Manifestações e dificuldade em formar governo de coalizão pressionam nova presidente do Peru


Dina Boluarte tenta fechar alianças com a direita enquanto protestos pedem novas eleições gerais

Por Fernanda Simas
Atualização:

A intenção de Dina Boluarte de seguir como presidente do Peru até 2026 parece cada vez mais difícil. Há menos de uma semana no cargo, formar um governo que lhe dê legitimidade e força para dialogar com o Congresso parece inviável , enquanto crescem os pedidos por novas eleições.

“Boluarte não tem partido e nem representantes no Congresso, é impopular e considerada uma traidora pelos seguidores de Castillo e não tem apoio em movimentos regionais”, diz o ex-ministro da Saúde Víctor Zamora. Para ele, a nova presidente “é refém do Congresso e pode, no máximo, formar um gabinete de transição”.

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Dina Boluarte assumiu a presidência após o agora ex-presidente Pedro Castillo tentar dar um golpe, ser destituído e preso. Enquanto ele divide a mesma prisão, em Lima, com o ex-presidente Alberto Fujimori, manifestantes saem às ruas em diferentes partes do país pedindo novas eleições e pressionando ainda mais a nova líder peruana.

Nova presidente do Peru tenta formar governo de coalizão  Foto: JHONEL RODRIGUEZ ROBLES / Peruvian Presidency / AFP

Alguns protestos ao redor do país pedem também o fechamento do Congresso e esse é mais um sinal de que a crise política está longe do fim. “Antes da tentativa de golpe, Castillo tinha cerca de 30% de aprovação e o Congresso, 8%. Agora, com a queda de Castillo, os movimentos sociais mais radicais começam a identificar o Congresso como o outro grande responsável pela situação de desgoverno e caos que estamos vivendo”, explica Zamora.

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Diante desse cenário, Boluarte deixou as portas abertas para novas eleições. “Se a sociedade e a situação assim determinarem, adiantamos as eleições em conversas com as forças democráticas do Congresso”, afirmou nesta sexta-feira,9.

“Caiu Castillo, mas continuamos tendo o mesmo Congresso. Por isso, a maior possibilidade é de vermos um governo interino. Construir a coalizão que precisa para ficar no poder até 2026 é algo muito complicado”, afirma o analista político Carlos Meléndez, integrante do grupo 50+1 de análises políticas peruano.

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Novo gabinete

Boluarte tenta costurar alianças com a direita e anuncia neste sábado o novo gabinete peruano. Enquanto isso, pede calma aos manifestantes após notícias de enfrentamentos violentos. “Faço um chamado às irmãs e aos irmãos que estão saindo para protestar e peço calma”.

No interior do país, como em Cajamarca, berço político de Castillo, e Trujillo, Puno e Ayacucho, manifestantes bloqueiam estradas contra a prisão e destituição do ex-presidente.

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Para Zamora, as vozes das ruas devem crescer e a presidente não terá muita opção. “Acredito que ela deva se apresentar como uma governante de transição e estabelecer 3 ou 4 objetivos, como garantir eleições limpas, reduzir o impacto da fome e melhorar a segurança.”

A intenção de Dina Boluarte de seguir como presidente do Peru até 2026 parece cada vez mais difícil. Há menos de uma semana no cargo, formar um governo que lhe dê legitimidade e força para dialogar com o Congresso parece inviável , enquanto crescem os pedidos por novas eleições.

“Boluarte não tem partido e nem representantes no Congresso, é impopular e considerada uma traidora pelos seguidores de Castillo e não tem apoio em movimentos regionais”, diz o ex-ministro da Saúde Víctor Zamora. Para ele, a nova presidente “é refém do Congresso e pode, no máximo, formar um gabinete de transição”.

Dina Boluarte assumiu a presidência após o agora ex-presidente Pedro Castillo tentar dar um golpe, ser destituído e preso. Enquanto ele divide a mesma prisão, em Lima, com o ex-presidente Alberto Fujimori, manifestantes saem às ruas em diferentes partes do país pedindo novas eleições e pressionando ainda mais a nova líder peruana.

Nova presidente do Peru tenta formar governo de coalizão  Foto: JHONEL RODRIGUEZ ROBLES / Peruvian Presidency / AFP

Alguns protestos ao redor do país pedem também o fechamento do Congresso e esse é mais um sinal de que a crise política está longe do fim. “Antes da tentativa de golpe, Castillo tinha cerca de 30% de aprovação e o Congresso, 8%. Agora, com a queda de Castillo, os movimentos sociais mais radicais começam a identificar o Congresso como o outro grande responsável pela situação de desgoverno e caos que estamos vivendo”, explica Zamora.

Diante desse cenário, Boluarte deixou as portas abertas para novas eleições. “Se a sociedade e a situação assim determinarem, adiantamos as eleições em conversas com as forças democráticas do Congresso”, afirmou nesta sexta-feira,9.

“Caiu Castillo, mas continuamos tendo o mesmo Congresso. Por isso, a maior possibilidade é de vermos um governo interino. Construir a coalizão que precisa para ficar no poder até 2026 é algo muito complicado”, afirma o analista político Carlos Meléndez, integrante do grupo 50+1 de análises políticas peruano.

Novo gabinete

Boluarte tenta costurar alianças com a direita e anuncia neste sábado o novo gabinete peruano. Enquanto isso, pede calma aos manifestantes após notícias de enfrentamentos violentos. “Faço um chamado às irmãs e aos irmãos que estão saindo para protestar e peço calma”.

No interior do país, como em Cajamarca, berço político de Castillo, e Trujillo, Puno e Ayacucho, manifestantes bloqueiam estradas contra a prisão e destituição do ex-presidente.

Para Zamora, as vozes das ruas devem crescer e a presidente não terá muita opção. “Acredito que ela deva se apresentar como uma governante de transição e estabelecer 3 ou 4 objetivos, como garantir eleições limpas, reduzir o impacto da fome e melhorar a segurança.”

A intenção de Dina Boluarte de seguir como presidente do Peru até 2026 parece cada vez mais difícil. Há menos de uma semana no cargo, formar um governo que lhe dê legitimidade e força para dialogar com o Congresso parece inviável , enquanto crescem os pedidos por novas eleições.

“Boluarte não tem partido e nem representantes no Congresso, é impopular e considerada uma traidora pelos seguidores de Castillo e não tem apoio em movimentos regionais”, diz o ex-ministro da Saúde Víctor Zamora. Para ele, a nova presidente “é refém do Congresso e pode, no máximo, formar um gabinete de transição”.

Dina Boluarte assumiu a presidência após o agora ex-presidente Pedro Castillo tentar dar um golpe, ser destituído e preso. Enquanto ele divide a mesma prisão, em Lima, com o ex-presidente Alberto Fujimori, manifestantes saem às ruas em diferentes partes do país pedindo novas eleições e pressionando ainda mais a nova líder peruana.

Nova presidente do Peru tenta formar governo de coalizão  Foto: JHONEL RODRIGUEZ ROBLES / Peruvian Presidency / AFP

Alguns protestos ao redor do país pedem também o fechamento do Congresso e esse é mais um sinal de que a crise política está longe do fim. “Antes da tentativa de golpe, Castillo tinha cerca de 30% de aprovação e o Congresso, 8%. Agora, com a queda de Castillo, os movimentos sociais mais radicais começam a identificar o Congresso como o outro grande responsável pela situação de desgoverno e caos que estamos vivendo”, explica Zamora.

Diante desse cenário, Boluarte deixou as portas abertas para novas eleições. “Se a sociedade e a situação assim determinarem, adiantamos as eleições em conversas com as forças democráticas do Congresso”, afirmou nesta sexta-feira,9.

“Caiu Castillo, mas continuamos tendo o mesmo Congresso. Por isso, a maior possibilidade é de vermos um governo interino. Construir a coalizão que precisa para ficar no poder até 2026 é algo muito complicado”, afirma o analista político Carlos Meléndez, integrante do grupo 50+1 de análises políticas peruano.

Novo gabinete

Boluarte tenta costurar alianças com a direita e anuncia neste sábado o novo gabinete peruano. Enquanto isso, pede calma aos manifestantes após notícias de enfrentamentos violentos. “Faço um chamado às irmãs e aos irmãos que estão saindo para protestar e peço calma”.

No interior do país, como em Cajamarca, berço político de Castillo, e Trujillo, Puno e Ayacucho, manifestantes bloqueiam estradas contra a prisão e destituição do ex-presidente.

Para Zamora, as vozes das ruas devem crescer e a presidente não terá muita opção. “Acredito que ela deva se apresentar como uma governante de transição e estabelecer 3 ou 4 objetivos, como garantir eleições limpas, reduzir o impacto da fome e melhorar a segurança.”

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