Últimos moradores de Irpin deixam cidade atacada pela Rússia com ajuda de voluntários


Ao noroeste de Kiev, região já chegou a ter mais de 60 mil habitantes; hoje, apenas alguns milhares permanecem

Por Redação
Atualização:

IRPIN, Ucrânia - Um corredor humanitário, aberto na semana passada para evacuar moradores de Irpin, subúrbio a noroeste de Kiev, está sob fogo crescente das forças russas. Os ataques passaram a dificultar os resgates, já que muitos idosos que antes resistiram a saída, agora tentam fugir.

Na segunda-feira, 14, câmeras do The New York Times registraram uma equipe de médicos voluntários que transportavam moradores feridos e aterrorizados ao longo de um trecho traiçoeiro de uma rodovia de Kiev. “Esta é a estrada da vida em Irpin”, disse Serhiy Balashov, um médico voluntário que dirigiu uma ambulância ao longo da rota inúmeras vezes nos últimos dias. “As pessoas continuam tentando sobreviver, mesmo que seja arriscado.”

Uma criança pela janela de um ônibus enquanto civis são evacuados de Irpin, nos arredores de Kiev, em 9 de março de 2022. Foto: Vadim Ghirda
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A estrada para Irpin é um ponto de entrada estratégico para as forças russas que tentam avançar em Kiev, a capital. À medida que as forças ucranianas lutaram contra sua ofensiva terrestre nos últimos dias, os ataques aéreos russos se intensificaram.

“Eu vi alguns dos mísseis Grad, estrondo constante de tanques, explosões e cadáveres. Temos cadáveres por toda parte”, disse uma jovem que estava sendo evacuada de um complexo de apartamentos em Irpin.

No ponto de desembarque em Kiev, os evacuados receberam comida, chá e uma viagem de ônibus até a estação de trem. Muitos pareciam em estado de choque e sem saber o que fazer a seguir. “Hoje foi muito difícil para nós”, disse Marta Hleblova. “Há bombardeios constantes. Três mísseis atingiram nosso prédio. Perdi meu amigo.”

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Volodymyr Skakodob contou o momento em que seu apartamento explodiu na manhã de segunda-feira, 14. Um estilhaço atingiu sua esposa de 36 anos, Anna Shemanskaya, no pescoço, matando-a. “Estávamos preparando uma sopa para que nossos filhos e aqueles que ficaram conosco pudessem comer”, disse ele. “Eu mesmo vi. Isso a cortou e seu sangue estava jorrando.”

Os três filhos pequenos de Skakodob, agora órfãos de mãe, ficaram em silêncio, de mãos dadas. O ucrâniano disse que foi forçado a deixar Shemanskaya para trás. Ele não conseguiu localizar seu corpo.

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Desde que o corredor humanitário foi aberto em 9 de março, mais de 24 mil pessoas foram evacuadas de Irpin e muitos outros milhares fugiram por conta própria. Entretanto, desde segunda-feira, não houve passagem segura.

“Os corredores não são seguros e, na realidade, não funcionam adequadamente. É apenas graças à força de vontade e um enorme esforço das equipes de resgate que os corredores funcionam de alguma forma”, disse Iryna Vereshchuk, vice-primeira-ministra da Ucrânia, em entrevista ao The Times.

Irpin já teve uma população de mais de 60 mil habitantes, segundo estimativas oficiais. O prefeito da cidade agora diz que apenas alguns milhares de moradores permanecem. /NYT

IRPIN, Ucrânia - Um corredor humanitário, aberto na semana passada para evacuar moradores de Irpin, subúrbio a noroeste de Kiev, está sob fogo crescente das forças russas. Os ataques passaram a dificultar os resgates, já que muitos idosos que antes resistiram a saída, agora tentam fugir.

Na segunda-feira, 14, câmeras do The New York Times registraram uma equipe de médicos voluntários que transportavam moradores feridos e aterrorizados ao longo de um trecho traiçoeiro de uma rodovia de Kiev. “Esta é a estrada da vida em Irpin”, disse Serhiy Balashov, um médico voluntário que dirigiu uma ambulância ao longo da rota inúmeras vezes nos últimos dias. “As pessoas continuam tentando sobreviver, mesmo que seja arriscado.”

Uma criança pela janela de um ônibus enquanto civis são evacuados de Irpin, nos arredores de Kiev, em 9 de março de 2022. Foto: Vadim Ghirda

A estrada para Irpin é um ponto de entrada estratégico para as forças russas que tentam avançar em Kiev, a capital. À medida que as forças ucranianas lutaram contra sua ofensiva terrestre nos últimos dias, os ataques aéreos russos se intensificaram.

“Eu vi alguns dos mísseis Grad, estrondo constante de tanques, explosões e cadáveres. Temos cadáveres por toda parte”, disse uma jovem que estava sendo evacuada de um complexo de apartamentos em Irpin.

No ponto de desembarque em Kiev, os evacuados receberam comida, chá e uma viagem de ônibus até a estação de trem. Muitos pareciam em estado de choque e sem saber o que fazer a seguir. “Hoje foi muito difícil para nós”, disse Marta Hleblova. “Há bombardeios constantes. Três mísseis atingiram nosso prédio. Perdi meu amigo.”

Volodymyr Skakodob contou o momento em que seu apartamento explodiu na manhã de segunda-feira, 14. Um estilhaço atingiu sua esposa de 36 anos, Anna Shemanskaya, no pescoço, matando-a. “Estávamos preparando uma sopa para que nossos filhos e aqueles que ficaram conosco pudessem comer”, disse ele. “Eu mesmo vi. Isso a cortou e seu sangue estava jorrando.”

Os três filhos pequenos de Skakodob, agora órfãos de mãe, ficaram em silêncio, de mãos dadas. O ucrâniano disse que foi forçado a deixar Shemanskaya para trás. Ele não conseguiu localizar seu corpo.

Desde que o corredor humanitário foi aberto em 9 de março, mais de 24 mil pessoas foram evacuadas de Irpin e muitos outros milhares fugiram por conta própria. Entretanto, desde segunda-feira, não houve passagem segura.

“Os corredores não são seguros e, na realidade, não funcionam adequadamente. É apenas graças à força de vontade e um enorme esforço das equipes de resgate que os corredores funcionam de alguma forma”, disse Iryna Vereshchuk, vice-primeira-ministra da Ucrânia, em entrevista ao The Times.

Irpin já teve uma população de mais de 60 mil habitantes, segundo estimativas oficiais. O prefeito da cidade agora diz que apenas alguns milhares de moradores permanecem. /NYT

IRPIN, Ucrânia - Um corredor humanitário, aberto na semana passada para evacuar moradores de Irpin, subúrbio a noroeste de Kiev, está sob fogo crescente das forças russas. Os ataques passaram a dificultar os resgates, já que muitos idosos que antes resistiram a saída, agora tentam fugir.

Na segunda-feira, 14, câmeras do The New York Times registraram uma equipe de médicos voluntários que transportavam moradores feridos e aterrorizados ao longo de um trecho traiçoeiro de uma rodovia de Kiev. “Esta é a estrada da vida em Irpin”, disse Serhiy Balashov, um médico voluntário que dirigiu uma ambulância ao longo da rota inúmeras vezes nos últimos dias. “As pessoas continuam tentando sobreviver, mesmo que seja arriscado.”

Uma criança pela janela de um ônibus enquanto civis são evacuados de Irpin, nos arredores de Kiev, em 9 de março de 2022. Foto: Vadim Ghirda

A estrada para Irpin é um ponto de entrada estratégico para as forças russas que tentam avançar em Kiev, a capital. À medida que as forças ucranianas lutaram contra sua ofensiva terrestre nos últimos dias, os ataques aéreos russos se intensificaram.

“Eu vi alguns dos mísseis Grad, estrondo constante de tanques, explosões e cadáveres. Temos cadáveres por toda parte”, disse uma jovem que estava sendo evacuada de um complexo de apartamentos em Irpin.

No ponto de desembarque em Kiev, os evacuados receberam comida, chá e uma viagem de ônibus até a estação de trem. Muitos pareciam em estado de choque e sem saber o que fazer a seguir. “Hoje foi muito difícil para nós”, disse Marta Hleblova. “Há bombardeios constantes. Três mísseis atingiram nosso prédio. Perdi meu amigo.”

Volodymyr Skakodob contou o momento em que seu apartamento explodiu na manhã de segunda-feira, 14. Um estilhaço atingiu sua esposa de 36 anos, Anna Shemanskaya, no pescoço, matando-a. “Estávamos preparando uma sopa para que nossos filhos e aqueles que ficaram conosco pudessem comer”, disse ele. “Eu mesmo vi. Isso a cortou e seu sangue estava jorrando.”

Os três filhos pequenos de Skakodob, agora órfãos de mãe, ficaram em silêncio, de mãos dadas. O ucrâniano disse que foi forçado a deixar Shemanskaya para trás. Ele não conseguiu localizar seu corpo.

Desde que o corredor humanitário foi aberto em 9 de março, mais de 24 mil pessoas foram evacuadas de Irpin e muitos outros milhares fugiram por conta própria. Entretanto, desde segunda-feira, não houve passagem segura.

“Os corredores não são seguros e, na realidade, não funcionam adequadamente. É apenas graças à força de vontade e um enorme esforço das equipes de resgate que os corredores funcionam de alguma forma”, disse Iryna Vereshchuk, vice-primeira-ministra da Ucrânia, em entrevista ao The Times.

Irpin já teve uma população de mais de 60 mil habitantes, segundo estimativas oficiais. O prefeito da cidade agora diz que apenas alguns milhares de moradores permanecem. /NYT

IRPIN, Ucrânia - Um corredor humanitário, aberto na semana passada para evacuar moradores de Irpin, subúrbio a noroeste de Kiev, está sob fogo crescente das forças russas. Os ataques passaram a dificultar os resgates, já que muitos idosos que antes resistiram a saída, agora tentam fugir.

Na segunda-feira, 14, câmeras do The New York Times registraram uma equipe de médicos voluntários que transportavam moradores feridos e aterrorizados ao longo de um trecho traiçoeiro de uma rodovia de Kiev. “Esta é a estrada da vida em Irpin”, disse Serhiy Balashov, um médico voluntário que dirigiu uma ambulância ao longo da rota inúmeras vezes nos últimos dias. “As pessoas continuam tentando sobreviver, mesmo que seja arriscado.”

Uma criança pela janela de um ônibus enquanto civis são evacuados de Irpin, nos arredores de Kiev, em 9 de março de 2022. Foto: Vadim Ghirda

A estrada para Irpin é um ponto de entrada estratégico para as forças russas que tentam avançar em Kiev, a capital. À medida que as forças ucranianas lutaram contra sua ofensiva terrestre nos últimos dias, os ataques aéreos russos se intensificaram.

“Eu vi alguns dos mísseis Grad, estrondo constante de tanques, explosões e cadáveres. Temos cadáveres por toda parte”, disse uma jovem que estava sendo evacuada de um complexo de apartamentos em Irpin.

No ponto de desembarque em Kiev, os evacuados receberam comida, chá e uma viagem de ônibus até a estação de trem. Muitos pareciam em estado de choque e sem saber o que fazer a seguir. “Hoje foi muito difícil para nós”, disse Marta Hleblova. “Há bombardeios constantes. Três mísseis atingiram nosso prédio. Perdi meu amigo.”

Volodymyr Skakodob contou o momento em que seu apartamento explodiu na manhã de segunda-feira, 14. Um estilhaço atingiu sua esposa de 36 anos, Anna Shemanskaya, no pescoço, matando-a. “Estávamos preparando uma sopa para que nossos filhos e aqueles que ficaram conosco pudessem comer”, disse ele. “Eu mesmo vi. Isso a cortou e seu sangue estava jorrando.”

Os três filhos pequenos de Skakodob, agora órfãos de mãe, ficaram em silêncio, de mãos dadas. O ucrâniano disse que foi forçado a deixar Shemanskaya para trás. Ele não conseguiu localizar seu corpo.

Desde que o corredor humanitário foi aberto em 9 de março, mais de 24 mil pessoas foram evacuadas de Irpin e muitos outros milhares fugiram por conta própria. Entretanto, desde segunda-feira, não houve passagem segura.

“Os corredores não são seguros e, na realidade, não funcionam adequadamente. É apenas graças à força de vontade e um enorme esforço das equipes de resgate que os corredores funcionam de alguma forma”, disse Iryna Vereshchuk, vice-primeira-ministra da Ucrânia, em entrevista ao The Times.

Irpin já teve uma população de mais de 60 mil habitantes, segundo estimativas oficiais. O prefeito da cidade agora diz que apenas alguns milhares de moradores permanecem. /NYT

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