Ampliando os ataques das últimas semanas, militantes paquistaneses mataram pelo menos 41 pessoas em dois incidentes separados, disseram autoridades neste domingo, questionando as afirmações de que ofensivas militares têm enfraquecido os grupos islâmicos de linha dura. Os EUA pressionam há muito tempo o Paquistão, seu aliado e possuidor de armas nucleares, a reprimir mais duramente tanto os grupos militantes locais como o Talibã, quanto outros grupos, que estão baseados no seu território e atacam as forças ocidentais no Afeganistão. No norte, 21 homens que trabalhavam para uma força paramilitar apoiada pelo governo e que haviam sido sequestrados na semana passada, foram executados durante a noite, disse uma autoridade da província. Enquanto isso, no sudoeste do país, 20 peregrinos xiitas morreram e 24 ficaram feridos, quando um carro-bomba atingiu seu comboio de ônibus, enquanto ele se dirigia para a fronteira com o Irã, disse um médico. O grupo de direitos humanos Human Rights Watch, baseado em Nova York, já registrou a morte de mais de 320 xiitas no Paquistão este ano e disse que os ataques estavam aumentando. Ele disse que o fracasso do governo em prender ou processar os acusados, sugeria que o país está "indiferente" aos homicídios. O Paquistão, visto como crucial para os esforços dos EUA em estabilizar a região, antes que as forças da OTAN se retirem do Afeganistão até o final de 2014, nega as alegações que apoia grupos militantes como o Talibã Afegão e a rede Haqqani. Autoridades afegãs dizem que o Paquistão parece estar mais confiável e sincero do que nunca nos esforços para estimular a paz no Afeganistão. Em casa, o país enfrenta uma variedade de grupos militantes altamente letais que realizam atentados suicidas, atacam instalações policiais e militares e lançam ataques sectários como o do ônibus no sudeste. Testemunhas disseram que a explosão visou os três ônibus, quando eles estavam ultrapassando um carro, a cerca de 60 km ao oeste de Quetta, capital da pouco populosa província de Baluchistão. "O ônibus perto do nosso pegou fogo imediatamente", disse o peregrino Hussein Ali, de 60 anos. Vinte pessoas morreram e 24 ficaram feridas, disse um funcionário do hospital distrital Mastung. (Reportagem de Jibran Ahmad)