‘Não resta nada’: moradores do Havaí encontram apenas cinzas após o incêndio


Incêndio florestal destruiu monumentos históricos e já provocou a morte de 80 pessoas

Por Redação

Quando Anthony La Puente retornou ao local que havia chamado de casa nos últimos 16 anos, quase nada restava. Sua casa, assim como a maioria das casas em Lahaina, no Havaí, havia sido devastada pelo incêndio florestal que assolou este pedaço do paraíso havaiano.

“A única coisa que posso dizer é que dói. Isso tem um impacto emocional”, disse o homem de 44 anos. “É terrível não conseguir encontrar as coisas com as quais você cresceu, ou as coisas que você lembra”, lamentou. La Puente foi um dos muitos a quem foi permitido voltar na sexta-feira, 11, ao que costumava ser Lahaina.

Incêndio florestal em Lahaina já matou 80 pessoas Foto: Patrick T. Fallon / AFP
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Essa localidade de 12 mil habitantes, situada na ilha de Maui por centenas de anos, já foi o lar orgulhoso da Família Real Havaiana. Milhares de turistas a visitam a cada ano para apreciar o seu ambiente, passear pelo calçadão à beira-mar ou deitar-se sob uma majestosa árvore de banyan, considerado o mais antigos dos EUA.

Uma equipe da AFP que percorreu a cidade na sexta-feira encontrou cadáveres de gatos, pássaros e outros animais presos pelas chamas que, até o momento, causaram a morte de 80 pessoas. Fios elétricos pendiam dos postes danificados e pequenos focos de incêndio ainda ardiam.

Uma marca “X” amarela identificava os veículos inutilizados nas ruas, um sinal para os bombeiros de que já haviam sido verificados em busca de vítimas. Por toda a cidade, havia pilhas de cinzas ainda quentes onde costumavam estar casas familiares.

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Usando a estrutura metálica de uma cadeira como pá improvisada, La Puente fez uma busca no que antes era sua cozinha e descobriu um recipiente da Starbucks. No entanto, as caixas de fotografias, as lembranças de seus 16 anos na casa, haviam desaparecido, incluindo os objetos mais preciosos de seu falecido pai. “Eu havia embalado os pertences do meu pai” com a esperança de organizá-las em algum momento, contou. Mas isso nunca acontecerá. “Agora, elas não estão mais aqui.” Em outros lugares, os vizinhos se abraçavam numa grande euforia. “Você conseguiu!”, gritou Chyna Cho para Amber Langdon entre as ruínas. “Eu estava tentando te encontrar”, disse.

Para Keith Todd, foi um alívio indescritível ver que sua casa ainda estava de pé e que os painéis solares continuavam fornecendo eletricidade para sua cozinha. “Eu não podia acreditar”, afirmou Todd para a AFP. “Estou tão agradecido, mas ao mesmo tempo é tão devastador”, refletiu, olhando ao redor para os destroços do que, antes, costumava ser as casas de seus vizinhos.

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Na paisagem, que parecia ter sido bombardeada, havia pontos de uma esperança improvável. A igreja católica Maria Lanakila estava aparentemente intacta, erguendo-se sobre as cinzas da rua Waine’e. Os muros de pedra da histórica prisão de Hale Pa’ahao ainda estavam de pé, mas o prédio de madeira usado para castigar os marinheiros rebeldes já não existia: 170 anos de história apagados por completo.

A algumas quadras de distância, na Front Street, restaurantes e lojas de roupas, que competiam pela vista do porto, desapareceram. Os navios que estavam atracados no cais dias antes estavam derretidos ou afundados.

Entre todas essas ruínas, uma gigantesca árvore de banyan ainda permanecia, mas seu destino era incerto, com os galhos desprovidos de folhagem e seu tronco coberto de fuligem, transformado em uma estranha estrutura esquelética.

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A árvore dominou Lahaina por 150 anos, vigiando uma nação que foi uma monarquia independente, depois um território dos Estados Unidos e finalmente um estado de pleno direito dos EUA. No entanto, a cidade que protegia desapareceu. / AFP

Quando Anthony La Puente retornou ao local que havia chamado de casa nos últimos 16 anos, quase nada restava. Sua casa, assim como a maioria das casas em Lahaina, no Havaí, havia sido devastada pelo incêndio florestal que assolou este pedaço do paraíso havaiano.

“A única coisa que posso dizer é que dói. Isso tem um impacto emocional”, disse o homem de 44 anos. “É terrível não conseguir encontrar as coisas com as quais você cresceu, ou as coisas que você lembra”, lamentou. La Puente foi um dos muitos a quem foi permitido voltar na sexta-feira, 11, ao que costumava ser Lahaina.

Incêndio florestal em Lahaina já matou 80 pessoas Foto: Patrick T. Fallon / AFP

Essa localidade de 12 mil habitantes, situada na ilha de Maui por centenas de anos, já foi o lar orgulhoso da Família Real Havaiana. Milhares de turistas a visitam a cada ano para apreciar o seu ambiente, passear pelo calçadão à beira-mar ou deitar-se sob uma majestosa árvore de banyan, considerado o mais antigos dos EUA.

Uma equipe da AFP que percorreu a cidade na sexta-feira encontrou cadáveres de gatos, pássaros e outros animais presos pelas chamas que, até o momento, causaram a morte de 80 pessoas. Fios elétricos pendiam dos postes danificados e pequenos focos de incêndio ainda ardiam.

Uma marca “X” amarela identificava os veículos inutilizados nas ruas, um sinal para os bombeiros de que já haviam sido verificados em busca de vítimas. Por toda a cidade, havia pilhas de cinzas ainda quentes onde costumavam estar casas familiares.

Usando a estrutura metálica de uma cadeira como pá improvisada, La Puente fez uma busca no que antes era sua cozinha e descobriu um recipiente da Starbucks. No entanto, as caixas de fotografias, as lembranças de seus 16 anos na casa, haviam desaparecido, incluindo os objetos mais preciosos de seu falecido pai. “Eu havia embalado os pertences do meu pai” com a esperança de organizá-las em algum momento, contou. Mas isso nunca acontecerá. “Agora, elas não estão mais aqui.” Em outros lugares, os vizinhos se abraçavam numa grande euforia. “Você conseguiu!”, gritou Chyna Cho para Amber Langdon entre as ruínas. “Eu estava tentando te encontrar”, disse.

Para Keith Todd, foi um alívio indescritível ver que sua casa ainda estava de pé e que os painéis solares continuavam fornecendo eletricidade para sua cozinha. “Eu não podia acreditar”, afirmou Todd para a AFP. “Estou tão agradecido, mas ao mesmo tempo é tão devastador”, refletiu, olhando ao redor para os destroços do que, antes, costumava ser as casas de seus vizinhos.

Na paisagem, que parecia ter sido bombardeada, havia pontos de uma esperança improvável. A igreja católica Maria Lanakila estava aparentemente intacta, erguendo-se sobre as cinzas da rua Waine’e. Os muros de pedra da histórica prisão de Hale Pa’ahao ainda estavam de pé, mas o prédio de madeira usado para castigar os marinheiros rebeldes já não existia: 170 anos de história apagados por completo.

A algumas quadras de distância, na Front Street, restaurantes e lojas de roupas, que competiam pela vista do porto, desapareceram. Os navios que estavam atracados no cais dias antes estavam derretidos ou afundados.

Entre todas essas ruínas, uma gigantesca árvore de banyan ainda permanecia, mas seu destino era incerto, com os galhos desprovidos de folhagem e seu tronco coberto de fuligem, transformado em uma estranha estrutura esquelética.

A árvore dominou Lahaina por 150 anos, vigiando uma nação que foi uma monarquia independente, depois um território dos Estados Unidos e finalmente um estado de pleno direito dos EUA. No entanto, a cidade que protegia desapareceu. / AFP

Quando Anthony La Puente retornou ao local que havia chamado de casa nos últimos 16 anos, quase nada restava. Sua casa, assim como a maioria das casas em Lahaina, no Havaí, havia sido devastada pelo incêndio florestal que assolou este pedaço do paraíso havaiano.

“A única coisa que posso dizer é que dói. Isso tem um impacto emocional”, disse o homem de 44 anos. “É terrível não conseguir encontrar as coisas com as quais você cresceu, ou as coisas que você lembra”, lamentou. La Puente foi um dos muitos a quem foi permitido voltar na sexta-feira, 11, ao que costumava ser Lahaina.

Incêndio florestal em Lahaina já matou 80 pessoas Foto: Patrick T. Fallon / AFP

Essa localidade de 12 mil habitantes, situada na ilha de Maui por centenas de anos, já foi o lar orgulhoso da Família Real Havaiana. Milhares de turistas a visitam a cada ano para apreciar o seu ambiente, passear pelo calçadão à beira-mar ou deitar-se sob uma majestosa árvore de banyan, considerado o mais antigos dos EUA.

Uma equipe da AFP que percorreu a cidade na sexta-feira encontrou cadáveres de gatos, pássaros e outros animais presos pelas chamas que, até o momento, causaram a morte de 80 pessoas. Fios elétricos pendiam dos postes danificados e pequenos focos de incêndio ainda ardiam.

Uma marca “X” amarela identificava os veículos inutilizados nas ruas, um sinal para os bombeiros de que já haviam sido verificados em busca de vítimas. Por toda a cidade, havia pilhas de cinzas ainda quentes onde costumavam estar casas familiares.

Usando a estrutura metálica de uma cadeira como pá improvisada, La Puente fez uma busca no que antes era sua cozinha e descobriu um recipiente da Starbucks. No entanto, as caixas de fotografias, as lembranças de seus 16 anos na casa, haviam desaparecido, incluindo os objetos mais preciosos de seu falecido pai. “Eu havia embalado os pertences do meu pai” com a esperança de organizá-las em algum momento, contou. Mas isso nunca acontecerá. “Agora, elas não estão mais aqui.” Em outros lugares, os vizinhos se abraçavam numa grande euforia. “Você conseguiu!”, gritou Chyna Cho para Amber Langdon entre as ruínas. “Eu estava tentando te encontrar”, disse.

Para Keith Todd, foi um alívio indescritível ver que sua casa ainda estava de pé e que os painéis solares continuavam fornecendo eletricidade para sua cozinha. “Eu não podia acreditar”, afirmou Todd para a AFP. “Estou tão agradecido, mas ao mesmo tempo é tão devastador”, refletiu, olhando ao redor para os destroços do que, antes, costumava ser as casas de seus vizinhos.

Na paisagem, que parecia ter sido bombardeada, havia pontos de uma esperança improvável. A igreja católica Maria Lanakila estava aparentemente intacta, erguendo-se sobre as cinzas da rua Waine’e. Os muros de pedra da histórica prisão de Hale Pa’ahao ainda estavam de pé, mas o prédio de madeira usado para castigar os marinheiros rebeldes já não existia: 170 anos de história apagados por completo.

A algumas quadras de distância, na Front Street, restaurantes e lojas de roupas, que competiam pela vista do porto, desapareceram. Os navios que estavam atracados no cais dias antes estavam derretidos ou afundados.

Entre todas essas ruínas, uma gigantesca árvore de banyan ainda permanecia, mas seu destino era incerto, com os galhos desprovidos de folhagem e seu tronco coberto de fuligem, transformado em uma estranha estrutura esquelética.

A árvore dominou Lahaina por 150 anos, vigiando uma nação que foi uma monarquia independente, depois um território dos Estados Unidos e finalmente um estado de pleno direito dos EUA. No entanto, a cidade que protegia desapareceu. / AFP

Quando Anthony La Puente retornou ao local que havia chamado de casa nos últimos 16 anos, quase nada restava. Sua casa, assim como a maioria das casas em Lahaina, no Havaí, havia sido devastada pelo incêndio florestal que assolou este pedaço do paraíso havaiano.

“A única coisa que posso dizer é que dói. Isso tem um impacto emocional”, disse o homem de 44 anos. “É terrível não conseguir encontrar as coisas com as quais você cresceu, ou as coisas que você lembra”, lamentou. La Puente foi um dos muitos a quem foi permitido voltar na sexta-feira, 11, ao que costumava ser Lahaina.

Incêndio florestal em Lahaina já matou 80 pessoas Foto: Patrick T. Fallon / AFP

Essa localidade de 12 mil habitantes, situada na ilha de Maui por centenas de anos, já foi o lar orgulhoso da Família Real Havaiana. Milhares de turistas a visitam a cada ano para apreciar o seu ambiente, passear pelo calçadão à beira-mar ou deitar-se sob uma majestosa árvore de banyan, considerado o mais antigos dos EUA.

Uma equipe da AFP que percorreu a cidade na sexta-feira encontrou cadáveres de gatos, pássaros e outros animais presos pelas chamas que, até o momento, causaram a morte de 80 pessoas. Fios elétricos pendiam dos postes danificados e pequenos focos de incêndio ainda ardiam.

Uma marca “X” amarela identificava os veículos inutilizados nas ruas, um sinal para os bombeiros de que já haviam sido verificados em busca de vítimas. Por toda a cidade, havia pilhas de cinzas ainda quentes onde costumavam estar casas familiares.

Usando a estrutura metálica de uma cadeira como pá improvisada, La Puente fez uma busca no que antes era sua cozinha e descobriu um recipiente da Starbucks. No entanto, as caixas de fotografias, as lembranças de seus 16 anos na casa, haviam desaparecido, incluindo os objetos mais preciosos de seu falecido pai. “Eu havia embalado os pertences do meu pai” com a esperança de organizá-las em algum momento, contou. Mas isso nunca acontecerá. “Agora, elas não estão mais aqui.” Em outros lugares, os vizinhos se abraçavam numa grande euforia. “Você conseguiu!”, gritou Chyna Cho para Amber Langdon entre as ruínas. “Eu estava tentando te encontrar”, disse.

Para Keith Todd, foi um alívio indescritível ver que sua casa ainda estava de pé e que os painéis solares continuavam fornecendo eletricidade para sua cozinha. “Eu não podia acreditar”, afirmou Todd para a AFP. “Estou tão agradecido, mas ao mesmo tempo é tão devastador”, refletiu, olhando ao redor para os destroços do que, antes, costumava ser as casas de seus vizinhos.

Na paisagem, que parecia ter sido bombardeada, havia pontos de uma esperança improvável. A igreja católica Maria Lanakila estava aparentemente intacta, erguendo-se sobre as cinzas da rua Waine’e. Os muros de pedra da histórica prisão de Hale Pa’ahao ainda estavam de pé, mas o prédio de madeira usado para castigar os marinheiros rebeldes já não existia: 170 anos de história apagados por completo.

A algumas quadras de distância, na Front Street, restaurantes e lojas de roupas, que competiam pela vista do porto, desapareceram. Os navios que estavam atracados no cais dias antes estavam derretidos ou afundados.

Entre todas essas ruínas, uma gigantesca árvore de banyan ainda permanecia, mas seu destino era incerto, com os galhos desprovidos de folhagem e seu tronco coberto de fuligem, transformado em uma estranha estrutura esquelética.

A árvore dominou Lahaina por 150 anos, vigiando uma nação que foi uma monarquia independente, depois um território dos Estados Unidos e finalmente um estado de pleno direito dos EUA. No entanto, a cidade que protegia desapareceu. / AFP

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