Mãe de crianças resgatadas da selva colombiana ficou quatro dias viva, segundo o pai


As crianças foram levadas a um hospital e estão recebendo tratamento com alimentos leves, atendimento psicológico e cuidados tradicionais indígenas

Por Redação
Atualização:

BOGOTA - A mãe das quatro crianças indígenas resgatadas após uma incrível jornada de sobrevivência de 40 dias na selva colombiana permaneceu viva por quatro dias após o acidente de avião no começo de maio, segundo o seu marido e pai das crianças neste domingo, 11.

“A única coisa que ela (Lesly) esclareceu é que sua mãe ficou viva por quatro dias. Então, antes de morrer, talvez a mãe tenha dito a eles: ‘Vão embora que vocês vão encontrar o pai de vocês’ (...)”, declarou Manuel Miller Ranoque à imprensa, junto ao hospital militar em Bogotá, onde as crianças da comunidade huitoto estão se recuperando.

Lesly de 13 anos, Soleiny, 9 anos, Tien Noriel de 5 anos e Cristin de apenas 1 ano foram encontrados vivos na sexta-feira, 9, no meio da floresta amazônica no sul da Colômbia, a 5 km do local do acidente, no qual três adultos morreram.

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Manuel Ranoque, pai das crianças indígenas que sobreviveram a um acidente de avião na Amazônia fala com a imprensa da entrada do hospital militar onde as crianças estão recebendo atendimento médico, em Bogotá, Colômbia Foto: Ivan Valencia/ AP

Entre 15 e 16 de maio, uma equipe militar localizou no departamento de Caquetá o piloto morto na cabine da aeronave, que estava preso entre árvores.

Magdalena Mucutuy, mãe das crianças, e um líder indígena também faleceram, embora os militares não tenham especificado onde estavam seus corpos.

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Mais de 100 soldados e indígenas da região, apoiados por cães farejadores, seguiram o rastro das crianças, enquanto elas caminhavam pela selva ao longo de 2.656 quilômetros.

A busca foi difícil devido à densa vegetação da área, a presença de jaguares e cobras, e a chuva constante que impede que possíveis chamados de socorro sejam ouvidos.

Exército retira um dos quatro irmãos indígenas que ficaram 40 dias desaparecidos na Amazônia colombiana  Foto: John Vizcaino / AP
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Ameaças

A Amazônia colombiana é um território extenso, de difícil acesso por rios e sem estradas, onde os habitantes costumam viajar em voos privados.

Além da vegetação hostil e dos animais selvagens, também há a presença de rebeldes que se separaram do acordo de paz entre as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e o governo em 2016.

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Os menores embarcaram no avião junto com sua mãe em 1º de maio para fugir dessas dissidências das Farc, que recrutam e aterrorizam os moradores da região. O pai já havia escapado e aguardava o reencontro com sua família, segundo relatos da imprensa.

O viúvo, que participou das buscas, chegou a afirmar que temia pela vida das crianças. “É o que me assusta mais, porque sei que essas pessoas sem escrúpulos podem começar a me pressionar usando meus filhos, e isso eu nunca vou permitir enquanto estiver vivo”, acrescentou.

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A notícia das crianças perdidas deu a volta ao mundo, com vídeos e fotos do exército mostrando o dia a dia das operações, nas quais foram encontrados abrigos improvisados com galhos, tesouras, elásticos de cabelo, sapatos, roupas, uma mamadeira, frutas mordidas e pegadas.

Frágeis

Embora debilitados, os irmãos estão fora de perigo de acordo com os primeiros relatórios médicos. Estão recebendo tratamento com alimentos leves, atendimento psicológico e cuidados tradicionais indígenas.

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“Estão acabados, têm seus machucados, têm seus arranhões (...) Saíram com doenças da selva (...) Mas estão bem, em boas mãos”, disse o avô das crianças, Fidencio Valencia, à imprensa neste domingo.

Em fotografias divulgadas na mídia local, eles aparecem muito magros e a mais velha tem um ferimento na testa.

Os indígenas realizaram rituais tradicionais e utilizaram seus conhecimentos da floresta para finalmente encontrarem as crianças. Segundo o governo, foram eles os primeiros a as avistarem em meio à vegetação.

“Acreditamos muito na selva, que é nossa mãe. Por isso, sempre tive fé e dizia que a selva e a natureza nunca me traíram”, afirmou Ranoque.

Embora a espetacular operação de resgate tenha terminado, soldados do exército continuam procurando por Wilson, um cão farejador que foi fundamental para encontrar pistas das crianças na selva, mas que está desaparecido./AFP

BOGOTA - A mãe das quatro crianças indígenas resgatadas após uma incrível jornada de sobrevivência de 40 dias na selva colombiana permaneceu viva por quatro dias após o acidente de avião no começo de maio, segundo o seu marido e pai das crianças neste domingo, 11.

“A única coisa que ela (Lesly) esclareceu é que sua mãe ficou viva por quatro dias. Então, antes de morrer, talvez a mãe tenha dito a eles: ‘Vão embora que vocês vão encontrar o pai de vocês’ (...)”, declarou Manuel Miller Ranoque à imprensa, junto ao hospital militar em Bogotá, onde as crianças da comunidade huitoto estão se recuperando.

Lesly de 13 anos, Soleiny, 9 anos, Tien Noriel de 5 anos e Cristin de apenas 1 ano foram encontrados vivos na sexta-feira, 9, no meio da floresta amazônica no sul da Colômbia, a 5 km do local do acidente, no qual três adultos morreram.

Manuel Ranoque, pai das crianças indígenas que sobreviveram a um acidente de avião na Amazônia fala com a imprensa da entrada do hospital militar onde as crianças estão recebendo atendimento médico, em Bogotá, Colômbia Foto: Ivan Valencia/ AP

Entre 15 e 16 de maio, uma equipe militar localizou no departamento de Caquetá o piloto morto na cabine da aeronave, que estava preso entre árvores.

Magdalena Mucutuy, mãe das crianças, e um líder indígena também faleceram, embora os militares não tenham especificado onde estavam seus corpos.

Mais de 100 soldados e indígenas da região, apoiados por cães farejadores, seguiram o rastro das crianças, enquanto elas caminhavam pela selva ao longo de 2.656 quilômetros.

A busca foi difícil devido à densa vegetação da área, a presença de jaguares e cobras, e a chuva constante que impede que possíveis chamados de socorro sejam ouvidos.

Exército retira um dos quatro irmãos indígenas que ficaram 40 dias desaparecidos na Amazônia colombiana  Foto: John Vizcaino / AP

Ameaças

A Amazônia colombiana é um território extenso, de difícil acesso por rios e sem estradas, onde os habitantes costumam viajar em voos privados.

Além da vegetação hostil e dos animais selvagens, também há a presença de rebeldes que se separaram do acordo de paz entre as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e o governo em 2016.

Os menores embarcaram no avião junto com sua mãe em 1º de maio para fugir dessas dissidências das Farc, que recrutam e aterrorizam os moradores da região. O pai já havia escapado e aguardava o reencontro com sua família, segundo relatos da imprensa.

O viúvo, que participou das buscas, chegou a afirmar que temia pela vida das crianças. “É o que me assusta mais, porque sei que essas pessoas sem escrúpulos podem começar a me pressionar usando meus filhos, e isso eu nunca vou permitir enquanto estiver vivo”, acrescentou.

A notícia das crianças perdidas deu a volta ao mundo, com vídeos e fotos do exército mostrando o dia a dia das operações, nas quais foram encontrados abrigos improvisados com galhos, tesouras, elásticos de cabelo, sapatos, roupas, uma mamadeira, frutas mordidas e pegadas.

Frágeis

Embora debilitados, os irmãos estão fora de perigo de acordo com os primeiros relatórios médicos. Estão recebendo tratamento com alimentos leves, atendimento psicológico e cuidados tradicionais indígenas.

“Estão acabados, têm seus machucados, têm seus arranhões (...) Saíram com doenças da selva (...) Mas estão bem, em boas mãos”, disse o avô das crianças, Fidencio Valencia, à imprensa neste domingo.

Em fotografias divulgadas na mídia local, eles aparecem muito magros e a mais velha tem um ferimento na testa.

Os indígenas realizaram rituais tradicionais e utilizaram seus conhecimentos da floresta para finalmente encontrarem as crianças. Segundo o governo, foram eles os primeiros a as avistarem em meio à vegetação.

“Acreditamos muito na selva, que é nossa mãe. Por isso, sempre tive fé e dizia que a selva e a natureza nunca me traíram”, afirmou Ranoque.

Embora a espetacular operação de resgate tenha terminado, soldados do exército continuam procurando por Wilson, um cão farejador que foi fundamental para encontrar pistas das crianças na selva, mas que está desaparecido./AFP

BOGOTA - A mãe das quatro crianças indígenas resgatadas após uma incrível jornada de sobrevivência de 40 dias na selva colombiana permaneceu viva por quatro dias após o acidente de avião no começo de maio, segundo o seu marido e pai das crianças neste domingo, 11.

“A única coisa que ela (Lesly) esclareceu é que sua mãe ficou viva por quatro dias. Então, antes de morrer, talvez a mãe tenha dito a eles: ‘Vão embora que vocês vão encontrar o pai de vocês’ (...)”, declarou Manuel Miller Ranoque à imprensa, junto ao hospital militar em Bogotá, onde as crianças da comunidade huitoto estão se recuperando.

Lesly de 13 anos, Soleiny, 9 anos, Tien Noriel de 5 anos e Cristin de apenas 1 ano foram encontrados vivos na sexta-feira, 9, no meio da floresta amazônica no sul da Colômbia, a 5 km do local do acidente, no qual três adultos morreram.

Manuel Ranoque, pai das crianças indígenas que sobreviveram a um acidente de avião na Amazônia fala com a imprensa da entrada do hospital militar onde as crianças estão recebendo atendimento médico, em Bogotá, Colômbia Foto: Ivan Valencia/ AP

Entre 15 e 16 de maio, uma equipe militar localizou no departamento de Caquetá o piloto morto na cabine da aeronave, que estava preso entre árvores.

Magdalena Mucutuy, mãe das crianças, e um líder indígena também faleceram, embora os militares não tenham especificado onde estavam seus corpos.

Mais de 100 soldados e indígenas da região, apoiados por cães farejadores, seguiram o rastro das crianças, enquanto elas caminhavam pela selva ao longo de 2.656 quilômetros.

A busca foi difícil devido à densa vegetação da área, a presença de jaguares e cobras, e a chuva constante que impede que possíveis chamados de socorro sejam ouvidos.

Exército retira um dos quatro irmãos indígenas que ficaram 40 dias desaparecidos na Amazônia colombiana  Foto: John Vizcaino / AP

Ameaças

A Amazônia colombiana é um território extenso, de difícil acesso por rios e sem estradas, onde os habitantes costumam viajar em voos privados.

Além da vegetação hostil e dos animais selvagens, também há a presença de rebeldes que se separaram do acordo de paz entre as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e o governo em 2016.

Os menores embarcaram no avião junto com sua mãe em 1º de maio para fugir dessas dissidências das Farc, que recrutam e aterrorizam os moradores da região. O pai já havia escapado e aguardava o reencontro com sua família, segundo relatos da imprensa.

O viúvo, que participou das buscas, chegou a afirmar que temia pela vida das crianças. “É o que me assusta mais, porque sei que essas pessoas sem escrúpulos podem começar a me pressionar usando meus filhos, e isso eu nunca vou permitir enquanto estiver vivo”, acrescentou.

A notícia das crianças perdidas deu a volta ao mundo, com vídeos e fotos do exército mostrando o dia a dia das operações, nas quais foram encontrados abrigos improvisados com galhos, tesouras, elásticos de cabelo, sapatos, roupas, uma mamadeira, frutas mordidas e pegadas.

Frágeis

Embora debilitados, os irmãos estão fora de perigo de acordo com os primeiros relatórios médicos. Estão recebendo tratamento com alimentos leves, atendimento psicológico e cuidados tradicionais indígenas.

“Estão acabados, têm seus machucados, têm seus arranhões (...) Saíram com doenças da selva (...) Mas estão bem, em boas mãos”, disse o avô das crianças, Fidencio Valencia, à imprensa neste domingo.

Em fotografias divulgadas na mídia local, eles aparecem muito magros e a mais velha tem um ferimento na testa.

Os indígenas realizaram rituais tradicionais e utilizaram seus conhecimentos da floresta para finalmente encontrarem as crianças. Segundo o governo, foram eles os primeiros a as avistarem em meio à vegetação.

“Acreditamos muito na selva, que é nossa mãe. Por isso, sempre tive fé e dizia que a selva e a natureza nunca me traíram”, afirmou Ranoque.

Embora a espetacular operação de resgate tenha terminado, soldados do exército continuam procurando por Wilson, um cão farejador que foi fundamental para encontrar pistas das crianças na selva, mas que está desaparecido./AFP

BOGOTA - A mãe das quatro crianças indígenas resgatadas após uma incrível jornada de sobrevivência de 40 dias na selva colombiana permaneceu viva por quatro dias após o acidente de avião no começo de maio, segundo o seu marido e pai das crianças neste domingo, 11.

“A única coisa que ela (Lesly) esclareceu é que sua mãe ficou viva por quatro dias. Então, antes de morrer, talvez a mãe tenha dito a eles: ‘Vão embora que vocês vão encontrar o pai de vocês’ (...)”, declarou Manuel Miller Ranoque à imprensa, junto ao hospital militar em Bogotá, onde as crianças da comunidade huitoto estão se recuperando.

Lesly de 13 anos, Soleiny, 9 anos, Tien Noriel de 5 anos e Cristin de apenas 1 ano foram encontrados vivos na sexta-feira, 9, no meio da floresta amazônica no sul da Colômbia, a 5 km do local do acidente, no qual três adultos morreram.

Manuel Ranoque, pai das crianças indígenas que sobreviveram a um acidente de avião na Amazônia fala com a imprensa da entrada do hospital militar onde as crianças estão recebendo atendimento médico, em Bogotá, Colômbia Foto: Ivan Valencia/ AP

Entre 15 e 16 de maio, uma equipe militar localizou no departamento de Caquetá o piloto morto na cabine da aeronave, que estava preso entre árvores.

Magdalena Mucutuy, mãe das crianças, e um líder indígena também faleceram, embora os militares não tenham especificado onde estavam seus corpos.

Mais de 100 soldados e indígenas da região, apoiados por cães farejadores, seguiram o rastro das crianças, enquanto elas caminhavam pela selva ao longo de 2.656 quilômetros.

A busca foi difícil devido à densa vegetação da área, a presença de jaguares e cobras, e a chuva constante que impede que possíveis chamados de socorro sejam ouvidos.

Exército retira um dos quatro irmãos indígenas que ficaram 40 dias desaparecidos na Amazônia colombiana  Foto: John Vizcaino / AP

Ameaças

A Amazônia colombiana é um território extenso, de difícil acesso por rios e sem estradas, onde os habitantes costumam viajar em voos privados.

Além da vegetação hostil e dos animais selvagens, também há a presença de rebeldes que se separaram do acordo de paz entre as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e o governo em 2016.

Os menores embarcaram no avião junto com sua mãe em 1º de maio para fugir dessas dissidências das Farc, que recrutam e aterrorizam os moradores da região. O pai já havia escapado e aguardava o reencontro com sua família, segundo relatos da imprensa.

O viúvo, que participou das buscas, chegou a afirmar que temia pela vida das crianças. “É o que me assusta mais, porque sei que essas pessoas sem escrúpulos podem começar a me pressionar usando meus filhos, e isso eu nunca vou permitir enquanto estiver vivo”, acrescentou.

A notícia das crianças perdidas deu a volta ao mundo, com vídeos e fotos do exército mostrando o dia a dia das operações, nas quais foram encontrados abrigos improvisados com galhos, tesouras, elásticos de cabelo, sapatos, roupas, uma mamadeira, frutas mordidas e pegadas.

Frágeis

Embora debilitados, os irmãos estão fora de perigo de acordo com os primeiros relatórios médicos. Estão recebendo tratamento com alimentos leves, atendimento psicológico e cuidados tradicionais indígenas.

“Estão acabados, têm seus machucados, têm seus arranhões (...) Saíram com doenças da selva (...) Mas estão bem, em boas mãos”, disse o avô das crianças, Fidencio Valencia, à imprensa neste domingo.

Em fotografias divulgadas na mídia local, eles aparecem muito magros e a mais velha tem um ferimento na testa.

Os indígenas realizaram rituais tradicionais e utilizaram seus conhecimentos da floresta para finalmente encontrarem as crianças. Segundo o governo, foram eles os primeiros a as avistarem em meio à vegetação.

“Acreditamos muito na selva, que é nossa mãe. Por isso, sempre tive fé e dizia que a selva e a natureza nunca me traíram”, afirmou Ranoque.

Embora a espetacular operação de resgate tenha terminado, soldados do exército continuam procurando por Wilson, um cão farejador que foi fundamental para encontrar pistas das crianças na selva, mas que está desaparecido./AFP

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