Mais de 10 cidades já vetaram o uso do 'burkini' na França


Cidades decidiram não permitir o uso da peça islâmica por não respeitar 'os bons costumes, o princípio de laicismo e as regras de higiene'; políticos conservadores pedem que mulheres não francesas que insistirem na prática sejam expulsas do país

Atualização:

PARIS - Mais de 10 municípios proibiram na França o uso do "burkini" em suas praias, informou nesta quinta-feira, 18, o jornal "Nice Matin" sobre uma medida que goza do respaldo do primeiro-ministro, Manuel Valls. A Cannes, Villeneuve Loubet e Mandelieu se somaram Saint Jean Cap Ferrat, Beaulieu-sur-Mer, Eze, Villefranche e Cap d'Ail, o que eleva a oito as proibições na côte D'Azur francesa.

Suas motivações são similares, segundo "Nice Matin", e freiam o acesso ao banho a quem não usar um traje "correto, que respeite os bons costumes, o princípio de laicismo e as regras de higiene". No resto da França, Cisco, na Córsega, Le Touquet e Oye Plage, no norte, e Leucate, no sudeste, adotaram essa mesma proibição ou anunciaram a intenção de fazê-la em próximos dias.

Mulher muçulmana entra no mar usando um burkini em praia na cidade de Marselha, na França Foto: Reuters
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Os prefeitos partidários da proibição receberam na quarta-feira o apoio de Valls, que, em entrevista ao jornal "La Provence", considerou que essa peça de roupa "não é compatível" com os valores da França. "As praias, como todo espaço público, têm que ser preservadas de toda reivindicação religiosa", opinou o primeiro-ministro, para quem o burkini "não é uma nova gama de trajes de banho, uma moda", mas "a tradução de um projeto político, baseado principalmente na submissão da mulher".

O socialista Valls descartou legislar a respeito e apostou, por outro lado, pelo cumprimento firme das leis em vigor contra a burca e o niqab, que só deixa ver os olhos, em centros educativos de ensino fundamental e médio.

O partido conservador - Os Republicanos -, principal grupo da oposição, e ao qual pertencem boa parte dos prefeitos que vetaram o burkini, não se posicionou contra essa peça, mas alguns de seus representantes reivindicam ao Executivo medidas específicas. Legislar "é o mínimo que deve fazer", disse a deputada europeia e candidata às primárias dos Republicanos Nadine Morano no jornal "Le Figaro".

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"O burkini é a declinação do véu integral na praia. É uma publicidade ambulante para o islã radical que os franceses já não suportam. Proponho endurecer a lei", pediu Nadine, que quer expulsar do território as mulheres reincidentes que não sejam de nacionalidade francesa.

O ex-primeiro-ministro conservador François Fillon se limitou no Twitter a respaldar os que vetaram o burkini, enquanto a líder do ultradireitista Frente Nacional, Marine le Pen, se alinhou com Nadine ao dizer que esse maiô islâmico "deve ser proibido das praias francesas".

"É uma questão de laicismo republicano, de ordem pública, certamente; mas além disso, trata-se da essência da França: A França não esconde o corpo da mulher, não esconde a metade da população sob o pretexto errôneo e odioso do medo à tentação da outra metade", concluiu. / EFE

PARIS - Mais de 10 municípios proibiram na França o uso do "burkini" em suas praias, informou nesta quinta-feira, 18, o jornal "Nice Matin" sobre uma medida que goza do respaldo do primeiro-ministro, Manuel Valls. A Cannes, Villeneuve Loubet e Mandelieu se somaram Saint Jean Cap Ferrat, Beaulieu-sur-Mer, Eze, Villefranche e Cap d'Ail, o que eleva a oito as proibições na côte D'Azur francesa.

Suas motivações são similares, segundo "Nice Matin", e freiam o acesso ao banho a quem não usar um traje "correto, que respeite os bons costumes, o princípio de laicismo e as regras de higiene". No resto da França, Cisco, na Córsega, Le Touquet e Oye Plage, no norte, e Leucate, no sudeste, adotaram essa mesma proibição ou anunciaram a intenção de fazê-la em próximos dias.

Mulher muçulmana entra no mar usando um burkini em praia na cidade de Marselha, na França Foto: Reuters

Os prefeitos partidários da proibição receberam na quarta-feira o apoio de Valls, que, em entrevista ao jornal "La Provence", considerou que essa peça de roupa "não é compatível" com os valores da França. "As praias, como todo espaço público, têm que ser preservadas de toda reivindicação religiosa", opinou o primeiro-ministro, para quem o burkini "não é uma nova gama de trajes de banho, uma moda", mas "a tradução de um projeto político, baseado principalmente na submissão da mulher".

O socialista Valls descartou legislar a respeito e apostou, por outro lado, pelo cumprimento firme das leis em vigor contra a burca e o niqab, que só deixa ver os olhos, em centros educativos de ensino fundamental e médio.

O partido conservador - Os Republicanos -, principal grupo da oposição, e ao qual pertencem boa parte dos prefeitos que vetaram o burkini, não se posicionou contra essa peça, mas alguns de seus representantes reivindicam ao Executivo medidas específicas. Legislar "é o mínimo que deve fazer", disse a deputada europeia e candidata às primárias dos Republicanos Nadine Morano no jornal "Le Figaro".

"O burkini é a declinação do véu integral na praia. É uma publicidade ambulante para o islã radical que os franceses já não suportam. Proponho endurecer a lei", pediu Nadine, que quer expulsar do território as mulheres reincidentes que não sejam de nacionalidade francesa.

O ex-primeiro-ministro conservador François Fillon se limitou no Twitter a respaldar os que vetaram o burkini, enquanto a líder do ultradireitista Frente Nacional, Marine le Pen, se alinhou com Nadine ao dizer que esse maiô islâmico "deve ser proibido das praias francesas".

"É uma questão de laicismo republicano, de ordem pública, certamente; mas além disso, trata-se da essência da França: A França não esconde o corpo da mulher, não esconde a metade da população sob o pretexto errôneo e odioso do medo à tentação da outra metade", concluiu. / EFE

PARIS - Mais de 10 municípios proibiram na França o uso do "burkini" em suas praias, informou nesta quinta-feira, 18, o jornal "Nice Matin" sobre uma medida que goza do respaldo do primeiro-ministro, Manuel Valls. A Cannes, Villeneuve Loubet e Mandelieu se somaram Saint Jean Cap Ferrat, Beaulieu-sur-Mer, Eze, Villefranche e Cap d'Ail, o que eleva a oito as proibições na côte D'Azur francesa.

Suas motivações são similares, segundo "Nice Matin", e freiam o acesso ao banho a quem não usar um traje "correto, que respeite os bons costumes, o princípio de laicismo e as regras de higiene". No resto da França, Cisco, na Córsega, Le Touquet e Oye Plage, no norte, e Leucate, no sudeste, adotaram essa mesma proibição ou anunciaram a intenção de fazê-la em próximos dias.

Mulher muçulmana entra no mar usando um burkini em praia na cidade de Marselha, na França Foto: Reuters

Os prefeitos partidários da proibição receberam na quarta-feira o apoio de Valls, que, em entrevista ao jornal "La Provence", considerou que essa peça de roupa "não é compatível" com os valores da França. "As praias, como todo espaço público, têm que ser preservadas de toda reivindicação religiosa", opinou o primeiro-ministro, para quem o burkini "não é uma nova gama de trajes de banho, uma moda", mas "a tradução de um projeto político, baseado principalmente na submissão da mulher".

O socialista Valls descartou legislar a respeito e apostou, por outro lado, pelo cumprimento firme das leis em vigor contra a burca e o niqab, que só deixa ver os olhos, em centros educativos de ensino fundamental e médio.

O partido conservador - Os Republicanos -, principal grupo da oposição, e ao qual pertencem boa parte dos prefeitos que vetaram o burkini, não se posicionou contra essa peça, mas alguns de seus representantes reivindicam ao Executivo medidas específicas. Legislar "é o mínimo que deve fazer", disse a deputada europeia e candidata às primárias dos Republicanos Nadine Morano no jornal "Le Figaro".

"O burkini é a declinação do véu integral na praia. É uma publicidade ambulante para o islã radical que os franceses já não suportam. Proponho endurecer a lei", pediu Nadine, que quer expulsar do território as mulheres reincidentes que não sejam de nacionalidade francesa.

O ex-primeiro-ministro conservador François Fillon se limitou no Twitter a respaldar os que vetaram o burkini, enquanto a líder do ultradireitista Frente Nacional, Marine le Pen, se alinhou com Nadine ao dizer que esse maiô islâmico "deve ser proibido das praias francesas".

"É uma questão de laicismo republicano, de ordem pública, certamente; mas além disso, trata-se da essência da França: A França não esconde o corpo da mulher, não esconde a metade da população sob o pretexto errôneo e odioso do medo à tentação da outra metade", concluiu. / EFE

PARIS - Mais de 10 municípios proibiram na França o uso do "burkini" em suas praias, informou nesta quinta-feira, 18, o jornal "Nice Matin" sobre uma medida que goza do respaldo do primeiro-ministro, Manuel Valls. A Cannes, Villeneuve Loubet e Mandelieu se somaram Saint Jean Cap Ferrat, Beaulieu-sur-Mer, Eze, Villefranche e Cap d'Ail, o que eleva a oito as proibições na côte D'Azur francesa.

Suas motivações são similares, segundo "Nice Matin", e freiam o acesso ao banho a quem não usar um traje "correto, que respeite os bons costumes, o princípio de laicismo e as regras de higiene". No resto da França, Cisco, na Córsega, Le Touquet e Oye Plage, no norte, e Leucate, no sudeste, adotaram essa mesma proibição ou anunciaram a intenção de fazê-la em próximos dias.

Mulher muçulmana entra no mar usando um burkini em praia na cidade de Marselha, na França Foto: Reuters

Os prefeitos partidários da proibição receberam na quarta-feira o apoio de Valls, que, em entrevista ao jornal "La Provence", considerou que essa peça de roupa "não é compatível" com os valores da França. "As praias, como todo espaço público, têm que ser preservadas de toda reivindicação religiosa", opinou o primeiro-ministro, para quem o burkini "não é uma nova gama de trajes de banho, uma moda", mas "a tradução de um projeto político, baseado principalmente na submissão da mulher".

O socialista Valls descartou legislar a respeito e apostou, por outro lado, pelo cumprimento firme das leis em vigor contra a burca e o niqab, que só deixa ver os olhos, em centros educativos de ensino fundamental e médio.

O partido conservador - Os Republicanos -, principal grupo da oposição, e ao qual pertencem boa parte dos prefeitos que vetaram o burkini, não se posicionou contra essa peça, mas alguns de seus representantes reivindicam ao Executivo medidas específicas. Legislar "é o mínimo que deve fazer", disse a deputada europeia e candidata às primárias dos Republicanos Nadine Morano no jornal "Le Figaro".

"O burkini é a declinação do véu integral na praia. É uma publicidade ambulante para o islã radical que os franceses já não suportam. Proponho endurecer a lei", pediu Nadine, que quer expulsar do território as mulheres reincidentes que não sejam de nacionalidade francesa.

O ex-primeiro-ministro conservador François Fillon se limitou no Twitter a respaldar os que vetaram o burkini, enquanto a líder do ultradireitista Frente Nacional, Marine le Pen, se alinhou com Nadine ao dizer que esse maiô islâmico "deve ser proibido das praias francesas".

"É uma questão de laicismo republicano, de ordem pública, certamente; mas além disso, trata-se da essência da França: A França não esconde o corpo da mulher, não esconde a metade da população sob o pretexto errôneo e odioso do medo à tentação da outra metade", concluiu. / EFE

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