Morte de jovem presa por não cobrir cabelo com véu inflama protestos no Irã


Mahsa Amini, de 22 anos, visitava Teerã com a família quando foi presa pela polícia moral iraniana; após ser detida, a jovem entrou em coma e foi internada por três dias antes de morrer

Por Redação
Atualização:

TEERÃ - A morte de uma jovem de 22 anos que ficou em coma após ser detida pela polícia moral do Irã por não usar corretamente o véu obrigatório para mulheres no país desencadeou uma onda de protestos em importantes cidades como Teerã e Mashhad, que foram duramente reprimidos pelo governo central nos últimos dias.

Mahsa Amini, de 22 anos, natural da região do Curdistão, visitava a capital iraniana com a família quando foi presa na terça-feira da semana passada pela unidade especial da polícia responsável por vigiar o cumprimento de regras de indumentária, como a obrigatoriedade de cobrir o cabelo -- desde a Revolução Islâmica de 1979, a o Irã exige que as mulheres, iranianas ou estrangeiras, de qualquer religião, usem o véu. Após a detenção, Mahsa entrou em coma e foi internada por três dias, morrendo na sexta-feira, 16.

A notícia da morte da jovem provocou uma reação em cadeia na sociedade iraniana, com protestos se espalhando por diversas cidades do país. Manifestantes cobraram “esclarecimentos” sobre a morte da jovem na segunda-feira, 19, em universidades de Teerã. Em um vídeo divulgado pela agência iraniana Fars, uma multidão de dezenas de manifestantes, especialmente mulheres sem véu na cabeça, gritaram “morte à República Islâmica”. Protestos semelhantes acontecem desde o fim de semana em Teerã, Mashhad e Sanandaj.

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Manifestantes queimam lixo em Teerã durante protesto pela morte de Mahsa Amini, de 22 anos, que entrou em coma enquanto estava sob custódia da polícia moral iraniana. Foto: West Asia News Agency via REUTERS

Com o aumento das manifestações, cresceu também a repressão. De acordo com a porta-voz do Gabinete do Alto Comissariado da ONU, Ravina Shamdasani, entre duas e cinco pessoas morreram durante as manifestações “segundo relatos. Ela também afirmou que a polícia “disparou munição real” e usou gás lacrimogêneo contra os manifestantes.

Nesta terça-feira, a ONU expressou preocupação com a violência da repressão. Em um comunicado, a Alta Comissária Interina das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Nada Al Nashif, condenou a reação violenta das forças de segurança iranianas e cobrou uma investigação rápida, imparcial e eficaz sobre as alegações de tortura e maus-tratos.

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Polícia dispersa manifestantes durante protesto em Teerã na segunda-feira, 19. Foto: AFP

De acordo com a polícia de Teerã, Mahsa teria sido detida com outras mulheres para receber “explicações e instruções” sobre o código de vestimenta e teve “um problema cardíaco” enquanto estava sob custódia. A instituição negou que tenha havido “qualquer contato físico” entre seus agentes e a jovem. O general Hossei Rahimi, chefe da polícia, rechaçou o que considerou “acusações injustas contra a polícia”.

“Todas as provas demonstram que não houve negligência ou comportamento inapropriado de parte dos policiais. Trata-se de um incidente lamentável e desejamos não ser nunca mais testemunhas destes incidentes”, disse Rahimi, que também justificou a detenção, afirmando que a jovem havia violado o  código de vestuário anteriormente e que os policiais pediram a seus familiares que lhe trouxessem “roupas decentes”.

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No entanto, informações divulgadas pelo escritório da ONU apontam que Mahsa foi violentamente espancada na cabeça e contra um veículo policial. Em paralelo, o pai da vítima, Amjad Amini, contestou declarações do ministro Interior, Ahmad Vahidi, segundo o qual sua filha teria problemas de saúde prévios, e declarou que a filha estava “em perfeito estado de saúde” antes da detenção./ AFP

TEERÃ - A morte de uma jovem de 22 anos que ficou em coma após ser detida pela polícia moral do Irã por não usar corretamente o véu obrigatório para mulheres no país desencadeou uma onda de protestos em importantes cidades como Teerã e Mashhad, que foram duramente reprimidos pelo governo central nos últimos dias.

Mahsa Amini, de 22 anos, natural da região do Curdistão, visitava a capital iraniana com a família quando foi presa na terça-feira da semana passada pela unidade especial da polícia responsável por vigiar o cumprimento de regras de indumentária, como a obrigatoriedade de cobrir o cabelo -- desde a Revolução Islâmica de 1979, a o Irã exige que as mulheres, iranianas ou estrangeiras, de qualquer religião, usem o véu. Após a detenção, Mahsa entrou em coma e foi internada por três dias, morrendo na sexta-feira, 16.

A notícia da morte da jovem provocou uma reação em cadeia na sociedade iraniana, com protestos se espalhando por diversas cidades do país. Manifestantes cobraram “esclarecimentos” sobre a morte da jovem na segunda-feira, 19, em universidades de Teerã. Em um vídeo divulgado pela agência iraniana Fars, uma multidão de dezenas de manifestantes, especialmente mulheres sem véu na cabeça, gritaram “morte à República Islâmica”. Protestos semelhantes acontecem desde o fim de semana em Teerã, Mashhad e Sanandaj.

Manifestantes queimam lixo em Teerã durante protesto pela morte de Mahsa Amini, de 22 anos, que entrou em coma enquanto estava sob custódia da polícia moral iraniana. Foto: West Asia News Agency via REUTERS

Com o aumento das manifestações, cresceu também a repressão. De acordo com a porta-voz do Gabinete do Alto Comissariado da ONU, Ravina Shamdasani, entre duas e cinco pessoas morreram durante as manifestações “segundo relatos. Ela também afirmou que a polícia “disparou munição real” e usou gás lacrimogêneo contra os manifestantes.

Nesta terça-feira, a ONU expressou preocupação com a violência da repressão. Em um comunicado, a Alta Comissária Interina das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Nada Al Nashif, condenou a reação violenta das forças de segurança iranianas e cobrou uma investigação rápida, imparcial e eficaz sobre as alegações de tortura e maus-tratos.

Polícia dispersa manifestantes durante protesto em Teerã na segunda-feira, 19. Foto: AFP

De acordo com a polícia de Teerã, Mahsa teria sido detida com outras mulheres para receber “explicações e instruções” sobre o código de vestimenta e teve “um problema cardíaco” enquanto estava sob custódia. A instituição negou que tenha havido “qualquer contato físico” entre seus agentes e a jovem. O general Hossei Rahimi, chefe da polícia, rechaçou o que considerou “acusações injustas contra a polícia”.

“Todas as provas demonstram que não houve negligência ou comportamento inapropriado de parte dos policiais. Trata-se de um incidente lamentável e desejamos não ser nunca mais testemunhas destes incidentes”, disse Rahimi, que também justificou a detenção, afirmando que a jovem havia violado o  código de vestuário anteriormente e que os policiais pediram a seus familiares que lhe trouxessem “roupas decentes”.

No entanto, informações divulgadas pelo escritório da ONU apontam que Mahsa foi violentamente espancada na cabeça e contra um veículo policial. Em paralelo, o pai da vítima, Amjad Amini, contestou declarações do ministro Interior, Ahmad Vahidi, segundo o qual sua filha teria problemas de saúde prévios, e declarou que a filha estava “em perfeito estado de saúde” antes da detenção./ AFP

TEERÃ - A morte de uma jovem de 22 anos que ficou em coma após ser detida pela polícia moral do Irã por não usar corretamente o véu obrigatório para mulheres no país desencadeou uma onda de protestos em importantes cidades como Teerã e Mashhad, que foram duramente reprimidos pelo governo central nos últimos dias.

Mahsa Amini, de 22 anos, natural da região do Curdistão, visitava a capital iraniana com a família quando foi presa na terça-feira da semana passada pela unidade especial da polícia responsável por vigiar o cumprimento de regras de indumentária, como a obrigatoriedade de cobrir o cabelo -- desde a Revolução Islâmica de 1979, a o Irã exige que as mulheres, iranianas ou estrangeiras, de qualquer religião, usem o véu. Após a detenção, Mahsa entrou em coma e foi internada por três dias, morrendo na sexta-feira, 16.

A notícia da morte da jovem provocou uma reação em cadeia na sociedade iraniana, com protestos se espalhando por diversas cidades do país. Manifestantes cobraram “esclarecimentos” sobre a morte da jovem na segunda-feira, 19, em universidades de Teerã. Em um vídeo divulgado pela agência iraniana Fars, uma multidão de dezenas de manifestantes, especialmente mulheres sem véu na cabeça, gritaram “morte à República Islâmica”. Protestos semelhantes acontecem desde o fim de semana em Teerã, Mashhad e Sanandaj.

Manifestantes queimam lixo em Teerã durante protesto pela morte de Mahsa Amini, de 22 anos, que entrou em coma enquanto estava sob custódia da polícia moral iraniana. Foto: West Asia News Agency via REUTERS

Com o aumento das manifestações, cresceu também a repressão. De acordo com a porta-voz do Gabinete do Alto Comissariado da ONU, Ravina Shamdasani, entre duas e cinco pessoas morreram durante as manifestações “segundo relatos. Ela também afirmou que a polícia “disparou munição real” e usou gás lacrimogêneo contra os manifestantes.

Nesta terça-feira, a ONU expressou preocupação com a violência da repressão. Em um comunicado, a Alta Comissária Interina das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Nada Al Nashif, condenou a reação violenta das forças de segurança iranianas e cobrou uma investigação rápida, imparcial e eficaz sobre as alegações de tortura e maus-tratos.

Polícia dispersa manifestantes durante protesto em Teerã na segunda-feira, 19. Foto: AFP

De acordo com a polícia de Teerã, Mahsa teria sido detida com outras mulheres para receber “explicações e instruções” sobre o código de vestimenta e teve “um problema cardíaco” enquanto estava sob custódia. A instituição negou que tenha havido “qualquer contato físico” entre seus agentes e a jovem. O general Hossei Rahimi, chefe da polícia, rechaçou o que considerou “acusações injustas contra a polícia”.

“Todas as provas demonstram que não houve negligência ou comportamento inapropriado de parte dos policiais. Trata-se de um incidente lamentável e desejamos não ser nunca mais testemunhas destes incidentes”, disse Rahimi, que também justificou a detenção, afirmando que a jovem havia violado o  código de vestuário anteriormente e que os policiais pediram a seus familiares que lhe trouxessem “roupas decentes”.

No entanto, informações divulgadas pelo escritório da ONU apontam que Mahsa foi violentamente espancada na cabeça e contra um veículo policial. Em paralelo, o pai da vítima, Amjad Amini, contestou declarações do ministro Interior, Ahmad Vahidi, segundo o qual sua filha teria problemas de saúde prévios, e declarou que a filha estava “em perfeito estado de saúde” antes da detenção./ AFP

TEERÃ - A morte de uma jovem de 22 anos que ficou em coma após ser detida pela polícia moral do Irã por não usar corretamente o véu obrigatório para mulheres no país desencadeou uma onda de protestos em importantes cidades como Teerã e Mashhad, que foram duramente reprimidos pelo governo central nos últimos dias.

Mahsa Amini, de 22 anos, natural da região do Curdistão, visitava a capital iraniana com a família quando foi presa na terça-feira da semana passada pela unidade especial da polícia responsável por vigiar o cumprimento de regras de indumentária, como a obrigatoriedade de cobrir o cabelo -- desde a Revolução Islâmica de 1979, a o Irã exige que as mulheres, iranianas ou estrangeiras, de qualquer religião, usem o véu. Após a detenção, Mahsa entrou em coma e foi internada por três dias, morrendo na sexta-feira, 16.

A notícia da morte da jovem provocou uma reação em cadeia na sociedade iraniana, com protestos se espalhando por diversas cidades do país. Manifestantes cobraram “esclarecimentos” sobre a morte da jovem na segunda-feira, 19, em universidades de Teerã. Em um vídeo divulgado pela agência iraniana Fars, uma multidão de dezenas de manifestantes, especialmente mulheres sem véu na cabeça, gritaram “morte à República Islâmica”. Protestos semelhantes acontecem desde o fim de semana em Teerã, Mashhad e Sanandaj.

Manifestantes queimam lixo em Teerã durante protesto pela morte de Mahsa Amini, de 22 anos, que entrou em coma enquanto estava sob custódia da polícia moral iraniana. Foto: West Asia News Agency via REUTERS

Com o aumento das manifestações, cresceu também a repressão. De acordo com a porta-voz do Gabinete do Alto Comissariado da ONU, Ravina Shamdasani, entre duas e cinco pessoas morreram durante as manifestações “segundo relatos. Ela também afirmou que a polícia “disparou munição real” e usou gás lacrimogêneo contra os manifestantes.

Nesta terça-feira, a ONU expressou preocupação com a violência da repressão. Em um comunicado, a Alta Comissária Interina das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Nada Al Nashif, condenou a reação violenta das forças de segurança iranianas e cobrou uma investigação rápida, imparcial e eficaz sobre as alegações de tortura e maus-tratos.

Polícia dispersa manifestantes durante protesto em Teerã na segunda-feira, 19. Foto: AFP

De acordo com a polícia de Teerã, Mahsa teria sido detida com outras mulheres para receber “explicações e instruções” sobre o código de vestimenta e teve “um problema cardíaco” enquanto estava sob custódia. A instituição negou que tenha havido “qualquer contato físico” entre seus agentes e a jovem. O general Hossei Rahimi, chefe da polícia, rechaçou o que considerou “acusações injustas contra a polícia”.

“Todas as provas demonstram que não houve negligência ou comportamento inapropriado de parte dos policiais. Trata-se de um incidente lamentável e desejamos não ser nunca mais testemunhas destes incidentes”, disse Rahimi, que também justificou a detenção, afirmando que a jovem havia violado o  código de vestuário anteriormente e que os policiais pediram a seus familiares que lhe trouxessem “roupas decentes”.

No entanto, informações divulgadas pelo escritório da ONU apontam que Mahsa foi violentamente espancada na cabeça e contra um veículo policial. Em paralelo, o pai da vítima, Amjad Amini, contestou declarações do ministro Interior, Ahmad Vahidi, segundo o qual sua filha teria problemas de saúde prévios, e declarou que a filha estava “em perfeito estado de saúde” antes da detenção./ AFP

TEERÃ - A morte de uma jovem de 22 anos que ficou em coma após ser detida pela polícia moral do Irã por não usar corretamente o véu obrigatório para mulheres no país desencadeou uma onda de protestos em importantes cidades como Teerã e Mashhad, que foram duramente reprimidos pelo governo central nos últimos dias.

Mahsa Amini, de 22 anos, natural da região do Curdistão, visitava a capital iraniana com a família quando foi presa na terça-feira da semana passada pela unidade especial da polícia responsável por vigiar o cumprimento de regras de indumentária, como a obrigatoriedade de cobrir o cabelo -- desde a Revolução Islâmica de 1979, a o Irã exige que as mulheres, iranianas ou estrangeiras, de qualquer religião, usem o véu. Após a detenção, Mahsa entrou em coma e foi internada por três dias, morrendo na sexta-feira, 16.

A notícia da morte da jovem provocou uma reação em cadeia na sociedade iraniana, com protestos se espalhando por diversas cidades do país. Manifestantes cobraram “esclarecimentos” sobre a morte da jovem na segunda-feira, 19, em universidades de Teerã. Em um vídeo divulgado pela agência iraniana Fars, uma multidão de dezenas de manifestantes, especialmente mulheres sem véu na cabeça, gritaram “morte à República Islâmica”. Protestos semelhantes acontecem desde o fim de semana em Teerã, Mashhad e Sanandaj.

Manifestantes queimam lixo em Teerã durante protesto pela morte de Mahsa Amini, de 22 anos, que entrou em coma enquanto estava sob custódia da polícia moral iraniana. Foto: West Asia News Agency via REUTERS

Com o aumento das manifestações, cresceu também a repressão. De acordo com a porta-voz do Gabinete do Alto Comissariado da ONU, Ravina Shamdasani, entre duas e cinco pessoas morreram durante as manifestações “segundo relatos. Ela também afirmou que a polícia “disparou munição real” e usou gás lacrimogêneo contra os manifestantes.

Nesta terça-feira, a ONU expressou preocupação com a violência da repressão. Em um comunicado, a Alta Comissária Interina das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Nada Al Nashif, condenou a reação violenta das forças de segurança iranianas e cobrou uma investigação rápida, imparcial e eficaz sobre as alegações de tortura e maus-tratos.

Polícia dispersa manifestantes durante protesto em Teerã na segunda-feira, 19. Foto: AFP

De acordo com a polícia de Teerã, Mahsa teria sido detida com outras mulheres para receber “explicações e instruções” sobre o código de vestimenta e teve “um problema cardíaco” enquanto estava sob custódia. A instituição negou que tenha havido “qualquer contato físico” entre seus agentes e a jovem. O general Hossei Rahimi, chefe da polícia, rechaçou o que considerou “acusações injustas contra a polícia”.

“Todas as provas demonstram que não houve negligência ou comportamento inapropriado de parte dos policiais. Trata-se de um incidente lamentável e desejamos não ser nunca mais testemunhas destes incidentes”, disse Rahimi, que também justificou a detenção, afirmando que a jovem havia violado o  código de vestuário anteriormente e que os policiais pediram a seus familiares que lhe trouxessem “roupas decentes”.

No entanto, informações divulgadas pelo escritório da ONU apontam que Mahsa foi violentamente espancada na cabeça e contra um veículo policial. Em paralelo, o pai da vítima, Amjad Amini, contestou declarações do ministro Interior, Ahmad Vahidi, segundo o qual sua filha teria problemas de saúde prévios, e declarou que a filha estava “em perfeito estado de saúde” antes da detenção./ AFP

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