Migrantes venezuelanos são enviados dos EUA para o México após acordo entre países


Pacto prevê permissão para venezuelanos entrarem nos EUA caso tenham fiadores; enquanto isso, México recebe migrantes que cruzaram fronteira ilegalmente

Por Redação
Atualização:

Cerca de 300 venezuelanos que estavam ilegalmente nos Estados Unidos foram mandados de volta à Ciudad Juarez, no México, depois que um acordo entre os dois países entrou em vigor nesta quarta-feira, 13. O plano visa ordenar a migração na fronteira e permitir a entrada legal de venezuelanos desde que tenham parentes ou fiadores nos EUA que aceitem se responsabilizar financeiramente por eles.

Os EUA irão permitir a entrada de 24 mil venezuelanos que chegam ao país através de avião e conceder a permissão para o trabalho, enquanto o México receberá aqueles que cruzarem ilegalmente o território – uma medida com base na legislação de saúde pública conhecida como Título 42 que foi implementada no início da pandemia e é criticada por defensores dos migrantes.

O número permitido pelos EUA é muito inferior à quantidade de 180 mil migrantes que foram apreendidos na fronteira no último ano.

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Migrantes venezuelanos caminham próximo a fronteira dos EUA com o México em Ciudad Juarex, no México, nesta quinta-feira, 13 Foto: Jose Luis Gonzalez/Reuters

Estão proibidos de aderir o programa aqueles que foram expulsos dos Estados Unidos nos últimos cinco anos e aqueles que ingressaram ilegalmente no México ou no Panamá após o anúncio do programa. “Para aqueles que estão em movimento, quero dizer claramente que fiquem onde estão, que não entrem no México, que não tentem cruzar nossa fronteira com o México ou não terão direito a esse processo legal que tem muitos benefícios”, declarou o subsecretário interino de Política Fronteiriça e Imigração dos EUA, Blas Nuñez-Neto.

A maioria enviada ao México atravessou a fronteira americana nos últimos dias, depois de uma travessia por toda a América Central. A reação foi de frustração e tristeza, devido às novas condições. “Por favor, nos ajude! Estou triste porque viemos de tão longe, tenho urticária nos pés. Tenho um bebê doente”, disse o venezuelano Pedro Leyva à AFP.

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Em Ciudad Juarez, os abrigos para migrantes estão quase lotados e a chegada do comboio de 300 pessoas superlotou ainda mais a cidade. Muitos venezuelanos também estão sem dinheiro e precisam de ajuda para se manter. “Nós andamos pelas ruas, ninguém quer nos ajudar”, declarou outro migrante, Elionaxi Castillo, de 28 anos.

A Organização das Nações Unidas (ONU) estima que mais de 6,8 milhões de venezuelanos fugiram do país nos últimos anos. A crise migratória causou um fluxo de migrantes em direção aos EUA. No ano passado, o México – por onde a maioria atravessa para chegar à fronteira sul americana – começou a solicitar vistos de venezuelanos, levando milhares a tentarem atravessar o país clandestinamente ou em caravanas.

O padre Francisco Calvillo, diretor da Casa del Migrante de Ciudad Juárez, lamenta que os governos decidam acordos sem conhecer a realidade dos migrantes antes. Ele definiu o plano como feito “em cima da mesa”, distante da realidade e do “caos” que eles desencadeiam. “Seria interessante (para os governantes) saber o que está embaixo, eles tiram suas roupas e seus papéis, deixando-os mais vulneráveis”, lamentou. /AFP, NYT

Cerca de 300 venezuelanos que estavam ilegalmente nos Estados Unidos foram mandados de volta à Ciudad Juarez, no México, depois que um acordo entre os dois países entrou em vigor nesta quarta-feira, 13. O plano visa ordenar a migração na fronteira e permitir a entrada legal de venezuelanos desde que tenham parentes ou fiadores nos EUA que aceitem se responsabilizar financeiramente por eles.

Os EUA irão permitir a entrada de 24 mil venezuelanos que chegam ao país através de avião e conceder a permissão para o trabalho, enquanto o México receberá aqueles que cruzarem ilegalmente o território – uma medida com base na legislação de saúde pública conhecida como Título 42 que foi implementada no início da pandemia e é criticada por defensores dos migrantes.

O número permitido pelos EUA é muito inferior à quantidade de 180 mil migrantes que foram apreendidos na fronteira no último ano.

Migrantes venezuelanos caminham próximo a fronteira dos EUA com o México em Ciudad Juarex, no México, nesta quinta-feira, 13 Foto: Jose Luis Gonzalez/Reuters

Estão proibidos de aderir o programa aqueles que foram expulsos dos Estados Unidos nos últimos cinco anos e aqueles que ingressaram ilegalmente no México ou no Panamá após o anúncio do programa. “Para aqueles que estão em movimento, quero dizer claramente que fiquem onde estão, que não entrem no México, que não tentem cruzar nossa fronteira com o México ou não terão direito a esse processo legal que tem muitos benefícios”, declarou o subsecretário interino de Política Fronteiriça e Imigração dos EUA, Blas Nuñez-Neto.

A maioria enviada ao México atravessou a fronteira americana nos últimos dias, depois de uma travessia por toda a América Central. A reação foi de frustração e tristeza, devido às novas condições. “Por favor, nos ajude! Estou triste porque viemos de tão longe, tenho urticária nos pés. Tenho um bebê doente”, disse o venezuelano Pedro Leyva à AFP.

Em Ciudad Juarez, os abrigos para migrantes estão quase lotados e a chegada do comboio de 300 pessoas superlotou ainda mais a cidade. Muitos venezuelanos também estão sem dinheiro e precisam de ajuda para se manter. “Nós andamos pelas ruas, ninguém quer nos ajudar”, declarou outro migrante, Elionaxi Castillo, de 28 anos.

A Organização das Nações Unidas (ONU) estima que mais de 6,8 milhões de venezuelanos fugiram do país nos últimos anos. A crise migratória causou um fluxo de migrantes em direção aos EUA. No ano passado, o México – por onde a maioria atravessa para chegar à fronteira sul americana – começou a solicitar vistos de venezuelanos, levando milhares a tentarem atravessar o país clandestinamente ou em caravanas.

O padre Francisco Calvillo, diretor da Casa del Migrante de Ciudad Juárez, lamenta que os governos decidam acordos sem conhecer a realidade dos migrantes antes. Ele definiu o plano como feito “em cima da mesa”, distante da realidade e do “caos” que eles desencadeiam. “Seria interessante (para os governantes) saber o que está embaixo, eles tiram suas roupas e seus papéis, deixando-os mais vulneráveis”, lamentou. /AFP, NYT

Cerca de 300 venezuelanos que estavam ilegalmente nos Estados Unidos foram mandados de volta à Ciudad Juarez, no México, depois que um acordo entre os dois países entrou em vigor nesta quarta-feira, 13. O plano visa ordenar a migração na fronteira e permitir a entrada legal de venezuelanos desde que tenham parentes ou fiadores nos EUA que aceitem se responsabilizar financeiramente por eles.

Os EUA irão permitir a entrada de 24 mil venezuelanos que chegam ao país através de avião e conceder a permissão para o trabalho, enquanto o México receberá aqueles que cruzarem ilegalmente o território – uma medida com base na legislação de saúde pública conhecida como Título 42 que foi implementada no início da pandemia e é criticada por defensores dos migrantes.

O número permitido pelos EUA é muito inferior à quantidade de 180 mil migrantes que foram apreendidos na fronteira no último ano.

Migrantes venezuelanos caminham próximo a fronteira dos EUA com o México em Ciudad Juarex, no México, nesta quinta-feira, 13 Foto: Jose Luis Gonzalez/Reuters

Estão proibidos de aderir o programa aqueles que foram expulsos dos Estados Unidos nos últimos cinco anos e aqueles que ingressaram ilegalmente no México ou no Panamá após o anúncio do programa. “Para aqueles que estão em movimento, quero dizer claramente que fiquem onde estão, que não entrem no México, que não tentem cruzar nossa fronteira com o México ou não terão direito a esse processo legal que tem muitos benefícios”, declarou o subsecretário interino de Política Fronteiriça e Imigração dos EUA, Blas Nuñez-Neto.

A maioria enviada ao México atravessou a fronteira americana nos últimos dias, depois de uma travessia por toda a América Central. A reação foi de frustração e tristeza, devido às novas condições. “Por favor, nos ajude! Estou triste porque viemos de tão longe, tenho urticária nos pés. Tenho um bebê doente”, disse o venezuelano Pedro Leyva à AFP.

Em Ciudad Juarez, os abrigos para migrantes estão quase lotados e a chegada do comboio de 300 pessoas superlotou ainda mais a cidade. Muitos venezuelanos também estão sem dinheiro e precisam de ajuda para se manter. “Nós andamos pelas ruas, ninguém quer nos ajudar”, declarou outro migrante, Elionaxi Castillo, de 28 anos.

A Organização das Nações Unidas (ONU) estima que mais de 6,8 milhões de venezuelanos fugiram do país nos últimos anos. A crise migratória causou um fluxo de migrantes em direção aos EUA. No ano passado, o México – por onde a maioria atravessa para chegar à fronteira sul americana – começou a solicitar vistos de venezuelanos, levando milhares a tentarem atravessar o país clandestinamente ou em caravanas.

O padre Francisco Calvillo, diretor da Casa del Migrante de Ciudad Juárez, lamenta que os governos decidam acordos sem conhecer a realidade dos migrantes antes. Ele definiu o plano como feito “em cima da mesa”, distante da realidade e do “caos” que eles desencadeiam. “Seria interessante (para os governantes) saber o que está embaixo, eles tiram suas roupas e seus papéis, deixando-os mais vulneráveis”, lamentou. /AFP, NYT

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