Maduro rejeita convocar eleições e envia Exército para fronteiras


Presidente da Venezuela disse não aceitar ultimato de países europeus, e pede para Forças Armadas reforçarem fronteiras após pedido de ajuda humanitária feito a europeus e americanos por Guaidó

Por Redação

CARACAS - O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, rejeitou o ultimato dado por países europeus na semana passada para ele convocar eleições presidenciais, e afirmou que está reforçando o patrulhamento nas fronteiras com o envio das Forças Armadas. A decisão foi tomada após o líder oposicionista e autoproclamado presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, afirmar que pediu ajuda humanitária para Estados Unidos e países europeus.

O presidente Nicolás Maduro segura a bandeira nacional enquanto fala para apoiadores que convocou para as ruas nos protestos de23 de janeiro de 2019 Foto: Luis ROBAYO/AFP

Em entrevista à rede espanhola La Sexta, Maduro disse que não vai “ceder por covardia diante da pressão” dos europeus. “Por que a União Europeia terá que dizer a um país que já fez escolhas que têm de repetir as eleições presidenciais? Só porque seus aliados não ganharam?”, disse Maduro.

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O ultimato dado Espanha, França, Alemanha, Reino Unido, Portugal e Holanda na semana passada termina à meia-noite deste domingo. Os países afirmaram que se Maduro não convocasse eleições presidenciais, eles passariam a apoiar Juan Guaidó.

"Eles tentam nos encurralar com ultimatos para nos forçar a ir a uma situação extrema de confronto", denunciou Maduro, que insistiu em sua proposta para as eleições antecipadas do Parlamento, dominadas pela oposição.

Por outro lado, Maduro disse apoiar a “boa iniciativa” de um grupo de contato internacional, formado por União Europeia e países latino-americanos, como Uruguai e México, que visa "promover um processo político e pacífico" para sair da crise venezuelana. O primeiro encontro do grupo deve ocorrer em 7 de fevereiro, em Montevidéu.

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"Eu apoio essa conferência. (...) Aposto que a partir desta iniciativa haverá uma mesa de negociações, um diálogo entre os venezuelanos, para resolver nossos problemas, para agendar um plano, uma solução para os problemas da Venezuela", disse Maduro.

Durante a entrevista, o presidente enviou uma mensagem a Guaidó: "Eu digo a ele: abandone a estratégia do golpe, se quiser contribuir com algo, sente-se em uma mesa de conversação face a face" com o governo.

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Guaidó já disse que não se prestará a "falsos" diálogos que dão oxigênio ao governo e que os venezuelanos "permanecerão nas ruas até o usurpador" Maduro renunciar.

O opositor anunciou que a ajuda humanitária deve começar a chegar nesta semana. Segundo Guaidó, será criada uma “coalizão nacional e internacional” com três centros de armazenamento de remédios e alimentos: na Colômbia, na cidade de Cúcuta, no Brasil, e em uma ilha caribenha. Segundo Guaidó, haverá uma mobilização para exigir aos militares venezuelanos que deixem a ajuda entrar no país.

Entre as opções estudadas pelos EUA para enfrentar o colapso da Venezuela está a abertura de um corredor para envio de ajuda humanitária. Washington disse ter prontos US$ 20 milhões para enviar em alimentos e remédios. Na madrugada de sábado para domingo, o conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, John Bolton, escreveu em sua conta no Twitter que os “Estados Unidos já estão mobilizando e transportando ajuda humanitária” para a Venezuela. Bolton postou fotos de caixas de alimentos e remédios já empacotados e prontos para o embarque.

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A ideia de abrir um canal ou corredor humanitário foi respaldada pela Assembleia Nacional da Venezuela, de maioria opositora, e por 14 países que integram o Grupo de Lima em diferentes comunicados. O chavismo considera a criação de um “corredor humanitário” uma porta de entrada para forças estrangeiras interessadas em uma intervenção militar. O governo Maduro atribui a escassez de alimentos e remédios às sanções dos Estados Unidos.

Diante da ajuda humanitária, Nicolás Maduro enviou as Forças Armadas do país para reforçar as fronteiras. 

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Neste domingo, 3, oficiais das Forças Armadas Nacionais Bolivarianas (Fanb) e membros da Guarda Nacional foram para a fronteira com a Colômbia, em Táchira, n a madrugada, para supervisionar os postos fronteiriços. “Estamos na Ponte Internacional Simón Bolívar, para assegurar a defesa da pátria. Paz total por aqui”, escreveu em sua conta no Twitter o general Freddy Bernal.

A operação aconteceu horas depois de Guaidó anunciar que Cúcuta, na Colômbia, seria um dos pontos onde chegaria a ajuda humanitária internacional. A ponte Simón Bolívar liga San Antonio del Táchira, na Venezuela, com Cúcuta, na Colômbia.

John Bolton exortou ontem os militares venezuelanos a “seguir o exemplo do general Francisco Yáñez, da Aviação Militar, proteger os manifestantes e ficar ao lado da democracia”. No sábado, Yáñez não reconheceu Maduro, tornando-se o primeiro militar na ativa de alto escalão a reconhecer Guaidó. / AFP e REUTERS

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CARACAS - O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, rejeitou o ultimato dado por países europeus na semana passada para ele convocar eleições presidenciais, e afirmou que está reforçando o patrulhamento nas fronteiras com o envio das Forças Armadas. A decisão foi tomada após o líder oposicionista e autoproclamado presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, afirmar que pediu ajuda humanitária para Estados Unidos e países europeus.

O presidente Nicolás Maduro segura a bandeira nacional enquanto fala para apoiadores que convocou para as ruas nos protestos de23 de janeiro de 2019 Foto: Luis ROBAYO/AFP

Em entrevista à rede espanhola La Sexta, Maduro disse que não vai “ceder por covardia diante da pressão” dos europeus. “Por que a União Europeia terá que dizer a um país que já fez escolhas que têm de repetir as eleições presidenciais? Só porque seus aliados não ganharam?”, disse Maduro.

O ultimato dado Espanha, França, Alemanha, Reino Unido, Portugal e Holanda na semana passada termina à meia-noite deste domingo. Os países afirmaram que se Maduro não convocasse eleições presidenciais, eles passariam a apoiar Juan Guaidó.

"Eles tentam nos encurralar com ultimatos para nos forçar a ir a uma situação extrema de confronto", denunciou Maduro, que insistiu em sua proposta para as eleições antecipadas do Parlamento, dominadas pela oposição.

Por outro lado, Maduro disse apoiar a “boa iniciativa” de um grupo de contato internacional, formado por União Europeia e países latino-americanos, como Uruguai e México, que visa "promover um processo político e pacífico" para sair da crise venezuelana. O primeiro encontro do grupo deve ocorrer em 7 de fevereiro, em Montevidéu.

"Eu apoio essa conferência. (...) Aposto que a partir desta iniciativa haverá uma mesa de negociações, um diálogo entre os venezuelanos, para resolver nossos problemas, para agendar um plano, uma solução para os problemas da Venezuela", disse Maduro.

Durante a entrevista, o presidente enviou uma mensagem a Guaidó: "Eu digo a ele: abandone a estratégia do golpe, se quiser contribuir com algo, sente-se em uma mesa de conversação face a face" com o governo.

Guaidó já disse que não se prestará a "falsos" diálogos que dão oxigênio ao governo e que os venezuelanos "permanecerão nas ruas até o usurpador" Maduro renunciar.

O opositor anunciou que a ajuda humanitária deve começar a chegar nesta semana. Segundo Guaidó, será criada uma “coalizão nacional e internacional” com três centros de armazenamento de remédios e alimentos: na Colômbia, na cidade de Cúcuta, no Brasil, e em uma ilha caribenha. Segundo Guaidó, haverá uma mobilização para exigir aos militares venezuelanos que deixem a ajuda entrar no país.

Entre as opções estudadas pelos EUA para enfrentar o colapso da Venezuela está a abertura de um corredor para envio de ajuda humanitária. Washington disse ter prontos US$ 20 milhões para enviar em alimentos e remédios. Na madrugada de sábado para domingo, o conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, John Bolton, escreveu em sua conta no Twitter que os “Estados Unidos já estão mobilizando e transportando ajuda humanitária” para a Venezuela. Bolton postou fotos de caixas de alimentos e remédios já empacotados e prontos para o embarque.

A ideia de abrir um canal ou corredor humanitário foi respaldada pela Assembleia Nacional da Venezuela, de maioria opositora, e por 14 países que integram o Grupo de Lima em diferentes comunicados. O chavismo considera a criação de um “corredor humanitário” uma porta de entrada para forças estrangeiras interessadas em uma intervenção militar. O governo Maduro atribui a escassez de alimentos e remédios às sanções dos Estados Unidos.

Diante da ajuda humanitária, Nicolás Maduro enviou as Forças Armadas do país para reforçar as fronteiras. 

Neste domingo, 3, oficiais das Forças Armadas Nacionais Bolivarianas (Fanb) e membros da Guarda Nacional foram para a fronteira com a Colômbia, em Táchira, n a madrugada, para supervisionar os postos fronteiriços. “Estamos na Ponte Internacional Simón Bolívar, para assegurar a defesa da pátria. Paz total por aqui”, escreveu em sua conta no Twitter o general Freddy Bernal.

A operação aconteceu horas depois de Guaidó anunciar que Cúcuta, na Colômbia, seria um dos pontos onde chegaria a ajuda humanitária internacional. A ponte Simón Bolívar liga San Antonio del Táchira, na Venezuela, com Cúcuta, na Colômbia.

John Bolton exortou ontem os militares venezuelanos a “seguir o exemplo do general Francisco Yáñez, da Aviação Militar, proteger os manifestantes e ficar ao lado da democracia”. No sábado, Yáñez não reconheceu Maduro, tornando-se o primeiro militar na ativa de alto escalão a reconhecer Guaidó. / AFP e REUTERS

CARACAS - O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, rejeitou o ultimato dado por países europeus na semana passada para ele convocar eleições presidenciais, e afirmou que está reforçando o patrulhamento nas fronteiras com o envio das Forças Armadas. A decisão foi tomada após o líder oposicionista e autoproclamado presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, afirmar que pediu ajuda humanitária para Estados Unidos e países europeus.

O presidente Nicolás Maduro segura a bandeira nacional enquanto fala para apoiadores que convocou para as ruas nos protestos de23 de janeiro de 2019 Foto: Luis ROBAYO/AFP

Em entrevista à rede espanhola La Sexta, Maduro disse que não vai “ceder por covardia diante da pressão” dos europeus. “Por que a União Europeia terá que dizer a um país que já fez escolhas que têm de repetir as eleições presidenciais? Só porque seus aliados não ganharam?”, disse Maduro.

O ultimato dado Espanha, França, Alemanha, Reino Unido, Portugal e Holanda na semana passada termina à meia-noite deste domingo. Os países afirmaram que se Maduro não convocasse eleições presidenciais, eles passariam a apoiar Juan Guaidó.

"Eles tentam nos encurralar com ultimatos para nos forçar a ir a uma situação extrema de confronto", denunciou Maduro, que insistiu em sua proposta para as eleições antecipadas do Parlamento, dominadas pela oposição.

Por outro lado, Maduro disse apoiar a “boa iniciativa” de um grupo de contato internacional, formado por União Europeia e países latino-americanos, como Uruguai e México, que visa "promover um processo político e pacífico" para sair da crise venezuelana. O primeiro encontro do grupo deve ocorrer em 7 de fevereiro, em Montevidéu.

"Eu apoio essa conferência. (...) Aposto que a partir desta iniciativa haverá uma mesa de negociações, um diálogo entre os venezuelanos, para resolver nossos problemas, para agendar um plano, uma solução para os problemas da Venezuela", disse Maduro.

Durante a entrevista, o presidente enviou uma mensagem a Guaidó: "Eu digo a ele: abandone a estratégia do golpe, se quiser contribuir com algo, sente-se em uma mesa de conversação face a face" com o governo.

Guaidó já disse que não se prestará a "falsos" diálogos que dão oxigênio ao governo e que os venezuelanos "permanecerão nas ruas até o usurpador" Maduro renunciar.

O opositor anunciou que a ajuda humanitária deve começar a chegar nesta semana. Segundo Guaidó, será criada uma “coalizão nacional e internacional” com três centros de armazenamento de remédios e alimentos: na Colômbia, na cidade de Cúcuta, no Brasil, e em uma ilha caribenha. Segundo Guaidó, haverá uma mobilização para exigir aos militares venezuelanos que deixem a ajuda entrar no país.

Entre as opções estudadas pelos EUA para enfrentar o colapso da Venezuela está a abertura de um corredor para envio de ajuda humanitária. Washington disse ter prontos US$ 20 milhões para enviar em alimentos e remédios. Na madrugada de sábado para domingo, o conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, John Bolton, escreveu em sua conta no Twitter que os “Estados Unidos já estão mobilizando e transportando ajuda humanitária” para a Venezuela. Bolton postou fotos de caixas de alimentos e remédios já empacotados e prontos para o embarque.

A ideia de abrir um canal ou corredor humanitário foi respaldada pela Assembleia Nacional da Venezuela, de maioria opositora, e por 14 países que integram o Grupo de Lima em diferentes comunicados. O chavismo considera a criação de um “corredor humanitário” uma porta de entrada para forças estrangeiras interessadas em uma intervenção militar. O governo Maduro atribui a escassez de alimentos e remédios às sanções dos Estados Unidos.

Diante da ajuda humanitária, Nicolás Maduro enviou as Forças Armadas do país para reforçar as fronteiras. 

Neste domingo, 3, oficiais das Forças Armadas Nacionais Bolivarianas (Fanb) e membros da Guarda Nacional foram para a fronteira com a Colômbia, em Táchira, n a madrugada, para supervisionar os postos fronteiriços. “Estamos na Ponte Internacional Simón Bolívar, para assegurar a defesa da pátria. Paz total por aqui”, escreveu em sua conta no Twitter o general Freddy Bernal.

A operação aconteceu horas depois de Guaidó anunciar que Cúcuta, na Colômbia, seria um dos pontos onde chegaria a ajuda humanitária internacional. A ponte Simón Bolívar liga San Antonio del Táchira, na Venezuela, com Cúcuta, na Colômbia.

John Bolton exortou ontem os militares venezuelanos a “seguir o exemplo do general Francisco Yáñez, da Aviação Militar, proteger os manifestantes e ficar ao lado da democracia”. No sábado, Yáñez não reconheceu Maduro, tornando-se o primeiro militar na ativa de alto escalão a reconhecer Guaidó. / AFP e REUTERS

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