Mortes no Peru aumentam para 26 e investigações sobre violência são autorizadas


CIDH anunciou visitas técnicas ao Peru para apurar mortes em confrontos entre policiais e manifestantes, enquanto MP peruano abriu investigação criminal e presidente pediu investigação militar

Por Redação

LIMA ― A Defensoria do Povo do Peru confirmou que o número de mortes em eventos relacionados aos protestos após a tentativa de golpe de Estado do ex-presidente Pedro Castillo subiu para 26 neste domingo, 18, enquanto conflitos continuam ativos em diferentes províncias peruanas. A Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) anunciou duas visitas técnicas ao país para avaliar diretamente as denúncias de excessos por parte das autoridades policiais contra os manifestantes, enquanto internamente foram abertas investigações nos âmbitos civil e militar.

De acordo com o boletim divulgado pela Defensoria no domingo, 20 pessoas morreram durante enfrentamentos envolvendo manifestantes e forças de policiais. As outras seis mortes estariam relacionadas a acidentes de trânsito e bloqueio de estradas. A contagem de feridos passou de 600, sendo 356 deles civis e 290 integrantes da Polícia Nacional.

A maioria dos episódios de violência foram registrados em províncias do sul andino, como Apurímac, Arequipa e Ayacucho. A morte de seis pessoas em Ayacucho na última sexta-feira, incluindo menores de idade, motivou um pedido de abertura de investigação criminal pelo Ministério Público após denúncias de que policiais teriam atirado diretamente contra os manifestantes.

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Manifestante carrega faixa com pedido de 'Sem mais mortes' no sábado, 17. Foto: Lucas Aguayo/ AFP

No domingo, no entanto, a presidente Dina Boluarte disse que “embora o Ministério Público tenha atuado”, ela também conversou com o comandante das Forças Armadas para que estes casos sejam investigados na jurisdição militar.

No mesmo dia em que ocorreram as mortes em Ayacucho, o CIDH emitiu um comunicado condenando veementemente os atos de violência e instando ao Estado peruano que adotasse às medidas necessárias para investigar e punir os responsáveis pelos atos de violência.

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“Diante da gravidade da situação, a Comissão reitera seu apelo ao Estado do Peru para que aprofunde seus esforços na construção de canais de diálogo como forma prioritária de enfrentamento dos conflitos sociais; e insta todos os setores sociais, em particular as pessoas que participam das manifestações, a considerarem as demais formas democráticas que o Estado dispõe para esse fim, além do direito de protesto”, diz o comunicado.

Os protestos pelo país, mais intensos nas regiões mais atingidas pela pobreza e desigualdade, exigem a libertação de Pedro Castillo, a renúncia de Dina Boluarte e o fechamento do Parlamento, com a convocação de eleições gerais imediatas.

Pedro Castillo confronta policiais em Lima. Foto: Lucas Aguayo/ AFP
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O cenário no país ainda é de incerteza diante da turbulência social. Em entrevista ao canal estatal TV Peru, no domingo, o primeiro-ministro Pedro Angulo afirmou que “as medidas que tomamos estão funcionando, ou seja, as estradas estão sendo recuperadas, os aeroportos estão sendo habilitados e a violência dos manifestantes nas ruas também está reduzindo”, disse. No entanto, a presidente Boluarte confirmou a saída dele do cargo nesta segunda-feira, 19.

Boluarte garantiu que não vai renunciar diante dos protestos e tem insistido que o Congresso deve antecipar as eleições. Segundo pesquisas recentes, 83% da população considera que adiantar as eleições é a saída para a crise.

“O que se resolve com a minha renúncia? Aqui vamos permanecer, firmes, até que o Congresso resolva a antecipação das eleições [...] Exijo que se reconsidere a votação”, disse neste domingo, referindo-se a uma votação da sexta-feira, quando o Parlamento foi contra adiantar o pleito de 2026 para 2023./ Com AFP

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LIMA ― A Defensoria do Povo do Peru confirmou que o número de mortes em eventos relacionados aos protestos após a tentativa de golpe de Estado do ex-presidente Pedro Castillo subiu para 26 neste domingo, 18, enquanto conflitos continuam ativos em diferentes províncias peruanas. A Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) anunciou duas visitas técnicas ao país para avaliar diretamente as denúncias de excessos por parte das autoridades policiais contra os manifestantes, enquanto internamente foram abertas investigações nos âmbitos civil e militar.

De acordo com o boletim divulgado pela Defensoria no domingo, 20 pessoas morreram durante enfrentamentos envolvendo manifestantes e forças de policiais. As outras seis mortes estariam relacionadas a acidentes de trânsito e bloqueio de estradas. A contagem de feridos passou de 600, sendo 356 deles civis e 290 integrantes da Polícia Nacional.

A maioria dos episódios de violência foram registrados em províncias do sul andino, como Apurímac, Arequipa e Ayacucho. A morte de seis pessoas em Ayacucho na última sexta-feira, incluindo menores de idade, motivou um pedido de abertura de investigação criminal pelo Ministério Público após denúncias de que policiais teriam atirado diretamente contra os manifestantes.

Manifestante carrega faixa com pedido de 'Sem mais mortes' no sábado, 17. Foto: Lucas Aguayo/ AFP

No domingo, no entanto, a presidente Dina Boluarte disse que “embora o Ministério Público tenha atuado”, ela também conversou com o comandante das Forças Armadas para que estes casos sejam investigados na jurisdição militar.

No mesmo dia em que ocorreram as mortes em Ayacucho, o CIDH emitiu um comunicado condenando veementemente os atos de violência e instando ao Estado peruano que adotasse às medidas necessárias para investigar e punir os responsáveis pelos atos de violência.

“Diante da gravidade da situação, a Comissão reitera seu apelo ao Estado do Peru para que aprofunde seus esforços na construção de canais de diálogo como forma prioritária de enfrentamento dos conflitos sociais; e insta todos os setores sociais, em particular as pessoas que participam das manifestações, a considerarem as demais formas democráticas que o Estado dispõe para esse fim, além do direito de protesto”, diz o comunicado.

Os protestos pelo país, mais intensos nas regiões mais atingidas pela pobreza e desigualdade, exigem a libertação de Pedro Castillo, a renúncia de Dina Boluarte e o fechamento do Parlamento, com a convocação de eleições gerais imediatas.

Pedro Castillo confronta policiais em Lima. Foto: Lucas Aguayo/ AFP

O cenário no país ainda é de incerteza diante da turbulência social. Em entrevista ao canal estatal TV Peru, no domingo, o primeiro-ministro Pedro Angulo afirmou que “as medidas que tomamos estão funcionando, ou seja, as estradas estão sendo recuperadas, os aeroportos estão sendo habilitados e a violência dos manifestantes nas ruas também está reduzindo”, disse. No entanto, a presidente Boluarte confirmou a saída dele do cargo nesta segunda-feira, 19.

Boluarte garantiu que não vai renunciar diante dos protestos e tem insistido que o Congresso deve antecipar as eleições. Segundo pesquisas recentes, 83% da população considera que adiantar as eleições é a saída para a crise.

“O que se resolve com a minha renúncia? Aqui vamos permanecer, firmes, até que o Congresso resolva a antecipação das eleições [...] Exijo que se reconsidere a votação”, disse neste domingo, referindo-se a uma votação da sexta-feira, quando o Parlamento foi contra adiantar o pleito de 2026 para 2023./ Com AFP

LIMA ― A Defensoria do Povo do Peru confirmou que o número de mortes em eventos relacionados aos protestos após a tentativa de golpe de Estado do ex-presidente Pedro Castillo subiu para 26 neste domingo, 18, enquanto conflitos continuam ativos em diferentes províncias peruanas. A Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) anunciou duas visitas técnicas ao país para avaliar diretamente as denúncias de excessos por parte das autoridades policiais contra os manifestantes, enquanto internamente foram abertas investigações nos âmbitos civil e militar.

De acordo com o boletim divulgado pela Defensoria no domingo, 20 pessoas morreram durante enfrentamentos envolvendo manifestantes e forças de policiais. As outras seis mortes estariam relacionadas a acidentes de trânsito e bloqueio de estradas. A contagem de feridos passou de 600, sendo 356 deles civis e 290 integrantes da Polícia Nacional.

A maioria dos episódios de violência foram registrados em províncias do sul andino, como Apurímac, Arequipa e Ayacucho. A morte de seis pessoas em Ayacucho na última sexta-feira, incluindo menores de idade, motivou um pedido de abertura de investigação criminal pelo Ministério Público após denúncias de que policiais teriam atirado diretamente contra os manifestantes.

Manifestante carrega faixa com pedido de 'Sem mais mortes' no sábado, 17. Foto: Lucas Aguayo/ AFP

No domingo, no entanto, a presidente Dina Boluarte disse que “embora o Ministério Público tenha atuado”, ela também conversou com o comandante das Forças Armadas para que estes casos sejam investigados na jurisdição militar.

No mesmo dia em que ocorreram as mortes em Ayacucho, o CIDH emitiu um comunicado condenando veementemente os atos de violência e instando ao Estado peruano que adotasse às medidas necessárias para investigar e punir os responsáveis pelos atos de violência.

“Diante da gravidade da situação, a Comissão reitera seu apelo ao Estado do Peru para que aprofunde seus esforços na construção de canais de diálogo como forma prioritária de enfrentamento dos conflitos sociais; e insta todos os setores sociais, em particular as pessoas que participam das manifestações, a considerarem as demais formas democráticas que o Estado dispõe para esse fim, além do direito de protesto”, diz o comunicado.

Os protestos pelo país, mais intensos nas regiões mais atingidas pela pobreza e desigualdade, exigem a libertação de Pedro Castillo, a renúncia de Dina Boluarte e o fechamento do Parlamento, com a convocação de eleições gerais imediatas.

Pedro Castillo confronta policiais em Lima. Foto: Lucas Aguayo/ AFP

O cenário no país ainda é de incerteza diante da turbulência social. Em entrevista ao canal estatal TV Peru, no domingo, o primeiro-ministro Pedro Angulo afirmou que “as medidas que tomamos estão funcionando, ou seja, as estradas estão sendo recuperadas, os aeroportos estão sendo habilitados e a violência dos manifestantes nas ruas também está reduzindo”, disse. No entanto, a presidente Boluarte confirmou a saída dele do cargo nesta segunda-feira, 19.

Boluarte garantiu que não vai renunciar diante dos protestos e tem insistido que o Congresso deve antecipar as eleições. Segundo pesquisas recentes, 83% da população considera que adiantar as eleições é a saída para a crise.

“O que se resolve com a minha renúncia? Aqui vamos permanecer, firmes, até que o Congresso resolva a antecipação das eleições [...] Exijo que se reconsidere a votação”, disse neste domingo, referindo-se a uma votação da sexta-feira, quando o Parlamento foi contra adiantar o pleito de 2026 para 2023./ Com AFP

LIMA ― A Defensoria do Povo do Peru confirmou que o número de mortes em eventos relacionados aos protestos após a tentativa de golpe de Estado do ex-presidente Pedro Castillo subiu para 26 neste domingo, 18, enquanto conflitos continuam ativos em diferentes províncias peruanas. A Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) anunciou duas visitas técnicas ao país para avaliar diretamente as denúncias de excessos por parte das autoridades policiais contra os manifestantes, enquanto internamente foram abertas investigações nos âmbitos civil e militar.

De acordo com o boletim divulgado pela Defensoria no domingo, 20 pessoas morreram durante enfrentamentos envolvendo manifestantes e forças de policiais. As outras seis mortes estariam relacionadas a acidentes de trânsito e bloqueio de estradas. A contagem de feridos passou de 600, sendo 356 deles civis e 290 integrantes da Polícia Nacional.

A maioria dos episódios de violência foram registrados em províncias do sul andino, como Apurímac, Arequipa e Ayacucho. A morte de seis pessoas em Ayacucho na última sexta-feira, incluindo menores de idade, motivou um pedido de abertura de investigação criminal pelo Ministério Público após denúncias de que policiais teriam atirado diretamente contra os manifestantes.

Manifestante carrega faixa com pedido de 'Sem mais mortes' no sábado, 17. Foto: Lucas Aguayo/ AFP

No domingo, no entanto, a presidente Dina Boluarte disse que “embora o Ministério Público tenha atuado”, ela também conversou com o comandante das Forças Armadas para que estes casos sejam investigados na jurisdição militar.

No mesmo dia em que ocorreram as mortes em Ayacucho, o CIDH emitiu um comunicado condenando veementemente os atos de violência e instando ao Estado peruano que adotasse às medidas necessárias para investigar e punir os responsáveis pelos atos de violência.

“Diante da gravidade da situação, a Comissão reitera seu apelo ao Estado do Peru para que aprofunde seus esforços na construção de canais de diálogo como forma prioritária de enfrentamento dos conflitos sociais; e insta todos os setores sociais, em particular as pessoas que participam das manifestações, a considerarem as demais formas democráticas que o Estado dispõe para esse fim, além do direito de protesto”, diz o comunicado.

Os protestos pelo país, mais intensos nas regiões mais atingidas pela pobreza e desigualdade, exigem a libertação de Pedro Castillo, a renúncia de Dina Boluarte e o fechamento do Parlamento, com a convocação de eleições gerais imediatas.

Pedro Castillo confronta policiais em Lima. Foto: Lucas Aguayo/ AFP

O cenário no país ainda é de incerteza diante da turbulência social. Em entrevista ao canal estatal TV Peru, no domingo, o primeiro-ministro Pedro Angulo afirmou que “as medidas que tomamos estão funcionando, ou seja, as estradas estão sendo recuperadas, os aeroportos estão sendo habilitados e a violência dos manifestantes nas ruas também está reduzindo”, disse. No entanto, a presidente Boluarte confirmou a saída dele do cargo nesta segunda-feira, 19.

Boluarte garantiu que não vai renunciar diante dos protestos e tem insistido que o Congresso deve antecipar as eleições. Segundo pesquisas recentes, 83% da população considera que adiantar as eleições é a saída para a crise.

“O que se resolve com a minha renúncia? Aqui vamos permanecer, firmes, até que o Congresso resolva a antecipação das eleições [...] Exijo que se reconsidere a votação”, disse neste domingo, referindo-se a uma votação da sexta-feira, quando o Parlamento foi contra adiantar o pleito de 2026 para 2023./ Com AFP

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