Mortos por terremoto na Turquia e na Síria passam de 33 mil e ONU diz que número pode dobrar


Ajuda humanitária demora a chegar nas zonas mais afastadas da Síria uma semana após o tremor, o que deve elevar o número final de mortos

Por Redação

O número de mortos no terremoto na Turquia e na Síria passou de 33 mil neste domingo, 12, e pode dobrar devido ao atraso da ajuda humanitária em zonas afastadas, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU). O atraso acontece principalmente nas regiões sírias, uma semana após o tremor ter acontecido.

A maioria das vítimas está na Turquia (29 mil), e o restante, na Síria (3,5 mil), devastada por uma guerra civil e uma crise humanitária há anos. O terremoto sobrecarrega o sistema de saúde e a infraestrutura do país, serviços já afetados pelas crises passadas.

Um novo comboio da ONU chegou ao noroeste da Síria vindo da Turquia no domingo, mas o chefe humanitário da entidade, Martin Griffiths, disse que é necessário mais apoio para os milhões de pessoas que perderam suas casas no terremoto de magnitude 7,8 há quase uma semana. “Até agora falhamos com o povo do noroeste da Síria. Eles têm o direito de se sentir abandonados, esperando por ajuda internacional que não chegou”, disse.

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Equipe de resgate turcas próxima a destroços de uma construção em Adiyaman, região sul da Turquia, em imagem do sábado, 11 Foto: Emrah Gurel/AP

Apesar das regiões mais afetadas pelo tremor ficarem na Turquia, a Síria, incluindo regiões dominadas por rebeldes, também foi fortemente atingida. Entretanto, muitos países não anunciaram ajuda ao país. O Brasil, que enviou ajuda à Turquia, está entre eles.

No sábado, Griffiths havia alertado da cidade turca de Kahramanmaras, perto do epicentro do terremoto, que o número de mortos ainda poderia aumentar acentuadamente. “É realmente difícil estimar com muita precisão, porque você tem que ficar sob os escombros, mas tenho certeza de que vai dobrar ou mais”, disse Griffiths. “É aterrorizante”, acrescentou.

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Em meio a cenários devastadores e frio congelante, dezenas de milhares de socorristas locais e estrangeiros trabalham entre as ruínas em busca de sinais de vida. Entretanto, os temores pela segurança das equipes de resgate forçaram algumas operações a serem suspensas e dezenas de pessoas foram presas na Turquia sob a acusação de saques após o terremoto, de acordo com o governo estadual.

Uma equipe israelense de voluntários anunciou no domingo que se retirou após ameaças “significativas” à segurança no país.

Mais de 26 milhões de afetados

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Em meio a duras condições de inverno do Hemisfério Norte, pessoas vivas encontradas sob os escombros continuam a ser registradas, mas especialistas alertam que as esperanças de encontrar sobreviventes diminuem a cada dia que passa.

No sul da Turquia, um bebê de sete meses chamado Hamza foi resgatado com vida mais de 140 horas após o terremoto em Hatay e uma adolescente identificada como Esma Sultan, de 13 anos, foi salva em Gaziantep, de acordo com a mídia estatal.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estimou que 26 milhões de pessoas foram afetadas pelo terremoto e lançou um apelo urgente para arrecadar US $ 42,8 milhões para financiar necessidades urgentes de saúde.

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Pessoas buscam sobreviventes sob os escombros de um prédio que desabou após um forte terremoto em Hatay, na Turquia. Foto: Erdem Sahin/EFE Foto: Erdem Sahin/EFE

Segundo a Agência Turca para Situações de Emergência e Desastres Naturais, cerca de 32 mil pessoas estão mobilizadas em operações de resgate, bem como mais de 8 mil socorristas estrangeiros. Em muitas áreas, no entanto, as equipes não têm sensores e o trabalho se resume a escavar cuidadosamente edifícios desmoronados com pás ou mesmo as próprias mãos.

Alaa Moubarak, diretor de Defesa Civil em Jableh, no noroeste da Síria, disse que eles não recebem novos equipamentos há 12 anos. “Se tivéssemos esse tipo de equipamento, teríamos salvado centenas de vidas, talvez mais.”

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Indignação cresce

O governo da Síria anunciou que aprovou a entrega de ajuda humanitária a áreas controladas pelos rebeldes fora de seu controle na província de Idlib e que o comboio deve sair no domingo, embora tenha sido adiado mais tarde.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, pediu ao Conselho de Segurança que autorize a abertura de mais postos fronteiriços para enviar ajuda a partir da Turquia para áreas controladas pelos rebeldes na Síria.

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O passar dos dias também leva à busca de responsabilidade, especialmente na Turquia, onde a população está atacando a resposta lenta do governo e a má qualidade dos edifícios após o pior desastre em quase um século.

As autoridades dizem que mais de 12 mil edifícios foram destruídos ou severamente afetados pelo tremor e a polícia prendeu 12 pessoas, incluindo alguns promotores imobiliários, por desmoronar edifícios. /Com informações da AFP

O número de mortos no terremoto na Turquia e na Síria passou de 33 mil neste domingo, 12, e pode dobrar devido ao atraso da ajuda humanitária em zonas afastadas, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU). O atraso acontece principalmente nas regiões sírias, uma semana após o tremor ter acontecido.

A maioria das vítimas está na Turquia (29 mil), e o restante, na Síria (3,5 mil), devastada por uma guerra civil e uma crise humanitária há anos. O terremoto sobrecarrega o sistema de saúde e a infraestrutura do país, serviços já afetados pelas crises passadas.

Um novo comboio da ONU chegou ao noroeste da Síria vindo da Turquia no domingo, mas o chefe humanitário da entidade, Martin Griffiths, disse que é necessário mais apoio para os milhões de pessoas que perderam suas casas no terremoto de magnitude 7,8 há quase uma semana. “Até agora falhamos com o povo do noroeste da Síria. Eles têm o direito de se sentir abandonados, esperando por ajuda internacional que não chegou”, disse.

Equipe de resgate turcas próxima a destroços de uma construção em Adiyaman, região sul da Turquia, em imagem do sábado, 11 Foto: Emrah Gurel/AP

Apesar das regiões mais afetadas pelo tremor ficarem na Turquia, a Síria, incluindo regiões dominadas por rebeldes, também foi fortemente atingida. Entretanto, muitos países não anunciaram ajuda ao país. O Brasil, que enviou ajuda à Turquia, está entre eles.

No sábado, Griffiths havia alertado da cidade turca de Kahramanmaras, perto do epicentro do terremoto, que o número de mortos ainda poderia aumentar acentuadamente. “É realmente difícil estimar com muita precisão, porque você tem que ficar sob os escombros, mas tenho certeza de que vai dobrar ou mais”, disse Griffiths. “É aterrorizante”, acrescentou.

Em meio a cenários devastadores e frio congelante, dezenas de milhares de socorristas locais e estrangeiros trabalham entre as ruínas em busca de sinais de vida. Entretanto, os temores pela segurança das equipes de resgate forçaram algumas operações a serem suspensas e dezenas de pessoas foram presas na Turquia sob a acusação de saques após o terremoto, de acordo com o governo estadual.

Uma equipe israelense de voluntários anunciou no domingo que se retirou após ameaças “significativas” à segurança no país.

Mais de 26 milhões de afetados

Em meio a duras condições de inverno do Hemisfério Norte, pessoas vivas encontradas sob os escombros continuam a ser registradas, mas especialistas alertam que as esperanças de encontrar sobreviventes diminuem a cada dia que passa.

No sul da Turquia, um bebê de sete meses chamado Hamza foi resgatado com vida mais de 140 horas após o terremoto em Hatay e uma adolescente identificada como Esma Sultan, de 13 anos, foi salva em Gaziantep, de acordo com a mídia estatal.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estimou que 26 milhões de pessoas foram afetadas pelo terremoto e lançou um apelo urgente para arrecadar US $ 42,8 milhões para financiar necessidades urgentes de saúde.

Pessoas buscam sobreviventes sob os escombros de um prédio que desabou após um forte terremoto em Hatay, na Turquia. Foto: Erdem Sahin/EFE Foto: Erdem Sahin/EFE

Segundo a Agência Turca para Situações de Emergência e Desastres Naturais, cerca de 32 mil pessoas estão mobilizadas em operações de resgate, bem como mais de 8 mil socorristas estrangeiros. Em muitas áreas, no entanto, as equipes não têm sensores e o trabalho se resume a escavar cuidadosamente edifícios desmoronados com pás ou mesmo as próprias mãos.

Alaa Moubarak, diretor de Defesa Civil em Jableh, no noroeste da Síria, disse que eles não recebem novos equipamentos há 12 anos. “Se tivéssemos esse tipo de equipamento, teríamos salvado centenas de vidas, talvez mais.”

Indignação cresce

O governo da Síria anunciou que aprovou a entrega de ajuda humanitária a áreas controladas pelos rebeldes fora de seu controle na província de Idlib e que o comboio deve sair no domingo, embora tenha sido adiado mais tarde.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, pediu ao Conselho de Segurança que autorize a abertura de mais postos fronteiriços para enviar ajuda a partir da Turquia para áreas controladas pelos rebeldes na Síria.

O passar dos dias também leva à busca de responsabilidade, especialmente na Turquia, onde a população está atacando a resposta lenta do governo e a má qualidade dos edifícios após o pior desastre em quase um século.

As autoridades dizem que mais de 12 mil edifícios foram destruídos ou severamente afetados pelo tremor e a polícia prendeu 12 pessoas, incluindo alguns promotores imobiliários, por desmoronar edifícios. /Com informações da AFP

O número de mortos no terremoto na Turquia e na Síria passou de 33 mil neste domingo, 12, e pode dobrar devido ao atraso da ajuda humanitária em zonas afastadas, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU). O atraso acontece principalmente nas regiões sírias, uma semana após o tremor ter acontecido.

A maioria das vítimas está na Turquia (29 mil), e o restante, na Síria (3,5 mil), devastada por uma guerra civil e uma crise humanitária há anos. O terremoto sobrecarrega o sistema de saúde e a infraestrutura do país, serviços já afetados pelas crises passadas.

Um novo comboio da ONU chegou ao noroeste da Síria vindo da Turquia no domingo, mas o chefe humanitário da entidade, Martin Griffiths, disse que é necessário mais apoio para os milhões de pessoas que perderam suas casas no terremoto de magnitude 7,8 há quase uma semana. “Até agora falhamos com o povo do noroeste da Síria. Eles têm o direito de se sentir abandonados, esperando por ajuda internacional que não chegou”, disse.

Equipe de resgate turcas próxima a destroços de uma construção em Adiyaman, região sul da Turquia, em imagem do sábado, 11 Foto: Emrah Gurel/AP

Apesar das regiões mais afetadas pelo tremor ficarem na Turquia, a Síria, incluindo regiões dominadas por rebeldes, também foi fortemente atingida. Entretanto, muitos países não anunciaram ajuda ao país. O Brasil, que enviou ajuda à Turquia, está entre eles.

No sábado, Griffiths havia alertado da cidade turca de Kahramanmaras, perto do epicentro do terremoto, que o número de mortos ainda poderia aumentar acentuadamente. “É realmente difícil estimar com muita precisão, porque você tem que ficar sob os escombros, mas tenho certeza de que vai dobrar ou mais”, disse Griffiths. “É aterrorizante”, acrescentou.

Em meio a cenários devastadores e frio congelante, dezenas de milhares de socorristas locais e estrangeiros trabalham entre as ruínas em busca de sinais de vida. Entretanto, os temores pela segurança das equipes de resgate forçaram algumas operações a serem suspensas e dezenas de pessoas foram presas na Turquia sob a acusação de saques após o terremoto, de acordo com o governo estadual.

Uma equipe israelense de voluntários anunciou no domingo que se retirou após ameaças “significativas” à segurança no país.

Mais de 26 milhões de afetados

Em meio a duras condições de inverno do Hemisfério Norte, pessoas vivas encontradas sob os escombros continuam a ser registradas, mas especialistas alertam que as esperanças de encontrar sobreviventes diminuem a cada dia que passa.

No sul da Turquia, um bebê de sete meses chamado Hamza foi resgatado com vida mais de 140 horas após o terremoto em Hatay e uma adolescente identificada como Esma Sultan, de 13 anos, foi salva em Gaziantep, de acordo com a mídia estatal.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estimou que 26 milhões de pessoas foram afetadas pelo terremoto e lançou um apelo urgente para arrecadar US $ 42,8 milhões para financiar necessidades urgentes de saúde.

Pessoas buscam sobreviventes sob os escombros de um prédio que desabou após um forte terremoto em Hatay, na Turquia. Foto: Erdem Sahin/EFE Foto: Erdem Sahin/EFE

Segundo a Agência Turca para Situações de Emergência e Desastres Naturais, cerca de 32 mil pessoas estão mobilizadas em operações de resgate, bem como mais de 8 mil socorristas estrangeiros. Em muitas áreas, no entanto, as equipes não têm sensores e o trabalho se resume a escavar cuidadosamente edifícios desmoronados com pás ou mesmo as próprias mãos.

Alaa Moubarak, diretor de Defesa Civil em Jableh, no noroeste da Síria, disse que eles não recebem novos equipamentos há 12 anos. “Se tivéssemos esse tipo de equipamento, teríamos salvado centenas de vidas, talvez mais.”

Indignação cresce

O governo da Síria anunciou que aprovou a entrega de ajuda humanitária a áreas controladas pelos rebeldes fora de seu controle na província de Idlib e que o comboio deve sair no domingo, embora tenha sido adiado mais tarde.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, pediu ao Conselho de Segurança que autorize a abertura de mais postos fronteiriços para enviar ajuda a partir da Turquia para áreas controladas pelos rebeldes na Síria.

O passar dos dias também leva à busca de responsabilidade, especialmente na Turquia, onde a população está atacando a resposta lenta do governo e a má qualidade dos edifícios após o pior desastre em quase um século.

As autoridades dizem que mais de 12 mil edifícios foram destruídos ou severamente afetados pelo tremor e a polícia prendeu 12 pessoas, incluindo alguns promotores imobiliários, por desmoronar edifícios. /Com informações da AFP

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