É escritor venezuelano e membro do Carnegie Endowment. Escreve quinzenalmente

Opinião|O risco da corrupção 3.0; leia a coluna de Moisés Naim


Nesse nível de corrupção, não se trata mais de grupos criminosos influenciando o governo de fora, mas a sede da corrupção é o próprio governo

Por Moisés Naim

Tanto Mohamed Bin Salman, o príncipe herdeiro da Arábia Saudita, quanto Xi Jinping, presidente da China, e o czar Vladimir Putin, lançaram campanhas ferozes contra a corrupção. Ditadores têm feito a mesma coisa em todo o mundo. Um bom número dos acusados foi condenado à morte e a maioria a longas penas de prisão.

Não há evidências de que a corrupção no mundo tenha diminuído. Pelo contrário, tudo indica que essas campanhas anticorrupção são a desculpa preferida para governos autocráticos atacarem seus oponentes. Mas, embora sejam poucos os exemplos de sucesso no combate à corrupção, suas mutações são cada vez mais chocantes. À corrupção “normal” devemos agora adicionar a cleptocracia e, a isso, os Estados mafiosos.

A corrupção “normal” é transacional. Ocorre quando uma pessoa ou organização privada suborna funcionários públicos para que determinada transação gere benefícios indevidos para os envolvidos. É o policial de trânsito que, em troca de um pagamento, não passa a multa por excesso de velocidade ou a construtora que faz um pagamento secreto ao funcionário municipal para que ele autorize mais alguns andares no prédio em construção, ou o empreiteiro que promete ao ministro 10% do valor do contrato se sua oferta for selecionada. Esta é a corrupção clássica, versão 1.0, vista em maior ou menor grau em quase todas as partes do mundo.

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O ex-presidente do Casaquistão, Nursultan Nazarbayev Foto: Turar Kazangapov/Reuters

A corrupção clássica dói, é claro, e deve ser mantida sob controle. É uma doença crônica que enfraquece a sociedade.

Infelizmente, em muitos países a corrupção vai muito mais longe. Estas são nações governadas por cleptocratas (do grego: clepto se traduz em roubo, e cracia em governo). É um sistema em que o presidente, primeiro-ministro ou monarca usa os recursos do país como se fossem seus e os distribui entre parentes, associados, aliados políticos e militares de alta patente.

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Cleptocracias

Vemos cleptocracias em cinco continentes: do Haiti de “Baby Doc” Duvalier ao Casaquistão de Nursultan Nazarbayev. Muitos desses cleptocratas mantêm seu povo na miséria enquanto roubam os bens do país. Mas nem todos. O contraste clássico é entre Mobutu Sese Seko, o sanguinário cleptocrata do então Zaire (hoje República Democrática do Congo) entre 1965 e 1997, e Suharto, o ditador da Indonésia entre 1967 e 1998. Ambos estiveram no poder por quase o mesmo tanto de tempo, e cada um era mais ladrão do que o outro. Mas Suharto permitiu que a Indonésia se desenvolvesse sob seu comando, e Mobutu não. Assim, a renda real per capita dos indonésios aumentou 20 vezes durante o mandato de Suharto, enquanto a dos congoleses caiu 25% nesses mesmos 30 anos.

Por mais dramática que a cleptocracia possa parecer para nós, não é a principal ameaça da corrupção em grande escala. Certos países vão mais longe e se tornam Estados mafiosos. Lá, a corrupção deixa de ser fonte de enriquecimento ilícito dos governantes para ser usada como um poderoso instrumento político.

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Ferramenta

Na Rússia de Putin, na Venezuela de Maduro e no Egito de El-Sissi, os governantes usam a corrupção como uma ferramenta para aumentar seu poder dentro do país, bem como em suas relações internacionais. Os Estados mafiosos são a expressão máxima da corrupção 3.0. Não se trata mais de grupos criminosos influenciando o governo de fora, mas a sede da corrupção é o próprio governo.

Putin, por exemplo, usa personagens como Yevgeni Prigozhin, chefe do Grupo Wagner, um exército de mercenários, para fazer o trabalho sujo do Kremlin pelo mundo. De origens humildes como chef do Kremlin – bem, chefe da empresa que cuidava da compra de comida da sede do governo – Prigozhin cresceu em poder e riqueza ao lado de Putin para se tornar um cúmplice. O registro sombrio de violações de direitos humanos perpetradas pelo Wagner não deixa ao cozinheiro de Putin escolha a não ser continuar apoiando o líder para sempre.

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Níveis

Quando falamos de corrupção, é importante especificar de qual desses três níveis estamos falando. Porque todos os três são prejudiciais, mas o segundo é muito mais prejudicial do que o primeiro, e o terceiro muito mais do que o segundo.

A corrupção operando em escala global e gerenciada por autocráticos em apoio às suas estratégias geopolíticas é uma ameaça para a qual o mundo não tem respostas efetivas. Deve-se reconhecer que a corrupção 3.0 não é um problema apenas para juízes, promotores e policiais. É uma ameaça para as democracias do mundo e para a segurança internacional.

Tanto Mohamed Bin Salman, o príncipe herdeiro da Arábia Saudita, quanto Xi Jinping, presidente da China, e o czar Vladimir Putin, lançaram campanhas ferozes contra a corrupção. Ditadores têm feito a mesma coisa em todo o mundo. Um bom número dos acusados foi condenado à morte e a maioria a longas penas de prisão.

Não há evidências de que a corrupção no mundo tenha diminuído. Pelo contrário, tudo indica que essas campanhas anticorrupção são a desculpa preferida para governos autocráticos atacarem seus oponentes. Mas, embora sejam poucos os exemplos de sucesso no combate à corrupção, suas mutações são cada vez mais chocantes. À corrupção “normal” devemos agora adicionar a cleptocracia e, a isso, os Estados mafiosos.

A corrupção “normal” é transacional. Ocorre quando uma pessoa ou organização privada suborna funcionários públicos para que determinada transação gere benefícios indevidos para os envolvidos. É o policial de trânsito que, em troca de um pagamento, não passa a multa por excesso de velocidade ou a construtora que faz um pagamento secreto ao funcionário municipal para que ele autorize mais alguns andares no prédio em construção, ou o empreiteiro que promete ao ministro 10% do valor do contrato se sua oferta for selecionada. Esta é a corrupção clássica, versão 1.0, vista em maior ou menor grau em quase todas as partes do mundo.

O ex-presidente do Casaquistão, Nursultan Nazarbayev Foto: Turar Kazangapov/Reuters

A corrupção clássica dói, é claro, e deve ser mantida sob controle. É uma doença crônica que enfraquece a sociedade.

Infelizmente, em muitos países a corrupção vai muito mais longe. Estas são nações governadas por cleptocratas (do grego: clepto se traduz em roubo, e cracia em governo). É um sistema em que o presidente, primeiro-ministro ou monarca usa os recursos do país como se fossem seus e os distribui entre parentes, associados, aliados políticos e militares de alta patente.

Cleptocracias

Vemos cleptocracias em cinco continentes: do Haiti de “Baby Doc” Duvalier ao Casaquistão de Nursultan Nazarbayev. Muitos desses cleptocratas mantêm seu povo na miséria enquanto roubam os bens do país. Mas nem todos. O contraste clássico é entre Mobutu Sese Seko, o sanguinário cleptocrata do então Zaire (hoje República Democrática do Congo) entre 1965 e 1997, e Suharto, o ditador da Indonésia entre 1967 e 1998. Ambos estiveram no poder por quase o mesmo tanto de tempo, e cada um era mais ladrão do que o outro. Mas Suharto permitiu que a Indonésia se desenvolvesse sob seu comando, e Mobutu não. Assim, a renda real per capita dos indonésios aumentou 20 vezes durante o mandato de Suharto, enquanto a dos congoleses caiu 25% nesses mesmos 30 anos.

Por mais dramática que a cleptocracia possa parecer para nós, não é a principal ameaça da corrupção em grande escala. Certos países vão mais longe e se tornam Estados mafiosos. Lá, a corrupção deixa de ser fonte de enriquecimento ilícito dos governantes para ser usada como um poderoso instrumento político.

Ferramenta

Na Rússia de Putin, na Venezuela de Maduro e no Egito de El-Sissi, os governantes usam a corrupção como uma ferramenta para aumentar seu poder dentro do país, bem como em suas relações internacionais. Os Estados mafiosos são a expressão máxima da corrupção 3.0. Não se trata mais de grupos criminosos influenciando o governo de fora, mas a sede da corrupção é o próprio governo.

Putin, por exemplo, usa personagens como Yevgeni Prigozhin, chefe do Grupo Wagner, um exército de mercenários, para fazer o trabalho sujo do Kremlin pelo mundo. De origens humildes como chef do Kremlin – bem, chefe da empresa que cuidava da compra de comida da sede do governo – Prigozhin cresceu em poder e riqueza ao lado de Putin para se tornar um cúmplice. O registro sombrio de violações de direitos humanos perpetradas pelo Wagner não deixa ao cozinheiro de Putin escolha a não ser continuar apoiando o líder para sempre.

Níveis

Quando falamos de corrupção, é importante especificar de qual desses três níveis estamos falando. Porque todos os três são prejudiciais, mas o segundo é muito mais prejudicial do que o primeiro, e o terceiro muito mais do que o segundo.

A corrupção operando em escala global e gerenciada por autocráticos em apoio às suas estratégias geopolíticas é uma ameaça para a qual o mundo não tem respostas efetivas. Deve-se reconhecer que a corrupção 3.0 não é um problema apenas para juízes, promotores e policiais. É uma ameaça para as democracias do mundo e para a segurança internacional.

Tanto Mohamed Bin Salman, o príncipe herdeiro da Arábia Saudita, quanto Xi Jinping, presidente da China, e o czar Vladimir Putin, lançaram campanhas ferozes contra a corrupção. Ditadores têm feito a mesma coisa em todo o mundo. Um bom número dos acusados foi condenado à morte e a maioria a longas penas de prisão.

Não há evidências de que a corrupção no mundo tenha diminuído. Pelo contrário, tudo indica que essas campanhas anticorrupção são a desculpa preferida para governos autocráticos atacarem seus oponentes. Mas, embora sejam poucos os exemplos de sucesso no combate à corrupção, suas mutações são cada vez mais chocantes. À corrupção “normal” devemos agora adicionar a cleptocracia e, a isso, os Estados mafiosos.

A corrupção “normal” é transacional. Ocorre quando uma pessoa ou organização privada suborna funcionários públicos para que determinada transação gere benefícios indevidos para os envolvidos. É o policial de trânsito que, em troca de um pagamento, não passa a multa por excesso de velocidade ou a construtora que faz um pagamento secreto ao funcionário municipal para que ele autorize mais alguns andares no prédio em construção, ou o empreiteiro que promete ao ministro 10% do valor do contrato se sua oferta for selecionada. Esta é a corrupção clássica, versão 1.0, vista em maior ou menor grau em quase todas as partes do mundo.

O ex-presidente do Casaquistão, Nursultan Nazarbayev Foto: Turar Kazangapov/Reuters

A corrupção clássica dói, é claro, e deve ser mantida sob controle. É uma doença crônica que enfraquece a sociedade.

Infelizmente, em muitos países a corrupção vai muito mais longe. Estas são nações governadas por cleptocratas (do grego: clepto se traduz em roubo, e cracia em governo). É um sistema em que o presidente, primeiro-ministro ou monarca usa os recursos do país como se fossem seus e os distribui entre parentes, associados, aliados políticos e militares de alta patente.

Cleptocracias

Vemos cleptocracias em cinco continentes: do Haiti de “Baby Doc” Duvalier ao Casaquistão de Nursultan Nazarbayev. Muitos desses cleptocratas mantêm seu povo na miséria enquanto roubam os bens do país. Mas nem todos. O contraste clássico é entre Mobutu Sese Seko, o sanguinário cleptocrata do então Zaire (hoje República Democrática do Congo) entre 1965 e 1997, e Suharto, o ditador da Indonésia entre 1967 e 1998. Ambos estiveram no poder por quase o mesmo tanto de tempo, e cada um era mais ladrão do que o outro. Mas Suharto permitiu que a Indonésia se desenvolvesse sob seu comando, e Mobutu não. Assim, a renda real per capita dos indonésios aumentou 20 vezes durante o mandato de Suharto, enquanto a dos congoleses caiu 25% nesses mesmos 30 anos.

Por mais dramática que a cleptocracia possa parecer para nós, não é a principal ameaça da corrupção em grande escala. Certos países vão mais longe e se tornam Estados mafiosos. Lá, a corrupção deixa de ser fonte de enriquecimento ilícito dos governantes para ser usada como um poderoso instrumento político.

Ferramenta

Na Rússia de Putin, na Venezuela de Maduro e no Egito de El-Sissi, os governantes usam a corrupção como uma ferramenta para aumentar seu poder dentro do país, bem como em suas relações internacionais. Os Estados mafiosos são a expressão máxima da corrupção 3.0. Não se trata mais de grupos criminosos influenciando o governo de fora, mas a sede da corrupção é o próprio governo.

Putin, por exemplo, usa personagens como Yevgeni Prigozhin, chefe do Grupo Wagner, um exército de mercenários, para fazer o trabalho sujo do Kremlin pelo mundo. De origens humildes como chef do Kremlin – bem, chefe da empresa que cuidava da compra de comida da sede do governo – Prigozhin cresceu em poder e riqueza ao lado de Putin para se tornar um cúmplice. O registro sombrio de violações de direitos humanos perpetradas pelo Wagner não deixa ao cozinheiro de Putin escolha a não ser continuar apoiando o líder para sempre.

Níveis

Quando falamos de corrupção, é importante especificar de qual desses três níveis estamos falando. Porque todos os três são prejudiciais, mas o segundo é muito mais prejudicial do que o primeiro, e o terceiro muito mais do que o segundo.

A corrupção operando em escala global e gerenciada por autocráticos em apoio às suas estratégias geopolíticas é uma ameaça para a qual o mundo não tem respostas efetivas. Deve-se reconhecer que a corrupção 3.0 não é um problema apenas para juízes, promotores e policiais. É uma ameaça para as democracias do mundo e para a segurança internacional.

Tanto Mohamed Bin Salman, o príncipe herdeiro da Arábia Saudita, quanto Xi Jinping, presidente da China, e o czar Vladimir Putin, lançaram campanhas ferozes contra a corrupção. Ditadores têm feito a mesma coisa em todo o mundo. Um bom número dos acusados foi condenado à morte e a maioria a longas penas de prisão.

Não há evidências de que a corrupção no mundo tenha diminuído. Pelo contrário, tudo indica que essas campanhas anticorrupção são a desculpa preferida para governos autocráticos atacarem seus oponentes. Mas, embora sejam poucos os exemplos de sucesso no combate à corrupção, suas mutações são cada vez mais chocantes. À corrupção “normal” devemos agora adicionar a cleptocracia e, a isso, os Estados mafiosos.

A corrupção “normal” é transacional. Ocorre quando uma pessoa ou organização privada suborna funcionários públicos para que determinada transação gere benefícios indevidos para os envolvidos. É o policial de trânsito que, em troca de um pagamento, não passa a multa por excesso de velocidade ou a construtora que faz um pagamento secreto ao funcionário municipal para que ele autorize mais alguns andares no prédio em construção, ou o empreiteiro que promete ao ministro 10% do valor do contrato se sua oferta for selecionada. Esta é a corrupção clássica, versão 1.0, vista em maior ou menor grau em quase todas as partes do mundo.

O ex-presidente do Casaquistão, Nursultan Nazarbayev Foto: Turar Kazangapov/Reuters

A corrupção clássica dói, é claro, e deve ser mantida sob controle. É uma doença crônica que enfraquece a sociedade.

Infelizmente, em muitos países a corrupção vai muito mais longe. Estas são nações governadas por cleptocratas (do grego: clepto se traduz em roubo, e cracia em governo). É um sistema em que o presidente, primeiro-ministro ou monarca usa os recursos do país como se fossem seus e os distribui entre parentes, associados, aliados políticos e militares de alta patente.

Cleptocracias

Vemos cleptocracias em cinco continentes: do Haiti de “Baby Doc” Duvalier ao Casaquistão de Nursultan Nazarbayev. Muitos desses cleptocratas mantêm seu povo na miséria enquanto roubam os bens do país. Mas nem todos. O contraste clássico é entre Mobutu Sese Seko, o sanguinário cleptocrata do então Zaire (hoje República Democrática do Congo) entre 1965 e 1997, e Suharto, o ditador da Indonésia entre 1967 e 1998. Ambos estiveram no poder por quase o mesmo tanto de tempo, e cada um era mais ladrão do que o outro. Mas Suharto permitiu que a Indonésia se desenvolvesse sob seu comando, e Mobutu não. Assim, a renda real per capita dos indonésios aumentou 20 vezes durante o mandato de Suharto, enquanto a dos congoleses caiu 25% nesses mesmos 30 anos.

Por mais dramática que a cleptocracia possa parecer para nós, não é a principal ameaça da corrupção em grande escala. Certos países vão mais longe e se tornam Estados mafiosos. Lá, a corrupção deixa de ser fonte de enriquecimento ilícito dos governantes para ser usada como um poderoso instrumento político.

Ferramenta

Na Rússia de Putin, na Venezuela de Maduro e no Egito de El-Sissi, os governantes usam a corrupção como uma ferramenta para aumentar seu poder dentro do país, bem como em suas relações internacionais. Os Estados mafiosos são a expressão máxima da corrupção 3.0. Não se trata mais de grupos criminosos influenciando o governo de fora, mas a sede da corrupção é o próprio governo.

Putin, por exemplo, usa personagens como Yevgeni Prigozhin, chefe do Grupo Wagner, um exército de mercenários, para fazer o trabalho sujo do Kremlin pelo mundo. De origens humildes como chef do Kremlin – bem, chefe da empresa que cuidava da compra de comida da sede do governo – Prigozhin cresceu em poder e riqueza ao lado de Putin para se tornar um cúmplice. O registro sombrio de violações de direitos humanos perpetradas pelo Wagner não deixa ao cozinheiro de Putin escolha a não ser continuar apoiando o líder para sempre.

Níveis

Quando falamos de corrupção, é importante especificar de qual desses três níveis estamos falando. Porque todos os três são prejudiciais, mas o segundo é muito mais prejudicial do que o primeiro, e o terceiro muito mais do que o segundo.

A corrupção operando em escala global e gerenciada por autocráticos em apoio às suas estratégias geopolíticas é uma ameaça para a qual o mundo não tem respostas efetivas. Deve-se reconhecer que a corrupção 3.0 não é um problema apenas para juízes, promotores e policiais. É uma ameaça para as democracias do mundo e para a segurança internacional.

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