Medidas anticovid irritam chineses; protestos se espalham e desafiam Xi Jinping


Atos com pedido de renúncia do presidente são registrados em pelo menos oito cidades e também em universidades; manifestantes pedem fim de restrições

Por Redação

PEQUIM - Protestos contra as restrições sanitárias severas em razão da pandemia de covid-19 se espalharam por pelo menos oito cidades e campos universitários no sábado e na manhã de ontem na China. As manifestações são as mais abrangentes enfrentadas pelo presidente Xi Jinping – ele foi reconduzido ao cargo pelo Partido Comunista Chinês para seu terceiro mandato em outubro passado.

O estopim para as manifestações foi a morte de pelo menos 10 pessoas em um prédio residencial de em Urumqi, capital regional de Xinjiang, no oeste da China, durante um incêndio. Moradores dizem que as restrições de locomoção impostas pelo governo impediram que as vítimas deixassem seus apartamentos e que os bombeiros fizessem seu trabalho de maneira adequada. As autoridades negam.

O maior protesto ocorreu em Xangai, onde centenas de pessoas, a maioria jovens, se reuniram em um cruzamento da Rua Urumqi, mesmo nome da cidade onde houve o incêndio. Eles levavam velas e cartazes em branco, cor funerária na China. A polícia dispersou o ato. Manifestantes que não quiseram se identificar disseram ter testemunhado detenções.

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Manifestantes seguram cartazes em branco, a cor funerária chinesa, em Pequim; restrições severas atrapalham a economia do país, mas autoridades não cedem Foto: Ng Han Guan

“As manifestações em todo o país foram como a faísca que acendeu uma fogueira na pradaria”, disse James Yu, morador de Xangai, adotando uma frase usada para descrever a expansão da revolução de Mao Tsé-tung. Em rara demonstração de ousadia, manifestantes pediam a renúncia de Xi Jinping.

Protestos também foram organizados na cidade de Wuhan, no centro do país, onde foram detectados os primeiros casos de coronavírus. Segundo vídeos transmitidos ao vivo nas redes sociais, uma multidão de moradores indignados se manifestou. Em Pequim, centenas de estudantes da Universidade Tsinghua se manifestaram, de acordo com vídeos na internet.

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Itália, Irã, Coreia do Sul são países que sofrem os efeitos do novo coronavírus, que começa a se espalhar em países longe do epicentro da doença.

As duras restrições têm irritado os chineses, pois prejudicam a já desacelerada economia do país. Autoridades, porém, continuam a temer que a disseminação descontrolada da covid. A vacina desenvolvida na China é geralmente menos eficaz do que algumas fabricadas no exterior, mas Pequim não aprovou outros imunizantes para uso doméstico. Chineses mais velhos resistiram à vacinação ou às doses de reforço, porque desconfiam dos efeitos colaterais, acreditando em rumores infundados sobre os riscos do imunizante.

Ontem, o People’s Daily – principal jornal do Partido Comunista Chinês – pediu a manutenção das medidas. “O povo chinês teve o menor impacto da pandemia”, disse o editorial de primeira página. Também ontem, o país registrou 39.506 novas infecções. Durante a pandemia, 5,2 mil chineses morreram de covid. l NYT, AFP e AP

PEQUIM - Protestos contra as restrições sanitárias severas em razão da pandemia de covid-19 se espalharam por pelo menos oito cidades e campos universitários no sábado e na manhã de ontem na China. As manifestações são as mais abrangentes enfrentadas pelo presidente Xi Jinping – ele foi reconduzido ao cargo pelo Partido Comunista Chinês para seu terceiro mandato em outubro passado.

O estopim para as manifestações foi a morte de pelo menos 10 pessoas em um prédio residencial de em Urumqi, capital regional de Xinjiang, no oeste da China, durante um incêndio. Moradores dizem que as restrições de locomoção impostas pelo governo impediram que as vítimas deixassem seus apartamentos e que os bombeiros fizessem seu trabalho de maneira adequada. As autoridades negam.

O maior protesto ocorreu em Xangai, onde centenas de pessoas, a maioria jovens, se reuniram em um cruzamento da Rua Urumqi, mesmo nome da cidade onde houve o incêndio. Eles levavam velas e cartazes em branco, cor funerária na China. A polícia dispersou o ato. Manifestantes que não quiseram se identificar disseram ter testemunhado detenções.

Manifestantes seguram cartazes em branco, a cor funerária chinesa, em Pequim; restrições severas atrapalham a economia do país, mas autoridades não cedem Foto: Ng Han Guan

“As manifestações em todo o país foram como a faísca que acendeu uma fogueira na pradaria”, disse James Yu, morador de Xangai, adotando uma frase usada para descrever a expansão da revolução de Mao Tsé-tung. Em rara demonstração de ousadia, manifestantes pediam a renúncia de Xi Jinping.

Protestos também foram organizados na cidade de Wuhan, no centro do país, onde foram detectados os primeiros casos de coronavírus. Segundo vídeos transmitidos ao vivo nas redes sociais, uma multidão de moradores indignados se manifestou. Em Pequim, centenas de estudantes da Universidade Tsinghua se manifestaram, de acordo com vídeos na internet.

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Itália, Irã, Coreia do Sul são países que sofrem os efeitos do novo coronavírus, que começa a se espalhar em países longe do epicentro da doença.

As duras restrições têm irritado os chineses, pois prejudicam a já desacelerada economia do país. Autoridades, porém, continuam a temer que a disseminação descontrolada da covid. A vacina desenvolvida na China é geralmente menos eficaz do que algumas fabricadas no exterior, mas Pequim não aprovou outros imunizantes para uso doméstico. Chineses mais velhos resistiram à vacinação ou às doses de reforço, porque desconfiam dos efeitos colaterais, acreditando em rumores infundados sobre os riscos do imunizante.

Ontem, o People’s Daily – principal jornal do Partido Comunista Chinês – pediu a manutenção das medidas. “O povo chinês teve o menor impacto da pandemia”, disse o editorial de primeira página. Também ontem, o país registrou 39.506 novas infecções. Durante a pandemia, 5,2 mil chineses morreram de covid. l NYT, AFP e AP

PEQUIM - Protestos contra as restrições sanitárias severas em razão da pandemia de covid-19 se espalharam por pelo menos oito cidades e campos universitários no sábado e na manhã de ontem na China. As manifestações são as mais abrangentes enfrentadas pelo presidente Xi Jinping – ele foi reconduzido ao cargo pelo Partido Comunista Chinês para seu terceiro mandato em outubro passado.

O estopim para as manifestações foi a morte de pelo menos 10 pessoas em um prédio residencial de em Urumqi, capital regional de Xinjiang, no oeste da China, durante um incêndio. Moradores dizem que as restrições de locomoção impostas pelo governo impediram que as vítimas deixassem seus apartamentos e que os bombeiros fizessem seu trabalho de maneira adequada. As autoridades negam.

O maior protesto ocorreu em Xangai, onde centenas de pessoas, a maioria jovens, se reuniram em um cruzamento da Rua Urumqi, mesmo nome da cidade onde houve o incêndio. Eles levavam velas e cartazes em branco, cor funerária na China. A polícia dispersou o ato. Manifestantes que não quiseram se identificar disseram ter testemunhado detenções.

Manifestantes seguram cartazes em branco, a cor funerária chinesa, em Pequim; restrições severas atrapalham a economia do país, mas autoridades não cedem Foto: Ng Han Guan

“As manifestações em todo o país foram como a faísca que acendeu uma fogueira na pradaria”, disse James Yu, morador de Xangai, adotando uma frase usada para descrever a expansão da revolução de Mao Tsé-tung. Em rara demonstração de ousadia, manifestantes pediam a renúncia de Xi Jinping.

Protestos também foram organizados na cidade de Wuhan, no centro do país, onde foram detectados os primeiros casos de coronavírus. Segundo vídeos transmitidos ao vivo nas redes sociais, uma multidão de moradores indignados se manifestou. Em Pequim, centenas de estudantes da Universidade Tsinghua se manifestaram, de acordo com vídeos na internet.

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Itália, Irã, Coreia do Sul são países que sofrem os efeitos do novo coronavírus, que começa a se espalhar em países longe do epicentro da doença.

As duras restrições têm irritado os chineses, pois prejudicam a já desacelerada economia do país. Autoridades, porém, continuam a temer que a disseminação descontrolada da covid. A vacina desenvolvida na China é geralmente menos eficaz do que algumas fabricadas no exterior, mas Pequim não aprovou outros imunizantes para uso doméstico. Chineses mais velhos resistiram à vacinação ou às doses de reforço, porque desconfiam dos efeitos colaterais, acreditando em rumores infundados sobre os riscos do imunizante.

Ontem, o People’s Daily – principal jornal do Partido Comunista Chinês – pediu a manutenção das medidas. “O povo chinês teve o menor impacto da pandemia”, disse o editorial de primeira página. Também ontem, o país registrou 39.506 novas infecções. Durante a pandemia, 5,2 mil chineses morreram de covid. l NYT, AFP e AP

PEQUIM - Protestos contra as restrições sanitárias severas em razão da pandemia de covid-19 se espalharam por pelo menos oito cidades e campos universitários no sábado e na manhã de ontem na China. As manifestações são as mais abrangentes enfrentadas pelo presidente Xi Jinping – ele foi reconduzido ao cargo pelo Partido Comunista Chinês para seu terceiro mandato em outubro passado.

O estopim para as manifestações foi a morte de pelo menos 10 pessoas em um prédio residencial de em Urumqi, capital regional de Xinjiang, no oeste da China, durante um incêndio. Moradores dizem que as restrições de locomoção impostas pelo governo impediram que as vítimas deixassem seus apartamentos e que os bombeiros fizessem seu trabalho de maneira adequada. As autoridades negam.

O maior protesto ocorreu em Xangai, onde centenas de pessoas, a maioria jovens, se reuniram em um cruzamento da Rua Urumqi, mesmo nome da cidade onde houve o incêndio. Eles levavam velas e cartazes em branco, cor funerária na China. A polícia dispersou o ato. Manifestantes que não quiseram se identificar disseram ter testemunhado detenções.

Manifestantes seguram cartazes em branco, a cor funerária chinesa, em Pequim; restrições severas atrapalham a economia do país, mas autoridades não cedem Foto: Ng Han Guan

“As manifestações em todo o país foram como a faísca que acendeu uma fogueira na pradaria”, disse James Yu, morador de Xangai, adotando uma frase usada para descrever a expansão da revolução de Mao Tsé-tung. Em rara demonstração de ousadia, manifestantes pediam a renúncia de Xi Jinping.

Protestos também foram organizados na cidade de Wuhan, no centro do país, onde foram detectados os primeiros casos de coronavírus. Segundo vídeos transmitidos ao vivo nas redes sociais, uma multidão de moradores indignados se manifestou. Em Pequim, centenas de estudantes da Universidade Tsinghua se manifestaram, de acordo com vídeos na internet.

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Itália, Irã, Coreia do Sul são países que sofrem os efeitos do novo coronavírus, que começa a se espalhar em países longe do epicentro da doença.

As duras restrições têm irritado os chineses, pois prejudicam a já desacelerada economia do país. Autoridades, porém, continuam a temer que a disseminação descontrolada da covid. A vacina desenvolvida na China é geralmente menos eficaz do que algumas fabricadas no exterior, mas Pequim não aprovou outros imunizantes para uso doméstico. Chineses mais velhos resistiram à vacinação ou às doses de reforço, porque desconfiam dos efeitos colaterais, acreditando em rumores infundados sobre os riscos do imunizante.

Ontem, o People’s Daily – principal jornal do Partido Comunista Chinês – pediu a manutenção das medidas. “O povo chinês teve o menor impacto da pandemia”, disse o editorial de primeira página. Também ontem, o país registrou 39.506 novas infecções. Durante a pandemia, 5,2 mil chineses morreram de covid. l NYT, AFP e AP

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