Maduro diz que ‘Venezuela tem soberania’ após Lula e Petro sugerirem a realização de novas eleições


Sem mencionar diretamente o assunto, ditador venezuelano declarou à imprensa que que ‘não pratica diplomacia de microfone’ e acusou os Estados Unidos de intervencionismo

Por Redação
Atualização:

O ditador venezuelano, Nicolás Maduro, insistiu nesta quinta-feira, 15, que “a Venezuela tem soberania” e “é um país independente”, após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e seu homólogo colombiano, Gustavo Petro, terem sugerido mais cedo a realização de novas eleições no país.

Sem mencionar diretamente o assunto, Maduro declarou à imprensa oficial do governo venezuelano: “Eu não pratico a diplomacia do microfone, nunca faço isso”. “Caso contrário, a gente se torna conselheiro de outros países”, acrescentou.

Mais cedo nesta quinta-feira, Lula declarou que ainda não reconhece Maduro como presidente reeleito e mencionou publicamente pela primeira vez a ideia de novas eleições no país vizinho se Maduro “tiver bom senso”, mas observou que não é “fácil, nem bom” o presidente de um país dar palpite na política de outra nação.

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Na mesma linha, Gustavo Petro, pediu na rede social X “novas eleições livres” com “garantias totais para a ação política” e o “levantamento de todas as sanções” econômicas dos Estados Unidos contra a Venezuela.

“Nunca vou dizer ‘Colômbia, seu governo deve fazer isso’ e dar um conselho nas minhas redes sociais, não. Cada presidente sabe, cada Estado, cada país sabe o que deve fazer com seus assuntos internos”, rebateu Maduro.

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O ditador venezuelano não mencionou Lula, mas declarou que a Venezuela não comentou as alegações de fraude feitas pelo ex-presidente Jair Bolsonaro nas eleições de 2022, bem como no 8 de janeiro.

Por outro lado, a Casa Branca pareceu recuar nesta quinta-feira de declarações do presidente Joe Biden em que apoiava a realização de novas eleições na Venezuela.

Os Estados Unidos “deixaram o mundo atônito porque negam o presidente”, opinou Maduro. “O presidente Biden declarou de forma intervencionista, sobre os assuntos internos da Venezuela (...) ele dá uma opinião e meia hora depois é desmentido pelos porta-vozes do Departamento de Estado”.

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Maduro afirmou 'a Venezuela tem soberania' após Lula e seu homólogo colombiano, Gustavo Petro, terem sugerido mais cedo a realização de novas eleições em Caracas. Foto: Matias Delacroix/AP

“Eu rejeito, plena e absolutamente, que o governo dos Estados Unidos pretenda se tornar a autoridade eleitoral da Venezuela”, enfatizou.

A líder opositora da Venezuela, María Corina Machado, também rejeitou a sugestão de realização de uma nova eleição, descrevendo como “uma falta de respeito aos venezuelanos”. “Eu pergunto a vocês. Se não agradar o resultado de uma segunda eleição, vamos por uma terceira? Uma quarta? Uma quinta? Até que Maduro se agrade com os resultados? Vocês aceitariam isso em seu país?”, disse durante coletiva de imprensa.

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OEA convoca reunião extraordinária

O Conselho Permanente da Organização dos Estados Americanos (OEA) realizará na sexta-feira, 16, uma reunião extraordinária para estudar um projeto de resolução sobre a situação na Venezuela. A reunião ocorrerá às 20h (21h em Brasília) na sede da OEA em Washington a pedido dos Estados Unidos, segundo um comunicado publicado nesta quinta-feira pela organização.

O projeto de resolução pede ao Conselho Nacional Eleitoral (CNE) venezuelano que “publique de maneira rápida as atas com os resultados da votação das eleições presidenciais em nível de cada mesa eleitoral” e permita “uma verificação imparcial dos resultados”.

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O documento, apresentado pelos Estados Unidos à OEA, também recebeu o apoio de Antígua e Barbuda, Argentina, Canadá, Chile, Equador, Guatemala, Paraguai, República Dominicana, Suriname e Uruguai.

Reconhecendo “relatos de violações dos direitos humanos” após as eleições venezuelanas, o texto pede ao governo de Maduro que respeite “o direito de se reunir pacificamente” sem retaliações, “a não ser submetido a detenções ou prisões arbitrárias” e a ter um “julgamento imparcial”./AFP

O ditador venezuelano, Nicolás Maduro, insistiu nesta quinta-feira, 15, que “a Venezuela tem soberania” e “é um país independente”, após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e seu homólogo colombiano, Gustavo Petro, terem sugerido mais cedo a realização de novas eleições no país.

Sem mencionar diretamente o assunto, Maduro declarou à imprensa oficial do governo venezuelano: “Eu não pratico a diplomacia do microfone, nunca faço isso”. “Caso contrário, a gente se torna conselheiro de outros países”, acrescentou.

Mais cedo nesta quinta-feira, Lula declarou que ainda não reconhece Maduro como presidente reeleito e mencionou publicamente pela primeira vez a ideia de novas eleições no país vizinho se Maduro “tiver bom senso”, mas observou que não é “fácil, nem bom” o presidente de um país dar palpite na política de outra nação.

Na mesma linha, Gustavo Petro, pediu na rede social X “novas eleições livres” com “garantias totais para a ação política” e o “levantamento de todas as sanções” econômicas dos Estados Unidos contra a Venezuela.

“Nunca vou dizer ‘Colômbia, seu governo deve fazer isso’ e dar um conselho nas minhas redes sociais, não. Cada presidente sabe, cada Estado, cada país sabe o que deve fazer com seus assuntos internos”, rebateu Maduro.

O ditador venezuelano não mencionou Lula, mas declarou que a Venezuela não comentou as alegações de fraude feitas pelo ex-presidente Jair Bolsonaro nas eleições de 2022, bem como no 8 de janeiro.

Por outro lado, a Casa Branca pareceu recuar nesta quinta-feira de declarações do presidente Joe Biden em que apoiava a realização de novas eleições na Venezuela.

Os Estados Unidos “deixaram o mundo atônito porque negam o presidente”, opinou Maduro. “O presidente Biden declarou de forma intervencionista, sobre os assuntos internos da Venezuela (...) ele dá uma opinião e meia hora depois é desmentido pelos porta-vozes do Departamento de Estado”.

Maduro afirmou 'a Venezuela tem soberania' após Lula e seu homólogo colombiano, Gustavo Petro, terem sugerido mais cedo a realização de novas eleições em Caracas. Foto: Matias Delacroix/AP

“Eu rejeito, plena e absolutamente, que o governo dos Estados Unidos pretenda se tornar a autoridade eleitoral da Venezuela”, enfatizou.

A líder opositora da Venezuela, María Corina Machado, também rejeitou a sugestão de realização de uma nova eleição, descrevendo como “uma falta de respeito aos venezuelanos”. “Eu pergunto a vocês. Se não agradar o resultado de uma segunda eleição, vamos por uma terceira? Uma quarta? Uma quinta? Até que Maduro se agrade com os resultados? Vocês aceitariam isso em seu país?”, disse durante coletiva de imprensa.

OEA convoca reunião extraordinária

O Conselho Permanente da Organização dos Estados Americanos (OEA) realizará na sexta-feira, 16, uma reunião extraordinária para estudar um projeto de resolução sobre a situação na Venezuela. A reunião ocorrerá às 20h (21h em Brasília) na sede da OEA em Washington a pedido dos Estados Unidos, segundo um comunicado publicado nesta quinta-feira pela organização.

O projeto de resolução pede ao Conselho Nacional Eleitoral (CNE) venezuelano que “publique de maneira rápida as atas com os resultados da votação das eleições presidenciais em nível de cada mesa eleitoral” e permita “uma verificação imparcial dos resultados”.

O documento, apresentado pelos Estados Unidos à OEA, também recebeu o apoio de Antígua e Barbuda, Argentina, Canadá, Chile, Equador, Guatemala, Paraguai, República Dominicana, Suriname e Uruguai.

Reconhecendo “relatos de violações dos direitos humanos” após as eleições venezuelanas, o texto pede ao governo de Maduro que respeite “o direito de se reunir pacificamente” sem retaliações, “a não ser submetido a detenções ou prisões arbitrárias” e a ter um “julgamento imparcial”./AFP

O ditador venezuelano, Nicolás Maduro, insistiu nesta quinta-feira, 15, que “a Venezuela tem soberania” e “é um país independente”, após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e seu homólogo colombiano, Gustavo Petro, terem sugerido mais cedo a realização de novas eleições no país.

Sem mencionar diretamente o assunto, Maduro declarou à imprensa oficial do governo venezuelano: “Eu não pratico a diplomacia do microfone, nunca faço isso”. “Caso contrário, a gente se torna conselheiro de outros países”, acrescentou.

Mais cedo nesta quinta-feira, Lula declarou que ainda não reconhece Maduro como presidente reeleito e mencionou publicamente pela primeira vez a ideia de novas eleições no país vizinho se Maduro “tiver bom senso”, mas observou que não é “fácil, nem bom” o presidente de um país dar palpite na política de outra nação.

Na mesma linha, Gustavo Petro, pediu na rede social X “novas eleições livres” com “garantias totais para a ação política” e o “levantamento de todas as sanções” econômicas dos Estados Unidos contra a Venezuela.

“Nunca vou dizer ‘Colômbia, seu governo deve fazer isso’ e dar um conselho nas minhas redes sociais, não. Cada presidente sabe, cada Estado, cada país sabe o que deve fazer com seus assuntos internos”, rebateu Maduro.

O ditador venezuelano não mencionou Lula, mas declarou que a Venezuela não comentou as alegações de fraude feitas pelo ex-presidente Jair Bolsonaro nas eleições de 2022, bem como no 8 de janeiro.

Por outro lado, a Casa Branca pareceu recuar nesta quinta-feira de declarações do presidente Joe Biden em que apoiava a realização de novas eleições na Venezuela.

Os Estados Unidos “deixaram o mundo atônito porque negam o presidente”, opinou Maduro. “O presidente Biden declarou de forma intervencionista, sobre os assuntos internos da Venezuela (...) ele dá uma opinião e meia hora depois é desmentido pelos porta-vozes do Departamento de Estado”.

Maduro afirmou 'a Venezuela tem soberania' após Lula e seu homólogo colombiano, Gustavo Petro, terem sugerido mais cedo a realização de novas eleições em Caracas. Foto: Matias Delacroix/AP

“Eu rejeito, plena e absolutamente, que o governo dos Estados Unidos pretenda se tornar a autoridade eleitoral da Venezuela”, enfatizou.

A líder opositora da Venezuela, María Corina Machado, também rejeitou a sugestão de realização de uma nova eleição, descrevendo como “uma falta de respeito aos venezuelanos”. “Eu pergunto a vocês. Se não agradar o resultado de uma segunda eleição, vamos por uma terceira? Uma quarta? Uma quinta? Até que Maduro se agrade com os resultados? Vocês aceitariam isso em seu país?”, disse durante coletiva de imprensa.

OEA convoca reunião extraordinária

O Conselho Permanente da Organização dos Estados Americanos (OEA) realizará na sexta-feira, 16, uma reunião extraordinária para estudar um projeto de resolução sobre a situação na Venezuela. A reunião ocorrerá às 20h (21h em Brasília) na sede da OEA em Washington a pedido dos Estados Unidos, segundo um comunicado publicado nesta quinta-feira pela organização.

O projeto de resolução pede ao Conselho Nacional Eleitoral (CNE) venezuelano que “publique de maneira rápida as atas com os resultados da votação das eleições presidenciais em nível de cada mesa eleitoral” e permita “uma verificação imparcial dos resultados”.

O documento, apresentado pelos Estados Unidos à OEA, também recebeu o apoio de Antígua e Barbuda, Argentina, Canadá, Chile, Equador, Guatemala, Paraguai, República Dominicana, Suriname e Uruguai.

Reconhecendo “relatos de violações dos direitos humanos” após as eleições venezuelanas, o texto pede ao governo de Maduro que respeite “o direito de se reunir pacificamente” sem retaliações, “a não ser submetido a detenções ou prisões arbitrárias” e a ter um “julgamento imparcial”./AFP

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