‘Mostramos que Netanyahu não pode fazer o que quer’, diz manifestante após adiamento da reforma


Eitan Gottfried tem ido às manifestações desde o início, em Janeiro, e comemorou a criação de uma mesa de diálogo entre governo e oposição para discutir pontos críticos da reforma do Judiciário

Por Carolina Marins
Atualização:

Já era de noite no domingo, 26, em Israel quando o primeiro-ministro Binyamin Netanyahu demitiu o ministro da Defesa, Yoav Gallant. Poucas horas depois, Eitan Gottfried já estava nas ruas com outros milhares de israelenses pedindo o fim da reforma do Judiciário do premiê. Foi embora às 3h da manhã, no horário local, mas no outro dia cedo já estava de volta às ruas para participar da maior greve geral da história do país.

Gottfried é cientista político e primeiro sargento da reserva da unidade dos Paraquedistas do Exército de Israel. Desde o início das manifestações, em meados de Janeiro quando Netanyahu anunciou a reforma judicial, ele vai às ruas pelo que chamou de “obrigação cidadã”. “A gente sente que a democracia está se perdendo aqui em Israel em meio a tudo que está acontecendo bem embaixo do nosso nariz, e chegou a hora de ir para rua e mostrar que as eleições são partes da Democracia, mas não é a única coisa não. Ela não dá direito a fazer tudo”, relatou ao Estadão.

Brasileiro de nascimento, Gottfried mora em Israel desde 2015 e é um colaborador do Instituto Brasil-Israel. Ele comemorou a notícia de segunda-feira, 27, de que Netanyahu estava adiando a tramitação da polêmica reforma do Judiciário, que daria mais poder ao legislativo para nomear juízes, entre outras atribuições. O adiamento, porém, só veio depois de muita pressão das ruas.

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Eitan Gottfried participa com amigos de manifestação contra a reforma judicial em Jerusalém Foto: Arquivo pessoal

“Ele poderia ter falado isso semanas atrás, não precisava ter chegado nesse limite. Mas não falou, falou só hoje (segunda-feira) depois que teve uma greve geral o dia inteiro”, observa. A demissão de Gallant no domingo, um crítico da reforma que já intencionava pedir a sua suspensão publicamente, foi a última gota para uma população que está há doze semanas indo às ruas pedir a paralisação da tramitação.

Espontaneamente, milhares de pessoas se reuniram poucas horas depois da demissão. No dia seguinte, o maior sindicato de Israel, o Histadrut, que representa quase 800 mil trabalhadores em saúde, trânsito e bancos, liderou uma greve geral ao longo do dia todo que colocou mais pressão em cima de Netanyahu para suspender a reforma. Por motivos de discordância dentro de sua coalizão, formada por radicais ultraortodoxos, ele decidiu adiar a última votação - de três - no Parlamento para depois do recesso de primavera, no início de maio.

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O estopim da demissão se seguiu a uma semana turbulenta em que o Parlamento aprovou uma lei que dificulta o afastamento do primeiro-ministro - em meio a vários pedidos de remoção de Netanyahu - e depois que o próprio disse que iria se envolver na tramitação da reforma, apesar de ter assinado um acordo de conflito de interesse com a Procuradoria.

“A principal mensagem das manifestações contra a reforma era que tivesse uma pausa e que se entrasse em uma conversa. E é isso que parece que vai acontecer a partir de agora”, comemora Gottfried. “Tanto o Benny Gantz como o Yair Lapid, que são os líderes da oposição, já falaram que vão sim sentar pra conversar junto com o Bibi (apelido de Netanyahu) e junto com o presidente de Israel (Isaac Herzog).”

Eitan Gottfried participa de manifestação contra a reforma judicial em Jerusalém. Na placa se lê: "judeu e democrático em uma única palavra: juntos" Foto: Arquivo pessoal
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A greve geral foi sem precedentes na história de Israel, que completa este ano 75 anos como um Estado. As manifestações semanais - que às vezes chegam a ocorrer duas vezes na semana - também são uma novidade que une desde pessoas mais à esquerda que são absolutamente contra Netanyahu, quanto apoiadores do premiê, mas que discordam da reforma.

O que é quase um consenso dentro da sociedade israelense é a necessidade de repensar os poderes da Suprema Corte. Poucos são os que estão completamente satisfeitos com o trabalho e a influência dos juízes, mostram pesquisas de opinião, mas os israelenses não concordam com a forma que a reforma tem sido feita.

Segundo pesquisa do Instituto de Democracia de Israel feita em fevereiro, 66% discordam do princípio central da mudança proposta por Netanyahu que é o poder da Suprema Corte em derrubar as Leis Básicas - semelhantes a uma Constituição. A discordância está inclusive entre aquele que votaram pelo premiê e apoiam o Likud, seu partido: 47% dos eleitores.

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“Existe a sensação de que muita coisa ainda tem que melhorar nesse país, mas são duas perguntas em jogo aqui: uma é o que se muda e outra é como se muda. A tentativa de mudar tudo muito rápido de maneira sem um acordo mais amplo dos partidos políticos e mudar totalmente a maneira de escolher os juízes e a autoridade deles, isso obviamente as pessoas não concordam”, afirma Gottfried.

De acordo com a mesma pesquisa de opinião, 70% dos israelenses querem um diálogo amplo com os demais partidos sobre esta reforma, como prometeu agora Netanyahu. Mas a dúvida é se ele de fato vai cumprir o que prometeu, com analistas apontando vários exemplos em que o premiê não se mostrou uma pessoa confiável. A principal delas quando prometeu não interferir na reforma e logo depois falou em “envolvimento profundo”.

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“Sinto que é difícil agora vir uma sensação de que ficar tudo bem”, admite o cientista político. “Especialmente porque tem pessoas dentro da própria coalizão do Bibi para quem esse tema da reforma é muito importante. Agora eles falaram que vão esperar um pouquinho, mas e se chegar em julho (fim do próximo período legislativo) e não tiver um acordo geral? Vai voltar esse jogo de reforma-manifestação, manifestação-reforma? Agora entramos em um período de incerteza.”

O presidente de Israel deu início nesta terça-feira, 28, às primeiras rodadas de negociações entre membros do governo e da oposição sobre a reforma. O adiamento também foi celebrado entre aliados de Israel, como os Estados Unidos, que deram sinais de um encontro entre Netanyahu e Joe Biden em breve, após a decisão de suspender temporariamente a reforma.

Já era de noite no domingo, 26, em Israel quando o primeiro-ministro Binyamin Netanyahu demitiu o ministro da Defesa, Yoav Gallant. Poucas horas depois, Eitan Gottfried já estava nas ruas com outros milhares de israelenses pedindo o fim da reforma do Judiciário do premiê. Foi embora às 3h da manhã, no horário local, mas no outro dia cedo já estava de volta às ruas para participar da maior greve geral da história do país.

Gottfried é cientista político e primeiro sargento da reserva da unidade dos Paraquedistas do Exército de Israel. Desde o início das manifestações, em meados de Janeiro quando Netanyahu anunciou a reforma judicial, ele vai às ruas pelo que chamou de “obrigação cidadã”. “A gente sente que a democracia está se perdendo aqui em Israel em meio a tudo que está acontecendo bem embaixo do nosso nariz, e chegou a hora de ir para rua e mostrar que as eleições são partes da Democracia, mas não é a única coisa não. Ela não dá direito a fazer tudo”, relatou ao Estadão.

Brasileiro de nascimento, Gottfried mora em Israel desde 2015 e é um colaborador do Instituto Brasil-Israel. Ele comemorou a notícia de segunda-feira, 27, de que Netanyahu estava adiando a tramitação da polêmica reforma do Judiciário, que daria mais poder ao legislativo para nomear juízes, entre outras atribuições. O adiamento, porém, só veio depois de muita pressão das ruas.

Eitan Gottfried participa com amigos de manifestação contra a reforma judicial em Jerusalém Foto: Arquivo pessoal

“Ele poderia ter falado isso semanas atrás, não precisava ter chegado nesse limite. Mas não falou, falou só hoje (segunda-feira) depois que teve uma greve geral o dia inteiro”, observa. A demissão de Gallant no domingo, um crítico da reforma que já intencionava pedir a sua suspensão publicamente, foi a última gota para uma população que está há doze semanas indo às ruas pedir a paralisação da tramitação.

Espontaneamente, milhares de pessoas se reuniram poucas horas depois da demissão. No dia seguinte, o maior sindicato de Israel, o Histadrut, que representa quase 800 mil trabalhadores em saúde, trânsito e bancos, liderou uma greve geral ao longo do dia todo que colocou mais pressão em cima de Netanyahu para suspender a reforma. Por motivos de discordância dentro de sua coalizão, formada por radicais ultraortodoxos, ele decidiu adiar a última votação - de três - no Parlamento para depois do recesso de primavera, no início de maio.

O estopim da demissão se seguiu a uma semana turbulenta em que o Parlamento aprovou uma lei que dificulta o afastamento do primeiro-ministro - em meio a vários pedidos de remoção de Netanyahu - e depois que o próprio disse que iria se envolver na tramitação da reforma, apesar de ter assinado um acordo de conflito de interesse com a Procuradoria.

“A principal mensagem das manifestações contra a reforma era que tivesse uma pausa e que se entrasse em uma conversa. E é isso que parece que vai acontecer a partir de agora”, comemora Gottfried. “Tanto o Benny Gantz como o Yair Lapid, que são os líderes da oposição, já falaram que vão sim sentar pra conversar junto com o Bibi (apelido de Netanyahu) e junto com o presidente de Israel (Isaac Herzog).”

Eitan Gottfried participa de manifestação contra a reforma judicial em Jerusalém. Na placa se lê: "judeu e democrático em uma única palavra: juntos" Foto: Arquivo pessoal

A greve geral foi sem precedentes na história de Israel, que completa este ano 75 anos como um Estado. As manifestações semanais - que às vezes chegam a ocorrer duas vezes na semana - também são uma novidade que une desde pessoas mais à esquerda que são absolutamente contra Netanyahu, quanto apoiadores do premiê, mas que discordam da reforma.

O que é quase um consenso dentro da sociedade israelense é a necessidade de repensar os poderes da Suprema Corte. Poucos são os que estão completamente satisfeitos com o trabalho e a influência dos juízes, mostram pesquisas de opinião, mas os israelenses não concordam com a forma que a reforma tem sido feita.

Segundo pesquisa do Instituto de Democracia de Israel feita em fevereiro, 66% discordam do princípio central da mudança proposta por Netanyahu que é o poder da Suprema Corte em derrubar as Leis Básicas - semelhantes a uma Constituição. A discordância está inclusive entre aquele que votaram pelo premiê e apoiam o Likud, seu partido: 47% dos eleitores.

“Existe a sensação de que muita coisa ainda tem que melhorar nesse país, mas são duas perguntas em jogo aqui: uma é o que se muda e outra é como se muda. A tentativa de mudar tudo muito rápido de maneira sem um acordo mais amplo dos partidos políticos e mudar totalmente a maneira de escolher os juízes e a autoridade deles, isso obviamente as pessoas não concordam”, afirma Gottfried.

De acordo com a mesma pesquisa de opinião, 70% dos israelenses querem um diálogo amplo com os demais partidos sobre esta reforma, como prometeu agora Netanyahu. Mas a dúvida é se ele de fato vai cumprir o que prometeu, com analistas apontando vários exemplos em que o premiê não se mostrou uma pessoa confiável. A principal delas quando prometeu não interferir na reforma e logo depois falou em “envolvimento profundo”.

“Sinto que é difícil agora vir uma sensação de que ficar tudo bem”, admite o cientista político. “Especialmente porque tem pessoas dentro da própria coalizão do Bibi para quem esse tema da reforma é muito importante. Agora eles falaram que vão esperar um pouquinho, mas e se chegar em julho (fim do próximo período legislativo) e não tiver um acordo geral? Vai voltar esse jogo de reforma-manifestação, manifestação-reforma? Agora entramos em um período de incerteza.”

O presidente de Israel deu início nesta terça-feira, 28, às primeiras rodadas de negociações entre membros do governo e da oposição sobre a reforma. O adiamento também foi celebrado entre aliados de Israel, como os Estados Unidos, que deram sinais de um encontro entre Netanyahu e Joe Biden em breve, após a decisão de suspender temporariamente a reforma.

Já era de noite no domingo, 26, em Israel quando o primeiro-ministro Binyamin Netanyahu demitiu o ministro da Defesa, Yoav Gallant. Poucas horas depois, Eitan Gottfried já estava nas ruas com outros milhares de israelenses pedindo o fim da reforma do Judiciário do premiê. Foi embora às 3h da manhã, no horário local, mas no outro dia cedo já estava de volta às ruas para participar da maior greve geral da história do país.

Gottfried é cientista político e primeiro sargento da reserva da unidade dos Paraquedistas do Exército de Israel. Desde o início das manifestações, em meados de Janeiro quando Netanyahu anunciou a reforma judicial, ele vai às ruas pelo que chamou de “obrigação cidadã”. “A gente sente que a democracia está se perdendo aqui em Israel em meio a tudo que está acontecendo bem embaixo do nosso nariz, e chegou a hora de ir para rua e mostrar que as eleições são partes da Democracia, mas não é a única coisa não. Ela não dá direito a fazer tudo”, relatou ao Estadão.

Brasileiro de nascimento, Gottfried mora em Israel desde 2015 e é um colaborador do Instituto Brasil-Israel. Ele comemorou a notícia de segunda-feira, 27, de que Netanyahu estava adiando a tramitação da polêmica reforma do Judiciário, que daria mais poder ao legislativo para nomear juízes, entre outras atribuições. O adiamento, porém, só veio depois de muita pressão das ruas.

Eitan Gottfried participa com amigos de manifestação contra a reforma judicial em Jerusalém Foto: Arquivo pessoal

“Ele poderia ter falado isso semanas atrás, não precisava ter chegado nesse limite. Mas não falou, falou só hoje (segunda-feira) depois que teve uma greve geral o dia inteiro”, observa. A demissão de Gallant no domingo, um crítico da reforma que já intencionava pedir a sua suspensão publicamente, foi a última gota para uma população que está há doze semanas indo às ruas pedir a paralisação da tramitação.

Espontaneamente, milhares de pessoas se reuniram poucas horas depois da demissão. No dia seguinte, o maior sindicato de Israel, o Histadrut, que representa quase 800 mil trabalhadores em saúde, trânsito e bancos, liderou uma greve geral ao longo do dia todo que colocou mais pressão em cima de Netanyahu para suspender a reforma. Por motivos de discordância dentro de sua coalizão, formada por radicais ultraortodoxos, ele decidiu adiar a última votação - de três - no Parlamento para depois do recesso de primavera, no início de maio.

O estopim da demissão se seguiu a uma semana turbulenta em que o Parlamento aprovou uma lei que dificulta o afastamento do primeiro-ministro - em meio a vários pedidos de remoção de Netanyahu - e depois que o próprio disse que iria se envolver na tramitação da reforma, apesar de ter assinado um acordo de conflito de interesse com a Procuradoria.

“A principal mensagem das manifestações contra a reforma era que tivesse uma pausa e que se entrasse em uma conversa. E é isso que parece que vai acontecer a partir de agora”, comemora Gottfried. “Tanto o Benny Gantz como o Yair Lapid, que são os líderes da oposição, já falaram que vão sim sentar pra conversar junto com o Bibi (apelido de Netanyahu) e junto com o presidente de Israel (Isaac Herzog).”

Eitan Gottfried participa de manifestação contra a reforma judicial em Jerusalém. Na placa se lê: "judeu e democrático em uma única palavra: juntos" Foto: Arquivo pessoal

A greve geral foi sem precedentes na história de Israel, que completa este ano 75 anos como um Estado. As manifestações semanais - que às vezes chegam a ocorrer duas vezes na semana - também são uma novidade que une desde pessoas mais à esquerda que são absolutamente contra Netanyahu, quanto apoiadores do premiê, mas que discordam da reforma.

O que é quase um consenso dentro da sociedade israelense é a necessidade de repensar os poderes da Suprema Corte. Poucos são os que estão completamente satisfeitos com o trabalho e a influência dos juízes, mostram pesquisas de opinião, mas os israelenses não concordam com a forma que a reforma tem sido feita.

Segundo pesquisa do Instituto de Democracia de Israel feita em fevereiro, 66% discordam do princípio central da mudança proposta por Netanyahu que é o poder da Suprema Corte em derrubar as Leis Básicas - semelhantes a uma Constituição. A discordância está inclusive entre aquele que votaram pelo premiê e apoiam o Likud, seu partido: 47% dos eleitores.

“Existe a sensação de que muita coisa ainda tem que melhorar nesse país, mas são duas perguntas em jogo aqui: uma é o que se muda e outra é como se muda. A tentativa de mudar tudo muito rápido de maneira sem um acordo mais amplo dos partidos políticos e mudar totalmente a maneira de escolher os juízes e a autoridade deles, isso obviamente as pessoas não concordam”, afirma Gottfried.

De acordo com a mesma pesquisa de opinião, 70% dos israelenses querem um diálogo amplo com os demais partidos sobre esta reforma, como prometeu agora Netanyahu. Mas a dúvida é se ele de fato vai cumprir o que prometeu, com analistas apontando vários exemplos em que o premiê não se mostrou uma pessoa confiável. A principal delas quando prometeu não interferir na reforma e logo depois falou em “envolvimento profundo”.

“Sinto que é difícil agora vir uma sensação de que ficar tudo bem”, admite o cientista político. “Especialmente porque tem pessoas dentro da própria coalizão do Bibi para quem esse tema da reforma é muito importante. Agora eles falaram que vão esperar um pouquinho, mas e se chegar em julho (fim do próximo período legislativo) e não tiver um acordo geral? Vai voltar esse jogo de reforma-manifestação, manifestação-reforma? Agora entramos em um período de incerteza.”

O presidente de Israel deu início nesta terça-feira, 28, às primeiras rodadas de negociações entre membros do governo e da oposição sobre a reforma. O adiamento também foi celebrado entre aliados de Israel, como os Estados Unidos, que deram sinais de um encontro entre Netanyahu e Joe Biden em breve, após a decisão de suspender temporariamente a reforma.

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