Vinte e cinco migrantes morreram e dezenas estão desaparecidos após o naufrágio de um barco na última segunda-feira, 22, na costa da Mauritânia, próximo da capital do país, Nouakchott. A Organização Internacional para Migração (OIM) disse que cerca de 300 pessoas embarcaram no barco de madeira na Gâmbia e passaram sete dias no mar antes que a embarcação virasse. Também afirmou que 190 pessoas ainda estavam desaparecidas e que uma operação de resgate está em andamento. As informações são da BBC, que ainda aponta que 103 migrantes foram resgatados, segundo o comandante da guarda costeira da Mauritânia.
Segundo a OIM, os migrantes estavam tentando chegar às Ilhas Canárias, arquipélago espanhol próximo à costa do Marrocos, que serve como porta de entrada para a Europa. A rota da África Ocidental para o território espanhol é uma das mais mortais do mundo, aponta a BBC.
O desastre ocorre após um incidente semelhante no início do mês, em 5 de julho, quando a guarda costeira da Mauritânia recuperou os corpos de 89 migrantes de um barco naufragado.
Mais de 5 mil migrantes morreram tentando chegar à Espanha por mar nos primeiros cinco meses de 2024, de acordo com a instituição de caridade Caminando Fronteras. Outras 40 mil pessoas chegaram às Ilhas Canárias no ano passado, mais que o dobro de 2022, de acordo com dados do governo espanhol.
Em abril, a União Europeia deu à Mauritânia € 210 milhões (cerca de R$ 1,28 bilhão) em ajuda, dos quais quase € 60 milhões (R$ 366 milhões) seriam destinados ao combate à imigração ilegal para a Europa, destaca a BBC.