CARACAS - O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou nesta quinta-feira a eliminação de três zeros do bolívar e a retirada de circulação da cédula atual a partir de 4 de junho, como parte das suas medidas econômicas para "garantir as atividades comerciais"e para enfrentar a escassez de moeda em meio à inflação voraz. "Decidi eliminar três zeros da moeda e tirar de circulação a cédula atual e pôr em circulação um nova cédula com três zeros a menos na moeda", disse Maduro em discurso transmitido pela emissora estatal "VTV".
O presidente venezuelano disse que a nova cédula - que substitui a que instaurou em janeiro de 2017 - fará frente à "guerra econômica de perseguição financeira" enfrentada por seu governo, que ele garantiu ser dirigida da Colômbia pelo presidente Juan Manuel Santos com ajuda do deputado opositor venezuelano Júlio Borges. "Decidi tirar de circulação a atual cédula para garantir ao povo da Venezuela suas atividades comerciais e monetárias", acrescentou Maduro sobre este novo esquema monetário que começará a circular em pouco mais de dois meses. A cédula de maior denominação - 500 bolívares - equivale a apenas US$ 0,01 de acordo com o câmbio oficial de 43.980 bolívares para cada US$ 1. Maduro disse que esta ação está relacionada com "a defesa do bolívar" e estas novas cédulas passarão a ser conhecidas como " bolívar soberano". "Vamos a desmonetizar o atual bolívar e trocá-lo pelo bolívar soberano. Não vamos dolarizar a nossa economia, vamos defender o nosso bolívar", frisou. O novo sistema monetário está composto por duas moedas, uma de 50 centavos de bolívar (US$ 0,00001) e outra de 1 bolívar (US$ 0,00002). Além disso, há cédulas de 2 (US$ 0,00004), 5 (US$ 0,0001), 10 (US$ 0,0002), 20 (US$ 0,0004), 50 (US$ 0,001), 100 (US$ 0,002), 200 (US$ 0,004) e 500 bolívares (US$ 0,01). / EFE