Um importante líder de gangues no Haiti foi morto em confronto com a polícia na capital Porto Príncipe, na quinta-feira, 21. Segundo a polícia, Ernst Julme – conhecido como Ti Greg – havia escapado da prisão no começo deste mês, na fuga em massa de prisioneiros que marcou o início da mais recente onda de violência no país.
O país caribenho tem vivido semanas de caos desde que grupos armados desafiaram o primeiro-ministro Ariel Henry, com ataques contra delegacias, prisões e outros prédios públicos, até conseguirem sua renúncia. Na semana passada, Henry concordou em renunciar e dar lugar à criação de um conselho presidencial de sete membros, cuja formação foi atrasada por dissensões internas.
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Na quinta-feira, após uma manhã tranquila na capital, o centro da cidade voltou a ser palco de tiroteios à tarde, segundo vários moradores. Forças de segurança e quadrilhas armadas se enfrentaram em torno da sede de uma unidade especial da polícia, depois que criminosos atacaram o edifício.
De acordo com a a polícia, o líder de gangues morreu durante um destes confrontos que ocorreram na quinta-feira. Ti Greg comandava a gangue Delmas 95, que faz parte da aliança de gangues de Jimmy “Barbecue” Cherizier.
Também na quinta-feira, a ONU chamou a atenção pelo deslocamento de “grandes quantidades de pessoas” e a um sofrimento humano “alarmante” devido à violência das gangues no país. Até o momento, foram registrados mais de “48 mil novos deslocamentos, a maioria famílias”, devido à violência das gangues fortemente armadas que “estão avançando em novas áreas da capital”, disse Ulrika Richardson, coordenadora de assuntos humanitários da ONU no Haiti, em uma videoconferência para a imprensa credenciada na sede da organização em Nova York.
Diante da violência em Porto Príncipe, os Estados Unidos anunciaram nesta quarta-feira que haviam fretado um helicóptero para transportar 15 de seus cidadãos da capital para a vizinha República Dominicana. “Esperamos que o helicóptero faça várias viagens para tentar tirar o maior número possível de americanos”, disse um porta-voz do Departamento de Estado./Com informações de AFP e EFE.