Manifestações por cessar-fogo se espalham às vésperas da guerra em Gaza completar um ano


Governo israelense enfrenta pressão por cessar-fogo dentro e fora de casa enquanto intensifica confrontos com o Hezbollah, no Líbano

Por Redação

Manifestantes pró-palestinos se espalharam cidades da Europa e Estados Unidos neste sábado para exigir o cessar-fogo na Faixa de Gaza. Os protestos devem se intensificar até o 7 de outubro, quando a guerra completa um ano, com nova frente de batalha aberta contra o Hezbollah, no Líbano, e a crescente tensão entre Israel e Irã.

Em Nova York, manifestantes reunidos na Times Square exibiram um enorme cartaz do primeiro-ministro Binyamin Netanyahu, com tina vermelha representando sangue em seu rosto.

A resposta de Israel ao ataque terrorista do Hamas deixou mais de 41 mil mortos no enclave palestino e ameaça escalar para uma guerra total no Oriente Médio, com a incursão das tropas israelenses em solo libanês e as promessas de retaliação pelo ataque com mísseis iranianos.

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Vários países emitiram alertas de segurança, preocupados que a escalada do conflito no Oriente Médio possa inspirar ataques terroristas na Europa ou que os protestos possam se tornar violentos, como se viu em Roma.

Roma tem protestos contra a guerra em Gaza, que está prestes a completar um ano. Foto: Andrew Medichini/Associated Press
Italian Police and demonstrators clash during a march in support of the Palestinian people in Rome, Saturday, Oct. 5, 2024, two days before the anniversary of Hamas-led groups' attack in Israeli territory outside of Gaza on Oct. 7, 2023. (AP Photo/Andrew Medichini) Foto: Andrew Medichini/AP
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Na capital italiana, a marcha seguia pacífica até que um pequeno grupo desafiou a proibição das autoridades e tentou avançar em direção ao centro. Alguns manifestantes atiraram pedras e garrafas contra a polícia, que reagiu com gás de pimenta e canhões de água, dispersando a multidão.

Em Paris, o protesto em solidariedade a palestinos e libaneses reuniu dezenas de milhares de pessoas na histórica Praça da República e transcorreu sem tumultos. Já em Madri, os manifestantes pediram ao governo Pedro Sánchez que rompa relações diplomáticas e defenderam o boicote a Israel.

Em Londres, pessoas vindas de toda Inglaterra carregavam bandeiras da Palestina e do Líbano. “Precisamos de um cessar-fogo agora. Quantos palestinos ou libaneses inocentes mais vão ter que morrer?”, questionou a manifestante Sophia Thomson, de 27 anos.

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O protesto teve adesão de Jeremy Corbyn, ex-líder trabalhista que atua como independente após ter sido expulso do partido por suspeitas de antissemitismo, e do ex-primeiro-ministro da Escócia Humza Yousaf.

O clima na capital britânica ficou tenso quando manifestantes pró-palestinos e pró-Israel se encontraram na capital inglesa. Em Berlim, a polícia prendeu 26 pessoas que insultaram uma marcha a favor de Israel.

Os judeus ao redor do mundo ainda estão celebrando o Rosh Hashaná, o ano novo judaico, e mais protestos para lembrar o atentado do Hamas, que desencadeou a guerra, são esperados para os próximos dias. No ataque sem precedentes, terroristas mataram 1,2 mil pessoas em Israel, a maioria civis, e levaram mais 250 pessoas como reféns.

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Em NY, manifestantes pró-palestinos exibem cartaz de Netanyahu coberto por tinta vermelha representando sangue. Foto: Stephanie Keith/Getty Images via AFP

Protestos em Israel cobram liberação de reféns

Em Israel, manifestantes voltaram a cobrar ações urgentes do governo pela libertação dos reféns, apesar das preocupações com a segurança. Os principais protestos, que ocorrem semanalmente, foram cancelados neste sábado, pelo temor que mísseis disparados pelo Hezbollah possam atingir o país. Ainda assim, grupos menores se reuniram em Tel Aviv, Jerusalém e Cesareia, onde fica a residência do primeiro-ministro Binyamin Netanyahu, entre outras cidades israelenses, reportou a rede americana CNN.

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Há quase um ano, os familiares cobram do governo um acordo que permita o retorno dos reféns, algo que parece cada vez mais distante com a escalada do conflito.

Pressão internacional

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O presidente francês, Emmanuel Macron, defendeu uma solução política para o conflito e pediu aos países que parem de fornecer armas para a guerra em Gaza. “A França não envia”, disse em entrevista à rádio France Inter divulgada neste sábado.

Macron criticou o fato de não haver mudanças na situação em Gaza, apesar dos esforços diplomáticos por cessar-fogo. “Acho que eles não nos ouvem. Voltei a dizer ao primeiro-ministro Netanyahu e acredito que é um erro, também para a segurança de Israel no futuro”, destacou. “No fundo está nascendo um ressentimento e o ódio se alimenta dele.”

Manifestantes em Nova York protestam contra a guerra. Foto: Stephanie Keith/ Getty Images via AFP)

A declaração foi rebatida pelo primeiro-ministro Binyamin Netanyahu. “Enquanto Israel luta contra as forças da barbárie lideradas pelo Irã, todos os países civilizados deveriam apoiar firmemente Israel. Contudo, o presidente Macron e outros dirigentes ocidentais agora estão pedindo embargos de armas contra Israel. Deveriam estar envergonhados”, disse em comunicado.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, se negou até agora a mudar sua política de apoio a Israel para além da suspensão que fez em maio de uma entrega de bombas pesadas. Os Estados Unidos enviam a cada ano a Israel 3 bilhões de dólares (cerca de R$ 16 bilhões) em armamentos.

No mês passado, o Reino Unido anunciou a suspensão de cerca de 30 licenças de exportação de armas para Israel, de um total de 350, alegando o risco de que sejam utilizadas em ações que violem o direito internacional na guerra em Gaza./Com AFP e AP

Manifestantes pró-palestinos se espalharam cidades da Europa e Estados Unidos neste sábado para exigir o cessar-fogo na Faixa de Gaza. Os protestos devem se intensificar até o 7 de outubro, quando a guerra completa um ano, com nova frente de batalha aberta contra o Hezbollah, no Líbano, e a crescente tensão entre Israel e Irã.

Em Nova York, manifestantes reunidos na Times Square exibiram um enorme cartaz do primeiro-ministro Binyamin Netanyahu, com tina vermelha representando sangue em seu rosto.

A resposta de Israel ao ataque terrorista do Hamas deixou mais de 41 mil mortos no enclave palestino e ameaça escalar para uma guerra total no Oriente Médio, com a incursão das tropas israelenses em solo libanês e as promessas de retaliação pelo ataque com mísseis iranianos.

Vários países emitiram alertas de segurança, preocupados que a escalada do conflito no Oriente Médio possa inspirar ataques terroristas na Europa ou que os protestos possam se tornar violentos, como se viu em Roma.

Roma tem protestos contra a guerra em Gaza, que está prestes a completar um ano. Foto: Andrew Medichini/Associated Press
Italian Police and demonstrators clash during a march in support of the Palestinian people in Rome, Saturday, Oct. 5, 2024, two days before the anniversary of Hamas-led groups' attack in Israeli territory outside of Gaza on Oct. 7, 2023. (AP Photo/Andrew Medichini) Foto: Andrew Medichini/AP

Na capital italiana, a marcha seguia pacífica até que um pequeno grupo desafiou a proibição das autoridades e tentou avançar em direção ao centro. Alguns manifestantes atiraram pedras e garrafas contra a polícia, que reagiu com gás de pimenta e canhões de água, dispersando a multidão.

Em Paris, o protesto em solidariedade a palestinos e libaneses reuniu dezenas de milhares de pessoas na histórica Praça da República e transcorreu sem tumultos. Já em Madri, os manifestantes pediram ao governo Pedro Sánchez que rompa relações diplomáticas e defenderam o boicote a Israel.

Em Londres, pessoas vindas de toda Inglaterra carregavam bandeiras da Palestina e do Líbano. “Precisamos de um cessar-fogo agora. Quantos palestinos ou libaneses inocentes mais vão ter que morrer?”, questionou a manifestante Sophia Thomson, de 27 anos.

O protesto teve adesão de Jeremy Corbyn, ex-líder trabalhista que atua como independente após ter sido expulso do partido por suspeitas de antissemitismo, e do ex-primeiro-ministro da Escócia Humza Yousaf.

O clima na capital britânica ficou tenso quando manifestantes pró-palestinos e pró-Israel se encontraram na capital inglesa. Em Berlim, a polícia prendeu 26 pessoas que insultaram uma marcha a favor de Israel.

Os judeus ao redor do mundo ainda estão celebrando o Rosh Hashaná, o ano novo judaico, e mais protestos para lembrar o atentado do Hamas, que desencadeou a guerra, são esperados para os próximos dias. No ataque sem precedentes, terroristas mataram 1,2 mil pessoas em Israel, a maioria civis, e levaram mais 250 pessoas como reféns.

Em NY, manifestantes pró-palestinos exibem cartaz de Netanyahu coberto por tinta vermelha representando sangue. Foto: Stephanie Keith/Getty Images via AFP

Protestos em Israel cobram liberação de reféns

Em Israel, manifestantes voltaram a cobrar ações urgentes do governo pela libertação dos reféns, apesar das preocupações com a segurança. Os principais protestos, que ocorrem semanalmente, foram cancelados neste sábado, pelo temor que mísseis disparados pelo Hezbollah possam atingir o país. Ainda assim, grupos menores se reuniram em Tel Aviv, Jerusalém e Cesareia, onde fica a residência do primeiro-ministro Binyamin Netanyahu, entre outras cidades israelenses, reportou a rede americana CNN.

Há quase um ano, os familiares cobram do governo um acordo que permita o retorno dos reféns, algo que parece cada vez mais distante com a escalada do conflito.

Pressão internacional

O presidente francês, Emmanuel Macron, defendeu uma solução política para o conflito e pediu aos países que parem de fornecer armas para a guerra em Gaza. “A França não envia”, disse em entrevista à rádio France Inter divulgada neste sábado.

Macron criticou o fato de não haver mudanças na situação em Gaza, apesar dos esforços diplomáticos por cessar-fogo. “Acho que eles não nos ouvem. Voltei a dizer ao primeiro-ministro Netanyahu e acredito que é um erro, também para a segurança de Israel no futuro”, destacou. “No fundo está nascendo um ressentimento e o ódio se alimenta dele.”

Manifestantes em Nova York protestam contra a guerra. Foto: Stephanie Keith/ Getty Images via AFP)

A declaração foi rebatida pelo primeiro-ministro Binyamin Netanyahu. “Enquanto Israel luta contra as forças da barbárie lideradas pelo Irã, todos os países civilizados deveriam apoiar firmemente Israel. Contudo, o presidente Macron e outros dirigentes ocidentais agora estão pedindo embargos de armas contra Israel. Deveriam estar envergonhados”, disse em comunicado.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, se negou até agora a mudar sua política de apoio a Israel para além da suspensão que fez em maio de uma entrega de bombas pesadas. Os Estados Unidos enviam a cada ano a Israel 3 bilhões de dólares (cerca de R$ 16 bilhões) em armamentos.

No mês passado, o Reino Unido anunciou a suspensão de cerca de 30 licenças de exportação de armas para Israel, de um total de 350, alegando o risco de que sejam utilizadas em ações que violem o direito internacional na guerra em Gaza./Com AFP e AP

Manifestantes pró-palestinos se espalharam cidades da Europa e Estados Unidos neste sábado para exigir o cessar-fogo na Faixa de Gaza. Os protestos devem se intensificar até o 7 de outubro, quando a guerra completa um ano, com nova frente de batalha aberta contra o Hezbollah, no Líbano, e a crescente tensão entre Israel e Irã.

Em Nova York, manifestantes reunidos na Times Square exibiram um enorme cartaz do primeiro-ministro Binyamin Netanyahu, com tina vermelha representando sangue em seu rosto.

A resposta de Israel ao ataque terrorista do Hamas deixou mais de 41 mil mortos no enclave palestino e ameaça escalar para uma guerra total no Oriente Médio, com a incursão das tropas israelenses em solo libanês e as promessas de retaliação pelo ataque com mísseis iranianos.

Vários países emitiram alertas de segurança, preocupados que a escalada do conflito no Oriente Médio possa inspirar ataques terroristas na Europa ou que os protestos possam se tornar violentos, como se viu em Roma.

Roma tem protestos contra a guerra em Gaza, que está prestes a completar um ano. Foto: Andrew Medichini/Associated Press
Italian Police and demonstrators clash during a march in support of the Palestinian people in Rome, Saturday, Oct. 5, 2024, two days before the anniversary of Hamas-led groups' attack in Israeli territory outside of Gaza on Oct. 7, 2023. (AP Photo/Andrew Medichini) Foto: Andrew Medichini/AP

Na capital italiana, a marcha seguia pacífica até que um pequeno grupo desafiou a proibição das autoridades e tentou avançar em direção ao centro. Alguns manifestantes atiraram pedras e garrafas contra a polícia, que reagiu com gás de pimenta e canhões de água, dispersando a multidão.

Em Paris, o protesto em solidariedade a palestinos e libaneses reuniu dezenas de milhares de pessoas na histórica Praça da República e transcorreu sem tumultos. Já em Madri, os manifestantes pediram ao governo Pedro Sánchez que rompa relações diplomáticas e defenderam o boicote a Israel.

Em Londres, pessoas vindas de toda Inglaterra carregavam bandeiras da Palestina e do Líbano. “Precisamos de um cessar-fogo agora. Quantos palestinos ou libaneses inocentes mais vão ter que morrer?”, questionou a manifestante Sophia Thomson, de 27 anos.

O protesto teve adesão de Jeremy Corbyn, ex-líder trabalhista que atua como independente após ter sido expulso do partido por suspeitas de antissemitismo, e do ex-primeiro-ministro da Escócia Humza Yousaf.

O clima na capital britânica ficou tenso quando manifestantes pró-palestinos e pró-Israel se encontraram na capital inglesa. Em Berlim, a polícia prendeu 26 pessoas que insultaram uma marcha a favor de Israel.

Os judeus ao redor do mundo ainda estão celebrando o Rosh Hashaná, o ano novo judaico, e mais protestos para lembrar o atentado do Hamas, que desencadeou a guerra, são esperados para os próximos dias. No ataque sem precedentes, terroristas mataram 1,2 mil pessoas em Israel, a maioria civis, e levaram mais 250 pessoas como reféns.

Em NY, manifestantes pró-palestinos exibem cartaz de Netanyahu coberto por tinta vermelha representando sangue. Foto: Stephanie Keith/Getty Images via AFP

Protestos em Israel cobram liberação de reféns

Em Israel, manifestantes voltaram a cobrar ações urgentes do governo pela libertação dos reféns, apesar das preocupações com a segurança. Os principais protestos, que ocorrem semanalmente, foram cancelados neste sábado, pelo temor que mísseis disparados pelo Hezbollah possam atingir o país. Ainda assim, grupos menores se reuniram em Tel Aviv, Jerusalém e Cesareia, onde fica a residência do primeiro-ministro Binyamin Netanyahu, entre outras cidades israelenses, reportou a rede americana CNN.

Há quase um ano, os familiares cobram do governo um acordo que permita o retorno dos reféns, algo que parece cada vez mais distante com a escalada do conflito.

Pressão internacional

O presidente francês, Emmanuel Macron, defendeu uma solução política para o conflito e pediu aos países que parem de fornecer armas para a guerra em Gaza. “A França não envia”, disse em entrevista à rádio France Inter divulgada neste sábado.

Macron criticou o fato de não haver mudanças na situação em Gaza, apesar dos esforços diplomáticos por cessar-fogo. “Acho que eles não nos ouvem. Voltei a dizer ao primeiro-ministro Netanyahu e acredito que é um erro, também para a segurança de Israel no futuro”, destacou. “No fundo está nascendo um ressentimento e o ódio se alimenta dele.”

Manifestantes em Nova York protestam contra a guerra. Foto: Stephanie Keith/ Getty Images via AFP)

A declaração foi rebatida pelo primeiro-ministro Binyamin Netanyahu. “Enquanto Israel luta contra as forças da barbárie lideradas pelo Irã, todos os países civilizados deveriam apoiar firmemente Israel. Contudo, o presidente Macron e outros dirigentes ocidentais agora estão pedindo embargos de armas contra Israel. Deveriam estar envergonhados”, disse em comunicado.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, se negou até agora a mudar sua política de apoio a Israel para além da suspensão que fez em maio de uma entrega de bombas pesadas. Os Estados Unidos enviam a cada ano a Israel 3 bilhões de dólares (cerca de R$ 16 bilhões) em armamentos.

No mês passado, o Reino Unido anunciou a suspensão de cerca de 30 licenças de exportação de armas para Israel, de um total de 350, alegando o risco de que sejam utilizadas em ações que violem o direito internacional na guerra em Gaza./Com AFP e AP

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