WASHINGTON - O presidente dos EUA, Donald Trump, reiterou neste domingo, 5, que “respeita” o líder russo, Vladimir Putin, e convidou os que o qualificam de “assassino” a moderar essa opinião em uma entrevista transmitida na emissora Fox News. Respondendo à questão por que respeita Putin, embora ele seja “um assassino”, Trump aparentemente equiparou as ações de Putin às dos EUA. “Há muitos assassinos”, respondeu ao entrevistador Bill O’Reilly. “O quê? Está achando que nosso país é tão inocente?”
Há muito tempo Trump expressa sua admiração pelo líder russo. Mas ao procurar encontrar uma equivalência moral nas ações de Putin, que suprimiu brutalmente a dissidência eliminando seus inimigos políticos, provocou uma tempestade na mídia social.
Muitas pessoas indagaram como os conservadores teriam reagido se o presidente Barack Obama, ou outros democratas, comparassem as ações dos EUA às de Putin.
Na entrevista, O’Reilly perguntou a Trump se ele respeitava Putin. Ele disse que respeitava, e acrescentou que respeitava “muitas pessoas, mas isso não significa que me daria bem com ele”. E continuou: “Acho que é melhor se dar bem com a Rússia do que o contrário. E se a Rússia nos ajudar na luta contra o Estado Islâmico – uma grande luta – e o terrorismo islâmico no mundo inteiro será ótimo. Se vou me dar bem com ele? Não tenho ideia. É possível que não”.
A promessa de campanha de Trump de que melhoraria os vínculos com Moscou levantou questões sobre o compromisso do governo de manter as sanções contra a Rússia por seu envolvimento na guerra e na anexação da Crimeia, outrora parte da Ucrânia.
Ele afirmou que estava disposto a colaborar com Kiev e com Moscou para solucionar o conflito separatista no Leste da Ucrânia, depois de um telefonema no sábado com o presidente Petro Poroschenko da Ucrânia. “Nós colaboraremos com a Ucrânia, com a Rússia e com todos os envolvidos para ajudá-los a restaurar a paz ao longo da fronteira”, disse Trump num comunicado da Casa Branca. / NYT