WASHINGTON - Nesta sexta-feira, 7, James Alex Fields Jr. foi declarado culpado pelo atropelamento e morte de Heather Heyer durante uma manifestação na cidade de Charlottesville, no Estado da Virgínia, nos Estados Unidos. Considerado culpado das 11 acusações que enfrentava, ele poderá ser condenado à prisão perpétua.
Ao emitir seu veredito na tarde desta sexta, o júri de Charlottesville rejeitou os argumentos dos advogados de Fields, que asseguraram que o jovem de 21 anos "atuou em defesa própria”. O pedido dos advogados para que o julgamento fosse realizado por outro tribunal, por conta da comoção gerada pelo caso na cidade, também foi negado pelo juiz Richard E. Moore. Os promotores alegaram que Fields conduziu seu carro deliberadamente em direção a uma multidão de manifestantes contrários à passeata "Unir à direita", matando Heyer e ferindo dezenas de pessoas. No total, 19 pessoas ficaram feridas pelo atropelador. Fields foi considerado culpado das 11 acusações que enfrentava e pode ser sentenciado a passar o resto da sua vida atrás das grades a partir da próxima segunda-feira, 10, quando serão iniciadas as deliberações sobre sua pena. O acusado tem outro julgamento pendente na esfera federal, que ainda não foi programado. Neste caso, ele poderia ser condenado à morte por vários crimes de ódio dos quais se declarou "inocente". O caso gerou muita polêmica depois que o presidente dos EUA, Donald Trump, culpou os "dois lados" pela violência suscitada em Charlottesville e afirmou que entre os neonazistas havia "gente muito boa". \ EFE