LONDRES - A primeira-ministra britânica, Theresa May, advertiu nesta sexta-feira, 10, aos parlamentares contrários ao Brexit que "não tolerará" tentativas de obstrução para frear ou impedir a saída do país da União Europeia (UE).
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"Não toleraremos nenhuma tentativa de utilizar a via de emendas ao projeto de lei para tentar bloquear a vontade democrática do povo britânico, que tentem frear ou suspender nossa saída da União Europeia", escreveu a primeira-ministra no Daily Telegraph. "O Reino Unido abandonará a União Europeia em 29 de março de 2019", afirmou.
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O governo britânico anunciou na quinta-feira à noite que o Brexit ocorrerá no dia 29 de março de 2019 às 23h00 (21h em Brasília), precisão que será objeto de emenda ao projeto de lei de saída da UE a debate no Parlamento.
O responsável por redigir o Artigo 50 do Tratado de Lisboa, John Kerr, disse nesta sexta-feira que Theresa May deveria parar de enganar os eleitores e admitir que o Brexit pode ser evitado se o país decidir unilateralmente desistir das conversas de separação.
Ao acionar o Artigo 50, ela iniciou a contagem regressiva de um processo de saída de dois anos que até agora não conseguiu chegar a um acordo de desfiliação, e foi interrompido por sua aposta em uma eleição antecipada em junho que custou ao seu partido a maioria parlamentar.
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“Enquanto as conversas do divórcio prosseguem, as partes ainda estão casadas. A reconciliação ainda é possível”, disse Kerr, embaixador britânico na UE entre 1990 e 1995, em um discurso feito em Londres.
“Podemos mudar de ideia em qualquer estágio durante o processo”, explicou ele, acrescentando que as exigências legais do Artigo 50 foram mal explicadas no Reino Unido. “O povo britânico tem o direito de saber disto: eles não deveriam ser enganados.”
No dia em que o acionou, May disse ao Parlamento que “não há volta”, e nesta sexta-feira insistiu que o país deixará a UE no dia 29 de março de 2019. / AFP
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Reino Unido e União Europeia (UE) iniciaram nesta segunda-feira em Bruxelas as aguardadas negociações para a saída dos britânicos do bloco em março de 2019, em um contexto de incerteza sobre a fragilidade do governo britânico.