MÉDICO JUDEU SALVA LÍDERES DO HAMAS


Meta de Israel é dar fim à cúpula de grupo radical

Por Fernanda Simas

Uma "ilha de paz em Israel". Esse é o nome dado pelo médico israelense especializado em traumas e ferimentos de guerra Avi Rivkind ao hospital onde atua há 30 anos em Jerusalém, o Hadassah. "Algo que discutimos aqui é 'tratar ou não tratar'. E a resposta é relativamente fácil, pelo menos para mim, porque paciente é paciente. Se ele precisa de tratamento, temos de tratar. Valorizo a vida e farei de tudo para salvar uma vida. Não devemos brincar de Deus e decidir quem vive ou não, temos de fazer tudo para que a pessoa viva. Se ela merecer ir para a prisão, que assim seja", disse o médico ao Estado.Rivkind lembra da cirurgia que fez em Abu Hassan Salah, autoridade do Hamas, nos anos 90. "Estamos acostumados a tratar nossos inimigos. Eu operei Hassan Salah, o segundo homem do Hamas. Ele foi responsável pela explosão de 18 ônibus em uma semana em 1994 ou 1995 e escapou. Um soldado nosso (israelense) o capturou e o levou até nós. Recebi o chamado entre 2 e 3 horas da manhã de um sábado e o operei. Ele está vivo e preso agora, pela morte das 58 pessoas nos ataques."Os feridos passam por uma triagem de acordo com o tipo do ferimento ainda no local dos confrontos. Depois, são levados de helicóptero ou ambulância até o hospital.Torcida por acordo. O acordo de segunda-feira para um cessar-fogo ilimitado entre Israel e o Hamas é visto como positivo pelo médico. "Espero que o cessar-fogo seja mantido para nosso bem e o deles. Olhando as imagens aéreas, a condição deles é pior, terão de reconstruir tudo", disse.No entanto, ele critica o que considera a falta de uma oposição interna mais ativa contra o Hamas. "Talvez haja uma oposição lá, mas ninguém conhece", declarou. "No fim das contas, as pessoas que vivem lá aceitaram o Hamas, mesmo que por meio da omissão."Há 20 anos, o hospital desenvolve um projeto com estudantes que terminam a faculdade de Medicina com a intenção de mostrar como os médicos devem intervir em casos de atos terroristas ou grandes acidentes. Para Rivkind, a maior recompensa em lecionar é ver os alunos praticando. "Numa ocasião, um dos alunos estava num trem quando ocorreu um acidente em Tel-Aviv. Ele saiu, colocou um estetoscópio para poderem lhe identificar como médico e fez toda a triagem no local. Mais tarde me ligou e agradeceu. 'Fiz exatamente o que você nos ensinou no curso'. Nós praticamos como salvar vidas." "Talvez eu seja um otimista e não um realista", diz o médico, ressaltando que o trabalho no hospital recebe mais atenção em meio ao conflito. "Temos um médico palestino lá, que trata dos judeus sem restrição."

Uma "ilha de paz em Israel". Esse é o nome dado pelo médico israelense especializado em traumas e ferimentos de guerra Avi Rivkind ao hospital onde atua há 30 anos em Jerusalém, o Hadassah. "Algo que discutimos aqui é 'tratar ou não tratar'. E a resposta é relativamente fácil, pelo menos para mim, porque paciente é paciente. Se ele precisa de tratamento, temos de tratar. Valorizo a vida e farei de tudo para salvar uma vida. Não devemos brincar de Deus e decidir quem vive ou não, temos de fazer tudo para que a pessoa viva. Se ela merecer ir para a prisão, que assim seja", disse o médico ao Estado.Rivkind lembra da cirurgia que fez em Abu Hassan Salah, autoridade do Hamas, nos anos 90. "Estamos acostumados a tratar nossos inimigos. Eu operei Hassan Salah, o segundo homem do Hamas. Ele foi responsável pela explosão de 18 ônibus em uma semana em 1994 ou 1995 e escapou. Um soldado nosso (israelense) o capturou e o levou até nós. Recebi o chamado entre 2 e 3 horas da manhã de um sábado e o operei. Ele está vivo e preso agora, pela morte das 58 pessoas nos ataques."Os feridos passam por uma triagem de acordo com o tipo do ferimento ainda no local dos confrontos. Depois, são levados de helicóptero ou ambulância até o hospital.Torcida por acordo. O acordo de segunda-feira para um cessar-fogo ilimitado entre Israel e o Hamas é visto como positivo pelo médico. "Espero que o cessar-fogo seja mantido para nosso bem e o deles. Olhando as imagens aéreas, a condição deles é pior, terão de reconstruir tudo", disse.No entanto, ele critica o que considera a falta de uma oposição interna mais ativa contra o Hamas. "Talvez haja uma oposição lá, mas ninguém conhece", declarou. "No fim das contas, as pessoas que vivem lá aceitaram o Hamas, mesmo que por meio da omissão."Há 20 anos, o hospital desenvolve um projeto com estudantes que terminam a faculdade de Medicina com a intenção de mostrar como os médicos devem intervir em casos de atos terroristas ou grandes acidentes. Para Rivkind, a maior recompensa em lecionar é ver os alunos praticando. "Numa ocasião, um dos alunos estava num trem quando ocorreu um acidente em Tel-Aviv. Ele saiu, colocou um estetoscópio para poderem lhe identificar como médico e fez toda a triagem no local. Mais tarde me ligou e agradeceu. 'Fiz exatamente o que você nos ensinou no curso'. Nós praticamos como salvar vidas." "Talvez eu seja um otimista e não um realista", diz o médico, ressaltando que o trabalho no hospital recebe mais atenção em meio ao conflito. "Temos um médico palestino lá, que trata dos judeus sem restrição."

Uma "ilha de paz em Israel". Esse é o nome dado pelo médico israelense especializado em traumas e ferimentos de guerra Avi Rivkind ao hospital onde atua há 30 anos em Jerusalém, o Hadassah. "Algo que discutimos aqui é 'tratar ou não tratar'. E a resposta é relativamente fácil, pelo menos para mim, porque paciente é paciente. Se ele precisa de tratamento, temos de tratar. Valorizo a vida e farei de tudo para salvar uma vida. Não devemos brincar de Deus e decidir quem vive ou não, temos de fazer tudo para que a pessoa viva. Se ela merecer ir para a prisão, que assim seja", disse o médico ao Estado.Rivkind lembra da cirurgia que fez em Abu Hassan Salah, autoridade do Hamas, nos anos 90. "Estamos acostumados a tratar nossos inimigos. Eu operei Hassan Salah, o segundo homem do Hamas. Ele foi responsável pela explosão de 18 ônibus em uma semana em 1994 ou 1995 e escapou. Um soldado nosso (israelense) o capturou e o levou até nós. Recebi o chamado entre 2 e 3 horas da manhã de um sábado e o operei. Ele está vivo e preso agora, pela morte das 58 pessoas nos ataques."Os feridos passam por uma triagem de acordo com o tipo do ferimento ainda no local dos confrontos. Depois, são levados de helicóptero ou ambulância até o hospital.Torcida por acordo. O acordo de segunda-feira para um cessar-fogo ilimitado entre Israel e o Hamas é visto como positivo pelo médico. "Espero que o cessar-fogo seja mantido para nosso bem e o deles. Olhando as imagens aéreas, a condição deles é pior, terão de reconstruir tudo", disse.No entanto, ele critica o que considera a falta de uma oposição interna mais ativa contra o Hamas. "Talvez haja uma oposição lá, mas ninguém conhece", declarou. "No fim das contas, as pessoas que vivem lá aceitaram o Hamas, mesmo que por meio da omissão."Há 20 anos, o hospital desenvolve um projeto com estudantes que terminam a faculdade de Medicina com a intenção de mostrar como os médicos devem intervir em casos de atos terroristas ou grandes acidentes. Para Rivkind, a maior recompensa em lecionar é ver os alunos praticando. "Numa ocasião, um dos alunos estava num trem quando ocorreu um acidente em Tel-Aviv. Ele saiu, colocou um estetoscópio para poderem lhe identificar como médico e fez toda a triagem no local. Mais tarde me ligou e agradeceu. 'Fiz exatamente o que você nos ensinou no curso'. Nós praticamos como salvar vidas." "Talvez eu seja um otimista e não um realista", diz o médico, ressaltando que o trabalho no hospital recebe mais atenção em meio ao conflito. "Temos um médico palestino lá, que trata dos judeus sem restrição."

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.