O vice-presidente do Malawi, Saulos Chilima, e outras nove pessoas morreram em um acidente de avião. A informação foi confirmada pelo presidente do país, Lazarus Chakwera, nesta terça-feira, 11. Os destroços do avião foram localizados em uma área montanhosa no norte do país após uma busca que durou mais de um dia. Chakwera disse em um pronunciamento ao vivo na televisão pública do país que o acidente não deixou sobreviventes.
Cerca de 600 profissionais, como soldados, policiais e guardas florestais, procuravam a aeronave, que também transportava uma ex-primeira-dama, desde seu desaparecimento na manhã da última segunda-feira, 10, nas montanhas Viphya, próximo a cidade de Mzuzu. O avião partiu da capital do país, Lilongwe, para Mzuzu, cerca de 370 quilômetros ao norte, em uma viagem que duraria 45 minutos.
Os controladores de tráfego aéreo avisaram aos pilotos da aeronave que evitassem pousar no Aeroporto Internacional de Mzuzu e retornassem para a capital do país devido à baixa visibilidade provocada pelo mau tempo. Após o contato, o avião das forças armadas de Malawi perdeu a comunicação e desapareceu do radar do controle de tráfego, de acordo com o presidente do país. Sete passageiros e três membros da tripulação militar estavam a bordo.
O avião era do Tipo Dornier 228 operado a hélice dupla, conforme a identificação do número de cauda no site ch-aviation, que rastreia informações sobre aeronaves. Ele foi entregue ao exército de Malawi em 1988.
Chilima estava em seu segundo mandato como vice-presidente. O primeiro foi de 2014 a 2019 no mandato do ex-presidente Peter Mutharika. Ele se candidatou na eleição do governo seguinte, mas ficou em terceiro lugar, perdendo para Mutharika e Chakwera. A votação, no entanto, foi anulada pelo Tribunal Constitucional do Malawi por causa de irregularidades.
Em uma nova votação histórica, em 2020, Chilima se tornou companheiro de chapa de Chakwera, que foi eleito presidente. Essa foi a primeira vez na África que um resultado eleitoral anulado por um tribunal resultou na derrota do presidente em exercício.
O vice-presidente chegou a ser afastado por acusações de ter recebido dinheiro em troca de influenciar a concessão de contratos governamentais para as forças armadas e a polícia de Malawi. As acusações foram retiradas pelos promotores no mês passado. Apesar de Chilima ter negado o crime, o governo do país tem sido criticado por supostamente não ter uma postura firme contra a corrupção. / AP
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