Ministro da Espanha sugere que Milei seria usuário de drogas e abre crise com Argentina


Em resposta, Buenos Aires acusou o governo espanhol de colocar o país em ‘risco’ e relembrou investigação da esposa do primeiro-ministro Pedro Sánchez

Por Redação

MADRI - O ministro dos Transportes da Espanha, Óscar Puente, abriu uma crise com a Argentina ao sugerir que o presidente Javier Milei seria usurário de drogas. A declaração foi seguida por trocas de farpas entre os governos.

“Vi Milei na TV. Não sei se foi antes ou depois de ingerir substâncias”, declarou o ministro em conferência organizada pelo Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE). “Eu disse: ‘É impossível que ganhe as eleições.’”

O gabinete de Javier Milei reagiu de imediato. “O governo de Pedro Sanchez tem problemas mais importantes para se preocupar, como as acusações de corrupção contra sua esposa, assunto que inclusive o levou a avaliar sua renúncia”, disse em nota publicada no X (antigo Twitter).

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Presidente da Argentina, Javier Milei, discursa na Conferência de Ação Política Conservadora (CPAC da sigla em inglês. Foto: Jose Luis Magana/Associated Press

No mês passado, o primeiro-ministro considerou entregar o cargo depois que a esposa Begoña Gómez foi alvo de investigação por corrupção e tráfico de influência. A denúncia havia sido movida pela organização Mãos Limpas, ligada à extrema direita espanhola, que depois admitiu ter se baseado apenas em informações publicadas por “vários jornais”. O Ministério Público pediu arquivamento por falta de provas, mas o juiz responsável ainda não se manifestou.

A nota do governo argentino segue dizendo que o primeiro-ministro colocou a Espanha em risco referindo-se ao acordo com os partidos separatistas bascos e catalães, que abriu caminho para sua reeleição no ano passado.

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“Pedro Sánchez colocou em perigo a unidade do Reino, pactuando com separatistas e levando a dissolução da Espanha; colocou em risco as mulheres espanholas permitindo a imigração ilegal de quem atenta contra sua integridade física e colocou em perigo a classe média com políticas socialistas que só trazem pobreza e morte”, disse o gabinete de Milei.

Primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, discursa em evento do Partido Socialista Catalão antes das eleições regionais.  Foto: Manaure Quintero/AFP
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Neste sábado, 5, a Espanha rejeitou categoricamente as acusações, que chamou de infundadas. “O Comunicado emitido pelo gabinete do presidente da república Argentina não corresponde com as relações de dois países e povos irmãos”, afirma a breve nota ministério das Relações Exteriores da Espanha, que não menciona a declaração de Óscar Puente.

Milei embarcará dentro de duas semanas em uma viagem à Espanha onde participará de um evento organizado pelo partido de oposição de extrema direita Vox, nos dias 18 e 19 de maio.

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Durante a viagem, não se encontrará com Sánchez nem com o rei da Espanha, Felipe VI./AFP

MADRI - O ministro dos Transportes da Espanha, Óscar Puente, abriu uma crise com a Argentina ao sugerir que o presidente Javier Milei seria usurário de drogas. A declaração foi seguida por trocas de farpas entre os governos.

“Vi Milei na TV. Não sei se foi antes ou depois de ingerir substâncias”, declarou o ministro em conferência organizada pelo Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE). “Eu disse: ‘É impossível que ganhe as eleições.’”

O gabinete de Javier Milei reagiu de imediato. “O governo de Pedro Sanchez tem problemas mais importantes para se preocupar, como as acusações de corrupção contra sua esposa, assunto que inclusive o levou a avaliar sua renúncia”, disse em nota publicada no X (antigo Twitter).

Presidente da Argentina, Javier Milei, discursa na Conferência de Ação Política Conservadora (CPAC da sigla em inglês. Foto: Jose Luis Magana/Associated Press

No mês passado, o primeiro-ministro considerou entregar o cargo depois que a esposa Begoña Gómez foi alvo de investigação por corrupção e tráfico de influência. A denúncia havia sido movida pela organização Mãos Limpas, ligada à extrema direita espanhola, que depois admitiu ter se baseado apenas em informações publicadas por “vários jornais”. O Ministério Público pediu arquivamento por falta de provas, mas o juiz responsável ainda não se manifestou.

A nota do governo argentino segue dizendo que o primeiro-ministro colocou a Espanha em risco referindo-se ao acordo com os partidos separatistas bascos e catalães, que abriu caminho para sua reeleição no ano passado.

“Pedro Sánchez colocou em perigo a unidade do Reino, pactuando com separatistas e levando a dissolução da Espanha; colocou em risco as mulheres espanholas permitindo a imigração ilegal de quem atenta contra sua integridade física e colocou em perigo a classe média com políticas socialistas que só trazem pobreza e morte”, disse o gabinete de Milei.

Primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, discursa em evento do Partido Socialista Catalão antes das eleições regionais.  Foto: Manaure Quintero/AFP

Neste sábado, 5, a Espanha rejeitou categoricamente as acusações, que chamou de infundadas. “O Comunicado emitido pelo gabinete do presidente da república Argentina não corresponde com as relações de dois países e povos irmãos”, afirma a breve nota ministério das Relações Exteriores da Espanha, que não menciona a declaração de Óscar Puente.

Milei embarcará dentro de duas semanas em uma viagem à Espanha onde participará de um evento organizado pelo partido de oposição de extrema direita Vox, nos dias 18 e 19 de maio.

Durante a viagem, não se encontrará com Sánchez nem com o rei da Espanha, Felipe VI./AFP

MADRI - O ministro dos Transportes da Espanha, Óscar Puente, abriu uma crise com a Argentina ao sugerir que o presidente Javier Milei seria usurário de drogas. A declaração foi seguida por trocas de farpas entre os governos.

“Vi Milei na TV. Não sei se foi antes ou depois de ingerir substâncias”, declarou o ministro em conferência organizada pelo Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE). “Eu disse: ‘É impossível que ganhe as eleições.’”

O gabinete de Javier Milei reagiu de imediato. “O governo de Pedro Sanchez tem problemas mais importantes para se preocupar, como as acusações de corrupção contra sua esposa, assunto que inclusive o levou a avaliar sua renúncia”, disse em nota publicada no X (antigo Twitter).

Presidente da Argentina, Javier Milei, discursa na Conferência de Ação Política Conservadora (CPAC da sigla em inglês. Foto: Jose Luis Magana/Associated Press

No mês passado, o primeiro-ministro considerou entregar o cargo depois que a esposa Begoña Gómez foi alvo de investigação por corrupção e tráfico de influência. A denúncia havia sido movida pela organização Mãos Limpas, ligada à extrema direita espanhola, que depois admitiu ter se baseado apenas em informações publicadas por “vários jornais”. O Ministério Público pediu arquivamento por falta de provas, mas o juiz responsável ainda não se manifestou.

A nota do governo argentino segue dizendo que o primeiro-ministro colocou a Espanha em risco referindo-se ao acordo com os partidos separatistas bascos e catalães, que abriu caminho para sua reeleição no ano passado.

“Pedro Sánchez colocou em perigo a unidade do Reino, pactuando com separatistas e levando a dissolução da Espanha; colocou em risco as mulheres espanholas permitindo a imigração ilegal de quem atenta contra sua integridade física e colocou em perigo a classe média com políticas socialistas que só trazem pobreza e morte”, disse o gabinete de Milei.

Primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, discursa em evento do Partido Socialista Catalão antes das eleições regionais.  Foto: Manaure Quintero/AFP

Neste sábado, 5, a Espanha rejeitou categoricamente as acusações, que chamou de infundadas. “O Comunicado emitido pelo gabinete do presidente da república Argentina não corresponde com as relações de dois países e povos irmãos”, afirma a breve nota ministério das Relações Exteriores da Espanha, que não menciona a declaração de Óscar Puente.

Milei embarcará dentro de duas semanas em uma viagem à Espanha onde participará de um evento organizado pelo partido de oposição de extrema direita Vox, nos dias 18 e 19 de maio.

Durante a viagem, não se encontrará com Sánchez nem com o rei da Espanha, Felipe VI./AFP

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