Milhares de pessoas voltam às ruas da França para protestar contra reforma da previdência


Sindicatos ameaçam uma greve geral em março se o presidente Emmanuel Macron manter a atual proposta

Por Redação
Atualização:

Milhares de franceses foram às ruas neste sábado, 11, para protestar mais uma vez contra a reforma da previdência proposta pelo presidente Emmanuel Macron. Os sindicatos do país ameaçam uma greve geral em março se Macron manter a atual proposta apesar da rejeição popular.

“Se, apesar de tudo, o governo e os deputados ainda continuam sem ouvir a rejeição popular, a intersindical vai convocar a paralisação de todos os setores na França, no dia 7 de março”, disse o líder da central FO, Frédéric Souillot.

A advertência foi feita no quarto dia de protestos contra a reforma, convocados desde o início do ano. O objetivo é fazer o governo recuar na proposta de adiar a idade de aposentadoria de 62 para 64 anos até 2030 e de antecipar para 2027 a exigência de contribuir com 43 anos (e não 42, como agora) para receber a pensão integral.

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Manifestantes seguram placa com retrato de Emmanuel Macron durante os protestos de rua contra a reforma de previdência. Imagem foi registrada em Lille, neste sábado, 11 Foto: Michel Spingler/AP

A maioria dos franceses — dois em cada três, segundo as pesquisas — se opõe à reforma, com a qual o governo busca aproximar a idade de aposentadoria da de seus vizinhos da Europa e evitar um déficit futuro no caixa da Previdência. O sindicato CGT anunciou meio milhão de manifestantes em Paris, onde houve alguns incidentes com a polícia.

As manifestações de 31 de janeiro — com entre 1,27 e 2,8 milhões de pessoas — foram as maiores contra a reforma social na França em três décadas, mas o governo não recuou. Neste sábado, a polícia espera entre 600 mil e 800 mil pessoas.

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Diante de um presidente determinado a aprovar a reforma, os sindicatos precisam decidir se vão endurecer os protestos e tentar paralisar o país, ou continuar convocando grandes manifestações pacíficas que até agora não deram resultado. A declaração deste sábado aponta para o endurecimento das manifestações a partir de 6 de março, quando terminam as férias escolares de inverno (Hemisfério Norte) da França.

Os sindicatos dos transportes públicos de Paris convocaram neste sábado uma paralisação a partir de 7 de março para “bloquear a economia”. A central sindical CGT já falou em medida parecida no serviço ferroviário.

Manifestantes marcham próximos de incêndio nas ruas de Paris, em imagem deste sábado, 11 Foto: Michel Euler/AP
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Histórico de reformas

A última vez que se conseguiu interromper uma reforma previdenciária na França foi em 1995, quando o primeiro-ministro de centro direita, Alain Juppé, teve de recuar após uma greve geral paralisar o transporte por três semanas.

Neste sábado, a paralisação inesperada dos controladores aéreos forçou o cancelamento, esta tarde, de metade dos voos previstos no aeroporto de Orly.

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Macron pediu “responsabilidade” na sexta-feira, 10, aos sindicatos para não bloquearem o país e disse querer que o debate seja no Parlamento, porque “é assim que a democracia deve funcionar”.

A tensão também é máxima na Assembleia Nacional (Câmara dos Deputados) entre a oposição de esquerda Nupes e a aliança de Macron, que não tem maioria absoluta e espera contar com o apoio da oposição de direita Os Republicanos (LR) para sua reforma. /AFP

Milhares de franceses foram às ruas neste sábado, 11, para protestar mais uma vez contra a reforma da previdência proposta pelo presidente Emmanuel Macron. Os sindicatos do país ameaçam uma greve geral em março se Macron manter a atual proposta apesar da rejeição popular.

“Se, apesar de tudo, o governo e os deputados ainda continuam sem ouvir a rejeição popular, a intersindical vai convocar a paralisação de todos os setores na França, no dia 7 de março”, disse o líder da central FO, Frédéric Souillot.

A advertência foi feita no quarto dia de protestos contra a reforma, convocados desde o início do ano. O objetivo é fazer o governo recuar na proposta de adiar a idade de aposentadoria de 62 para 64 anos até 2030 e de antecipar para 2027 a exigência de contribuir com 43 anos (e não 42, como agora) para receber a pensão integral.

Manifestantes seguram placa com retrato de Emmanuel Macron durante os protestos de rua contra a reforma de previdência. Imagem foi registrada em Lille, neste sábado, 11 Foto: Michel Spingler/AP

A maioria dos franceses — dois em cada três, segundo as pesquisas — se opõe à reforma, com a qual o governo busca aproximar a idade de aposentadoria da de seus vizinhos da Europa e evitar um déficit futuro no caixa da Previdência. O sindicato CGT anunciou meio milhão de manifestantes em Paris, onde houve alguns incidentes com a polícia.

As manifestações de 31 de janeiro — com entre 1,27 e 2,8 milhões de pessoas — foram as maiores contra a reforma social na França em três décadas, mas o governo não recuou. Neste sábado, a polícia espera entre 600 mil e 800 mil pessoas.

Diante de um presidente determinado a aprovar a reforma, os sindicatos precisam decidir se vão endurecer os protestos e tentar paralisar o país, ou continuar convocando grandes manifestações pacíficas que até agora não deram resultado. A declaração deste sábado aponta para o endurecimento das manifestações a partir de 6 de março, quando terminam as férias escolares de inverno (Hemisfério Norte) da França.

Os sindicatos dos transportes públicos de Paris convocaram neste sábado uma paralisação a partir de 7 de março para “bloquear a economia”. A central sindical CGT já falou em medida parecida no serviço ferroviário.

Manifestantes marcham próximos de incêndio nas ruas de Paris, em imagem deste sábado, 11 Foto: Michel Euler/AP

Histórico de reformas

A última vez que se conseguiu interromper uma reforma previdenciária na França foi em 1995, quando o primeiro-ministro de centro direita, Alain Juppé, teve de recuar após uma greve geral paralisar o transporte por três semanas.

Neste sábado, a paralisação inesperada dos controladores aéreos forçou o cancelamento, esta tarde, de metade dos voos previstos no aeroporto de Orly.

Macron pediu “responsabilidade” na sexta-feira, 10, aos sindicatos para não bloquearem o país e disse querer que o debate seja no Parlamento, porque “é assim que a democracia deve funcionar”.

A tensão também é máxima na Assembleia Nacional (Câmara dos Deputados) entre a oposição de esquerda Nupes e a aliança de Macron, que não tem maioria absoluta e espera contar com o apoio da oposição de direita Os Republicanos (LR) para sua reforma. /AFP

Milhares de franceses foram às ruas neste sábado, 11, para protestar mais uma vez contra a reforma da previdência proposta pelo presidente Emmanuel Macron. Os sindicatos do país ameaçam uma greve geral em março se Macron manter a atual proposta apesar da rejeição popular.

“Se, apesar de tudo, o governo e os deputados ainda continuam sem ouvir a rejeição popular, a intersindical vai convocar a paralisação de todos os setores na França, no dia 7 de março”, disse o líder da central FO, Frédéric Souillot.

A advertência foi feita no quarto dia de protestos contra a reforma, convocados desde o início do ano. O objetivo é fazer o governo recuar na proposta de adiar a idade de aposentadoria de 62 para 64 anos até 2030 e de antecipar para 2027 a exigência de contribuir com 43 anos (e não 42, como agora) para receber a pensão integral.

Manifestantes seguram placa com retrato de Emmanuel Macron durante os protestos de rua contra a reforma de previdência. Imagem foi registrada em Lille, neste sábado, 11 Foto: Michel Spingler/AP

A maioria dos franceses — dois em cada três, segundo as pesquisas — se opõe à reforma, com a qual o governo busca aproximar a idade de aposentadoria da de seus vizinhos da Europa e evitar um déficit futuro no caixa da Previdência. O sindicato CGT anunciou meio milhão de manifestantes em Paris, onde houve alguns incidentes com a polícia.

As manifestações de 31 de janeiro — com entre 1,27 e 2,8 milhões de pessoas — foram as maiores contra a reforma social na França em três décadas, mas o governo não recuou. Neste sábado, a polícia espera entre 600 mil e 800 mil pessoas.

Diante de um presidente determinado a aprovar a reforma, os sindicatos precisam decidir se vão endurecer os protestos e tentar paralisar o país, ou continuar convocando grandes manifestações pacíficas que até agora não deram resultado. A declaração deste sábado aponta para o endurecimento das manifestações a partir de 6 de março, quando terminam as férias escolares de inverno (Hemisfério Norte) da França.

Os sindicatos dos transportes públicos de Paris convocaram neste sábado uma paralisação a partir de 7 de março para “bloquear a economia”. A central sindical CGT já falou em medida parecida no serviço ferroviário.

Manifestantes marcham próximos de incêndio nas ruas de Paris, em imagem deste sábado, 11 Foto: Michel Euler/AP

Histórico de reformas

A última vez que se conseguiu interromper uma reforma previdenciária na França foi em 1995, quando o primeiro-ministro de centro direita, Alain Juppé, teve de recuar após uma greve geral paralisar o transporte por três semanas.

Neste sábado, a paralisação inesperada dos controladores aéreos forçou o cancelamento, esta tarde, de metade dos voos previstos no aeroporto de Orly.

Macron pediu “responsabilidade” na sexta-feira, 10, aos sindicatos para não bloquearem o país e disse querer que o debate seja no Parlamento, porque “é assim que a democracia deve funcionar”.

A tensão também é máxima na Assembleia Nacional (Câmara dos Deputados) entre a oposição de esquerda Nupes e a aliança de Macron, que não tem maioria absoluta e espera contar com o apoio da oposição de direita Os Republicanos (LR) para sua reforma. /AFP

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