CARACAS - O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, pediu na quarta-feira 24 que os simpatizantes do chavismo formem comitês de trabalhadores em "todos os setores", incluindo a estatal petroleira PDVSA, para que "se comprometam por escrito" a votar nele nas próximas eleições.
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"Quero ter um comando de campanha central da classe trabalhadora que conte com (...) todos os trabalhadores e se comprometam por escrito a votar no candidato da pátria Nicolás Maduro", disse o líder chavista, que tentará a reeleição no pleito adiantado para, no máximo, 30 de abril.
A Assembleia Constituinte, que governa o país com poder absoluto, adiantou na terça-feira a votação, que tradicionalmente é realizada em dezembro. O Poder Eleitoral ainda definirá a data exata.
Ao pedir a criação dos comitês, Maduro mencionou duas empresas públicas, a PDVSA - fonte de 96% das divisas que entram no país - e o Metrô de Caracas.
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"Assim como vocês me pedem mais, peço mais de vocês", afirmou Maduro durante um ato com trabalhadores, destacando a importância de "conquistar voto por voto, trabalhador por trabalhador".
Em cada processo eleitoral, organizações sindicais e dirigentes opositores denunciaram pressões e demissões por parte do governo. Cerca de 2,8 milhões de pessoas trabalham nos setores públicos da Venezuela.
O número dois do chavismo, Diosdado Cabello, é acusado de ameaçar os funcionários públicos com demissões se não apoiarem a "revolução" nas votações. / AFP
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Familiares pediram nesta quarta-feira a entrega dos corpos do piloto Óscar Pérez, protagonista de ações contra o governo de Nicolás Maduro e dos outros seis que foram mortos em uma operação de segurança. O acesso ao instituto médico legal de Caracas foi restringido por guardas armados.