Missão da ONU denuncia a ditadura de Nicolás Maduro por ‘crimes contra humanidade’


Entidade afirma em um novo relatório que a resposta repressiva do Estado às manifestações após as eleições do final de julho significou uma nova etapa na deterioração do Estado de direito

Por Redação
Atualização:

Especialistas da ONU denunciaram nesta terça-feira, 17, o “exercício arbitrário do poder” na Venezuela, onde as violações dos direitos humanos, incluindo crimes contra a humanidade, são cometidas no âmbito de um “plano” para “reprimir” a oposição.

Em setembro de 2019, a ONU ampliou o monitoramento da situação no país, depois que o Conselho de Direitos Humanos criou a Missão Internacional Independente de Apuração de Fatos sobre a República Bolivariana da Venezuela.

O relatório da Missão examinou a situação dos direitos humanos no país entre setembro de 2023 e agosto de 2024.

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O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, participa de um comício no Palácio Miraflores, em Caracas, Venezuela  Foto: Ariana Cubillos/AP

A missão de especialistas, com a qual a ditadura chavista se recusa a cooperar, afirma em um novo relatório que a resposta repressiva do Estado às manifestações após as eleições do final de julho significou uma nova etapa na deterioração do Estado de direito.

Nas conclusões, o relatório destaca que as violações “não são atos isolados ou aleatórios, e sim parte de um plano contínuo e coordenado para silenciar, desanimar e reprimir a oposição ao governo de Nicolás Maduro”.

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Após o anúncio da reeleição de Maduro, questionada pela oposição e por parte da comunidade internacional, manifestações espontâneas de protesto no país terminaram com 27 mortos e 192 feridos, além de quase 2.400 pessoas detidas, segundo fontes oficiais.

“Estamos testemunhando uma intensificação da máquina repressiva do Estado em resposta ao que percebe como visões críticas, oposição ou dissidência”, disse Marta Valiñas, presidente da Missão de Apuração de Fatos.

“Embora esta seja uma continuação de padrões anteriores que a missão já caracterizou como crimes contra a humanidade, a repressão recente, devido à sua intensidade e natureza sistemática, representa um ataque muito grave aos direitos fundamentais do povo venezuelano”, completou.

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Manifestantes venezuelanos entram em confronto com a polícia em Caracas após a contestada vitória do ditador Nicolas Maduro nas eleições venezuelanas  Foto: Matias Delacroix/AP

Aparato repressivo

Para elaborar o relatório, que cobre o período de 1º de setembro de 2023 a 31 de agosto de 2024, os especialistas da ONU entrevistaram, à distância ou de forma presencial, 383 pessoas e consultaram dezenas de documentos.

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“As vítimas e grande parte da população estão expostas ao exercício arbitrário do poder, onde a detenção arbitrária é sistematicamente utilizada, com graves violações do processo devido”, disse Francisco Cox, integrante da Missão da ONU.

“A missão já havia alertado que o governo poderia ativar o aparato repressivo à vontade. E é justamente isso que estamos observando agora”, acrescentou.

Outra integrante da Missão, Patricia Tappatá, afirmou que “o plano e a política repressiva do governo foram direcionados contra indivíduos que ousaram criticar Maduro ou protestar contra os resultados eleitorais”.

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Ela destacou que as autoridades atuaram “especialmente contra membros da oposição política ou percebidos como opositores”. No entanto, “qualquer pessoa poderia ser vítima”, acrescentou. “A Missão tem motivos razoáveis para acreditar que o crime de perseguição por motivos políticos foi cometido durante o período coberto por seu mandato”, conclui o relatório.

Os países da União Europeia não reconheceram um vencedor nas eleições presidenciais. O governo dos Estados Unidos expressou apoio ao candidato opositor Edmundo González Urrutia. Ameaçado de prisão em seu país, González Urrutia viajou para a Espanha, onde recebeu asilo político./AFP

Especialistas da ONU denunciaram nesta terça-feira, 17, o “exercício arbitrário do poder” na Venezuela, onde as violações dos direitos humanos, incluindo crimes contra a humanidade, são cometidas no âmbito de um “plano” para “reprimir” a oposição.

Em setembro de 2019, a ONU ampliou o monitoramento da situação no país, depois que o Conselho de Direitos Humanos criou a Missão Internacional Independente de Apuração de Fatos sobre a República Bolivariana da Venezuela.

O relatório da Missão examinou a situação dos direitos humanos no país entre setembro de 2023 e agosto de 2024.

O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, participa de um comício no Palácio Miraflores, em Caracas, Venezuela  Foto: Ariana Cubillos/AP

A missão de especialistas, com a qual a ditadura chavista se recusa a cooperar, afirma em um novo relatório que a resposta repressiva do Estado às manifestações após as eleições do final de julho significou uma nova etapa na deterioração do Estado de direito.

Nas conclusões, o relatório destaca que as violações “não são atos isolados ou aleatórios, e sim parte de um plano contínuo e coordenado para silenciar, desanimar e reprimir a oposição ao governo de Nicolás Maduro”.

Após o anúncio da reeleição de Maduro, questionada pela oposição e por parte da comunidade internacional, manifestações espontâneas de protesto no país terminaram com 27 mortos e 192 feridos, além de quase 2.400 pessoas detidas, segundo fontes oficiais.

“Estamos testemunhando uma intensificação da máquina repressiva do Estado em resposta ao que percebe como visões críticas, oposição ou dissidência”, disse Marta Valiñas, presidente da Missão de Apuração de Fatos.

“Embora esta seja uma continuação de padrões anteriores que a missão já caracterizou como crimes contra a humanidade, a repressão recente, devido à sua intensidade e natureza sistemática, representa um ataque muito grave aos direitos fundamentais do povo venezuelano”, completou.

Manifestantes venezuelanos entram em confronto com a polícia em Caracas após a contestada vitória do ditador Nicolas Maduro nas eleições venezuelanas  Foto: Matias Delacroix/AP

Aparato repressivo

Para elaborar o relatório, que cobre o período de 1º de setembro de 2023 a 31 de agosto de 2024, os especialistas da ONU entrevistaram, à distância ou de forma presencial, 383 pessoas e consultaram dezenas de documentos.

“As vítimas e grande parte da população estão expostas ao exercício arbitrário do poder, onde a detenção arbitrária é sistematicamente utilizada, com graves violações do processo devido”, disse Francisco Cox, integrante da Missão da ONU.

“A missão já havia alertado que o governo poderia ativar o aparato repressivo à vontade. E é justamente isso que estamos observando agora”, acrescentou.

Outra integrante da Missão, Patricia Tappatá, afirmou que “o plano e a política repressiva do governo foram direcionados contra indivíduos que ousaram criticar Maduro ou protestar contra os resultados eleitorais”.

Ela destacou que as autoridades atuaram “especialmente contra membros da oposição política ou percebidos como opositores”. No entanto, “qualquer pessoa poderia ser vítima”, acrescentou. “A Missão tem motivos razoáveis para acreditar que o crime de perseguição por motivos políticos foi cometido durante o período coberto por seu mandato”, conclui o relatório.

Os países da União Europeia não reconheceram um vencedor nas eleições presidenciais. O governo dos Estados Unidos expressou apoio ao candidato opositor Edmundo González Urrutia. Ameaçado de prisão em seu país, González Urrutia viajou para a Espanha, onde recebeu asilo político./AFP

Especialistas da ONU denunciaram nesta terça-feira, 17, o “exercício arbitrário do poder” na Venezuela, onde as violações dos direitos humanos, incluindo crimes contra a humanidade, são cometidas no âmbito de um “plano” para “reprimir” a oposição.

Em setembro de 2019, a ONU ampliou o monitoramento da situação no país, depois que o Conselho de Direitos Humanos criou a Missão Internacional Independente de Apuração de Fatos sobre a República Bolivariana da Venezuela.

O relatório da Missão examinou a situação dos direitos humanos no país entre setembro de 2023 e agosto de 2024.

O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, participa de um comício no Palácio Miraflores, em Caracas, Venezuela  Foto: Ariana Cubillos/AP

A missão de especialistas, com a qual a ditadura chavista se recusa a cooperar, afirma em um novo relatório que a resposta repressiva do Estado às manifestações após as eleições do final de julho significou uma nova etapa na deterioração do Estado de direito.

Nas conclusões, o relatório destaca que as violações “não são atos isolados ou aleatórios, e sim parte de um plano contínuo e coordenado para silenciar, desanimar e reprimir a oposição ao governo de Nicolás Maduro”.

Após o anúncio da reeleição de Maduro, questionada pela oposição e por parte da comunidade internacional, manifestações espontâneas de protesto no país terminaram com 27 mortos e 192 feridos, além de quase 2.400 pessoas detidas, segundo fontes oficiais.

“Estamos testemunhando uma intensificação da máquina repressiva do Estado em resposta ao que percebe como visões críticas, oposição ou dissidência”, disse Marta Valiñas, presidente da Missão de Apuração de Fatos.

“Embora esta seja uma continuação de padrões anteriores que a missão já caracterizou como crimes contra a humanidade, a repressão recente, devido à sua intensidade e natureza sistemática, representa um ataque muito grave aos direitos fundamentais do povo venezuelano”, completou.

Manifestantes venezuelanos entram em confronto com a polícia em Caracas após a contestada vitória do ditador Nicolas Maduro nas eleições venezuelanas  Foto: Matias Delacroix/AP

Aparato repressivo

Para elaborar o relatório, que cobre o período de 1º de setembro de 2023 a 31 de agosto de 2024, os especialistas da ONU entrevistaram, à distância ou de forma presencial, 383 pessoas e consultaram dezenas de documentos.

“As vítimas e grande parte da população estão expostas ao exercício arbitrário do poder, onde a detenção arbitrária é sistematicamente utilizada, com graves violações do processo devido”, disse Francisco Cox, integrante da Missão da ONU.

“A missão já havia alertado que o governo poderia ativar o aparato repressivo à vontade. E é justamente isso que estamos observando agora”, acrescentou.

Outra integrante da Missão, Patricia Tappatá, afirmou que “o plano e a política repressiva do governo foram direcionados contra indivíduos que ousaram criticar Maduro ou protestar contra os resultados eleitorais”.

Ela destacou que as autoridades atuaram “especialmente contra membros da oposição política ou percebidos como opositores”. No entanto, “qualquer pessoa poderia ser vítima”, acrescentou. “A Missão tem motivos razoáveis para acreditar que o crime de perseguição por motivos políticos foi cometido durante o período coberto por seu mandato”, conclui o relatório.

Os países da União Europeia não reconheceram um vencedor nas eleições presidenciais. O governo dos Estados Unidos expressou apoio ao candidato opositor Edmundo González Urrutia. Ameaçado de prisão em seu país, González Urrutia viajou para a Espanha, onde recebeu asilo político./AFP

Especialistas da ONU denunciaram nesta terça-feira, 17, o “exercício arbitrário do poder” na Venezuela, onde as violações dos direitos humanos, incluindo crimes contra a humanidade, são cometidas no âmbito de um “plano” para “reprimir” a oposição.

Em setembro de 2019, a ONU ampliou o monitoramento da situação no país, depois que o Conselho de Direitos Humanos criou a Missão Internacional Independente de Apuração de Fatos sobre a República Bolivariana da Venezuela.

O relatório da Missão examinou a situação dos direitos humanos no país entre setembro de 2023 e agosto de 2024.

O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, participa de um comício no Palácio Miraflores, em Caracas, Venezuela  Foto: Ariana Cubillos/AP

A missão de especialistas, com a qual a ditadura chavista se recusa a cooperar, afirma em um novo relatório que a resposta repressiva do Estado às manifestações após as eleições do final de julho significou uma nova etapa na deterioração do Estado de direito.

Nas conclusões, o relatório destaca que as violações “não são atos isolados ou aleatórios, e sim parte de um plano contínuo e coordenado para silenciar, desanimar e reprimir a oposição ao governo de Nicolás Maduro”.

Após o anúncio da reeleição de Maduro, questionada pela oposição e por parte da comunidade internacional, manifestações espontâneas de protesto no país terminaram com 27 mortos e 192 feridos, além de quase 2.400 pessoas detidas, segundo fontes oficiais.

“Estamos testemunhando uma intensificação da máquina repressiva do Estado em resposta ao que percebe como visões críticas, oposição ou dissidência”, disse Marta Valiñas, presidente da Missão de Apuração de Fatos.

“Embora esta seja uma continuação de padrões anteriores que a missão já caracterizou como crimes contra a humanidade, a repressão recente, devido à sua intensidade e natureza sistemática, representa um ataque muito grave aos direitos fundamentais do povo venezuelano”, completou.

Manifestantes venezuelanos entram em confronto com a polícia em Caracas após a contestada vitória do ditador Nicolas Maduro nas eleições venezuelanas  Foto: Matias Delacroix/AP

Aparato repressivo

Para elaborar o relatório, que cobre o período de 1º de setembro de 2023 a 31 de agosto de 2024, os especialistas da ONU entrevistaram, à distância ou de forma presencial, 383 pessoas e consultaram dezenas de documentos.

“As vítimas e grande parte da população estão expostas ao exercício arbitrário do poder, onde a detenção arbitrária é sistematicamente utilizada, com graves violações do processo devido”, disse Francisco Cox, integrante da Missão da ONU.

“A missão já havia alertado que o governo poderia ativar o aparato repressivo à vontade. E é justamente isso que estamos observando agora”, acrescentou.

Outra integrante da Missão, Patricia Tappatá, afirmou que “o plano e a política repressiva do governo foram direcionados contra indivíduos que ousaram criticar Maduro ou protestar contra os resultados eleitorais”.

Ela destacou que as autoridades atuaram “especialmente contra membros da oposição política ou percebidos como opositores”. No entanto, “qualquer pessoa poderia ser vítima”, acrescentou. “A Missão tem motivos razoáveis para acreditar que o crime de perseguição por motivos políticos foi cometido durante o período coberto por seu mandato”, conclui o relatório.

Os países da União Europeia não reconheceram um vencedor nas eleições presidenciais. O governo dos Estados Unidos expressou apoio ao candidato opositor Edmundo González Urrutia. Ameaçado de prisão em seu país, González Urrutia viajou para a Espanha, onde recebeu asilo político./AFP

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