Mbappé e colegas de seleção entram na campanha e pedem que franceses não votem na extrema direita


Em coletiva, camisa 10 disse que França vive ‘um momento crucial’ na sua história; país vive instabilidade política após o presidente Emmanuel Macron antecipar eleições

Por Redação
Atualização:

Jogadores da seleção francesa de futebol publicaram uma carta aberta aos eleitores da França para pedir que não votem na extrema direita nas eleições antecipadas pelo presidente Emmanuel Macron. Um dos atletas a liderar esse movimento é o atacante Kylian Mbappé, capitão da seleção na Eurocopa.

A carta possui mais de 200 assinaturas e também é assinada por ex-jogadores e atletas de outros esportes e envia uma mensagem aos franceses a duas semanas do primeiro turno das eleições, marcadas após Macron dissolver o Parlamento. Eles pedem que a França defenda “uma sociedade mais inclusiva e democrática” e acusam a extrema direita de explorar as desigualdades e a diversidade para dividir o país.

“Sabemos bem das dificuldades crescentes que muitas pessoas enfrentam para sobreviver, da raiva da desigualdade, da falta de compromisso e medo do futuro. Mas, como atletas profissionais, treinadores e dirigentes, não podemos nos resignar vendo a extrema direita tomar o poder no nosso país”, afirma a carta publicada no jornal L’Équipe neste domingo, 16. “Não (é) apenas um dever cívico, mas também um ato de amor ao nosso país.”

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Imagem mostra Eduardo Camavinga, Kylian Mbappé e Aurelien Tchouameni em treino da seleção francesa no domingo, 16. Atletas se posicionaram contra avanço da extrema direita na França Foto: Franck Fife/AFP

No mesmo dia em que a carta foi publicada, o capitão Kylian Mbappé deu declarações sobre a eleição durante uma coletiva de imprensa na Eurocopa, competição que a França estreou nesta segunda como uma das favoritas. “É um momento crucial para a história francesa, este é um evento nunca antes visto”, disse. “Somos uma geração que pode fazer a diferença, podemos ver que os extremos estão batendo à porta do poder e temos a oportunidade de moldar o futuro do nosso país.”

A seleção havia se posicionado no passado contra a extrema direita, contrária à imigração. O engajamento se explica em parte pelo número de jogadores franceses com descendência africana, incluindo nomes como Zinedine Zidane (de origem argelina). Em 2006, o político Jean-Marie Le Pen, pai de Marine Le Pen, chegou a dizer que a seleção não teria apoio dos franceses na Copa do Mundo por causa da origem da maioria dos jogadores.

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A atual seleção também tem a maioria de seus jogadores com descendentes africanos, incluindo Mbappé. Ele pediu abertamente que os partidos rejeitados sejam o Comício Nacional de Marine Le Pen e o partido Reconquista de Eric Zemmour na eleição.

As declarações políticas levaram a federação francesa de futebol a pedir que a neutralidade da seleção nacional fosse respeitada e que não fosse politizada, mas isso se torna mais difícil pela coincidência da Eurocopa com as eleições da França, com o início das campanhas também nesta segunda-feira. A federação disse que os jogadores são livres para expressar suas próprias opiniões.

Desde que o presidente Macron dissolveu o parlamento, a França vive uma instabilidade política, com protestos nas principais cidades do país. “Em um momento tão grave, ninguém pode se sentar no banco. É corajoso e necessário que grandes estrelas do esporte se envolvam”, declarou Clément Beaune, ex-ministro da Europa de Macron.

Jogadores da seleção francesa de futebol publicaram uma carta aberta aos eleitores da França para pedir que não votem na extrema direita nas eleições antecipadas pelo presidente Emmanuel Macron. Um dos atletas a liderar esse movimento é o atacante Kylian Mbappé, capitão da seleção na Eurocopa.

A carta possui mais de 200 assinaturas e também é assinada por ex-jogadores e atletas de outros esportes e envia uma mensagem aos franceses a duas semanas do primeiro turno das eleições, marcadas após Macron dissolver o Parlamento. Eles pedem que a França defenda “uma sociedade mais inclusiva e democrática” e acusam a extrema direita de explorar as desigualdades e a diversidade para dividir o país.

“Sabemos bem das dificuldades crescentes que muitas pessoas enfrentam para sobreviver, da raiva da desigualdade, da falta de compromisso e medo do futuro. Mas, como atletas profissionais, treinadores e dirigentes, não podemos nos resignar vendo a extrema direita tomar o poder no nosso país”, afirma a carta publicada no jornal L’Équipe neste domingo, 16. “Não (é) apenas um dever cívico, mas também um ato de amor ao nosso país.”

Imagem mostra Eduardo Camavinga, Kylian Mbappé e Aurelien Tchouameni em treino da seleção francesa no domingo, 16. Atletas se posicionaram contra avanço da extrema direita na França Foto: Franck Fife/AFP

No mesmo dia em que a carta foi publicada, o capitão Kylian Mbappé deu declarações sobre a eleição durante uma coletiva de imprensa na Eurocopa, competição que a França estreou nesta segunda como uma das favoritas. “É um momento crucial para a história francesa, este é um evento nunca antes visto”, disse. “Somos uma geração que pode fazer a diferença, podemos ver que os extremos estão batendo à porta do poder e temos a oportunidade de moldar o futuro do nosso país.”

A seleção havia se posicionado no passado contra a extrema direita, contrária à imigração. O engajamento se explica em parte pelo número de jogadores franceses com descendência africana, incluindo nomes como Zinedine Zidane (de origem argelina). Em 2006, o político Jean-Marie Le Pen, pai de Marine Le Pen, chegou a dizer que a seleção não teria apoio dos franceses na Copa do Mundo por causa da origem da maioria dos jogadores.

A atual seleção também tem a maioria de seus jogadores com descendentes africanos, incluindo Mbappé. Ele pediu abertamente que os partidos rejeitados sejam o Comício Nacional de Marine Le Pen e o partido Reconquista de Eric Zemmour na eleição.

As declarações políticas levaram a federação francesa de futebol a pedir que a neutralidade da seleção nacional fosse respeitada e que não fosse politizada, mas isso se torna mais difícil pela coincidência da Eurocopa com as eleições da França, com o início das campanhas também nesta segunda-feira. A federação disse que os jogadores são livres para expressar suas próprias opiniões.

Desde que o presidente Macron dissolveu o parlamento, a França vive uma instabilidade política, com protestos nas principais cidades do país. “Em um momento tão grave, ninguém pode se sentar no banco. É corajoso e necessário que grandes estrelas do esporte se envolvam”, declarou Clément Beaune, ex-ministro da Europa de Macron.

Jogadores da seleção francesa de futebol publicaram uma carta aberta aos eleitores da França para pedir que não votem na extrema direita nas eleições antecipadas pelo presidente Emmanuel Macron. Um dos atletas a liderar esse movimento é o atacante Kylian Mbappé, capitão da seleção na Eurocopa.

A carta possui mais de 200 assinaturas e também é assinada por ex-jogadores e atletas de outros esportes e envia uma mensagem aos franceses a duas semanas do primeiro turno das eleições, marcadas após Macron dissolver o Parlamento. Eles pedem que a França defenda “uma sociedade mais inclusiva e democrática” e acusam a extrema direita de explorar as desigualdades e a diversidade para dividir o país.

“Sabemos bem das dificuldades crescentes que muitas pessoas enfrentam para sobreviver, da raiva da desigualdade, da falta de compromisso e medo do futuro. Mas, como atletas profissionais, treinadores e dirigentes, não podemos nos resignar vendo a extrema direita tomar o poder no nosso país”, afirma a carta publicada no jornal L’Équipe neste domingo, 16. “Não (é) apenas um dever cívico, mas também um ato de amor ao nosso país.”

Imagem mostra Eduardo Camavinga, Kylian Mbappé e Aurelien Tchouameni em treino da seleção francesa no domingo, 16. Atletas se posicionaram contra avanço da extrema direita na França Foto: Franck Fife/AFP

No mesmo dia em que a carta foi publicada, o capitão Kylian Mbappé deu declarações sobre a eleição durante uma coletiva de imprensa na Eurocopa, competição que a França estreou nesta segunda como uma das favoritas. “É um momento crucial para a história francesa, este é um evento nunca antes visto”, disse. “Somos uma geração que pode fazer a diferença, podemos ver que os extremos estão batendo à porta do poder e temos a oportunidade de moldar o futuro do nosso país.”

A seleção havia se posicionado no passado contra a extrema direita, contrária à imigração. O engajamento se explica em parte pelo número de jogadores franceses com descendência africana, incluindo nomes como Zinedine Zidane (de origem argelina). Em 2006, o político Jean-Marie Le Pen, pai de Marine Le Pen, chegou a dizer que a seleção não teria apoio dos franceses na Copa do Mundo por causa da origem da maioria dos jogadores.

A atual seleção também tem a maioria de seus jogadores com descendentes africanos, incluindo Mbappé. Ele pediu abertamente que os partidos rejeitados sejam o Comício Nacional de Marine Le Pen e o partido Reconquista de Eric Zemmour na eleição.

As declarações políticas levaram a federação francesa de futebol a pedir que a neutralidade da seleção nacional fosse respeitada e que não fosse politizada, mas isso se torna mais difícil pela coincidência da Eurocopa com as eleições da França, com o início das campanhas também nesta segunda-feira. A federação disse que os jogadores são livres para expressar suas próprias opiniões.

Desde que o presidente Macron dissolveu o parlamento, a França vive uma instabilidade política, com protestos nas principais cidades do país. “Em um momento tão grave, ninguém pode se sentar no banco. É corajoso e necessário que grandes estrelas do esporte se envolvam”, declarou Clément Beaune, ex-ministro da Europa de Macron.

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