A Malásia informou que interceptou o navio petroleiro que fugiu após se envolver em uma colisão com outro navio na sexta-feira, 19, fazendo com que ambas embarcações pegassem fogo. A guarda costeira do país disse que localizou e deteve o Ceres I, sob bandeira do país São Tomé e Príncipe, que teria desligado o seu sistema de rastreamento depois da colisão com o Hafnia Nile, com bandeira de Cingapura. Quando foi encontrado, dois rebocadores estavam rebocando o navio na costa leste do país. As informações são da BBC.
De acordo com a reportagem, a guarda costeira da Malásia disse que o Ceres I deixou o local imediatamente após a colisão que causou um incêndio e feriu pelo menos dois tripulantes. O incidente aconteceu cerca de 55 km ao nordeste da ilha de Pedra Branca, em Cingapura, informou a Autoridade Marítima e Portuária de Cingapura (MPA). O chefe da equipe de busca e salvamento da guarda costeira da Malásia, Zin Azman Mohamad Yunus, não explicou por que o petroleiro tentou fugir, mas acrescentou que mais investigações serão realizadas.
Segundo a BBC, as autoridades de Cingapura disseram que depois que cerca de 40 tripulantes foram resgatados dos navios em chamas, 26 pessoas permaneceram no Ceres I para combater o fogo. O Hafnia Nile supostamente transportava nafta, altamente inflamável. A causa da colisão ainda não está clara. Autoridades marítimas de Cingapura disseram que o tráfego de navios na movimentada hidrovia não foi afetado. No entanto, autoridades da guarda costeira da Malásia encontraram um vazamento de óleo cobrindo cerca de 17 km².
O Ceres I é um grande superpetroleiro que transporta petróleo bruto, apontou a emissora britânica. Alguns relatórios sugerem que ele poderia fazer parte de uma chamada “frota escura”, transportando petróleo de países sob sanções. Um serviço de inteligência de mercado, o S&P Global Commodities at Sea, diz que o navio, operado pela Shanghai Prosperity Ship Management da China, já teria transportado petróleo bruto iraniano, que está sujeito a sanções dos EUA.