos pendentes.

"Em 30 dias, (essa comissão) deve nos dar um relatório para solucionar os problemas e assuntos pendentes entre os dois governos e os dois países", explicou.

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A aproximação, após várias semanas de atrito, foi fruto da mediação do presidente da República Dominicana, Danilo Medina, a quem Maduro agradeceu por seus esforços.

Maduro também agradeceu a Varela e disse ter sido seu amigo quando ambos foram chanceleres de suas respectivas nações e com quem manteve "muito boa comunicação".

"Acordamos ter as melhores relações bilaterais e tentar canalizar nossas diferenças e problemas da melhor forma", acrescentou.

As diferenças diplomáticas começaram em 28 de março, quando o Panamá pediu aos bancos radicados no país que intensificassem a supervisão financeira sobre 55 venezuelanos politicamente expostos, entre eles o próprio Maduro, por serem considerados elementos de "alto risco" em matéria de lavagem de dinheiro.

O governo da Venezuela respondeu a isso suspendendo as operações de uma lista de empresas panamenhas, incluindo a interconexão aérea dos países em que a companhia panamenha Copa Airlines opera.

Durante os últimos dias, o presidente venezuelano insistiu publicamente em seu desejo de conversar com Varela para solucionar a crise, defendendo que as ações diplomáticas e econômicas que seu governo empreendeu foram uma resposta de "reciprocidade" e "justiça". /EFE

CARACAS - O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou nesta quinta-feira, 26, um plano com o qual espera trazer de volta ao país os venezuelanos que emigraram nos últimos anos por causa da severa crise econômica e que agora queiram retornar.

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Durante um ato com políticos e empresários em Caracas, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, pediu a ministro para configurar mecanismo com a ajuda de quatro bancos públicos Foto: Miguel Gutiérrez/EFE

"Eu quero que você me faça um plano especial para apoiar venezuelanos que tenham ido ao exterior, que tenham perdido tudo e queiram voltar para trabalhar e ter seu negócio, ter sua empresa", ordenou o presidente venezuelano ao ministro de Economia, Simón Zerpa.

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Durante um ato com políticos e empresários em Caracas, o líder chavista pediu ao seu ministro para configurar este mecanismo com a ajuda de quatro bancos públicos.

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Maduro disse sentir tristeza pelas histórias que conhece "todos os dias" de venezuelanos que foram embora do país por causa da "campanha permanente dos veículos de meios de comunicação e das redes sociais" e que agora sofrem "humilhações" no exterior ou estão "passando fome".

"Decidem vender a casa, o apartamento, o carro e vão embora. Seis meses depois retornam arruinados", comentou.

O presidente opinou ainda que, diante da crise, os cidadãos não deveriam deixar a Venezuela, mas "ficar, trabalhar e fazer da pátria a pátria mais bela e próspera que jamais se tenha conhecido no planeta Terra".

Diáspora

A Organização Internacional de Migração (OIM) estimou em 1,6 milhão o tamanho da diáspora venezuelana dos últimos anos e há estudos que falam até que 4 milhões de cidadãos tenham deixado o país desde que se instaurou a chamada Revolução Bolivariana, em 1999.

Embora Maduro tenha negado que exista um "êxodo em massa" de venezuelanos, no mês passado disse esperar o retorno dos jovens que emigraram para "melhorar sua vida".

Panamá

O presidente da Venezuela anunciou também nesta quinta o restabelecimento das relações de seu país com o Panamá, que viviam uma crise há quase um mês após a imposição de sanções econômicas mútuas.

"Conversei com o presidente do Panamá, Juan Carlos Valera e definimos três coisas: primeiro o retorno dos embaixadores do Panamá e da Venezuela às suas respectivas embaixadas", declarou Maduro.

Além disso, os dois presidentes combinaram a "retomada dos voos com todas as linhas aéreas" - que haviam sido suspensos pelas autoridades venezuelanas, deixando centenas de passageiros retidos - e a criação de uma comissão presidida pelos chanceleres dos dois países para lidar com os assuntos pendentes.

"Em 30 dias, (essa comissão) deve nos dar um relatório para solucionar os problemas e assuntos pendentes entre os dois governos e os dois países", explicou.

A aproximação, após várias semanas de atrito, foi fruto da mediação do presidente da República Dominicana, Danilo Medina, a quem Maduro agradeceu por seus esforços.

Maduro também agradeceu a Varela e disse ter sido seu amigo quando ambos foram chanceleres de suas respectivas nações e com quem manteve "muito boa comunicação".

"Acordamos ter as melhores relações bilaterais e tentar canalizar nossas diferenças e problemas da melhor forma", acrescentou.

As diferenças diplomáticas começaram em 28 de março, quando o Panamá pediu aos bancos radicados no país que intensificassem a supervisão financeira sobre 55 venezuelanos politicamente expostos, entre eles o próprio Maduro, por serem considerados elementos de "alto risco" em matéria de lavagem de dinheiro.

O governo da Venezuela respondeu a isso suspendendo as operações de uma lista de empresas panamenhas, incluindo a interconexão aérea dos países em que a companhia panamenha Copa Airlines opera.

Durante os últimos dias, o presidente venezuelano insistiu publicamente em seu desejo de conversar com Varela para solucionar a crise, defendendo que as ações diplomáticas e econômicas que seu governo empreendeu foram uma resposta de "reciprocidade" e "justiça". /EFE

CARACAS - O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou nesta quinta-feira, 26, um plano com o qual espera trazer de volta ao país os venezuelanos que emigraram nos últimos anos por causa da severa crise econômica e que agora queiram retornar.

+++ Venezuela registra o maior aumento de casos de malária no mundo e ameaça Brasil 

Durante um ato com políticos e empresários em Caracas, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, pediu a ministro para configurar mecanismo com a ajuda de quatro bancos públicos Foto: Miguel Gutiérrez/EFE

"Eu quero que você me faça um plano especial para apoiar venezuelanos que tenham ido ao exterior, que tenham perdido tudo e queiram voltar para trabalhar e ter seu negócio, ter sua empresa", ordenou o presidente venezuelano ao ministro de Economia, Simón Zerpa.

+++ Sem dinheiro, venezuelanos percorrem 200 km a pé da fronteira até Boa Vista

Durante um ato com políticos e empresários em Caracas, o líder chavista pediu ao seu ministro para configurar este mecanismo com a ajuda de quatro bancos públicos.

+++ Novo presidente cubano recebe Maduro em primeiro compromisso internacional

Maduro disse sentir tristeza pelas histórias que conhece "todos os dias" de venezuelanos que foram embora do país por causa da "campanha permanente dos veículos de meios de comunicação e das redes sociais" e que agora sofrem "humilhações" no exterior ou estão "passando fome".

"Decidem vender a casa, o apartamento, o carro e vão embora. Seis meses depois retornam arruinados", comentou.

O presidente opinou ainda que, diante da crise, os cidadãos não deveriam deixar a Venezuela, mas "ficar, trabalhar e fazer da pátria a pátria mais bela e próspera que jamais se tenha conhecido no planeta Terra".

Diáspora

A Organização Internacional de Migração (OIM) estimou em 1,6 milhão o tamanho da diáspora venezuelana dos últimos anos e há estudos que falam até que 4 milhões de cidadãos tenham deixado o país desde que se instaurou a chamada Revolução Bolivariana, em 1999.

Embora Maduro tenha negado que exista um "êxodo em massa" de venezuelanos, no mês passado disse esperar o retorno dos jovens que emigraram para "melhorar sua vida".

Panamá

O presidente da Venezuela anunciou também nesta quinta o restabelecimento das relações de seu país com o Panamá, que viviam uma crise há quase um mês após a imposição de sanções econômicas mútuas.

"Conversei com o presidente do Panamá, Juan Carlos Valera e definimos três coisas: primeiro o retorno dos embaixadores do Panamá e da Venezuela às suas respectivas embaixadas", declarou Maduro.

Além disso, os dois presidentes combinaram a "retomada dos voos com todas as linhas aéreas" - que haviam sido suspensos pelas autoridades venezuelanas, deixando centenas de passageiros retidos - e a criação de uma comissão presidida pelos chanceleres dos dois países para lidar com os assuntos pendentes.

"Em 30 dias, (essa comissão) deve nos dar um relatório para solucionar os problemas e assuntos pendentes entre os dois governos e os dois países", explicou.

A aproximação, após várias semanas de atrito, foi fruto da mediação do presidente da República Dominicana, Danilo Medina, a quem Maduro agradeceu por seus esforços.

Maduro também agradeceu a Varela e disse ter sido seu amigo quando ambos foram chanceleres de suas respectivas nações e com quem manteve "muito boa comunicação".

"Acordamos ter as melhores relações bilaterais e tentar canalizar nossas diferenças e problemas da melhor forma", acrescentou.

As diferenças diplomáticas começaram em 28 de março, quando o Panamá pediu aos bancos radicados no país que intensificassem a supervisão financeira sobre 55 venezuelanos politicamente expostos, entre eles o próprio Maduro, por serem considerados elementos de "alto risco" em matéria de lavagem de dinheiro.

O governo da Venezuela respondeu a isso suspendendo as operações de uma lista de empresas panamenhas, incluindo a interconexão aérea dos países em que a companhia panamenha Copa Airlines opera.

Durante os últimos dias, o presidente venezuelano insistiu publicamente em seu desejo de conversar com Varela para solucionar a crise, defendendo que as ações diplomáticas e econômicas que seu governo empreendeu foram uma resposta de "reciprocidade" e "justiça". /EFE

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